O modelo médico de deficiência é uma abordagem que se concentra nas limitações físicas,
sensoriais ou cognitivas da pessoa com deficiência e as vê como características individuais que
precisam ser corrigidas, tratadas ou curadas. Nesse modelo, a deficiência é considerada uma
condição patológica ou anormalidade que requer intervenção médica para mitigar seus efeitos.
Críticas ao modelo médico de deficiência destacam que ele pode contribuir para a estigmatização, a
exclusão social e a falta de autonomia das pessoas com deficiência, além de ignorar fatores sociais,
culturais e ambientais que influenciam sua experiência de vida. A escola atual tem se baseado no
referido modelo de deficiência quando condiciona o acesso a direitos básicos de educação àapresentação de diagnóstico clínico ou laudo médico, fortalecendo uma visão equivocada de seu
próprio papel na promoção da inclusão e igualdade de oportunidades. Ao adotar essa abordagem, a
escola muitas vezes coloca a responsabilidade pelo acesso à educação inclusiva exclusivamente
sobre o aluno com deficiência, ignorando as barreiras sociais, estruturais e atitudinais que podem
estar presentes no ambiente escolar. Logo:
I- Essa prática reforça a ideia de que a deficiência é uma questão individual a ser tratada pelos
profissionais de saúde, em vez de reconhecer a responsabilidade coletiva da sociedade e da própria
instituição educacional em garantir a participação plena e igualitária de todos os alunos.
II- Além disso, ao exigir um diagnóstico clínico como pré-requisito para o acesso a serviços e
recursos educacionais especializados, a escola pode perpetuar estigmas e exclusão,
desconsiderando as necessidades específicas de cada aluno e promovendo a segregação em vez
da inclusão.
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