Questões de Concursos Funções Morfossintáticas da Palavra QUE

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22Q681366 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Médico do Trabalho, CEEERS, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
                               
                        A palavra é o bem mais precioso do trabalho do médico
                                                                                                                                               JJ Camargo
01 Nas visitas aos leitos com estudantesé rotina que se faça um resumo do caso, antes que
02 entremos no quarto, para que os alunos tenham uma noção do que irão encontrar.
03 Era um grupo de oito jovens, _________ de Medicina, e a introdução foi _________:
04 — Vamos agora conhecer o Guilherme, de 57 anos, que tem um câncer avançado de
05 esôfago, que tratou com quimioterapia e radioterapia, com uma resposta pobre, e a doença
06 evoluiu até o surgimento de pelo menos três metástases cerebrais. É um paciente em fase
07 terminal da doença, com um emagrecimento impressionante.
08 Um dos alunos, visivelmente ________, perguntou:
09 — E o coitado ainda está consciente?
10 A confirmação de que sim resultou em três abandonos da visita. Uma doutora justificou:
11 — Eu não saberia o que dizer, muito menos o que perguntar, e eu choro com muita
12 facilidade, o que acho que só iria deprimi-lo mais ainda.
13 Achei que a visita com o grupo rachado não valeria a pena, e voltamos para a sala de
14 reuniões, para uma espécie de pausa emocional, a fim de organizarmos nossas cabeças e
15 nossos sentimentos.
16 Era evidente, pela ansiedade coletiva, que a dificuldade aparentemente intransponível que o
17 grupo _________ era a ausência de palavras adequadas. E a palavra, como se sabe, é o mais
18 precioso instrumento de trabalho do médico, porque é através dela que conquistamos confiança
19 ou plantamos incertezaque somos acolhidos ou _________, que oferecemos parceria ou nos
20 perdemos na ilusão de que o paciente dará __ tecnologia o mesmo valor com que a
21 reverenciamos.
22 Quando a doutora que se confessara chorona relatou duas experiências prévias em que não
23 conseguira sequer que os pacientes fixassem o olho nela, ficou claro que tínhamos de redefinir
24 como a proximidade da morte é vista pelo doente. Porque, se isso for entendido, ficará
25 compreensível a irritação do paciente com o discurso falacioso do médico ao descrever o que
26 será feito para que desfrute um tempo que ele reconhece, pela percepção de sua fraqueza
27 orgânica, como impossível: o futuro.
28 Ser médico nessa hora é entender que o fim da vida é reconhecível com a maior certeza
29 pelo paciente, e tudo o que lhe interessa, nesse estágio, é como manejar o passado com suas
30 sombras e dúvidas, e mentiras e traições, e culpas e remorsos. E o médico que pretenda
31 escalar esse degrau superior da medicina é o que se oferece para ajudá-lo a apaziguar seus
32 demônios, para que ele morra em paz.
33 Quando saía do hospital, dei uma última espiada; a doutora estava sentada na cama do seu
34 Guilherme e lhe segurava uma das mãos. Quando ela comentou que "neste andar, não tem
35 ninguém com netos tão lindos no porta-retratos!", ele sorriu, e ofereceu-lhe __ segunda mão
36 para que ela segurasse. Tomara que ela tenha chorado, porque terá descoberto, bem cedo na
37 vida, o quanto o choro médico é bom de chorar.
                                                            
