Leia os fragmentos de texto a seguir.
I. É ingênuo acreditar que numa fazenda de mil escravos
predominava a doçura e a regalia. Não se pode correr o risco
de promover uma redenção da escravidão sob as mãos cristãs,
nem se pode ignorar a tipicidade da escravidão jesuítica.
Segundo relatos e pesquisas, os escravos dos jesuítas ficavam,
em determinadas situações, sob o regime mais abrandado.
Porém, os mesmos argumentos de ilegitimidade da escravidão
que moviam o combate à escravidão indígena não serviam ao
escravo africano e não moveram as forças dos missionários.
ROCHA, Ilana. Escravos da Nação: O público e privado na escravidão brasileira,
1760-186, Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, 2012, p. 30.
(Adaptado)
II. É proverbial a benignidade, doçura e largueza, com que os
jesuítas tratavam geralmente os seus escravos. Não se
esqueciam de que eram homens. Toleravam-lhes faltas e
concediam-lhes regalias, que mais ninguém lhes dava. Não os
tendo como meio ganancioso de enriquecimento individual,
senão por necessidade de assegurar a vida dos Colégios e da
catequese, sucedia às vezes que, com os gastos desses
trabalhadores, era mais a perda que o proveito.
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Lisboa, Rio de Janeiro:
Portugália, Civilização Brasileira, 1938, Tomo II, p. 352. (Adaptado)
A respeito da escravidão africana praticada pelos jesuítas no
período colonial do Brasil, assinale a afirmativa que interpreta
corretamente os trechos acima.
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