Início

Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1141Q34792 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Alunos, IFRJ, FUNRIO

Texto associado.
      Já ia para três anos, ou mais qualquer coisa, que as lâmpadas feriavam. Mas até que as ruas estavam claras naquela noite. Era uma Lua bonita!... Palha de Arroz, tranquila, parecia um arraial antigo dentro da madrugada. Lá no meio do céu, redonda e bonita, a Lua parecia um disco. Um disco cantando uma canção. Uma canção que poetas não escreveram nem músicos compuseram. Canção de luar de lua cheia por cima duma capital sem luz elétrica. Do tamanho mesmo da lua cheia em pleno e bruto sertão bravio. Daí aqueles pensamentos dançando nos corredores da cabeça do negro Pau de Fumo. Uma canção de luar com a mesma poesia de paragem que nunca sequer ao menos alguém sonhou com eletricidade.
      Madrugada madura. Palha de Arroz tranquila mesma, serena. Calma. Dava-se que o movimento agora estava passando uns dias lá no outro lado do rio – bem ali em Timon.
      Canoeiros atravessando o pessoal para o festejo. Novenas de S. José. Outrora a cidade se chamava S. José das Flores. Mais conhecida mesmo só por Flores, nome que aliás o povo ainda chamava mesmo depois de mudado o nome para Timon.  

(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 52-3)
Duas vezes o narrador usa o adjetivo “tranquila” quando se refere a Palha de Arroz. Na verdade uma cidade ou um bairro só pode ser chamado de “tranquilo” quando se faz um deslocamento na atribuição do adjetivo, pois “tranquilo” é a rigor uma qualidade humana e não poderia do ponto de vista lógico se relacionar com o nome do lugar, Palha de Arroz. Esse recurso se enquadra nas características de uma figura de linguagem denominada
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1142Q29995 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Administrativo, Consurge MG, Gestão de Concursos

Texto associado.
Tomate é fruta?

Sim, ele é. Não só o tomate é fruta, como a berinjela, a abobrinha, o pepino, o pimentão e outros alimentos que nós chamamos de legumes também são. Fruta é o ovário amadurecido de uma planta, onde ficam as sementes. A confusão acontece porque nós somos acostumados a chamar as frutas salgadas de legumes. Se você acha que sua vida foi uma mentira até agora, saiba que também existem alimentos que nós chamamos de fruta, mas não são. Trata-se dos pseudofrutos – estruturas suculentas que têm cara e jeito de fruto, mas não se desenvolvem a partir do ovário da planta, como as frutas reais. É o caso do morango, do caju, da maçã, da pera e do abacaxi, entre outros.

HAICK, Sabrina. Tomate é fruta? Mundo Estranho. Ed. 177. Disponível em::  . Acesso em: 8 mar. 2016 (Adaptação).
Analise as afirmativas a seguir.

I. Os pseudofrutos não são frutos, considerada a acepção científica dessa palavra.
II. Morango, caju, maçã e pera são provenientes do ovário das plantas.
III. As frutas salgadas e as doces provêm da mesma parte da planta.

A partir da leitura do texto, estão CORRETAS as afirmativas:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1144Q171442 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Judiciário, TJ GO, UEG

Texto associado.

Leia o texto a seguir para responder às questões 2, 3 e 4.

LINGUAGEM JURÍDICA

Ao evitar o uso de palavras e termos complicados, que torna o texto por vezes inexplicável, você ajuda a democratizar o Direito e ampliar para a sociedade o acesso à justiça. Reconhecer a necessidade de simplificação da linguagem jurídica é o primeiro passo para a real democratização e pluralização da Justiça. É preciso perceber que o contato diário do juiz com o jurisdicionado e com a própria sociedade não enfraquece o Poder Judiciário. Ao inverso, tende a conferir-lhe maior grau de legitimidade.

MAGALHÃES PINTO, Oriana Piske de Azevedo. Visão Jurídica. São Paulo, n°. 01, p.16. [Adaptado].

