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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1101Q49576 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ AL, FGV, 2018

Texto associado.
TEXTO - Ressentimento e Covardia
 
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
A crítica central do texto de Carlos Heitor Cony se dirige:
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1102Q18412 | Português, Interpretação de Textos, Sargento da Aeronáutica, EEAR, FAB

Texto associado.
A GUERRA DO PLÁSTICO

     Só 5% do plástico produzido pela indústria petroquímica mundial desde os anos 1930 foi incinerado. O restante continua em algum lugar do planeta. Grande parte desse plástico se acumula em aterros sanitários e lixões. Outra parte cai nos bueiros, é arrastada pelos rios até os oceanos, onde se acumula em bizarras ilhas flutuantes. Espécies ameaçadas como as tartarugas marinhas confundem o plástico com algas e, ao comê-lo, morrem asfixiadas.
     Uma das maiores iniciativas para lidar com essa tragédia ambiental é a adoção dos plásticos biodegradáveis. Eles foram desenvolvidos a partir dos anos 1990 por gigantes da indústria petroquímica. Trata-se de plásticos que se decompõem sob a ação do sol, da umidade ou do ar, em prazos que variam de poucos meses até cinco anos. O tipo mais usado é o oxibiodegradável, que se decompõe em cerca de 18 meses. Em contato com o ar, ele se desmancha em bilhões de partículas invisíveis. Com a disseminação mundial do discurso de proteção à natureza, o uso dos biodegradáveis começou a crescer no comércio, especialmente como sacolas de supermercado. Mas alguns estudos recentes contestam a eficácia do plástico oxibiodegradável – justamente o mais usado por causa do curto tempo de decomposição. Joseph Greene, um pesquisador da Universidade da Califórnia, testou a decomposição desses produtos e concluiu que a biodegradação não é uma solução definitiva. Alguns plásticos foram absorvidos pelo meio ambiente, mas outros viraram pó, sem ser consumidos por bactérias e fungos.
     Para Sílvia Rolim, do Instituto Socioambiental dos Plásticos, a melhor forma de proteger o ambiente é produzir plásticos mais resistentes. Assim, eles seriam reutilizados ou reciclados. Está aí um debate que pode durar décadas.

(FERREIRA Thaís, Revista Época, janeiro, 2009-adaptado)
Assinale a alternativa correta em relação ao que se afirma no texto.
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1103Q687988 | Português, Interpretação de Textos, Sargento da Aeronáutica, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
                                                  Como os campos
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Marina Colasanti
1                  Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida 
      adulta, acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos.
      Porém, como fizessse cada dia mais frio com o adiantar-se do 
      outono, dele se aproximaram e perguntaram:
5                 – Senhor, como devemos vestir-nos?
                   – Vistam-se como os campos - respondeu o sábio.
                   Os jovens então subiram a uma colina e durante dias 
      olharam para os campos. Depois dirigiram-se à cidade, onde 
      compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras.
10  Levando cestas carregadas, voltaram para junto do sábio.
                   Sob o seu olhar, abriram os rolos das sedas, desdobraram
      as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo, e os
      emendaram com retângulos de cetim. Aos poucos, foram
      criando, em longas vestes, os campos arados, o vivo verde dos
15 campos em primavera, o pintalgado da germinação. E
      entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais, fios de prata
      no alagado das chuvas, até chegarem ao branco brilhante da
      neve. As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio
      nada disse.
20               Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa.
      Esperava que o algodão estivesse em flor, para colhê-lo. E
      quando teve os tufos, os fiou. E quando teve os fios, os teceu.
      Depois vestiu sua roupa branca e foi para o campo trabalhar.
                 Arou e plantou. Muitas e muitas vezes sujou-se de terra. E
25 manchou-se do sumo das frutas e da seiva das plantas. A
      roupa já não era branca, embora ele a lavasse no regato.
      Plantou e colheu. A roupa rasgou-se, o tecido puiu-se. O
      jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã, costurou
      remendos onde o pano cedia. E quando a neve veio, prendeu
30 em sua roupa mangas mais grossas para se aquecer.
                Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços,
      que ninguém poderia dizer como havia começado. E estando
      ele lá fora uma manhã, com os pés afundados na terra para
      receber a primavera, um pássaro o confundiu com o campo e
35 veio pousar no seu ombro. Ciscou de leve entre os fios,
      sacudiu as penas. Depois levantou a cabeça e começou a
      cantar.
                Ao longe, o sábio, que tudo olhava, sorriu.
                     Colasanti, M. Mais de 100 histórias maravilhosas - 1.ed. – São
                                                                                                        Paulo: Global, 2015
Qual das afirmações abaixo resume a ideia principal do texto, a moral da história?
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1104Q687691 | Português, Interpretação de Textos, Agente de Fomento Externo, AFAP, FCC, 2019