                                                            Texto adaptado. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br
Para responder a questão, considere o parágrafo contido entre as linhas 28 e 32 do texto. Sobre as ocorrências para palavra ‘que’ entre as linhas 28 e 32 do texto, afirma-se que:
I. As duas primeiras ocorrências são pronomes relativos.
II. A segunda, a terceira e a quarta ocorrência funcionam como pronomes relativos.
III. A última ocorrência é uma conjunção, a qual, combinada com a preposição ‘para’, atribui ao período que introduz a ideia de finalidade.
Quais estão corretas?
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23Q707644 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Assessor Jurídico, IMESF, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao
longo do texto estão citados nas questões. 
As razões _______ a indústria do cigarro está investindo em ONG antitabagista.
01 A indústria do cigarro, capitaneada pela Philip Morris, está investindo um bilhão de dólares
02 numa ONG que promete um mundo sem cigarro. ______? Cientistas de reputação imaculada
03 deveriam aceitar contribuições financeiras de uma companhia de tabaco? Este não é um teste
04 teórico de comportamento ético, mas o dilema que se apresentou dramaticamente para
05 acadêmicos da Universidade de Utrecht (UU), na Holanda. Quem lançou a isca foi a Philip Morris,
06  gigante mundial do tabaco, e a oferta não era de se jogar fora: 360 mil euros (1,64 milhão de
07 reais) para o trabalho de investigar as consequências do contrabando e falsificação de cigarros.
08 De mais a mais, a companhia acenava com total liberdade para os acadêmicos em suas
09 apurações.
10 Não são historicamente as mais decentes as relações entre profissionais da saúde e as
11 controvertidas usinas de câncer de pulmão. Décadas atrás, a indústria de tabaco tinha o hábito
12 de recrutar médicos de forma que eles, ao contrário do que já indicavam os alertas patológicos,
13 alardeassem publicamente as virtudes do fumo para os pulmões e as vias respiratórias. Médicos
14 de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime. É natural que, hoje em dia,
15 quando a indústria procura a academia, uma fumaça de desconfiança impregne o ar.
16 O professor de Direito John Vervaele, encarregado de administrar a doação em Utrecht, reagiu
17 às críticas argumentando: “Fazemos isso ______ indústria de tabaco não é ilegal. O comércio
18 ilícito de cigarro, sim”. O argumento não convenceu os pneumologistas e oncologistas da
19 Sociedade Holandesa do Câncer, os mais desconfiados em relação à pretensa boa vontade da
20 Philip Morris. “Cerca de 7 milhões de pessoas continuam morrendo todos os anos, no mundo
21 inteiro, vítimas dos efeitos malignos do fumo” – rebateram os clínicos.
22 A discussão azedou a tal ponto que a UU acabou declinando da doação. Anunciou que ela
23 ............ vai bancar a pesquisa do professor Vervaele e sua equipe. A Philip Morris, por sua vez,
24 está disposta a verter uma montanha de dinheiro em programas como aquele que tentou, em
25 vão, na Holanda. O combate ao comércio ilegal de cigarro vai lhe custar 100 milhões de dólares
26 – não só em pesquisas, mas também nos custos de repressão ao tráfico. Outro bilhão de dólares
27 a Philip Morris pretende investir, ao longo de 12 anos, na Foundation for a Smoke-Free World,
28 uma ONG com sede em Nova York. Como entender que a fabricante do Marlboro, a marca número
29 1, esteja financiando uma fundação ______ nome apregoa “um mundo sem cigarro”?
30 A tal fundação ............ controvérsias, de fato. A Philip Morris assegura que ela exprime hoje
31 uma preocupação que é de ............ indústria do tabaco: como ajudar os fumantes a encontrar
32 alternativas seguras aos cigarros combustíveis, unanimemente fadados à extinção? Já a
33 Organização Mundial da Saúde não tem tanta certeza assim dos objetivos meritórios das
34 campanhas da indústria.
35 De acordo com a brasileira Vera Luzia da Costa e Silva, chefe da Convenção do Controle do
36 Tabaco, com sede em Genebra, o que uma entidade endinheirada como a Foundation for a
37 Smoke-Free World almeja é atropelar as iniciativas coletivas para impor sua própria pauta, seus
38 próprios métodos e, no final, seus próprios interesses – que continuam comprometendo a vida
39 saudável. 
Texto especialmente adaptado para esta prova. Fonte: https://www.cartacapital.com.br/revista/1011/cortina-de-fumaca
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
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24Q677883 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Administrador, AGU, IDECAN, 2019

Texto associado.
“Ele achava que a sociedade deveria ser harmoniosa e as pessoas deveriam ser encorajadas em seu ‘autodesenvolvimento’ para que pudessem aproveitar ao máximo sua posição.” (linhas 16 a 18)
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. Há ocorrência de duas formas verbais em voz passiva. 
II. Existem duas locuções verbais no período. 
III. Há ocorrência de um QUE pronome relativo e um QUE conjunção subordinativa. 
Assinale
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25Q689757 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Técnico de Enfermagem do Trabalho, CEEERS, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões. 
            
         Por que a depressão é mais comum em mulheres? Novo estudo tenta responder     
                                                                                                                              Maria Tereza Santos
01 O sexo feminino possui um risco quase duas vezes maior de desenvolver a depressão.
02 Pois um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, investigou a fundo o cérebro
03 de homens e mulheres para tentar desvendar possíveis mecanismos biológicos por ........ disso.
04 Os pesquisadores recrutaram 115 indivíduos saudáveis (69 mulheres e 46 homens). Eles
05 foram separados em dois grupos: um deveria in ? erir pequenas doses de endotoxinas
06 (substâncias que promovem uma inflamação cerebral controlada), e o outro tomava um
07 placebo.
08 Duas horas depois, todos os participantes executaram uma tarefa que visava testar o
09 sistema de recompensa do cérebro — um conjunto de estruturas que promove a sensação de
10 prazer e que, na depressão, é inibido. Enquanto isso, a massa cinzenta dos voluntários era
11 monitorada por um aparelho de ressonância magnética funcional.
12 Com base nas informações dos exames, os cientistas constataram que, nas mulheres que
13 haviam recebido aquela substância inflamatória, a atividade do tal sistema de recompensa
14 diminuiu, o que não aconteceu com os homens que tomaram as endotoxinas e com todo o
15 grupo placebo.
16 “Isso sugere que mulheres com distúrbios crônicos inflamatórios podem ser
17 particularmente vulneráveis __ desenvolver depressão através da diminuição da sensibilidade
18 __ recompensas”, arremata, em comunicado __ imprensa, a psicóloga Mona Moieni,
19 da Universidade da Califórnia, que liderou a análise.
20 Limitações da investigação
21 Apesar dos resultados serem significativos, é importante analisá-los com cuidado. “Os
22 autores su ? erem que os achados explicariam a maior prevalência da doença em mulheres, mas
23 isso não pode ser concluído através da pesquisa”, comenta o psiquiatra Antonio Egidio Nardi, da
24 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Certamente fatores genéticos e hormonais
25 também devem influir aí”, completa.
26 Um trabalho de 2017 que contou com a participação de Nardi, por exemplo, mostra que
27 o DNA pode estar por ........ dos processos inflamatórios que desencadeariam certos transtornos
28 mentais. Nesse levantamento, os experts avaliaram marcadores genéticos e inflamatórios em
29 pacientes que já haviam tentado o suicídio.
30 “Demonstramos que a carga genética talvez dificulte o bom funcionamento cerebral em
31 situações de estresse, favorecendo a reação inflamatória e agravando o quadro depressivo”,
32 explica o psiquiatra.
33 Por que as mulheres são mais propensas à depressão
34 Segundo Nardi, em geral, esse transtorno surge da interação de fatores genéticos com o
35 estresse. “Depois da primeira crise, parece que a doença segue um curso próprio. Os fatores
36 ambientais e emocionais vão perdendo a capacidade de influir”, complementa o professor.
37 Acontece que a genética e a flutuação hormonal seriam mais preponderantes no
38 desenvolvimento da doença entre o sexo feminino. “Antes da menopausa, a incidência de
39 depressão é pelo menos duas vezes maior nas mulheres. Após a menopausa, é a mesma para
40 os dois sexos”, exemplifica Nardi. Isso indica que os hormônios femininos, que caem em
41 concentração depois dessa fase, têm um papel na depressão.
42 Discussões à parte, fica cada vez mais claro que a depressão não surge apenas por causa
46 de aspectos sociais e psicológicos.
(Fonte: https://saude.abril.com.br – 11 jun 2019 – adaptação)
Analise as seguintes ocorrências da palavra ‘que’:
I. Linha 06.
II. Linha 12.
III. Linha 16.
IV. Linha 26.
V. Linha 30.
VI. Linha 37.
Quais funcionam como conjunção integrante, nos respectivos contextos de ocorrência?
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26Q848000 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Prefeitura de Cabedelo PB Bibliotecário, EDUCA, 2020

