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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


1561Q596725 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE, 2018

Texto associado.
Um gênero musical no Brasil que sabe se reinventar é o
sertanejo. Os números provam que o método funciona: das cem
músicas mais tocadas nas rádios em 2017, oitenta e sete delas eram
músicas sertanejas. O gigante do streaming Spotify também
observou que o gênero liderou com folga todos os s principais
rankings nacionais, tanto no top 10 de artistas quanto de álbuns e
de músicas. O termo música sertaneja deriva do recorte territorial
denominado sertão. As origens dessa denominação de localização
geográfica derivam da língua portuguesa trazida ao Brasil no
período colonial.
Internet: www uol/entretenimento/especiais/musica-sertaneja (com adaptações)
Considerando o texto precedente como motivador, julgue os itens
que se seguem.
Desde o período colonial, o termo sertão é usado em referência a localidades distantes do litoral; o termo sertanejo, por sua vez, denomina a população originária dessas localidades.
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1562Q834038 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Palhoça SC Professor de Geografia, IESES, 2021

Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão — “Ai! nada somos,
Pois ela se morreu silente e fria...”
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"

(Alphonsus de Guimaraens. Hão de chorar por ela os cinamomos.). 
Acerca dos recursos empregados para a construção de sentidos do poema, pode-se afirmar que:
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1563Q25083 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Linotipos

O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se de um tipo de máquina de composição de tipos de chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos Estados Unidos, pelo alemão Ottmar Mergenthaler. O invento foi de grande importância por ter significado um novo e fundamental avanço na história das artes gráficas. A linotipia provocou, na verdade, uma revolução porque venceu a lentidão da composição dos textos executada na tipografia tradicional, em que o texto era composto à mão, juntando tipos móveis um por um. Constituía-se, assim, no principal meio de composição tipográfica até 1950. A linotipo, a partir do final do século XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, o que levou informação às massas, democratizou a informação. Promoveu uma revolução na educação. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos, com poucas páginas e caros. Os livros didáticos eram também caros, pouco acessíveis.

Disponível em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado)

O texto apresenta um histórico da linotipo, uma máquina tipográfica inventada no século XIX e responsável pela dinamização da imprensa. Em termos sociais, a contribuição da linotipo teve impacto direto na
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1564Q707588 | Português, Interpretação de Textos, Administrador, UNIRIO, CESGRANRIO, 2019