Texto associado.
1. O mantra do momento é "siga o seu coração". O coração é sábio. Se o coração não palpita, mude de vida. Ou de trabalho
2. Antigamente o trabalho era apenas um instrumento para garantir o sustento. A ideia que o "trabalho nos completa", nos "apaixona", seria incompreensível. Mas não é incompreensível hoje. Se não sentirmos um amor eterno pela rotina do escritório, pensaremos em uma derrota existencial.
3. Mas, se, em matéria de trabalho, o que interessa é cumprir nossa paixão, isso significa que todos temos uma paixão para cumprir. Noções de esforço e mérito deixam de fazer sentido. Tudo que interessa é descobrir nossa vocação. Contudo, conforme alertam psicólogos, esse raciocínio não sobrevive a uma análise cuidadosa.
4. Em matéria vocacional, a teoria de que aquilo que nos apaixona já está inscrito no nosso "DNA existencial" é a teoria dos românticos, que pulam de trabalho em trabalho em busca da epifania. Se não a encontram, a frustração aumenta. Para pesquisadores, pessoas que se refugiam nessa teoria dificilmente encontram a paixão que procuram. O mundo não é o reflexo perfeito dos nossos desejos, ele é mais imprevisível e diverso do que nossas fantasias mentais.
5. Quando nos agarramos a uma ideia fixa de realização pessoal, não vemos oportunidades de trabalho alternativas. Pior ainda: encaramos cada surpresa como um desvio intolerável. Quem acredita na vocação "natural" não concebe a existência de obstáculos. Se as coisas não são tão simples como imaginamos, isso pode significar que estamos no caminho errado.
6. Moral da história? Não siga seu coração. Prefira abrir sua cabeça para possibilidades que existem - e que sua cabeça nem sequer imaginava que existiam. 
Verifica-se emprego de verbo no modo imperativo no seguinte trecho:
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1105Q218090 | Português, Interpretação de Textos, Papiloscopista Policial, Polícia Civil RJ, IBFC

Texto associado.

Texto I

                                        Notícia de Jornal
                                                                  (Fernando Sabino)
       Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
       Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
      Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
      O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identifcado. Nada se sabe dele,senão que morreu de fome.
       Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária,um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
       Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.
      E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome,pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens.Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
       E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.


              (Disponível em http://www.fotolog.com.br/spokesman_/70276847/: Acesso em 10/09/14)

Text II

O Bicho
           (Manuel Bandeira)

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

(Disponível em: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho.htm, acesso em 10/09/2014)

Tanto na crônica (Texto I) quanto no poema (Texto II) os enunciadores não se limitam a apresentar o fato; eles também buscam causar comoção em seus leitores. A função de linguagem que melhor retrata esse objetivo e os trechos que podem representar esse aspecto são, respectivamente:

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1106Q167953 | Português, Interpretação de Textos, Auditor Fiscal da Receita Estadual, SEFAZ SC, FCC, 2018

Texto associado.

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A punição para quem já está preso é a solitária. Não é para menos: a ausência de convivência com outros seres humanos é extremamente penosa. Ela causa depressão, facilita o aparecimento de doenças, aumenta a agressividade e pode levar ao suicídio.

    Nas sociedades modernas, a solidão atinge até 50% das pessoas com mais de 60 anos. Nas sociedades primitivas, vivíamos em constante contato, dividindo tarefas com os membros de nossa tribo. Hoje é possível sofrer de solidão mesmo vivendo numa grande cidade.

    Que a solidão causa mudanças comportamentais ninguém duvida, mas agora foi descoberto um neuropeptídio (NkB), uma espécie de hormônio, envolvido nesse processo, e ao mesmo tempo um composto químico capaz de debelar os efeitos da solidão.

    Camundongos foram colocados sozinhos por duas semanas (o que equivale a um ano para seres humanos). Após esse tempo, eles apresentavam os sintomas típicos da solidão. Suscetibilidade ao estresse e aumento da agressividade. Os cientistas, ao examinar os cérebros desses animais, observaram um enorme aumento na quantidade de NkB.

    Em outro experimento, os cientistas empregaram um recurso genético para induzir o aumento do NkB artificialmente, sem expor os animais à solidão. Esses animais, mesmo convivendo com outros de sua espécie, exibiram os sintomas da solidão, comprovando que esse hormônio está envolvido com o aparecimento de seus sintomas em camundongos. Como esse mesmo hormônio existe em seres humanos, devem ser obtidos os mesmos resultados quando esses experimentos forem repetidos em pessoas.

    Apesar de agora conhecermos uma molécula que provoca os sintomas da solidão, ainda não sabemos como ela provoca o aumento dessa molécula no cérebro. Será que é a falta de interação física que provoca a solidão, será a falta de estímulos visuais ou olfativos, ou uma combinação desses fatores?

    Esses experimentos também sugerem que pode haver um medicamento capaz de fazer desaparecer os sintomas da solidão. Mas não seria melhor curar a solidão interagindo com os amigos, a família e outras pessoas do convívio social? A solidão é um problema criado pela sociedade moderna. Ele deve ser resolvido com uma nova droga ou com uma mudança de comportamento?


(Adaptado de: REINACH, Fernando. Disponível em: ciencia.estadao.com.br)

Identifica-se noção de causa e consequência em:
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1107Q137146 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRT 22ª Região, FCC

Texto associado.