Leia o texto I para responder a questão.

Texto I

Ministério entrega à Presidência projeto de privatização dos Correios

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, entregou hoje (14) à Presidência da República o projeto de lei (PL) que cria as condições para a privatização dos Correios. De acordo com ele, o texto final deve ser encaminhado ao Congresso no ano que vem e a expectativa é que seja aprovado até o final de 2021, para que seja iniciado o processo de venda da empresa à iniciativa privada.

“Esse projeto (entregue hoje) trata mais sobre princípios do que regras, até porque o Congresso deve se debruçar sobre esse tema e é lá a arena onde serão debatidos todos os requisitos necessários, sobre a universalização das entregas dos Correios e em relação aos funcionários, tudo isso será tratado com bastante cuidado no Congresso e o Ministério das Comunicação vai fazer o acompanhamento junto com deputados e senadores”, disse, após reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.

Faria explicou que o texto inicial do projeto saiu do Ministério da Economia, passou pelas Comunicações, órgão ao qual o Correios está vinculado, e agora segue para análise da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral. Depois, passa pela Casa Civil para, então, ser encaminhado ao Congresso.

Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou a Accenture, empresa de consultoria que estuda o melhor modelo de negócio para privatização da empresa estatal. Segundo Faria, o trabalho começou a cerca de 30 dias e a consultoria tem até 120 dias para apresentar seus resultados, que também serão enviados ao Congresso para dar suporte ao estabelecimento de parâmetros e diretrizes da privatização. 

“Tudo será debatido, ninguém vai fazer esse processo de maneira brusca. O projeto de privatização vem para melhorar a capacidade de entrega dos Correios”, disse, destacando que a universalização das entregas será mantida. “Quem recebe cartas, boletos, qualquer embalagem dos Correios, em qualquer lugar do país, essa parte da universalização será mantida, ninguém vai deixar de receber. Tenho certeza que o Congresso vai trabalhar nesse sentido”.

Em nota, o Ministério das Comunicações informou que o PL estabelece a nova organização e a manutenção do Sistema Nacional de Serviços Postais, para que sejam explorados em regime privado, “respeitando, porém, a Constituição Federal em seu artigo 21, que estabelece à União manter o serviço postal, o que será delegado ao Operador Postal Designado no decorrer do processo de privatização dos Correios”.

“As atividades dos serviços postais pela iniciativa privada serão baseadas nos princípios constitucionais da atividade econômica e terão por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas aos serviços postais, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores”, diz a nota.

O projeto de Lei prevê ainda a criação da Agência Nacional de Comunicações, em substituição à atual Agência Nacional de Telecomunicações, que passará a regular também os serviços do Sistema Nacional de Serviços Postais, alterando a Lei nº 9.472 de julho de 1997

https://agenciabrasil.ebc.com.br, 14/10/2020
“Faria explicou que o texto inicial do projeto saiu do Ministério da Economia, passou pelas Comunicações, órgão ao qual o Correios está vinculado, e agora segue para análise da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral”.
A palavra destacada “que” é:
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27Q215904 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Médico do Trabalho, TRT 13a Região, FCC

Texto associado.

   O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na formação do paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a influenciar o seu universo ficcional, como a literatura de cordel e o maracatu rural. Não só histórias e casos narrados foram aproveitados para o processo de criação de suas peças e romances, mas também todas as formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se caracterizam justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular nordestina.

   Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e artistas. As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções: levar o teatro ao povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar entre os componentes do conjunto uma problemática teatral e estimular a criação de uma literatura dramática de raízes fincadas na realidade brasileira, particularmente na nordestina.

   No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamada literatura de cordel. A primeira publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada, aconteceu em 1870.

   O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões, quando vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes de Barros, considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas do romanceiro popular do Nordeste”.

   A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore nordestino em linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de montagem e moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do cordel.

   As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade. Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.

   Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio público. Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a reescreve.

