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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1501Q116787 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Sistemas, Sergipe Gás SA, FCC

Texto associado.

O pequeno engenheiro

Ou muito me engano, ou era esse mesmo o nome de um brinquedo do meu tempo de criança. Terá conseguido sobreviver à onda das engenhocas eletrônicas de hoje? Lembrome bem dele: uma caixa de madeira, bonita, com tampa de encaixe corrediça; dentro, um grande número de pecinhas também de madeira, coloridas, de diferentes formas e dimensões. Em algumas delas estavam desenhados um relógio, uma janela, tijolinhos... O conjunto possibilitava (e mesmo inspirava) diversos tipos de edificação: castelos, torres, pontes, edifícios, estações etc.
Não se tratava exatamente de uma prova de habilidade motora: não era grande a dificuldade de erguer um pequeno muro ou de dar sustentação a uma torre. Tratava-se, antes, de usar a imaginação, construir e preencher espaços, compor cenários, como quem arma a ambientação de um palco onde se desenvolverá uma história. Havia, implícita, a par da necessidade de tudo ter que parar em pé, a preocupação estética: insistir no critério da simetriaou permitir variações de padrão? Fantasiar formas ou ater-se à imitação das já bastante conhecidas? Não exagero ao dizer que tudo isso fazia de cada um de nós, para além de um pequeno engenheiro, um pequeno arquiteto, um escultor mirim, um precoce cenógrafo, um artista plástico pesquisando linguagem...
De qualquer modo, esse brinquedo não me levou, na idade adulta, à engenharia, nem ao ramo de construções, nem me fez artista plástico. Ficou na memória, perdido entre outros brinquedos que dispensavam baterias, tomadas elétricas, manuais de instrução e termo de garantia. Sem dúvida havia algum encanto no trenzinho elétrico, que corria obediente pelos trilhos. A meninada ficava olhando, olhando, a princípio interessada, mas logo alguém perguntava: ? Vamos brincar? Ser espectador era pouco: o corpo precisava entrar no jogo. Nem que fosse para habitar, imaginariamente, a torre de um castelo colorido, erguido há pouco com as mãos de um pequeno engenheiro que se entretinha facilmente com suas peças demadeira.


(Oduvaldo Monteiro, inédito)

Atente para as seguintes afirmações:

I. No 1º parágrafo, o autor se atém menos à descrição do brinquedo que marcou sua infância do que a conjeturas sobre as razões do encantamento.
II. No 2º parágrafo, o autor destaca os especiais requisitos técnicos impostos pelo brinquedo a quem dele quisesse tirar o melhor proveito.
III. No 3º parágrafo, o autor deixa ver que o fascínio exercido pelo antigo brinquedo independia de quaisquer mecanismos elétricos ou eletrônicos.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

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1502Q142674 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Enfermagem, TJ PA, FCC

Texto associado.

Acerca de Montaigne

Montaigne, o influente filósofo francês do século XVI,
foi um conservador, mas nada teve de rígido ou estreito, muito
menos de dogmático. Por temperamento, foi bem o contrário de
um revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia de
um homem de ação, o idealismo ardente e a vontade. Seu
conservadorismo aproxima-se, sob certos aspectos, do que no
século XIX viria a ser chamado de liberalismo.
Na concepção política de Montaigne, o indivíduo deve
ser deixado livre dentro do quadro das leis, e a autoridade do
Estado deve ser a mais leve possível. Para o filósofo, o melhor
governo será o que menos se fizer sentir; assegurará a ordem
pública sem invadir a vida privada e sem pretender orientar os
espíritos. Montaigne não escolheu as instituições sob as quais
viveu, mas resolveu respeitá-las, a elas obedecendo fielmente,
como achava correto num bom cidadão e súdito leal. Que não
lhe pedissem mais do que o exigido peloequilíbrio da razão e
pela clareza da consciência.

(Adaptado da introdução aos Ensaios, de Montaigne. Trad.
de Sergio Milliet. S. Paulo: Abril, Os Pensadores, 1972.)