Sobre o natural e o sobrenatural

Outro dia escrevi sobre a importância do não saber, de
como o conhecimento avança quando parte do não saber, isto
é, do senso de mistério que existe além do que se sabe.
A questão aqui é de atitude, de como fazer frente ao
desconhecido. Existem duas alternativas: ou se acredita na capacidade
da razão e da intuição humana (devidamente combinadas)
em sobrepujar obstáculos e chegar a um conhecimento
novo, ou se acredita que existem mistérios inescrutáveis, criados
por forças além das relações de causa e efeito.
No meu livro Criação imperfeita, argumentei que a
ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas.
Sempre existirão novos desafios, questões que a nossa pesquisa
e inventividade não são capazes de antecipar. Podemos
imaginar o conhecido como sendo a região dentro de um círculo
e o desconhecido como sendo o que existe fora do círculo. Não
há dúvida de que à medida que a ciência avança ocírculo
cresce. Entendemos mais sobre o universo e entendemos mais
sobre a mente. Mas, mesmo assim, o lado de fora do círculo
continuará sempre lá. A ciência não é capaz de obter conhecimento
sobre tudo o que existe no mundo. E por que isso?
Porque, na prática, aprendemos sobre o mundo usando nossa
intuição e instrumentos. Sem telescópios, microscópios e detectores
de partículas, nossa visão de mundo seria mais limitada.
Porém, tal como nossos olhos, essas máquinas têm limites.
Parafrasendo o poeta romano Lucrécio, as pessoas
vivem aterrorizadas pelo que não podem explicar. Ser livre é
poder refletir sobre as causas dos fenômenos sem aceitar cegamente
"explicações inexplicáveis", ou seja, explicações baseadas
em causas além do natural.
Não é fácil ser coerente quando algo de estranho
ocorre, uma incrível coincidência, a morte de um ente querido,
uma premonição, algo que foge ao comum. Mas, como dizia o
grande físico Richard Feynman, "prefiro não sabera ser enganado."
E você?

(Adaptado de Marcelo Gleiser, Folha de S. Paulo, 11/07/2010)

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

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1108Q134307 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Biblioteconomia, TRF 5a, FCC

Texto associado.

Num encontro pela liberdade de opinião

Vimos aqui hoje para defender a liberdade de opinião
assegurada pela Constituição dos Estados Unidos e também
em defesa da liberdade de ensino. Por isso mesmo, queremos
chamar a atenção dos trabalhadores intelectuais para o grande
perigo que ameaça essa liberdade.

Como é possível uma coisa dessas? Por que o perigo é
mais ameaçador que em anos passados? A centralização da
produção acarretou uma concentração do capital produtivo nas
mãos de um número relativamente pequeno de cidadãos do
país. Esse pequeno grupo exerce um domínio esmagador sobre
as instituições dedicadas à educação de nossa juventude, bem
como sobre os grandes jornais dos Estados Unidos. Ao mesmo
tempo, goza de enorme influência sobre o governo. Por si só,
isso já é suficiente para constituir uma séria ameaça à liberdade
intelectual da nação. Mas ainda há o fato de que esse processo
de concentração econômica deu origem a um problemaanteriormente
desconhecido - o desemprego de parte dos que estão
aptos a trabalhar. O governo federal está empenhado em
resolver esse problema, mediante o controle sistemático dos
processos econômicos - isto é, por uma limitação da chamada
livre interação das forças econômicas fundamentais da oferta e
da procura.

Mas as circunstâncias são mais fortes que o homem. A
minoria econômica dominante, até hoje autônoma e desobrigada
de prestar contas a quem quer que seja, colocou-se em
oposição a essa limitação de sua liberdade de agir, exigida para
o bem de todo o povo. Para se defender, essa minoria está
recorrendo a todos os métodos legais conhecidos a seu dispor.
Não deve nos surpreender, pois, que ela esteja usando sua
influência preponderante nas escolas e na imprensa para
impedir que a juventude seja esclarecida sobre esse problema,
tão vital para o desenvolvimento da vida neste país.
Não preciso insistir no argumento de que a liberdade de
ensino e deopinião, nos livros ou na imprensa, é a base do
desenvolvimento estável e natural de qualquer povo. Possamos
todos nós, portanto, somar as nossas forças. Vamos manternos
intelectualmente em guarda, para que um dia não se diga
da elite intelectual deste país: timidamente e sem nenhuma
resistência, eles abriram mão da herança que lhes fora
transmitida por seus antepassados - uma herança de que não
foram merecedores.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Conferência pronunciada
em 1936)

Albert Einstein, além de ser o notabilíssimo físico, preocupava- se também, como fica evidente no texto, com a

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1109Q116830 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Sistemas, Sergipe Gás SA, FCC

Texto associado.

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões. Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela, tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava) diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios, estações etc.
Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se, antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços, compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação estética: insistir no critério da simetriaou permitir variações de padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista plástico pesquisando linguagem...
De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos. A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada, mas logo alguém perguntava: ? Vamos brincar? Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido, erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que se entretinha facilmente com suas peças demadeira.


(Oduvaldo Monteiro, inédito)

Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente um segmento em:

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1110Q35185 | Português, Interpretação de Textos, Pedagogo, IFES

Texto associado.
A próxima questão,terão como base os dois textos seguintes. Leia-os:

Texto 1:
ESSES TEXTOS


O texto primeiro existe
só, como ponto.
Se transforma depois em linha
com sua própria força 
de deslocação,
sua velocidade própria.