(Adaptado de FOLCH, Luiza. Disponível em: www.omarrare.uerj.br/numero15. Acesso em 17/05/2014)

Considerando-se o contexto, a palavra que no segmento

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28Q234401 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Promotor de Justiça, MPE MS, MPE MS

Assinale a oração na qual a palavra “quê” aparece como conjunção integrante:

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29Q687157 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Administrador, UFF, COSEAC, 2019

Texto associado.
TEXTO 2 (Editado)

                A pesquisa científica sobre os efeitos terapêuticos da relação entre seres humanos e animais de
estimação começou nos Estados Unidos em meados de 1960. Depois de muitos estudos e observação,
ficaram claros os benefícios que são gerados nessa interação. Pensando nisso, a Associação Brasileira da
Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) possui um Grupo de Estudos sobre a Interação
Humano e Animal (GE-INTERHA) para fomentar pesquisas que demonstrem a importância dos animais de
estimação para a qualidade de vida das pessoas.
                Essa convivência, segundo pesquisadores, é capaz de melhorar a autoestima, diminuir problemas do
coração e auxiliar a família na diminuição do estresse, na queda da pressão em hipertensos e,
principalmente, de melhorar a interação social.
                Em um estudo realizado recentemente, ficou comprovado que, em geral, as famílias que têm animais
de estimação gastam menos com remédios. Além disso, foi criada a Terapia Assistida por Animais, que pode
ser aplicada em diferentes casos médicos, com grandes melhorias para os pacientes. Alguns casos mais
conhecidos são os tratamentos de idosos e de crianças com paralisia cerebral, autismo ou hiperatividade.
                Os cães e gatos são muito usados, pois são os animais mais próximos do ser humano. As suas visitas
causam melhoras sociais, emocionais, físicas e cognitivas de pacientes em tratamento. Acariciar um animal,
por si só, já ajuda o paciente a relaxar. Cães e gatos também servem como companhia para idosos solitários,
evitando casos de depressão.
A relação entre seres humanos e animais de estimação. Jornal Cruzeiro do Sul, 24/05/13. Disponível em< https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/474869/a-relacaoentre-seres-humanos-e-animais-deestimacao>. Acesso em jan. 2019. (Adaptado)
No trecho “Além disso, foi criada a Terapia Assistida por Animais, que pode ser aplicada em diferentes casos médicos, com grandes melhorias para os pacientes”, a palavra sublinhada pode ser substituída por
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30Q707515 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Contador, IMESF, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
        As razões _______ a indústria do cigarro está investindo em ONG antitabagista.
A indústria do cigarro, capitaneada pela Philip Morris, está investindo um bilhão de dólares
numa ONG que promete um mundo sem cigarro. ______? Cientistas de reputação imaculada
deveriam aceitar contribuições financeiras de uma companhia de tabaco? Este não é um teste
teórico de comportamento ético, mas o dilema que se apresentou dramaticamente para
acadêmicos da Universidade de Utrecht (UU), na Holanda. Quem lançou a isca foi a Philip Morris,
gigante mundial do tabaco, e a oferta não era de se jogar fora: 360 mil euros (1,64 milhão de
reais) para o trabalho de investigar as consequências do contrabando e falsificação de cigarros.
De mais a mais, a companhia acenava com total liberdade para os acadêmicos em suas
apurações.
Não são historicamente as mais decentes as relações entre profissionais da saúde e as
controvertidas usinas de câncer de pulmão. Décadas atrás, a indústria de tabaco tinha o hábito
de recrutar médicos de forma que eles, ao contrário do que já indicavam os alertas patológicos,
alardeassem publicamente as virtudes do fumo para os pulmões e as vias respiratórias. Médicos
de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime. É natural que, hoje em dia,
quando a indústria procura a academia, uma fumaça de desconfiança impregne o ar.
O professor de Direito John Vervaele, encarregado de administrar a doação em Utrecht, reagiu
às críticas argumentando: “Fazemos isso ______ indústria de tabaco não é ilegal. O comércio
ilícito de cigarro, sim”. O argumento não convenceu os pneumologistas e oncologistas da
Sociedade Holandesa do Câncer, os mais desconfiados em relação à pretensa boa vontade da
Philip Morris. “Cerca de 7 milhões de pessoas continuam morrendo todos os anos, no mundo
inteiro, vítimas dos efeitos malignos do fumo” – rebateram os clínicos.
A discussão azedou a tal ponto que a UU acabou declinando da doação. Anunciou que ela
............ vai bancar a pesquisa do professor Vervaele e sua equipe. A Philip Morris, por sua vez,
está disposta a verter uma montanha de dinheiro em programas como aquele que tentou, em
vão, na Holanda. O combate ao comércio ilegal de cigarro vai lhe custar 100 milhões de dólares
– não só em pesquisas, mas também nos custos de repressão ao tráfico. Outro bilhão de dólares
a Philip Morris pretende investir, ao longo de 12 anos, na Foundation for a Smoke-Free World,
uma ONG com sede em Nova York. Como entender que a fabricante do Marlboro, a marca número
1, esteja financiando uma fundação ______ nome apregoa “um mundo sem cigarro”?
A tal fundação ............ controvérsias, de fato. A Philip Morris assegura que ela exprime hoje
uma preocupação que é de ............ indústria do tabaco: como ajudar os fumantes a encontrar
alternativas seguras aos cigarros combustíveis, unanimemente fadados à extinção? Já a
Organização Mundial da Saúde não tem tanta certeza assim dos objetivos meritórios das
campanhas da indústria.
De acordo com a brasileira Vera Luzia da Costa e Silva, chefe da Convenção do Controle do
Tabaco, com sede em Genebra, o que uma entidade endinheirada como a Foundation for a
Smoke-Free World almeja é atropelar as iniciativas coletivas para impor sua própria pauta, seus
próprios métodos e, no final, seus próprios interesses – que continuam comprometendo a vida
saudável.
                   Texto especialmente adaptado para esta prova. 
 Fonte: https://www.cartacapital.com.br/revista/1011/cortina-de-fumaca
Quanto às seguintes ocorrências da palavra que no texto, assinale a altern
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31Q706731 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Assistente Administrativo, JARU PREVI RO, IBADE, 2019