De acordo com o texto, a "simplificação da linguagem jurídica"

  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1146Q112644 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Gestão Corporativa, EPE, CESGRANRIO

Texto associado.

RECOMEÇAR!

"Começar de novo, e contar "comigo", vai valer a pena, ter
amanhecido..."

*Ivan Lins*

Ter coragem de recomeçar a cada vez...fácil de
dizer, difícil de fazer.
Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas
acordam com essa meta, esse desejo de recomeço,
enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar
forças pra recomeçar.
É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado,
e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como
companheiro.
É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu
interior, e torná-lo nosso cúmplice.
É preciso que nos tornemos perdoadores de nós
mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria
das vezes.
Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma
incumbência que só podemos delegar a nós mesmos.
É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa
vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão
planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem
em múltiplos caminhos sem setas dechegada.
É necessário, muitas vezes, juntar os cacos
partidos de um coração que de alguma forma foi
estraçalhado.
Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada
manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de
nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não!
estejamos alegres, ou estejamos tristes...
A vida caminha, esteja nossa alma leve ou
pesada!
Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de
nós...temos de ter coragem e esperança de...
começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena,
ter amanhecido!!...

POLLICE, Ercilia de Arruda(adaptado).

Segundo o texto, a maior barreira que o sujeito enfrenta para recomeçar é a necessidade de:

  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1147Q48369 | Português, Interpretação de Textos, Analista Previdenciário Arquivologia, MANAUSPREV, FCC

Texto associado.
            Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e energias. 
            A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco. 
            Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes". 
            Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade contem- porânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos. 
            A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites. 


                                                  Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia
                                                                                                                       Disponível em: www.ccst.inpe.br)
Mantendo-se a correção, o verbo que pode ser flexionado em uma forma do singular, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, encontra-se sublinhado em:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1148Q39704 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Controle Externo, TCE GO, FCC

Texto associado.
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos principais integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do esclarecimento, eles conceberam o conceito a fim de pensar a questão da cultura no capitalismo recente. Na época, estavam impactados pela experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os Estados Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a Segunda Guerra.

Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do capital, constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e outros meios - como a televisão, a novidade daquele momento -, que tenderia a conferir a todos os produtos culturais um formato semelhante, padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois seria caracterizada como um negócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa qualidade. Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes de produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de pesquisas de mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela diversão, cuja repetição de fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho no capitalismo tardio.

Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o campo de possibilidades de mudança em sociedades compostas por consumidores supostamente resignados.O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. Mas o conceito passou a ser muito utilizado, até mesmo por quem diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode constatar a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por setores especializados da indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias as possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos. Outros frisam o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e não de modo resignado - as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não unívoco, mas com multiplicidades possíveis de sentido.

(RIDENTI, Marcelo. Indústria cultural: da era do rádio à era da informática no Brasil. In: Agenda brasileira. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 292 a 301)
... que enfatizam o caráter alienante das consciências...

O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento do sublinhado acima está empregado em:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1149Q36035 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ AP, FCC

Texto associado.
   Uma história em comum

     Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que remonta a pelo menos três séculos. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname.
     Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. Processos estes que se somam às diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII.
     É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine - a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, “apesar” de nossa interferência.

(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)
Considere a passagem do texto:

No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais.

O termo ora, em destaque, expressa ideia de
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1150Q26732 | Português, Interpretação de Textos, Analista Legislativo, Câmara de Caruaru PE, FGV

Assinale a opção em que a preposição para mostra valor semântico diferente dos demais.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1151Q18591 | Português, Interpretação de Textos, Oficial Temporário, CIAAR, FAB

Texto associado.
Texto 1

Volta do bom selvagem A escolha do pobre Vanuatu como o país mais feliz reabre a questão: o que é felicidade?