Há no primeiro parágrafo afirmações que induzem o leitor a identificar:

I. um conservador típico como alguém rígido, limitado e dogmático.

II. um revolucionário como alguém ativo, idealista, dotado de fé, energia e vontade.

III. um conservador do século XVI com um liberal do século XIX.

Completa corretamente o enunciado desta questão o que está em

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1503Q202601 | Português, Interpretação de Textos, Escriturário, Banco do Brasil, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para os itens de 1 a 14

1 Os bancos médios alcançaram um de seus
melhores anos em 2006. A rigor, essas instituições não
optaram por nenhuma profunda ou surpreendente mudança
4 de foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
7 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do país
aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005.
É apressado asseverar que essa expansão do
10 segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito
13 esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
16 mais altos em outras 21. O tamanho do banco não determina
oempenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da
fraca aceleração da concorrência do sistema bancário é a
19 permanência dos altos spreads, a diferença entre o que o
banco paga ao captar e o que cobra ao emprestar, que não se
altera muito, entre instituições grandes ou médias.
22 Vale notar, também, que os bons resultados dos
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições do
setor bancário internacional interessadas em participação
25 segmentada em forma de parceria. O Sistema Financeiro
Nacional só tem a ganhar com esse tipo de integração. Dessa
forma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado movimento
28 de fusões entre bancos médios, processo que já começou.
Será um novo capítulo da história bancária do país.


Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.

Pelos sentidos do texto, os bons resultados dos bancos médios contribuem para acelerar significativamente a concorrência bancária.

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1504Q595319 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UERJ, UERJ, UERJ

Texto associado.
        O passado anda atrás de nós
        como os detetives os cobradores os ladrões
        o futuro anda na frente
        como as crianças os guias de montanha
5     os maratonistas melhores
        do que nós
        salvo engano o futuro não se imprime
        como o passado nas pedras nos móveis no rosto
        das pessoas que conhecemos
10    o passado ao contrário dos gatos
        não se limpa a si mesmo
        aos cães domesticados se ensina
        a andar sempre atrás do dono
        mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem
15    pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro
        este besouro este vulcão este despenhadeiro
        à frente de nós à frente deles
        corre o cão
 ANA MARTINS MARQUES
O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
aos cães domesticados se ensina
a andar sempre atrás do dono
mas os cães o passado só aparentemente nos pertencem (v. 12-14)
Nesses versos, sugere-se uma ideia a respeito da relação entre cães e seres humanos. Essa ideia, no verso destacado, recebe da poeta a seguinte avaliação:
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1505Q837751 | Português, Interpretação de Textos, FSPSS Fonoaudiólogo, FSPSS, 2021

Assinale a única frase em que a ordem de colocação das palavras NÃO produz ambiguidade.
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1507Q201872 | Português, Interpretação de Textos, Escriturário, Banco do Brasil, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

O primeiro-ministro britânico Gordon Brown afirmou
que o Reino Unido apoia a candidatura brasileira a uma vaga
permanente no Conselho de Segurança da Organização das
Nações Unidas (ONU). "O Brasil tem o respaldo total do
governo britânico para ser membro permanente do Conselho de
Segurança da ONU", disse Brown, durante um seminário sobre
a próxima cúpula do G-20.

Brown ressaltou que, além da vaga no conselho, o
Brasil também deve participar mais da agenda global, sendo
mais efetivo na administração do Fundo Monetário
Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo ele, o Brasil
terá um papel importante na solução dos quatro grandes
desafios que o mundo tem para enfrentar: a estabilidade
financeira, as mudanças climáticas, o extremismo social e
religioso e o crescimento da pobreza.

Inglaterra quer Brasil na ONU. In: Diário do
Nordeste. Fortaleza, 27/3/2009 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue ositens
subsequentes.

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU possuem o direito de veto das decisões, ainda que aprovadas por todos os outros membros.

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1508Q174227 | Português, Interpretação de Textos, Delegado de Polícia, PC RO, FUNCAB

Texto associado.