Texto associado.
                                                                                                                                                                        O DIMINUTIVO 
        O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente a usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida também porque a usamos para desarmar certas palavras que, na sua forma original, são ameaçadoras demais. 
        Operação, por exemplo. É uma palavra assustadora. Pior do que intervenção cirúrgica, porque promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos. Uma operação certamente durará horas e os resultados são incertos. Suas chances de sobreviver a uma operação... sei não. Melhor se preparar para o pior. 
        Já uma operaçãozinha é uma mera formalidade. Anestesia local e duas aspirinas depois. Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente. 
        No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente com relação à comida. Nada nos desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha. 
        - Mais um feijãozinho? 
        O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de antropófagos com capacidade para três missionários. Mas a dona da casa o trata como um mingau de todos os dias. 
        O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar duas horas tomando cervejinha sem nenhum dos efeitos que sofreria depois de duas cervejas. 
        E agora, um docinho. 
        E surge um tacho de ambrosia que é um porta-aviões. 
                                                                                                                                                                                                    Luís Fernando Veríssimo
No trecho “E surge um tacho de ambrosia QUE é um porta-aviões.”, o termo destacado QUE tem o seguinte valor morfossintático:
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32Q850388 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Agente Administrativo, CONTEMAX, 2020

As boazinhas que me perdoem

    Qual o elogio que uma mulher adora receber? Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns 700: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais. Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara. Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe: ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa. Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios. Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha.

    Descreva uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastéis, calçados rente ao chão. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor. Nunca teve um chilique. Nunca colocou os pés num show de rock. É queridinha. Pequeninha. Educadinha. Enfim, uma mulher boazinha.

    Fomos boazinhas por séculos. Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas. Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa. Quietinhas, mas inquietas.

    Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen. Ser chamada de patricinha é ofensa mortal. Quem gosta de diminutivos, definha.

    Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. As boazinhas não têm defeitos. Não têm atitude. Conformam-se com a coadjuvância. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.

    Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As “inhas” não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.

MEDEIROS, Martha. Liberdade Crônica. Porto Alegre: L&PM, 2014.

Das opções abaixo, uma apresenta um vocábulo “que” destacado com classificação DIFERENTE das demais; assinale-a:
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33Q848042 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Professor de Educação Básica II, EDUCA, 2020

ENTREVISTA COM ENI ORLANDI

     M. S. - Você tem apresentado uma distinção entre a formação e a capacitação no que tange à formação de professores. Nesse sentido, de que forma os pressupostos teóricos da Análise de Discurso podem contribuir para a proposição de uma política de formação para os profissionais de Letras, tanto em nível de graduação, passando pelas chamadas formações continuadas, ofertadas pelas Secretarias de Educação de estados e municípios, quanto no âmbito da pós-graduação? 

     E. O. - A distinção que faço entre formação e capacitação não significa como está significada a palavra formação em “formação continuada”. Ao contrário, é uma noção que procurei formular para abrigar a possibilidade de se pensar em uma prática pedagógica de construção real de conhecimento, e não presa ao imaginário escolar já significado antes mesmo que se estabeleçam relações concretas com os alunos. A distinção básica é a que estabeleço entre a relação do ensino com a informação - capacitação - e com o conhecimento, com o saber - formação. Na capacitação, consumo e cidadania se conjugam. 
 
     Na conjuntura histórica atual, a alfabetização e o desenvolvimento se declinam, então, em “educação e mercado”, em que o mercado exige a qualificação do trabalho, a qualificação do trabalhador: um país educado. Isto significa um país rico em que os cidadãos “educados” são capacitados para o trabalho e circulam como consumidores de um mercado de trabalho qualificado; neste caso, o da capacitação, o denominador comum é o trabalho, e não o conhecimento. Basta a informação, o treinamento. O mercado funciona como uma premissa indefinida para se falar em “sustentabilidade”

     Esta palavrinha traz em seu efeito de memória a de desenvolvimento, que é o que precisamos, segundo o discurso dominante em uma sociedade capitalista, sobretudo em países ditos pobres. A capacitação é a palavra presente constantemente na mídia, na fala de empresários, governantes e... na escola. De nosso ponto de vista, este funcionamento discursivo silencia a força da reivindicação social presente, no entanto, na palavra formação. Pensando politicamente, podemos dizer que a formação, e não a capacitação, pode produzir um aluno “não alienado”. Retomo, aqui, o conceito de K. Marx (1844), segundo o qual a alienação desenvolve-se quando o indivíduo não consegue discernir e reconhecer o conteúdo e o efeito de sua ação interventiva nas formas sociais.