Depois,
o leitor institui
outra linha, lendo.
O leitor constitui
um feixe de linhas cruzadas
organizando os textos.

No percurso do texto
e no trânsito da leitura,
as linhas se chocam,
se repudiam, se perdem,
correm pararelas
e podem se amar.
Depois, saber fazer
retorná-las a ponto.

(Mas o importante é o leitor. Você.)

É preciso ter calma.
Saber ir abotoando
os elementos vários
à espera do clique de colchete.
Quando dois ou mais
se engatam,
fecha-se um sentido
único e exclusivo.
Mas que você pode emprestar
a alguém,
desde que o diga
(Não tenha medo da alta-velocidade.
Não tenha receio de dar marcha à ré.)

É preciso ter pressa.
Saber ir desabotoando
os colchetes de sentido
como quem quer tirar
camisa usada e suada
de dia de trabalho.
Cada camisa,
depois de surrada,
é fonte
de novo esforço.
Ou então vira
camisa-de-força.

É preciso saber vestir
o texto,
como tatuagem na própria
pele.

É preciso saber tatuar
o texto,
como sulcos feitos
na bruta realidade.

O duplo estilete
do texto e da leitura,
do autor e do leitor.

A dupla tatuagem
contra o próprio corpo
e a realidade bruta.

A tatuagem que se imprime
para poder forçar
a barra.
A tatuagem que o corpo,
depois de violado
tatua. Violentando.
(SANTIAGO, Silviano, Crescendo durante a guerra numa província ultramarina. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.)

Texto 2:
LEITURA NAS DIVERSAS DISCIPLINAS


Heloisa Amaral

O ensino, na escola, não existe sem a leitura. Ou é leitura direta pelo aluno, ou explicações do professor sobre textos que ele, o professor, leu. Ou seja, a linguagem falada pelo professor é uma didatização do conhecimento acumulado pela escrita (em letras ou números e sinais) na disciplina que ele leciona. Quando a fala é uma transposição de leituras, ela não é uma fala similar a uma conversa casual, como as que usamos no cotidiano. Ao contrário, está carregada de conceitos e de relações complexas entre os conceitos provenientes de estudos sobre os diferentes conhecimentos, seja qual for a matéria que esteja sendo ensinada. E em geral é preciso acrescentar, para complementar as aulas expositivas ou dialogadas feitas pelos professores, textos (didáticos ou não) relacionados às disciplinas ministradas.

Assim, o que se tem como prática constante em todas as disciplinas escolares é a leitura de textos. Antes ou depois da aula expositiva, leituras. Leitura de textos escritos, de imagens, de gráficos, mas leitura. Isso significa que sem desenvolver capacidades de leitura o aluno não consegue aprender as disciplinas escolares na dimensão proposta pelos conteúdos programáticos. Significa, também, que os professores das diversas disciplinas precisam ensinar o aluno a ler os gêneros próprios de suas matérias, uma vez que eles são gêneros textuais produzidos de forma particular em cada área de conhecimento. Ler literatura, por exemplo, não é o mesmo que ler enunciados de problemas; ler textos de história não é o mesmo que ler gráficos em geografia. O aluno não lê textos de cada uma das disciplinas com facilidade sem ter compreendido os conceitos e as relações entre eles, do modo particular como são abordados nelas. Seja qual for a disciplina, a leitura se dá de forma particular, e exige conhecimentos específicos para ser bem-sucedida.

Então, ler é uma competência indispensável para a aprendizagem em cada uma das áreas, uma competência que precisa ser ensinada pelos professores de cada uma delas. Mas, o que é necessário para que os alunos leiam verdadeiramente em qualquer disciplina, compreendendo o que leem? A compreensão dos textos de diferentes gêneros está relacionada a dois aspectos: primeiramente, à natureza dos próprios textos e, em segundo lugar, às capacidades de leitura desenvolvidas pelo leitor.

Em primeiro lugar, não há como ler textos, gráficos ou imagens, sem ter compreendido bem a natureza dos gêneros textuais das diferentes áreas de conhecimento, ou seja, a situação particular em que textos, gráficos ou imagens foram produzidos. A situação de produção de um texto é sempre histórica, isto é, está ligada ao momento histórico atual e, ao mesmo tempo, faz referências a um conhecimento produzido em um dado momento da história da humanidade. Em matemática, por exemplo, o professor pode ensinar a situação de produção de um gênero textual matemático trabalhando com o nascimento de conceitos a eles relacionados, registrados na história da matemática.

Em segundo lugar, não há leitores que leiam bem sem ter suas capacidades de leitura, necessárias para ler qualquer gênero de texto, bem desenvolvidas. As capacidades de leitura, portanto, podem e devem ser desenvolvidas em qualquer disciplina escolar. (...)