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

Uma definição de felicidade

Todas as profissões têm sua visão do que é
felicidade. Já li um economista defini-la como ganhar 20 000
dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges
budistas, felicidade é a busca do desapego. Autores de livros
de autoajuda definem felicidade como estar bem consigo
mesmo, fazer o que se gosta ou ter coragem de sonhar
alto. O conceito de felicidade que uso em meu dia a dia é
difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de
Edward De Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa
linha.A ideia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos,
ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo
que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a
miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado,
jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem. Imagine
seus desejos como um balão inflável e que você está dentro
dele. Vocêsempre poderá ser mais ou menos ambicioso
inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu
mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe
dominar. Agora imagine um outro balão inflável dentro do seu
mundo possível, e portanto bem menor, que representa a sua
base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos
fechados, graças aos seus conhecimentos, seu QI emocional
e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância
entre esses dois balões o balão que você pretende dominar
e o que você domina. Se a distância entre os dois balões for
excessiva, você ficará frustrado, ansioso, mal-humorado e
estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranquilo,
calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser
feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se
quer ter.
O primeiro passo é definir corretamente o tamanho
de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de
que tudo é possível se você somente almejar alto épura
balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de
acordo com elas. Querer ser presidente da República é um
sonho que você pode almejar quando virar governador ou
senador, mas não no início da carreira. O segundo passo é
saber exatamente seu nível de competências, sem
arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O
terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois
mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e
suas competências é o grande segredo da vida. Escolha uma
distância nem exagerada demais, nem tacanha demais. Se
sua ambição não for acompanhada da devida competência,
você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas
que querem mudar o mundo com o que aprenderam no
primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a
distância entre seus sonhos e suas competências diminui
pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade.
Quantos gerentes depois de promovidos sofrem de
famosafossa do bem-sucedido, tão conhecida por
administradores de recursos humanos? Quantos executivos
bem-sucedidos são infelizes justamente porque chegaram
lá? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego
garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e
não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por
que a felicidade é tão efêmera. Ela é um processo, e não um
lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não
traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros.
Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições
e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro
esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista.
Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou
então encha mais seu balão de competências estudando,
Uma definição de felicidade observando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os
velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço
conquistado. Por isso, recusam ceder poderou atribuições e
acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você
envelhece não é nenhuma derrota pessoal. Felicidade não é
um estado alcançável, um nirvana, mas uma distância
contínua. É chegar lá, e não estar lá como muitos
erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos limites,
estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder,
reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem.
Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas
da vida e você serámuito feliz.

Stephen Kanitz, Revista Veja, 22 de junho de 2005

Assinale a opção em que Stephen Kanitz apresenta sua definição de felicidade.

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1509Q856729 | Português, Interpretação de Textos, Guarda Municipal, FAFIPA, 2020

Leia o poema a seguir:


Livros e flores


Teus olhos são meus livros.

Que livro há aí melhor,

Em que melhor se leia

A página do amor?


Flores me são teus lábios.

Onde há mais bela flor,

Em que melhor se beba

O bálsamo do amor?


A partir do sentido em que as palavras foram empregadas nos versos, avalie as asserções a seguir:


I. As duas estrofes do poema contêm versos com palavras que foram empregadas no sentido conotativo,

PORQUE


II. A conotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido próprio, real, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa CORRETA:

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1510Q31899 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Tecnologia da Informação, CRM DF, IESES

Texto associado.
Transparência e integração de processos são destaques do Conip Judiciário 2010