Okky de Sousa Desde tempos remotos os pensadores tentam definir o que é felicidade. Para o filósofo grego Aristóteles, felicidade seria a manifestação da alma diante de uma vida virtuosa. Na semana passada, a ONG inglesa The New Economics Foundation contribuiu para esse debate com a divulgação de uma pesquisa que traz o ranking dos países onde as populações são mais felizes. O resultado é surpreendente. Seriam os americanos, donos da nação mais rica do planeta, os mais felizes? Nada disso. Os Estados Unidos ocupam um modestíssimo 150.º lugar na classificação. Que tal os italianos, sempre alegres, amantes da boa comida e da boa música? Não passam do 66.º lugar. Os brasileiros aparecem um pouquinho melhor na lista: 63.º posto. Segundo a pesquisa, feliz de verdade é o povo de Vanuatu, um pequeno arquipélago do Pacífico Sul, agraciado com o primeiro lugar na lista. Vanuatu é um país com 210.000 habitantes que vivem basicamente da agricultura de subsistência – colhem coco, cacau e inhame – e não têm acesso à água potável de qualidade. Apenas 3% da população possui telefone fixo, e a mortalidade infantil é de 54 óbitos a cada 1.000 nascimentos, o dobro do índice brasileiro.

A classificação de Vanuatu no topo do ranking dos países mais felizes se explica pelos critérios usados na pesquisa, que levam em conta apenas três fatores: expectativa de vida, bem-estar e extensão dos danos ambientais causados pelo homem em cada país. Como os vanuatuenses se satisfazem com muito pouco, não sabem o que é sociedade de consumo nem sacrificam o meio ambiente para produzir riquezas, acabaram levando a taça. A definição da ONG inglesa para felicidade, portanto, remete à figura romântica do "bom selvagem" criada pelo filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, que viveu no século XVIII. Rousseau enunciou que "o homem é originalmente bom até ser corrompido pela sociedade". Para a New Economics Foundation, o dito continua valendo. Os critérios utilizados na pesquisa produziram outras excrescências na lista de nações com população mais feliz. Entre os dez primeiros postos estão a Colômbia, país conflagrado por uma guerra civil e pelo narcotráfico, e Cuba, onde a população não tem o que comer e vive oprimida pela ditadura geriátrica de Fidel Castro.

A pesquisa da ONG inglesa surge na esteira de um burburinho provocado atualmente nos meios acadêmicos pelos adeptos da chamada psicologia positiva, cujo objetivo é justamente permitir às pessoas a conquista da felicidade. Psicólogos ligados a universidades americanas respeitadas como a Harvard e a da Pensilvânia pregam uma inversão nas técnicas tradicionais de terapia. Eles induzem seus pacientes a enxergar a si próprios não como um redemoinho de desejos frustrados e violências reprimidas, como ensinou Freud, mas como um repositório de forças positivas e virtudes potenciais capazes de abrir as portas para a felicidade. "Durante muitos anos só os falsos gurus da auto-ajuda escreveram sobre a felicidade. Queremos dar consistência e respeitabilidade a esse tema", diz o psicólogo Tal Ben-Shahar, que ministra o curso de psicologia positiva em Harvard.

Mas, afinal, o que a psicologia positiva entende por felicidade? Não se trata de uma pergunta fácil. "Felicidade é conhecer o melhor de nós mesmos" é uma resposta frequente. "As pessoas felizes em geral são casadas, cultivam muitas amizades e têm vida social intensa", tenta identificar o psicólogo americano Martin Seligman, autor do livro Felicidade Autêntica, já lançado no Brasil. Nenhuma resposta consegue contornar o fato de que felicidade é um conceito abstrato que provavelmente não tem correspondência no mundo real. Ser feliz significa viver isento de contratempos, o que só parece possível na visão que os religiosos têm do paraíso. "Momentos felizes são efeitos colaterais positivos da vida", define Adam Phillips, um dos mais conceituados psicanalistas ingleses da atualidade. "Mas o sujeito que se encaixasse no perfil ideal dos manuais de busca da felicidade seria um perfeito idiota", ele completa. Para saber o que é felicidade, só mesmo perguntando aos nativos de Vanuatu.

http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/volta_bom_se...
Assinale a alternativa em que ocorre uma opinião do autor do texto 1.
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1152Q858284 | Português, Interpretação de Textos, Advogado, FAUEL, 2020

O trecho a seguir foi extraído da obra ‘Memórias do Cárcere’, de Graciliano Ramos. Leia-o atentamente para responder à próxima questão.