Texto associado.
Texto I
    Obsolescência programada:
    inimiga ou parceira do consumidor?
    Obsolescência programada é exercida quando
    um produto tem vida útil menor do que a tecnologia
    permitiria, motivando a compra de um novo modelo
    — eletrônicos, eletrodomésticos e automóveis são
5 exemplos evidentes dessa prática. Uma câmera com
    uma resolução melhor pode motivar a compra de um
    novo celular, ainda que o modelo anterior funcione
    perfeitamente bem. Essa estratégia da indústria pode
    ser vista como inimiga do consumidor, uma vez que
10 o incentiva a adquirir mais produtos sem realmente
    necessitar deles. No entanto, traz benefícios, como o
    acesso às novidades.
                Planejar inovação é extremamente importante
    para melhoria e aumento da capacidade técnica de
15 um produto num mercado altamente competitivo. Já
    imaginou se um carro de hoje fosse igual a um carro
    dos anos 1970? O desafio é buscar um equilíbrio
    entre a inovação e a durabilidade. Do ponto de vista
    técnico, quando as empresas planejam um produto,
20 já tem equipes trabalhando na sucessão dele, pois
    se trata de uma necessidade de sobrevivência no
    mercado.
             Sintomas de obsolescência são facilmente per-
    cebidos quando um novo produto oferece caracterís-
25 ticas que os anteriores não tinham, como o uso de
    reconhecimento facial; ou a queda de desempenho
    do produto com relação ao atual padrão de merca-
    do, como um smartphone que não roda bem os apli-
    cativos atualizados. Outro sinal é detectado quando
30 não é possível repor acessórios, como carregadores
    compatíveis, ou mesmo novos padrões, como tipo de
    bateria, conector de carregamento ou tipos de cartão
    de um celular, por exemplo.
            Isso não significa que o consumidor está refém de
35  trocas constantes de equipamento: é possível adiar a
    substituição de um produto, por meio de upgrades de
    hardware, como inclusão de mais memória, baterias
    e acessórios de expansão, pelo menos até o momen-
    to em que essa troca não compense financeiramente.
40 Quanto à legalidade, o que se deve garantir é que os
    produtos mais modernos mantenham a compatibili-
    dade com os anteriores, a fim de que o antigo usu-
    ário não seja forçado constantemente à compra de
    um produto mais novo se não quiser. É importante
45 diferenciá-la da obsolescência perceptiva, que ocor-
    re quando atualizações cosméticas, como um novo
    design, fazem o produto parecer sem condições de
    uso, quando não está.
           É preciso lembrar também que a obsolescência
50 programada se dá de forma diferente em cada tipo de
    equipamento. Um controle eletrônico de portão tem
    uma única função e pode ser usado por anos e anos
    sem alterações ou troca. Já um celular tem maior
    taxa de obsolescência e pode ter de ser substituído
55 em um ano ou dois, dependendo das necessidades
    do usuário, que pode desejar fotos de maior resolu-
    ção ou tela mais brilhante.
    Essa estratégia traz desafios, como geração do
    lixo eletrônico. Ao mesmo tempo, a obsolescência
60 deve ser combatida na restrição que possa causar ao
    usuário, como, por exemplo, uma empresa não mais
    disponibilizar determinada função que era disponível
    pelo simples upgrade do sistema operacional, forçan-
    do a compra de um aparelho novo. O saldo geral é
65 que as atualizações trazidas pela obsolescência pro-
    gramada trazem benefícios à sociedade, como itens
    de segurança mais eficientes em carros e conectabi-
    lidade imediata e de alta qualidade entre pessoas. É
    por conta disso que membros de uma mesma família
70 que moram em países diferentes podem conversar
    diariamente, com um custo relativamente baixo, por
    voz ou vídeo. Além disso, funcionários podem traba-
    lhar remotamente, com mais qualidade de vida, com
    ajuda de dispositivos móveis.
RAMALHO, N. Obsolescência programada: inimiga ou
parceira do consumidor? Disponível em: <https://www.
gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/obsolescencia-programada-
-inimiga-ou-parceira-do-consumidor-5z4zm6km1pndkokxsb-
t4v6o96/>. Acesso em: 23 jul. 2019. Adaptado.
Considere a oração em destaque no seguinte trecho do Texto I: “Obsolescência programada é exercida quando um produto tem vida útil menor do que a tecnologia permitiria, motivando a compra de um novo modelo” (?. 1-3). A reescrita que mantém o mesmo valor semântico dessa oração é: 
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1565Q255236 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário Enfermagem, TRT 24a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Temos dificuldade em resistir à beleza.
A beleza é um chamariz.
O efeito da beleza deve permanecer e contagiar as pessoas próximas.
Uma risada gostosa pode ser um atrativo a mais no conceito do que seja belo.

As frases acima se articulam em um único período, com lógica, clareza e correção, em:

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1566Q33805 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, DPE RR, FCC

Texto associado.
   Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.

   Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário?

   Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência.

   Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela.


(Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) 
... sei até onde está o velho caderno com o velho poema. (último parágrafo)

Quanto ao termo sublinhado no segmento acima, é correto afirmar que se trata de
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1567Q29969 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, CONFERE, INSTITUTO CIDADES

Texto associado.
Texto
AQUECIMENTO GLOBAL (com adaptações)

      Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.
      A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.
      Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois estes gases absorvem grande parte da radiação infravermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
      O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verificam suas consequências em nível global.
(...)
      O protocolo de Kioto é um acordo internacional que visa à redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
(...)