     A análise de discurso pode prover elementos para que a formação, e não a capacitação, seja incentivada como forma de relação com o conhecimento. Já porque suas reflexões juntam sujeito, língua, educação e formação social. Em minhas reflexões, uno a isto uma teorização do sujeito em que se tem os seus modos de individuação, produzidos pela articulação simbólico-política do Estado, através de instituições e discursos. Aí incluo, nesta presente reflexão, a escola e os discursos do conhecimento.

     Consideramos que a educação, e, em particular, o ensino da língua, como parte do que tenho trabalhado como a individuação do sujeito, neste caso, sendo a instituição a escola, poderia, se bem praticado como processo formador do indivíduo na sua relação com o social e o trabalho, dar condições para que este sujeito “soubesse” que sabe a li?ngua e soubesse “ler e escrever”, de forma a, em sua compreensão, ser capaz de dimensionar o efeito de sua intervenção nas formas sociais, com todas as consequências sociais e históricas que isto implica. Em uma palavra, se desalienasse. O que a capacitação não faz, pois o torna apenas um indivíduo bem treinado e, logo, mais produtivo. Isto não o qualifica em seu conhecimento, o que, com a formação, se dá e produz o efeito de tornar esse sujeito mais independente, deixando de ser só mais um instrumento na feitura de um “pai?s rico”. Ele estaria formado para dar mais um passo na direção de não só formular como reformular e ressignificar sua relação com a língua institucionalizada, a da escola, mas também com a sociedade.

     Ao invés de ser apenas um autômato de uma empresa (com a capacitação), poderia ser um sujeito em posição de transformar seu próprio conhecimento, compreender suas condições de existência na sociedade e resistir ao que o nega enquanto sujeito social e histórico. Tudo isto, se pensamos na formação - desde a educação básica, como o ensino superior - leva-nos a dizer que há modos de formar sujeitos preparados para descobertas e para inovações. Sujeitos bem formados que podem “pensar por si mesmos”, tocando o real da li?ngua em seu funcionamento e o da história, no confronto com o imaginário que o determina.

ORLANDI, EniPulccinelli. Entrevista com EniOrlandi. [Entrevista
concedida a Maristela Cury Sarian] Pensares em Revista, São Gonçalo
- RJ, n. 17, p. 8-17, 2020. (Fragmento).
A partícula que assume várias funções morfossintáticas na língua portuguesa, podendo a ela serem atribuídos diversos sentidos. No trecho seguinte: “(...)e resistir ao que o nega enquanto sujeito social e histórico(...)”. O termo destacado exerce função de:
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34Q850578 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Procurador Jurídico, EDUCA, 2020

Texto I

Adaptado

Governo de SP divulga dados sobre segurança

da vacina contra a Covid da Sinovac 


O governo de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (19) dados sobre a segurança da vacina contra a Covid desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. Ainda não são dados oficiais usados para futuro registro, mas a vacina da chinesa Sinovac, que está em teste coordenado pelo Instituto Butantan, tem demonstrado níveis de segurança classificados como excelentes na entrevista desta segunda.

Seis mil dos nove mil voluntários ainda não receberam a segunda dose da vacina testada pelo Butantan, mas acompanhamento de saúde feito de rotina mostrou que menos de 20% deles tiveram dor de cabeça e quase não foram observados efeitos colaterais leves, como edema ou inchaço no local da aplicação. Só que segurança é apenas um dos obstáculos a serem vencidos.

O governo paulista, que antes falava em 15 de dezembro como o início da vacinação em profissionais de saúde, agora não estabelece mais prazo.

“As perspectivas, como eu disse, são relativamente otimistas, mas nós não podemos dar para você uma data precisa de quando isso vai acontecer. Esperamos que até o final desse ano essa vacina tenha o seu dossiê entregue na nossa Anvisa, e que a Anvisa possa proceder muito rapidamente a análise e o registro da vacina”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

E, para chegar lá, todas as vacinas precisam passar pela fase três de testes, uma fase que pode demorar mais que o esperado por dois motivos apresentados nesta segunda em São Paulo: dificuldade em encontrar voluntários, e em atingir, entre eles, um número suficiente de contaminados pelo coronavírus para avaliar a eficácia da vacina.

No caso da vacina da Sinovac do Butantan, são necessários mais quatro mil voluntários de 18 a 60 anos que trabalhem na área da saúde em contato com pacientes de Covid. Além disso, avaliações só são feitas quando 61 e depois 151 voluntários forem contaminados pelo coronavírus.

“Como o estudo é controlado por um organismo internacional, quer dizer, não tem nenhum brasileiro participando desse comitê, é esse comitê que avalia os dados que são remetidos diariamente para lá, e é esse comitê que abrirá o estudo quando atingirmos 61 casos”, afirma Dimas Covas.

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/19

Em: “Esperamos que até o final desse ano essa vacina tenha o seu dossiê entregue na nossa Anvisa”, pode-se afirmar que a palavra destacada:
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35Q698328 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Analista Administrativo, Prefeitura de Jaru RO, IBADE, 2019

Texto associado.

BRASIL NO PROJETO EHT

        A primeira imagem de um buraco negro está circulando pelo mundo já faz uma semana. Esse feito só foi possível a partir de uma combinação de sinais capturados por oito radiotelescópios e montada com a ajuda de um "telescópio virtual" criado por algoritmos. Mais de 200 cientistas de diferentes nacionalidades, que participaram do avanço científico, fazem parte do projeto Event Horizont Telescope (EHT).