“Nunca tivemos censura prévia em obra de arte. Efetivamente se queimaram alguns livros, mas foram raríssimos esses autos-de-fé. Em geral a reação se limitou a suprimir ataques diretos, palavras de ordem, tiradas demagógicas, e disto escasso prejuízo veio à produção literária. Certos escritores se desculpam de não haverem forjado coisas excelentes por falta de liberdade - talvez ingênuo recurso de justificar inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer”.
Em relação à interpretação do texto, pode-se afirmar que o autor:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1153Q832303 | Português, Interpretação de Textos, Supervisor de Coleta e Qualidade, IBGE, CESPE CEBRASPE, 2021

 O termo “dado de pesquisa” tem uma amplitude de significados que vão se transformando de acordo com domínios científicos específicos, objetos de pesquisas, metodologias de geração e coleta de dados e muitas outras variáveis. Pode ser o resultado de um experimento realizado em um ambiente controlado de laboratório, um estudo empírico na área de ciências sociais ou a observação de um fenômeno cultural ou da erupção de um vulcão em um determinado momento e lugar. Dados digitais de pesquisa ocorrem na forma de diferentes tipos de dados, como números, figuras, vídeos, softwares; com diferentes níveis de agregação e de processamento, como dados crus ou primários, dados intermediários e dados processados e integrados; e em diferentes formatos de arquivos e mídias. Essa diversidade, que vai sendo delineada pelas especificidades de cada disciplina, suas condicionantes metodológicas, protocolos, workflows e seus objetivos, se torna um desafio — pelo alto grau de contextualização necessário — para o pesquisador na sua tarefa de definir precisamente o que é dado de pesquisa de uma forma transversal aos diversos domínios disciplinares.
    As definições encontradas nos dicionários e enciclopédias falham em capturar a riqueza e a variedade dos dados no mundo da ciência ou falham em revelar as premissas epistemológicas e ontológicas sobre as quais eles são baseados. Na esfera acadêmica, grande parte das definições são uma enumeração de exemplos: dados são fatos, números, letras e símbolos. Listas de exemplos não são verdadeiramente definições, visto que não estabelecem uma clara fronteira entre o que inclui e o que não inclui o conceito.

Luis Fernando Sayão; Luana Farias Sales. Afinal, o que é dado de pesquisa? In: Biblos: Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, Rio Grande. v. 34, n. 02, jul.-dez./2020, p.32-33. Internet: . (com adaptações).

De acordo com o texto 1A1-I,

  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1154Q683060 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ CE, FGV, 2019

Sêneca, um filósofo latino, a respeito da autoria de crimes, declarou o seguinte princípio: “Cometeu o crime quem dele recebeu benefícios”. 
Considerando-se que o crime aludido seja um assassinato, segundo esse pensamento:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1155Q682507 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ CE, FGV, 2019

“É natural desejar que se faça justiça”. Se transformarmos a oração reduzida “desejar” em uma oração desenvolvida, a forma adequada será:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1156Q674083 | Português, Interpretação de Textos, Cabo da Polícia Militar, Polícia Militar SP, VUNESP, 2020

Texto associado.
Leia o texto para responder às questões de números 03 a 06.
                                          O início
    O ato da criação da Polícia Militar pode ser confirmado
pelos registros da reunião do conselho da Província de São
Paulo, presidida pelo Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, rea-
lizada em 15 de dezembro de 1831. O efetivo inicial era com-
posto por 100 homens a pé e 30 a cavalo. A partir de março
de 1832, a Instituição, pela falta de aquartelamento próprio,
foi instalada na ala térrea do Convento do Carmo, situada no
quadrilátero da Sé e, hoje, demolida.
    A milícia paulista, nos seus 185 anos de existência, foi
organizada e reorganizada diversas vezes.
Inicialmente, recebeu o nome de Guarda Municipal
Permanente. No século 20, foi denominada Força Policial,
    Força Pública, entre outras denominações. Em 1926, foi cria-
da a Guarda-Civil de São Paulo, como instituição auxiliar da
Força Pública, mas sem o caráter militar desta.
    A menor unidade da Guarda Municipal Permanente, em
1831, era a esquadra, formada por um cabo e 24 soldados.
(http://www.policiamilitar.sp.gov. – Acesso em: 08.12.2019. Adaptado)
Da leitura do trecho – ... pela falta de aquartelamento próprio, foi instalada na ala térrea do Convento do Carmo... –, entende-se que
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1157Q131926 | Português, Interpretação de Textos, Analista do Ministério Público, MPE AL, COPEVE UFAL