Publicado originalmente no site da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro
(Disponível em: https://dialogosassessoria.wordpress.com/2014/09/11/leitura-nas-diversas-disciplinas/)
Marque a única opção que apresenta uma frase com a justificativa CORRETA sobre a classificação do verbo em destaque:
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1111Q32322 | Português, Interpretação de Textos, Analista Administrativo, DAE de São Caetano do Sul SP, CAIPIMES

Texto associado.
O mundo com sede

O Brasil tem água potável suficiente para abastecer cinco vezes a população da Terra. Mas a distribuição pelo território nacional não é equilibrada.

Os números sobre os recursos hídricos brasileiros são um exagero. Os rios que cortam o Brasil carregam 12% do total de água doce superficial do planeta - o dobro de todos os rios da Austrália e Oceania, 42% a mais que os da Europa e 25% a mais que os do continente africano.

Mesmo contando com as épocas de seca, em que os rios reduzem muito sua vazão, temos água para satisfazer as necessidades do país por 57 vezes. Com todo esse volume, seria possível abastecer a população de mais cinco planetas Terra - 32 bilhões de pessoas -, com 250 litros de água para cada um por dia.

Mas, como ocorre em outras partes do mundo, aqui também os recursos hídricos são mal distribuídos: 74% de toda água brasileira está concentrada na Amazônia, onde vivem apenas 5% da população. Uma característica que as bacias têm em comum: todas sofrem com algum tipo de degradação por causa da ação do homem.

A fim de gerenciar os recursos hídricos brasileiros, a Agência Nacional das Águas (ANA) divide o país em 12 regiões hidrográficas, que correspondem a 12 bacias. É com base nessa divisão que o governo federal calcula e gerencia a relação entre a oferta e a demanda de água no país. A gestão da rede hídrica nacional é fundamental para evitar a destruição dos recursos naturais e a repetição dos episódios de racionamento e blecaute que afetaram algumas regiões do país mais de uma vez.

A cada segundo, o Brasil retira de seus rios somente 3,4% da vazão total. Mas apenas pouco mais da metade disso é efetivamente aproveitada e não retorna às bacias. A região hidrográfica que mais consome água é a do Paraná, responsável por 23% do total. Na região Atlântico Nordeste Oriental, onde a maioria dos cursos de água é intermitente, as retiradas superam a disponibilidade hídrica.

Em algumas localidades, a água disponível por habitante não supera os 500 metros cúbicos por ano. Isso significa que cada cidadão da região sobrevive com um volume de água equivalente a um terço do volume que caracteriza o estresse hídrico, segundo a ONU: 1,7 mil metros cúbicos por ano. Como ocorre no restante do mundo, a maior parcela da água consumida no país vai para a agricultura.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_261013.shtml?func=2.
Acesso em 20/11/2015.          
Considere as palavras grifadas no trecho abaixo.

“A cada segundo, o Brasil retira de seus rios somente 3,4% da vazão total. Mas apenas pouco mais da metade disso é efetivamente aproveitada e não retorna às bacias".

Se os verbos grifados fossem conjugados no pretérito imperfeito do indicativo, a construção ficaria:
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1112Q29675 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Administração, Colégio Pedro II, ACESSO PÚBLICO

Texto associado.
A questão abaixo tomará por base o seguinte texto, de Ferreira Gullar (Folha de S.Paulo: 25/03/2012):

Desconfio que, depois de desfrutar durante quase toda a vida da fama de rebelde, estou sendo tido, por certa gente, como conservador e reacionário. Não ligo para isso e até me divirto, lembrando a célebre frase de Millôr Fernandes, segundo o qual “todo mundo começa Rimbaud e acaba Olegário Mariano”.
Divirto-me porque sei que a coisa é mais complicada do que parece e, fiel ao que sempre fui, não aceito nada sem antes pesar e examinar. Hoje é comum ser a favor de tudo o que, ontem, era contestado. Por exemplo, quando ser de esquerda dava cadeia, só alguns poucos assumiam essa posição; já agora, quando dá até emprego, todo mundo se diz de esquerda.
De minha parte, pouco se me dá se o que afirmo merece essa ou aquela qualificação, pois o que me importa é se é correto e verdadeiro. Posso estar errado ou certo, claro, mas não por conveniência. Está, portanto, implícito que não me considero dono da verdade, que nem sempre tenho razão porque há questões complexas demais para meu entendimento. Por isso, às vezes, se não concordo, fico em dúvida, a me perguntar se estou certo ou não.
Cito um exemplo. Outro dia, ouvi um professor de português afirmar que, em matéria de idioma, não existe certo nem errado, ou seja, tudo está certo. Tanto faz dizer “nós vamos” como “nós vai”. Ouço isso e penso: que sujeito bacana, tão modesto que é capaz de sugerir que seu saber de nada vale. Mas logo me indago: será que ele pensa isso mesmo ou está posando de bacana, de avançadinho?
Ferreira Gullar reconhece que, com o passar dos anos, algo aconteceu a sua fama. Em sua opinião, ele passou a ser visto como:
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1113Q28309 | Português, Interpretação de Textos, Biólogo, Prefeitura de Aragoiânia GO, ITAME