Brasília será palco do mais importante evento de tecnologia da informação e comunicação focado no Poder Judiciário. Nos dias 01 e 02 de dezembro, o Conip Judiciário 2010 - Congresso de Inovação e Informática na Gestão Pública para o Poder Judiciário reúne os principais decisores de TI dos 92 Tribunais existentes no País para troca de experiências e apresentações de soluções. Em sua 5ª edição, o fórum apresenta uma programação temária variada na qual se destacam as iniciativas relacionadas à maior transparência na gestão pública e ao processo de integração dos processos eletrônicos.
A movimentação do governo, com abertura e acesso às informações sobre as finanças públicas e o acesso aos dados e performance dos tribunais tanto por parlamentares quanto pelo cidadão, por meio de um sítio na web, dentre outros, são alguns dos temas relativos à transparência a serem debatidos. Sobre a integração, o especialista em governo eletrônico, gerente do W3C* e coordenador geral do Conip Judiciário 2010, Vagner Diniz, adianta que o congresso é um espaço único para debater as tendências e desafios do setor, já que há inúmeros sistemas diferenciados e que exigem interoperabilidade. "A apresentação de cases por profissionais envolvidos no poder judiciário é a maneira mais eficaz de se levantar soluções viáveis para os órgãos públicos", afirma.
Com uma demanda crescente, que passa por uma ampla consideração acerca do modo como são realizadas as experiências em certas unidades e sua evolução, a transparência nos órgãos públicos é um dos principais aspectos a serem debatidos no Conip Judiciário. Indo além da polêmica que envolve a abertura de dados, como os salários pagos aos servidores públicos, pretende-se fomentar uma discussão mais ampla e que contemple, desde as experiências locais até os desafios encontrados para a disponibilização dos portais de transparência.
[...]
Por meio de uma proposta já consagrada em edições anteriores, o Congresso dá continuidade a um formato bem sucedido ao oferecer mais oportunidades para a apresentação de casos práticos, isto é, uma versão mais "hands-on" (para "colocar as mãos na massa"), daquilo que será debatido por diferentes especialistas. Tal modelo pode ser exemplificado conforme as apresentações que contemplam a questão da transparência e integração no poder judiciário.
Outro tema de destaque na programação do Conip Judiciário é a possibilidade de integração de processos internos e, por conseqüência, de melhor atendimento ao público através da desmaterialização dos processos, isto é, tornar os tribunais digitais, sem papel. Mais do que isso, a digitalização dos processos representaria uma sofisticação das plataformas que passariam a atender os requisitos de interoperabilidade dos sistemas governamentais.

Disponível em: http://www.segs.com.br/index.php? option=com_content&view =article&id=25276: transparencia-e-integracao-de-processos-sao-destaques-do- conip-judiciario-2010&catid=50:cat-demais&Itemid=331. Acesso em: 01/12/2010. Adaptado.

*W3C (World Wide Web Consortium) – consórcio internacional, responsável pela criação de normas que regem a Web.
Com base no texto, deduz-se que:
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1511Q183453 | Português, Interpretação de Textos, Engenheiro Civil, DPE RJ, FGV

Texto associado.

                                                         XÓPIS

        Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o W Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.

        Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.

        As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.

                                                                                                          (Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.) 

Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada .

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1512Q111264 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Gestão Corporativa, EPE, CESGRANRIO

Texto associado.

RECOMEÇAR!

"Começar de novo, e contar "comigo", vai valer a pena, ter
amanhecido..."

*Ivan Lins*

Ter coragem de recomeçar a cada vez...fácil de
dizer, difícil de fazer.
Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas
acordam com essa meta, esse desejo de recomeço,
enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar
forças pra recomeçar.
É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado,
e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como
companheiro.
É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu
interior, e torná-lo nosso cúmplice.
É preciso que nos tornemos perdoadores de nós
mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria
das vezes.
Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma
incumbência que só podemos delegar a nós mesmos.
É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa
vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão
planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem
em múltiplos caminhos sem setas dechegada.
É necessário, muitas vezes, juntar os cacos
partidos de um coração que de alguma forma foi
estraçalhado.
Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada
manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de
nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não!
estejamos alegres, ou estejamos tristes...
A vida caminha, esteja nossa alma leve ou
pesada!
Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de
nós...temos de ter coragem e esperança de...
começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena,
ter amanhecido!!...

POLLICE, Ercilia de Arruda(adaptado).

Na passagem "começar de novo, ainda que comigo," (l. 32), semanticamente, a expressão em destaque significa que é:

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1513Q681380 | Português, Interpretação de Textos, Sargento da Aeronáutica, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
Quem casa quer casa
        Num tempo em que se casava depois de namorar e noivar, viajei com meu marido para a minha primeira casa, no mesmo dia do meu casamento. Partia na verdade para um reino onde, tendo modos à mesa e usando meia fina, seria uma mulher distinta como Dona Alice e seu marido saindo para a missa das dez. Pois sim, meu enxoval (...) foi despachado com zelo pela via férrea para uma cidade longe, tão longe que não pude eu mesma escolher casa e coisas. Como você quer nossos móveis?, havia perguntado meu noivo. Ah, eu disse, você pode escolher, mas gosto mesmo é daqueles escuros, pretos. Pensava na maravilhosa cristaleira de Dona Cecília, móveis de pernas torneadas e brilhantes, cama de cabeceira alta. Para a cozinha achei melhor nem sugerir, apostando na surpresa. Você pode cuidar de tudo, respondi a meu noivo atrapalhado com as providências, os poucos dias de folga na empresa, sozinho (...). Foi abrir a porta de nossa casa com alpendre e levei o primeiro susto de muitos de minha vida de casada. A mobília - palavra que sempre detestei - era daquele amarelo bonito de peroba.  Tem pouco uso, disse meu marido, comprei de um colega que se mudou daqui. Gostei da cristaleira, seus espelhos multiplicando o ‘jogo de porcelana’ - que invenção! A cama era feia, egressa de um outro desenho, sem nada a ver com a sala. E a cozinha? O mesmo fogão a lenha que desde menina me encarvoara. O fogão a gás vem em duas semanas, explicou meu marido com mortificada delicadeza, adivinhando o borbotão de lágrimas. Mas o banheiro, este sim amei à primeira vista, azulejos, louça branca e um boxe com cortina amarela desenhada em peixes e algas. Recompensou-me. Faz quarenta anos desde minha apresentação a este meu primeiro banheiro com cortina, a um piso que se limpava com sapóleo, palavra que incorporei incontinente ao meu novo status. Vinha de uma casa com panelas de ferro que só brilhavam a poder de areia. (...) Quando me viu a pique de chorar, meu marido me disse naquele dia: quando puder, vou comprar móveis pretos e torneados pra você. Compreendi, com grande sorte para mim, que era melhor escutar aquela promessa ardente ao ouvido, que ter móveis bonitos e marido desatento. Do viçoso jardim arranquei quase tudo para ‘plantar do meu jeito’, tentativa de construir um lar, esperança que até hoje guardo e pela qual me empenho como se tivesse acabado de me casar.

Adélia Prado 
https://cronicasurbanas/wordpress/tag/adelia-prado

VOCABULÁRIO
alpendre: varanda coberta
borbotão: caudal; jorro; jato forte, em grande quantidade
egressa: afastada; retirada, que não pertence a um grupo encarvoara: sujara de carvão
incontinente: que ou quem não se contém, sem moderação
viçoso: que cresce e se desenvolve com vigor
“Partia na verdade para um reino onde, tendo modos à mesa e usando meia fina, seria uma mulher distinta como Dona Alice e seu marido saindo para a missa das dez.” Essa frase do texto, enunciada logo em seu início, mostra que a esposa
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1514Q118708 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Saneamento, EMBASA, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Julgue os próximos itens com relação às ideias
desenvolvidas no texto acima e à sua organização
linguística.

Tal como referido no texto, a iniciativa de "25 milhões de brasileiros" (L.14) que "fincaram raízes na porção norte do Brasil" (L.15-16) ratifica o fato de estar em curso um reconhecimento político e social da magnitude da floresta amazônica.

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1515Q36034 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TJ AP, FCC

Texto associado.
   Uma história em comum

     Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que remonta a pelo menos três séculos. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname.
     Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. Processos estes que se somam às diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII.
     É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine - a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, “apesar” de nossa interferência.

(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)
A alternativa que apresenta uma passagem do texto corretamente reescrita, sem alteração de sentido, é:
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1516Q29635 | Português, Interpretação de Textos, Técnico de Segurança do Trabalho, COMLURB, IBFC

Texto associado.
Que é Segurança do Trabalho?

      Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
      A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos.
      O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
      A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

http://www.areasea.com/sea/ - acesso em 24/04/2016 
Hoje em dia, muito se fala sobre as variantes linguísticas e a valorização de todos os falares, levando em consideração a situação da fala. Com base nesta teoria, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:

O texto acima apresentado foi escrito em uma linguagem___________ , levando ao leitor informações sobre Segurança do trabalho.
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1517Q36594 | Português, Interpretação de Textos, Bombeiro Militar, Bombeiro Militar PE, IPAD

Texto associado.
TEXTO 1 -  QUESTÕES 1, 2 e 3

Três idades

A primeira vez que te vi,
Eu era menino e tu menina.
Sorrias tanto... Havia em ti
Graça de instinto, airosa e fina.
Eras pequena, eras franzina...
(...)
Quando te vi segunda vez,
Já eras moça, e com que encanto
A adolescência em ti se fez!
Flor e botão... Sorrias tanto...
E o teu sorriso foi meu pranto...
(...)
Vejo-te agora. Oito anos faz,
Oito anos faz que não te via...
Quanta mudança o tempo traz
Em sua atroz monotonia!
Que é do teu riso de alegria?