(http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm) 
As recentes mudanças climáticas, conforme o texto:
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1568Q101137 | Português, Interpretação de Textos, Analista Redes, SERPRO, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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A partir do texto acima, julgue os itens de 1 a 8.

A idéia expressa por "uma tecnologia de linguagem" (L.2) é retomada, no desenvolvimento do texto, por "hipertexto" (L.9), "ele" (L.9) e "o" (L.10).

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1569Q27410 | Português, Interpretação de Textos, Motorista, Câmara de Itatiba SP, VUNESP

Texto associado.
Meu bem, meu mal

     Até um tempo atrás o cafezinho era tido como inimigo da boa saúde. O mesmo acontecia com a carne vermelha, o ovo, o chocolate – todos recentemente absolvidos, depois que pesquisas modernas descobriram novos (e saudáveis) componentes nesses alimentos. Ou desde que estudos mais abrangentes mostraram que ficar sem eles é pior do que consumi-los. Afinal, por que as conclusões da ciência mudam tanto?
     Para começar, essas diferenças nos estudos não espantam os médicos – que, aliás, até esperam que elas ocorram. A medicina, assim como a nutrição, não é ciência exata. Nem sempre o que é verdade hoje será verdadeiro no futuro.
     Um dos motivos para as mudanças é o avanço da tecnologia. Com o uso de computadores e da internet, é claro que resultados conseguidos nos anos 40, em estudos de colesterol, por exemplo, são bem menos exatos do que os atuais.

(Revista Dossiê Superinteressante. jan. 2015. Adaptado)
De acordo com o texto, é correto afirmar que as pesquisas referentes aos alimentos
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1570Q109594 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Correios, CORREIOS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Com relação à organização das ideias do texto, julgue os itens a
seguir.

É coerente com a classificação apresentada por Pierre Lévy, mencionada nas linhas de 14 a 18, concluir que a próxima etapa a ser atingida pela sociedade terá de ultrapassar a cultura escrita.

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1571Q239395 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar BA, FCC

Texto associado.

       Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo dire­cionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura.
       O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolon­gamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doen­ ças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados.
       Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estu­diosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de ren­da e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta.


                     (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141)

Há no texto

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1572Q703793 | Português, Interpretação de Textos, Oficial do Ministério Público, MPE RJ, FGV, 2019

Texto associado.
Texto 2
O professor tenta exaustivamente explicar o conteúdo seguidas
vezes, muda o ponto de vista, muda o esquema exposto na lousa,
exemplifica de duas, três, quatro formas diferentes. A cada pausa,
chama atenção de diferentes grupos de alunos, que insistem em
não prestar atenção. (....) Já transpirando e quase rouco de tanto
aumentar o tom de voz, o professor chama a atenção de um
aluno que ri alto.
—Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube. 
— Fica de boa, profe. Depois eu vejo isso aí no YouTube. A característica que NÃO está presente nessa frase dita pelo aluno do texto 2 é:
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1573Q51782 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Social, Prefeitura de Catuji MG, Reis e Reis

Texto associado.
Leia o texto 01, abaixo, para responder a questão.

Ciberativismo: ativismo nasce nas redes e mobiliza as ruas do mundo


Quando você busca apoiar uma causa social, o que faz? Provavelmente uma das primeiras coisas é acessar a internet: fazer uma doação, compartilhar campanhas e experiências, assinar uma petição ou confirmar presença em algum protesto. Esses são alguns dos exemplos de como a rede vem ampliando o ativismo social e político e criando novas formas de atuação e mobilização, compondo o que é chamado de ciberativismo.

O ciberativismo é um termo recente e consiste na utilização da internet por grupos politicamente motivados que buscam difundir informações e reivindicações sem qualquer elemento intermediário com o objetivo de buscar apoio, debater e trocar informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações, dentro e fora da rede. Com essas possibilidades, todos podem ser protagonistas de uma causa.

A internet pode ser usada ainda como um canal de comunicação adicional ou para coordenar ações offline de forma mais eficiente. Além disso, permite a criação de organizações online, permitindo que grupos tenham sua base de atuação na rede; o que possibilita ações no próprio ambiente da rede, como ocupações virtuais e a invasão de sites por hackers.