Texto associado.
As pernas

      Ora, enquanto eu pensava, iam-me as pernas levando, ruas abaixo, de modo que, insensivelmente me achei à porta do Hotel Pharoux. De costume jantava aí; mas, não tendo deliberadamente andando, nenhum merecimento da ação me cabe, e sim às pernas, que a fizeram. Abençoadas pernas! E há quem vos trate com desdém e indiferença. Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta, zangava-me quando vos fatigáveis, quando não podíes ir além de certo ponto, e me deixava com o desejo a avoaçar, à semelhança de galinhas atadas pelos pés.
      Aquele caso, porém, foi um raio de luz. Sim, pernas amigas, vós deixastes à minha cabeça o trabalho de pensar em Virgília, e dissestes uma à outra: __ Ele precisa comer, são horas de jantar, vamos levá-lo ao Pharoux; dividamos a consciência dele, uma parte fique lá com a dama, tomemos a outra, para que ele vá direto, não abalroe as gentes e as carroças, tire o chapéu aos conhecidos, e finalmente chegue são e salvo ao hotel. E cumpristes à risca o vosso propósito, amáveis pernas, o que me obriga a imortalizar-vos nesta página.

(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)
“ ... mas não tendo deliberamente andando ...” /
... não abalroe as gentes e as carroças ...”

Os termos destacados acima, podem ser substituídos, sem perda de sentido, respectivamente, por:
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1114Q21919 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Bancário, Banestes Seguros, MAKIYAMA

Texto associado.
Food truck: saiba como surgiu essa moda

Redação Super 13 de março de 2015

Por Anna Carolina Aguiar

Se o raio gourmetizador já atingiu os restaurantes da sua cidade, é bem possível que a moda dos food trucks também tenha chegado junto. Coloridos e modernos, os veículos (que são móveis, mas que geralmente ficam permanentemente estacionados num lugar só) oferecem ao consumidor comidas bem variadas: hambúrgueres, massas, coxinhas, brigadeiros, tapiocas, vinhos, wraps, comidas regionais típicas e outras especialidades gastronômicas. Quem vê até pensa que essa moda surgiu agora, com essa história de chefs de cozinha virarem estrelas de reality shows e a alta culinária ficar mais acessível. Mas o conceito do food truck veio bem antes da primeira temporada de MasterChef na TV.

“Claro, ué! Lá na minha rua tem um carrinho de cachorro-quente estacionado há 30 anos, bem antes da moda gourmet". É verdade. Mas a gente garante que a história do primeiro food truck também apareceu antes do seu hamburgão de esquina favorito.

Em 1872, o americano Walter Scott vendia tortas, sanduíches e cafés em uma carroça. Seus clientes eram os trabalhadores de jornais de Providence, no estado de Rhode Island, Estados Unidos. O modelo foi muito copiado e se espalhou para outras regiões dos EUA. No final da década seguinte, um sujeito chamado Thomas H. Buckley começou a fabricar carroças preparadas especialmente para servir comidas, com ímãs, refrigeradores e até fogões acoplados. Os modelos eram muito coloridos e chamativos.

Após a Segunda Guerra Mundial, caminhões de comida móveis alimentavam os trabalhadores dos subúrbios nos EUA, regiões que tinham poucos restaurantes e uma população cada vez maior. Nessa época, os food trucks eram sinônimo de comida barata, sem muita preocupação com a qualidade. E foi mais ou menos assim durante todo o século 20.

Até que veio a crise de 2008, que derrubou a economia americana e levou junto muitos restaurantes tradicionais. Quando os EUA começaram a se recuperar, alguns empreendedores tiveram a ideia de levar comida de qualidade pra rua investindo pouco. Outra vantagem dos carrinhos e trailers era a possibilidade de mudar de lugar de acordo com a demanda da população. Pronto, estava aí a solução. Essa coisa meio amadora, dos carrinhos de comida, foi incorporada ao conceito e os donos de food trucks resolveram incrementar o cardápio, com itens gourmet.

A moda chegou ao Brasil em 2012, quando os primeiros food trucks gourmet surgiram em São Paulo. Agora, os parques de food truck já fazem parte do roteiro turístico das grandes cidades brasileiras e da paisagem urbana. Deu tão certo que a moda gourmet fez surgir uma outra tendência da ~alta gastronomia~ acessível: a das paletas mexicanas, que não existem no México. Mas isso é assunto para outro post.

Adaptado de:<http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/page/2/>
Assinale a alternativa em que a divisão silábica das palavras gastronomia, empreendedores e hambúrgueres esteja CORRETA
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1115Q17708 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar RR, UERR