Foi bem cruel o teu desgosto.
Essa tristeza é que mo diz...
Ele marcou sobre o teu rosto
A imperecível cicatriz:
És triste até quando sorris...

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. pp. 62-63.


TEXTO 2 - QUESTÕES 4, 5, 6 e 7

Um jogo de palavras

    Nunca a língua portuguesa esteve tão representada numa Copa do Mundo quanto nesta 18ª edição, na Alemanha. As presenças de Brasil, Angola e Portugal mobilizaram boa parte dos 205 milhões de falantes desses países.
    No Brasil, a influência do futebol é sentida na linguagem. Não só porque nosso vocabulário ficou elástico com as expressões do esporte que incorporamos no dia-a-dia. Nem pela movimentação inversa, com termos que tomam outro significado devido ao uso boleiro. O futebol está no léxico, mas também em nossa retórica, no espírito que sustenta a cultura, na música, na literatura, no cinema, enfim, na abordagem que fazemos do mundo.
    A relação criativa com as palavras é um dos diferenciais do nosso futebol. A começar pela idéia de que, quando o assunto é de fato importante para o brasileiro, como é a bola, nenhum estrangeirismo nos domina ̛ nós o dominamos. (...) Parte do inventário sociológico e cultural do país, o futebol imprime várias marcas na vida brasileira. A da linguagem não é menos notável.

Revista Língua Portuguesa Especial, Carta ao Leitor, abril 2006.
O tema do texto está melhor explicitado em:
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1518Q682996 | Português, Interpretação de Textos, Oficial Estadual de Trânsito, DETRAN SP, FCC, 2019

Texto associado.
Atenção: Para responder às questões de números 9 a 15, baseie-se no texto abaixo.
Conversas movimentadas
                É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! - ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.
                É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.
                Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.
(Salustino Penteado, inédito)
Constituem uma relação de causa e consequência, nessa ordem, os segmentos:
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1519Q693761 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Legislativo Informática, Câmara Municipal de Sertãozinho SP, VUNESP, 2019

Texto associado.

Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas capacidades digitais

Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de trabalho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mondays. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade.

Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. "A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse c­enário descrito pela pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido demais. As pessoas não viram isso acontecer", diz Leandro Herrera, fundador da Tera.

(Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018.
https://epocanegocios.globo.com. Adaptado)


Uma frase condizente com as informações do texto e e­scrita em conformidade com a norma-padrão da línguaportuguesa é:

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1520Q21777 | Português, Interpretação de Textos, Agente Técnico Legislativo Especializado, AL SP, FCC

Texto associado.
Espaço e tempo modernos

Nota-se nos romances mais representativos do século XX uma modificação análoga à que sucedeu com a pintura moderna, modificação que parece ser essencial à estrutura do modernismo. À eliminação do espaço ou da ilusão do espaço, na pintura, parece corresponder, no romance, a da sucessão temporal. A cronologia e a continuidade temporal foram abaladas, "os relógios foram destruídos". O romance moderno nasceu no momento em que Proust, Joyce e Gide começam a desfazer a ordem cronológica, fundindo passado, presente e futuro, fazendo prevalecer o princípio da simultaneidade sobre o da sucessão temporal.
A visão de uma realidade mais profunda, mais real que a do senso comum, é assim incorporada à forma total da obra de arte. O homem já não vive "no tempo", ele passa a "ser tempo", ou seja, a carregar dentro de si a dimensão de um tempo que não apenas flui, mas que problematiza a si mesmo.

(Adaptado de Anatol Rosenfeld. Texto/contexto)
A seguinte frase apresenta redação clara e correta, sendo coerente com o sentido geral do texto:
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