O autor Sandor Vegh no livro "Classifying forms of online activism: the case of cyberprotests against the World Bank, de 2003" (o livro, sem tradução brasileira, é considerado uma referência sobre o tema), comenta que as estratégias de utilização da internet para o ciberativismo objetivam aprimorar a atuação de grupos, ampliando as técnicas tradicionais de apoio.

Vegh cita três categorias de atuação do ativismo online: 1) conscientização e promoção de uma causa (por exemplo, divulgar o outro lado de uma notícia que possa ter afetado a causa ou uma organização); 2) organização e mobilização (convocar manifestações, fortalecer ou construir um público); e 3) ação e reação.

Exemplos desse tipo de ativismo vão desde petições online, criação de sites denúncia sobre uma determinada causa, organização e mobilização de protestos e atos que aconteçam fora da rede, flashmobs, hackerativismo e o uso de games com uma função política e social.

Embora as primeiras formas de ativismo online datem do início da década de 1990, movimentos recentes no Brasil e no mundo vêm mostrando o potencial dessa nova forma de reorganização. 

No Irã, por exemplo, em 2009, o Twitter se mostrou um importante campo de batalha no ambiente virtual, após a reeleição suspeita de fraude do então presidente Mahmoud Ahmadinejad, que gerou protestos e confrontos com a polícia iraniana. Com comícios proibidos, a comunicação cortada, a imprensa local camuflando o ocorrido e jornalistas estrangeiros proibidos de ficarem no país, os iranianos utilizaram o Twitter e o YouTube para mostrar ao mundo o que realmente estava acontecendo. Os protestos da Primavera Árabe seguiram o mesmo caminho.

Um dos casos mais emblemáticos do século 21 talvez seja o do WikiLeaks, site criado pelo jornalista Julian Assange que divulgou informações sigilosas de vários países, principalmente sobre os Estados Unidos e a Guerra do Afeganistão.

O celular e as redes sociais também se mostraram uma poderosa "arma" nos protestos de junho de 2013 no Brasil. Apostando na dinâmica rede-rua, foi pelo Facebook que os organizadores do MPL (Movimento Passe Livre) conseguiram a adesão de centenas de milhares de pessoas, sendo que boa parte delas participou dos protestos nas ruas de diversas cidades brasileiras. Outro grupo que chamou atenção durante os protestos foi o Mídia Ninja, cuja atuação foi baseada nas transmissões ao vivo dos protestos pela internet, enquadrando-se na primeira forma de ciberativismo proposta por Vegh.

Os hackers também ganharam um papel de destaque dentro do ciberativismo, no que é chamado de ativismo hacker - ou hacktivismo, definido com uma prática de hacking, phreaking ou de criar tecnologias para alcançar um objetivo social ou político. Um dos principais grupos de hackers ativistas é o Anonymous, criado em 2003, e que ganhou vertentes por todo o mundo.

Os games também entraram na onda do ativismo. Uma iniciativa interessante nesse sentido é o site Molleindustria. Com o slogan “Games radicais contra a ditadura do entretenimento”, o objetivo do site é usar a estética dos games para promover a crítica social e política. Quem acessar o site irá encontrar jogos sobre pedofilia e padres, a guerra do petróleo, como gerir uma lanchonete do McDonalds e o mais interessante: o internauta será sempre colocado numa posição desconfortável, para vivenciar na pele – mesmo que virtualmente – as mais diversas situações.

Por: Andréia Martins

http://vestibular.uol.com.br/resumo-dasdisciplinas/atualidades/ciberativismo-oativismo-da-rede-para-as-ruas-o-ativismoda-rede-para-as-ruas.htm - Visualizado em 29/05/2015
De acordo com o texto, podemos afirmar que um dos principais objetivos do Ciberativismo é:
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1574Q49507 | Português, Interpretação de Textos, Agente de Saneamento, SABESP, FCC

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Atenção: Para responder às questão, considere o texto abaixo. 