Texto associado.
TEXTO I
Começa processo para tombar Pedra Pintada


Integrantes do Ministério Público Federal em Roraima, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Fundação Nacional do Índio (Funai) estiveram esta semana na Pedra Pintada, sítio arqueológico que integra o Patrimônio Cultural Brasileiro protegido pela Lei 3.924/61, localizado na Terra Indígena São Marcos, no Município de Pacaraima, norte do Estado. O objetivo da visita ao sítio arqueológico da Pedra Pintada foi identificar a atual situação do local, seu acesso e conservação, além de instruir e iniciar o processo de tombamento do sítio. O primeiro passo foi afixar placas de identificação. A equipe também visitou a Terra Indígena Anaro. Os integrantes da aldeia são os responsáveis pela proteção do sítio arqueológico, sobretudo quanto ao seu acesso e visitação. Conforme o procurador da República Fernando Machiavelli Pacheco é necessário iniciar o processo de tombamento para proteger o sítio arqueológico. “Depois de concluir o processo, a comunidade poderá, inclusive, desenvolver o turismo de forma sustentável no local”, disse. O procurador da República Fernando Machiavelli Pacheco conversou com a comunidade, ouviu algumas reivindicações e falou da preocupação das instituições na defesa do patrimônio histórico e defesa dos direitos indígenas, além de outros temas relativos à manutenção da posse da Terra Indígena, do fornecimento de energia elétrica - ainda inexistente-, do acesso à saúde e à educação. SÍTIO - A Pedra Pintada fica no interior da Terra Indígena São Marcos e a visitação ao sítio, só é permitida atualmente, pela Fundação Nacional do Índio. A Pedra tem mais de 35 metros de altura, com altitude de 83 metros em relação ao nível do mar. Dentro da pedra é possível encontrar uma caverna, além de pinturas rupestres, pedaços de cerâmicas, machadinhas, entre outros artefatos. Por fora da rocha, há pinturas em cor branca rosada.

Disponível em http://folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=142770, acesso em 22/12/12.
Assinale a alternativa VERDADEIRA:
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1116Q16505 | Português, Interpretação de Textos, Soldado Bombeiro Militar, Bombeiro Militar GO, SOUSÂNDRADE

Texto associado.
TEXTO A

“Cada homem é uma raça.” A frase, título de um livro do escritor moçambicano Mia Couto, sintetiza a ideia de que cada indivíduo tem sua história, seu repertório cultural, seus desejos, suas preferências pessoais e, é claro, uma aparência física própria que, no conjunto, fazem dele um ser único. Rótulos raciais são, portanto, arbitrários e injustos. Mia Couto, com sua concepção universalista da humanidade, é citado algumas vezes em Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial (Contexto; 400 páginas; 49,90 reais), do sociólogo paulistano Demétrio Magnoli, recém-chegado às livrarias. Trata-se de uma dessas obras ambiciosas, raras no Brasil, que partem de um esforço de pesquisa histórica monumental para elucidar um tema da atualidade. Magnoli estava intrigado com o avanço das cotas para negros no Brasil e resolveu investigar a raiz dessas medidas afirmativas. O resultado é uma análise meticulosa da evolução do conceito racial no mundo. Descobre-se em Uma Gota de Sangue que as atuais políticas de cotas derivam dos mesmos pressupostos clássicos sobre raça que embasaram, num passado não tão distante, a segregação oficial de negros e outros grupos. A diferença é que, agora, esse velho pensamento assume o nome de multiculturalismo - a ideia de que uma nação é uma colcha de retalhos de etnias que formam um conjunto, mas não se misturam. É o racismo com nova pele.
Em todos os povos ou períodos da história, a sensação de pertencimento a uma comunidade sempre foi construída com base nas diferenças em relação aos que estão de fora, “os outros”.

Diogo Schelp IN: Revista Veja, 2 set 2009.
Assinale a opção em que todas as palavras, ou expressões apresentam, no contexto, uma forte carga de implícitos que fortalecem a argumentação textual.
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1117Q692323 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ CE, FGV, 2019

O vocábulo “maior” se refere prioritariamente a realidades que tenham uma extensão física; nesse caso, a frase abaixo em que esse vocábulo foi bem empregado é:

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1118Q690458 | Português, Interpretação de Textos, Sargento da Aeronáutica, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
                                                         Como os campos
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Marina Colasanti
1                  Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida 
      adulta, acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos.
      Porém, como fizessse cada dia mais frio com o adiantar-se do 
      outono, dele se aproximaram e perguntaram:
5                 – Senhor, como devemos vestir-nos?
                   – Vistam-se como os campos - respondeu o sábio.
                   Os jovens então subiram a uma colina e durante dias 
      olharam para os campos. Depois dirigiram-se à cidade, onde 
      compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras.
10  Levando cestas carregadas, voltaram para junto do sábio.
                   Sob o seu olhar, abriram os rolos das sedas, desdobraram
      as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo, e os
      emendaram com retângulos de cetim. Aos poucos, foram
      criando, em longas vestes, os campos arados, o vivo verde dos
15 campos em primavera, o pintalgado da germinação. E
      entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais, fios de prata
      no alagado das chuvas, até chegarem ao branco brilhante da
      neve. As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio
      nada disse.
20             Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa.
      Esperava que o algodão estivesse em flor, para colhê-lo. E
      quando teve os tufos, os fiou. E quando teve os fios, os teceu.
      Depois vestiu sua roupa branca e foi para o campo trabalhar.
                 Arou e plantou. Muitas e muitas vezes sujou-se de terra. E
25 manchou-se do sumo das frutas e da seiva das plantas. A
      roupa já não era branca, embora ele a lavasse no regato.
      Plantou e colheu. A roupa rasgou-se, o tecido puiu-se. O
      jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã, costurou
      remendos onde o pano cedia. E quando a neve veio, prendeu
30 em sua roupa mangas mais grossas para se aquecer.
                Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços,
      que ninguém poderia dizer como havia começado. E estando
      ele lá fora uma manhã, com os pés afundados na terra para
      receber a primavera, um pássaro o confundiu com o campo e
35 veio pousar no seu ombro. Ciscou de leve entre os fios,
      sacudiu as penas. Depois levantou a cabeça e começou a
      cantar.
                Ao longe, o sábio, que tudo olhava, sorriu.
                     Colasanti, M. Mais de 100 histórias maravilhosas - 1.ed. – São
                                                                                                        Paulo: Global, 2015.
Por que o jovem pequenino foi o último discípulo a confeccionar sua roupa?
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1119Q684264 | Português, Interpretação de Textos, Sargento da Aeronáutica, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
                                     Fim de livro
              Há escritores que precisam de silêncio, solidão e
ambiente adequado para a prática da escrita. Se fosse esperar
por essas condições, teria demorado vinte anos para publicar
meu último livro, tempo de vida que não terei mais.
              Por força da necessidade, aprendi a escrever em
qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o
computador. Minha carreira de escritor começou com
“Estação Carandiru”, quando eu tinha 56 anos. Foi tão
grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de
mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.
A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim,
o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com
Machado de Assis, Gogol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev, Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e
outros gênios, que livro valeria a pena ser escrito?
              Em conversa com um estudante, Hemingway diz que ao
escritor de nossos tempos cabem duas alternativas: escrever
melhor do que os grandes mestres já falecidos, ou contar
histórias que nunca foram contadas. De fato, se eu escrevesse
melhor do que Machado de Assis, poderia recriar
personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais
poesia o olhar de ressaca de Capitu.
              Restava, então, a segunda alternativa: a vida numa
cadeia com mais de sete mil presidiários, na cidade de
São Paulo, nas últimas décadas do século XX, não poderia
ser descrita por Homero ou padre Antônio Vieira. O médico
que atendia pacientes no Carandiru havia dez anos era quem
reunia as condições para fazê-lo.
              Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros.
Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda.
Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e da
angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.
                                                   Dráuzio Varella, texto adaptado
As questões de 01 a 04 referem-se ao texto acima.
O autor sentiu ódio de si mesmo por ter publicado seu primeiro livro somente aos 56 anos porque ele
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1120Q676353 | Português, Interpretação de Textos, Controlador Interno, Câmara de Patrocínio MG, Gestão de Concursos, 2020

Texto associado.
Produção científica no Brasil: um salto no número de publicações
Além da participação de produtos inovadores e de alta
tecnologia na matriz de exportações, outros dados, como
a produção científica e o número de mestres, doutores e
instituições de ensino, permitem avaliar a situação de um
país em relação ao potencial de inovação.As publicações
científicas e o número de estudantes, mestres e doutores
são meios de avaliar o sistema acadêmico. Em franca
evolução, a situação do Brasil nesses quesitos permite
imaginar que existe uma base no país para, caso haja
parceria com a indústria, deslanchar um período de
inovação tecnológica.
Em 2008, 30.415 artigos e outros tipos de publicações
científicas foram divulgados por brasileiros trabalhando
no Brasil em revistas de circulação internacional
cadastradas pelo Institute for Scientific Information (ISI).
Foi um salto importante em relação aos cerca de 20 mil
publicados em 2007.
Segundo o professor Carlos Cruz, da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp),
esse salto, no entanto, deveu-se em grande parte ao
cadastramento pelo ISI de novas publicações, editadas
no Brasil, e não a um efetivo aumento da produção
científica. Para analisar o desenvolvimento da publicação
científica no Brasil ao longo dos anos, sem distorcer
os dados, seria necessário, segundo Cruz, considerar
apenas uma determinada coleção de revistas pelo
período de tempo a ser analisado. Carlos Cruz afirma
que, vista dessa maneira, a produção científica nacional
vem crescendo sistematicamente desde 1994, exceto no
período entre 2006 e 2009.
Outra observação feita pelo pesquisador da Fapesp é
que a razão de crescimento do número de publicações
vem caindo nos últimos anos. Enquanto o aumento na
produção de trabalhos científicos entre 1994 e 1998
foi de 18% ao ano, entre 1998 e 2002 foi de 9,3%. Já
no período entre 2003 e 2009, a produção científica no
Brasil aumentou à razão de apenas 6% ao ano.
Outro dado revelador, segundo a análise de Carlos
Cruz, é que 64% das publicações de cientistas
brasileiros radicados no Brasil em periódicos científicos
internacionais vêm de apenas oito universidades, quatro
delas de São Paulo. A Universidade de São Paulo
respondeu sozinha por 26% dessas publicações em
2008.
Se as estatísticas brasileiras cresceram, Espanha, Índia
e Coreia do Sul mostram que seria possível um resultado
ainda mais expressivo. Esses países produziram saltos
espetaculares no mesmo período, consideradas as
mesmas publicações. A produção científica da Coreia do
Sul chama a atenção: até 1997, os acadêmicos daquele
país publicavam menos do que os colegas do Brasil. No
entanto, desde então, passaram à frente nos números e,
a cada ano, aumentam a diferença.
De acordo com o texto, é correto afirmar:
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