        Entre eles, está o nome da brasileira Lia Medeiros, de 28 anos, que se mudou na infância para os Estados Unidos, onde acaba de defender sua tese de doutorado (conhecida lá fora como PhD) pela Universidade do Arizona. Filha de um professor de Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), afirmou, em entrevista ao G1, que cresceu perto de pesquisas científicas. Ela também precisou usar inglês e português nos vários lugares em que morou e, por isso, viu na matemática uma linguagem que não mudava. 

        Especializada em testar as teorias da física nas condições extremas do espaço, Lia encontrou no EHT o projeto ideal para o seu trabalho. Ela atuou tanto na equipe que realizou as simulações teóricas quanto em um dos quatro times do grupo de imagens. Os pesquisadores usaram diferentes algoritmos para ter os pedaços da imagem do buraco negro captados pelos sinais dos radiotelescópios e preencher os espaços vazios para completar a "fotografia". 

        O feito de Lia recebeu destaque no site da Universidade do Arizona, que listou o trabalho no projeto de mais de 20 estudantes da instituição, começando pela brasileira. Segundo a pesquisadora, embora os resultados do projeto EHT tenham sido obtidos graças ao trabalho de mais de tantas pessoas, o foco que as mulheres participantes do projeto receberam é positivo para mudar o estereótipo de quem pode e deve ser cientista.


Como você se envolveu com ciência e, mais especificamente, com a astronomia?


        Meu pai é professor universitário e cresci perto da pesquisa científica. Decidi que queria fazer um PhD desde cedo, mesmo antes de saber o que queria estudar. Mudei muito durante a minha vida e troquei de línguas entre português e inglês três vezes até os 10 anos. Quando era criança, percebi que, mesmo que a leitura e a escrita fossem completamente diferentes em países diferentes, a matemática era sempre a mesma. Ela parecia ser uma verdade mais profunda, como se fosse de alguma forma mais universal que as outras matérias. Mergulhei na matemática e amei.

         No ensino médio, estudei física, cálculo e astronomia ao mesmo tempo e, finalmente, entendi o real significado da matemática. Fiquei maravilhada e atônita que nós, seres humanos, conseguimos criar uma linguagem, a matemática, que não é só capaz de descrever o universo, mas pode inclusive ser usada para fazer previsões.

        Fiquei especialmente maravilhada pelos buracos negros e a teoria da relatividade geral. Decidi então que queria entender os buracos negros, que precisava entender os buracos negros. Lembro que perguntei a um professor qual curso eu precisava estudar na faculdade para trabalhar com buracos negros. Ele disse que provavelmente daria certo com física ou astronomia. Então eu fiz as duas. 


E como você se envolveu com o projeto do EHT?


        Meus interesses de pesquisa estão focados no uso de objetos e fenômenos astronômicos para testar os fundamentos das teorias da física. Eu vejo a astronomia como um laboratório onde podemos testar teorias nos cenários mais extremos que você possa imaginar. O EHT era o projeto perfeito para isso, porque as observações dele sondam a física gravitacional no regime dos campos de força em maneiras que ainda não tinham sido feitas antes. (...) 

        Tenho dedicado uma porcentagem significativa do meu tempo, durante meus estudos, em tentar expandir a representação das mulheres na ciência, especificamente focando em dar às meninas jovens exemplos positivos nos modelos femininos na STEM [sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática]. Por exemplo, frequentemente visito escolas de ensino médio e outros locais para dar palestras públicas.

        Na minha opinião, reconhecer que muitas mulheres estão envolvidas nesse resultado pode ser muito benéfico para mudar o estereótipo de quem pode e deve ser cientista. É importante que garotas e jovens mulheres saibam que essa é uma opção para elas, e que não estarão sozinhas se optarem por uma carreira científica.

https://gazetaweb.globo.com/

Em “Ele disse que provavelmente daria certo com Física ou Astronomia.”, o QUE tem o mesmo valor gramatical em:
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36Q708237 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Analista Ambiental Engenheiro Florestal, Prefeitura de Juiz de Fora MG, AOCP, 2019

Assinale a alternativa em que o “que” destacado possui a mesma função exercida pelo “que” presente em: “[...] distanciou-o também da arte, que talhada para captar a essência humana, o faz de maneira basicamente intuitiva.”.
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37Q849036 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Médico ESF, CONTEMAX, 2020

TEXTO II

Anarquistas e supremacistas brancos são grandes ameaças terroristas nos EUA (DHS)


     Os supremacistas brancos e anarquistas representam uma importante ameaça terrorista interna nos Estados Unidos, e poderiam gerar violência em eventos ligados às eleições de 3 de novembro, advertiu nesta terça-feira o Departamento de Segurança Interna (DHS).


     Um relatório bastante aguardado sobre as ameaças à segurança no país aponta que os supremacistas brancos foram responsáveis por 39 das 48 mortes atribuídas à violência extremista doméstica em 2018-2019, enquanto outras categorias de extremistas foram responsáveis pelo restante. Mas segundo o DHS, anarquistas e antigovernamentais (aqueles que protestam contra a polícia e o racismo) representam uma nova ameaça.


     O secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, assinala no prefácio do documento: "Em setembro de 2019, começamos a observar uma nova e alarmante tendência de exploração dos protestos legais por esses grupos, causando violência, morte e destruição nas comunidades americanas".