    Comparado ao tamanho dos rios amazônicos, o Tietê é um regato. Nas estatísticas, porém, é uma catarata de superlativos. Estudo mostra que o Tietê e seus afluentes formam a bacia hidrográfica mais populosa, mais rica e mais poluída do Brasil. É também a de maior desenvolvimento humano do país. Às suas margens ou perto delas moram 30 milhões de pessoas, a maior população ribeirinha do país, com médias de 10,6 anos de estudo e 75,3 anos de vida. 
    O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude, nas encostas da Serra do Mar, em Salesópolis, a leste da capital. Corre 1.136 quilômetros para o interior, por 73 municípios paulistas. Deságua no rio Paraná, a 300 metros acima do nível do mar. São apenas 740 metros de desnível da nascente à foz, ou um metro de declive a cada quilômetro e meio de percurso, em média. 
    Mesmo assim, as quedas do Tietê são famosas desde antes dos bandeirantes. Para fugir desse trecho inicial tortuoso e cheio de corredeiras, a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX começava em Araritaguaba, atual Porto Feliz, com destino às minas de ouro de Cuiabá. Por só poderem ser feitas em parte do ano, no período de cheia do rio, as expedições eram chamadas de monções
    As canoas, escavadas em troncos derrubados ao longo das margens do rio e de seus afluentes, levavam mantimentos, ferramentas e escravos para as minas, e traziam ouro. Hoje, a hidrovia Tietê-Paraná percorre 2,6 mil quilômetros e transporta 6 milhões de toneladas de carga anualmente, entre insumos e grãos. Um comboio de seis barcaças carregadas tira 210 carretas das estradas, gastando um quarto do combustível e emitindo um terço da quantidade de carbono. 
    O rio foi determinante na fundação da maior cidade do hemisfério sul e na ocupação do território ao seu redor. Nas últimas décadas, o desenvolvimento se estendeu do alto ao baixo Tietê. O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro ao rio. A qualidade de suas águas, cristalinas em Salesópolis, passa de apenas "boa", para "ruim" e "péssima", à medida que avança pelo interior, e só volta a ficar boa em Barra Bonita. Nos últimos 30 quilômetros antes de chegar à sua foz, as águas do rio voltam a ter a mesma excelência dos primeiros 40 quilômetros de seu curso. O rio mais poluído do país se recupera e termina tão limpo quanto começou. 

(Adaptado de: TOLEDO, José Roberto de; MAIA, Lucas de Abreu e BURGARELLI, Rodrigo. O Estado de S. Paulo, 22 de setembro de 2013, A26)
Respeitando-se o sentido do texto, monções eram (final do 3parágrafo)
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1575Q49252 | Português, Interpretação de Textos, Secretário Auxiliar, MPE GO, 2017

Texto associado.
      “O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver com a capacidade de lidar com docilidade e tolerância com as situações mais adversas. Muitas vezes perdemos a serenidade quando nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela para que nossos planos não se transformem em fontes de tensão. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se aproximam mais da serenidade.

      A serenidade corresponde a um estado de espírito no qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis e mortais. É claro que isso depende de termos atingido uma razoável evolução emocional e mesmo moral: não convém nos compararmos com as outras pessoas, não é bom nos revoltarmos com o fato de não sermos exatamente como gostaríamos: conformados com nossas limitações, podemos usufruir das potencialidades que temos.

      O momento presente é sempre uma ficção: vivemos entre as lembranças do passado e a esperança de acontecimentos futuros que buscamos alcançar. A regra é que estejamos indo atrás de objetivos, perseguindo-os com mais ou menos determinação. A maior parte das pessoas sente-se mal quando está sem projetos, apenas usufruindo dos prazeres momentâneos que suas vidas oferecem. Somos pouco competentes para vivenciar o ócio. Essa condição emocional que os filósofos antigos consideravam como muito criativa é algo gerador de um estado de alma que chamamos de tédio.