Texto associado.

   Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coletânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia.
    Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica 

(ASSIS, Machado de. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva Rio de Janeiro, 2007, p. 27).

As reescritas do excerto “Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia” provocaram inadequação gramatical numa das opções. Identifique-a.

  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1158Q43419 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Administrativo, COPASA, FUNDEP

Texto associado.
Afiando o Machado 

No Alasca, um esporte tradicional é cortar árvores. Há lenhadores famosos, com domínio, habilidade e energia no uso do machado. Querendo tornar-se também um grande lenhador, um jovem escutou falar do melhor de todos os lenhadores do país. Resolveu procurá-lo. 

- Quero ser seu discípulo. Quero aprender a cortar árvore como o senhor. O jovem empenhou-se no aprendizado das lições do mestre, e depois de algum tempo achou-se melhor que ele. Mais forte, mais ágil, mais jovem, venceria facilmente o velho lenhador. Desafiou o mestre para uma competição de oito horas, para ver qual dos dois cortaria mais árvores. 

O desafio foi aceito, e o jovem lenhador começou a cortar árvores com entusiasmo e vigor. Entre uma árvore e outra, olhava para o mestre, mas na maior parte das vezes o via sentado. O jovem voltava às suas árvores, certo da vitória, sentindo piedade pelo velho mestre. 

Quando terminou o dia, para grande surpresa do jovem, o velho mestre havia cortado muito mais árvores do que o seu desafiante. 
Mas como é que pode? - surpreendeu-se. Quase todas as vezes em que olhei, você estava descansando! 
Não, meu filho, eu não estava descansando. Estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu. 

Aprendizado é um processo que não tem fim. Sempre temos algo a aprender. O tempo utilizado para afiar o machado é recompensado valiosamente. O reforço no aprendizado, que dura a vida toda, é como afiar sempre o machado. 

Continue afiando o seu. 

Do livro: Comunicação Global - Dr. Lair Ribeiro
“[...]. Estava afiando o machado. Foi por isso que você perdeu.” 

A palavra sublinhada nessa frase é uma forma verbal conjugada em tempo
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️

1159Q40834 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo e Supervisor Recenseador, ODAC, VUNESP

Texto associado.
Por que achamos que ser magro é bonito?

      Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

      A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

      Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.

      Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)
Conforme o texto, a lógica que dita os padrões de beleza leva em conta
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️

1160Q37194 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ RO, FGV

Texto associado.
Texto 1 - O século XX foi marcado pelo uso crescente de veículos automotores. Desde então observam-se com maior frequência episódios críticos de poluição do ar. Com o aumento alarmante da poluição e a ameaça de escassez das reservas de petróleo, estudiosos de vários países investem esforços na procura de novas fontes alternativas de energia, como hidrogênio e biomassa. De acordo com pesquisadores, a mudança definitiva do século pode ser representada pela revolução nos transportes, por meio de tecnologias que já foram criadas e que poderão estar acessíveis em menos de 20 anos. (http://www.comciencia.br)
Ao dizer que houve “episódios críticos” de poluição do ar, o autor do texto 1 quer indicar que ocorreram:
  1. ✂️
  2. ✂️
  3. ✂️
  4. ✂️
  5. ✂️
Utilizamos cookies e tecnologias semelhantes para aprimorar sua experiência de navegação. Política de Privacidade.