     Wolf cita 300 agentes da lei feridos durante os protestos, que, segundo ele, "representam uma ameaça significativa à pátria, ao prejudicarem a segurança pública e a dos oficiais".


     O relatório, que sofreu um atraso de meses devido a discussões internas sobre como seriam retratados os extremistas nacionais, evita as classificações "esquerdista" e "direitista".


     Desde o começo do ano, o presidente Donald Trump e o procurador-geral Bill Barr apontaram grupos "anarquistas radicais" e "de esquerda" como uma ameaça importante ao país, citando protestos violentos em várias cidades, onde dezenas de policiais ficaram feridos. Trump fez deste tema uma parte essencial do seu discurso de campanha, ao mesmo tempo que evita falar sobre extremistas de direita - incluindo neonazistas e supremacistas brancos -, ligados a várias mortes, incluindo de agentes. 


     Na semana passada, Trump disse que os Proud Boys, grupo de ultradireita masculino, deveriam "retroceder e se manter à espera", já que o verdadeiro problema seriam os radicais "de extrema esquerda". O informe, no entanto, associa múltiplos ataques em massa e mortes a extremistas de direita, apenas. 


     O documento adverte que alguns extremistas "poderiam mirar em eventos relacionados às campanhas presidenciais de 2020, nas eleições em si, nos resultados eleitorais ou no período pós-eleitoral". O texto ressalta que "estes atores poderiam se mobilizar rapidamente para ameaçar ou participar de atos de violência”.


Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2020/10/06/anarquistas-e-supremacistas-brancos-sao-grandes-ameacas-terroristas-nos-eua-dhs.htm (Com adaptações)

Os termos destacados nas alternativas abaixo retiradas do texto II apresentam a mesma natureza morfológica; a EXCEÇÃO encontra-se na opção:
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38Q196005 | Português, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Ajudante, LIQUIGAS, CESGRANRIO

"Eu me entregava com prazer à tarefa de "formar sentenças". Era assim que ela costumava dizer. Eunice me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras quantas eu conhecesse. Eu ia dando forma às sentenças com essas palavras que eu escolhia e escrevia." (l. 37–42).
No texto, o pronome relativo que tem como referente

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39Q691297 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Técnico em Contabilidade, UFMG, UFMG, 2019

Texto associado.
Mudança climática: conheça os impactos do Aquecimento Global
    A mudança do clima é um dos maiores desafios do nosso tempo. Nenhum país é imune aos seus efeitos, que repercutem na
economia, na saúde, na segurança, na produção de alimentos, entre outros, acarretando graves consequências para toda a humanidade.
    Comumente acabam surgindo dúvidas a respeito do tema. O que vem a ser aquecimento global? Quais são as suas causas? O que
esperar dos seus efeitos?
    Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão que consiste no aumento da temperatura média dos oceanos e do
ar perto da superfície da Terra. Embora muitos acreditem que o aquecimento global seja um problema que tenha a degradação ambiental
como uma de suas causas, na verdade trata-se de um fenômeno natural agravado severamente pela ação antrópica, potencializado nos
últimos anos.
    Uma das principais causas antrópicas do aquecimento global são os desmatamentos e queimadas que eventualmente diminuem o
consumo de CO2 pelas vegetações remanescentes, o que contribui para aglomeração desse gás na atmosfera. Além disso, a poluição, o alto
consumo e queima de combustíveis fósseis, processos cada vez mais intensos desde o início da Revolução Industrial, produzem também
uma grande taxa de CO2, agravando o problema.
    É importante entender que o aquecimento global pode trazer graves consequências para todo o planeta. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) estima que, entre 2030 e 2050, a mudança climática pode causar um aumento de 250.000 mortes/ano ocasionadas pela
malária, desnutrição, diarreia e o estresse causado pelo calor.
    Nosso planeta é um organismo vivo e por isso está em constante mudança. A intensificação do aquecimento global é uma das
maiores ameaças já enfrentadas pela humanidade. É fundamental que ocorra uma profunda revolução em nossas consciências, em nossas
políticas e em nossas economias para preservarmos nossa existência.
    A ONU Meio Ambiente se empenha em fortalecer as capacidades locais e nacionais para enfrentar os impactos da mudança do clima
para que, dessa forma, seja possível o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas voltadas à mitigação das alterações climáticas.
    O caminho para o combate à mudança climática também passa pela alteração de nossa base energética, fundamentada em uso de
hidrocarbonetos como o petróleo. É claro que essa alteração será realizada de forma gradual, por meio de programas voltados para a
diversificação da base energética.
BORGES, Leonardo. Mudança climática: conheça os impactos do Aquecimento Global. Disponível em:
. Acesso em 23 nov. 2018. [Fragmento Adaptado]

O termo que em destaque classifica-se como pronome relativo em
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40Q701641 | Português, Funções Morfossintáticas da Palavra QUE, Profissional de Nível de Suporte I Agente de Segurança, ITAIPU BINACIONAL, FUNPAR NC UFPR, 2019

Texto associado.
Considere seguinte texto:
Em 2015, um grupo de arqueólogos achou um “tesouro” na floresta de La Mosquita, no nordeste de Honduras. Lá, eles encontraram as ruínas milenares de um assentamento que alguns consideram corresponder à chamada “Cidade Branca”, também conhecida como “Cidade Perdida do Deus Macaco”.
(Fonte: adaptado de BBC, ago. 2019.)
Assinale a alternativa na qual o termo “que” tem a mesma função do elemento destacado no texto acima.
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