      De certa forma, fazemos tudo o que fazemos a fim de fugir do ócio e do tédio que o acompanha. Mesmo nos períodos de férias temos que nos ocupar. Por outro lado, perseguir objetivos com obstinação e aflição de alcançá-los o quanto antes também subtrai a serenidade. Assim, perdemos a serenidade quando andamos muito devagar, perto da condição do ócio, que traz o tédio e a depressão, e também quando nos tornamos angustiados pela pressa de atingirmos nossas metas. Mais uma vez, a sabedoria, a virtude, está no meio, naquilo que Aristóteles chamava de temperança: cada um de nós parece ter uma velocidade ideal, de modo que, se andar abaixo dela, tenderá a se deprimir, ao passo que, se andar acima dela, tenderá a ficar ansioso. Interessa pouco comparar nossa velocidade com a dos outros, visto que só estaremos bem quando estivermos em nosso ritmo, qualquer que seja ele ”.

(Adaptado de Flávio Gikovate).
Entre as causas que concorrem para o surgimento do tédio, considerado o contexto, está
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1576Q260967 | Português, Interpretação de Textos, Técnico em Regulação, ANATEL, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para os itens de 1 a 8

Como não usar o telefone celular

1 É fácil ironizar os possuidores de telefones celulares.
Mas é necessário descobrir a qual das cinco categorias eles
pertencem. Primeiro, vêm as pessoas fisicamente incapacitadas,
4 ainda que sua deficiência não seja visível, obrigadas a um
contato constante com o médico ou com o pronto-socorro.
Depois, vêm aqueles que, devido a graves deveres profissionais,
7 são obrigados a correr em qualquer emergência (capitães do
corpo de bombeiros, médicos, transplantadores de órgãos). Em
terceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a
10 possibilidade de receber ligações de seu parceiro secreto sem
que membros da família, secretárias ou colegas malintencionados
possam interceptar o telefonema.
13 Todas as três categorias enumeradas até agora
merecem o nosso respeito: no caso das duas primeiras, não nos
importamos de ser perturbados em restaurantes ou durante uma
16cerimônia fúnebre, e os adúlteros tendem a ser muito discretos.
Seguem-se duas outras categorias que, ao contrário,
representam um risco. A primeira é composta de pessoas
19 incapazes de ir a qualquer lugar se não tiverem a possibilidade
de conversar fiado acerca de frivolidades com amigos e
parentes de que acabaram de se separar. Elas nos incomodam,
22 mas precisamos compreender sua terrível aridez interior,
agradecer por não estarmos em sua pele e, finalmente, perdoar.
A última categoria é composta de pessoas preocupadas
25 em mostrar em público o quanto são solicitadas, especialmente
para complexas consultas a respeito dos negócios: as conversas
que somos obrigados a escutar em aeroportos ou restaurantes
28 tratam de transações monetárias, atrasos na entrega de perfis
metálicos e outras coisas que, no entendimento de quem fala,
dão a impressão de que se trata de um verdadeiro Rockfeller.
31 O que eles não sabem é que Rockfeller não precisa de
telefonecelular, porque conta com um plantel de secretários tão
vasto e eficiente que, no máximo, se seu avô estiver morrendo,
34 por exemplo, alguém chega e lhe sussurra alguma coisa no
ouvido. O homem poderoso é justamente aquele que não é
obrigado a atender todas as ligações, muito pelo contrário:
37 nunca está para ninguém, como se diz.
Portanto, todo aquele que ostenta o celular como
símbolo de poder, na verdade, está declarando de público sua
40 condição irreparável de subordinado, obrigado que é a pôr-se
em posição de sentido, mesmo quando está empenhado em um
abraço, a qualquer momento em que o chefe o chamar.

Umberto Eco. O segundo diário mínimo. Sergio Flaksman (Trad.).
Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 194-6 (com adaptações).

Com base nas idéias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue os itens a seguir.

O autor só não ironiza as duas primeiras categorias de usuários de celular da classificação por ele estabelecida.
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1577Q44654 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TRF 4a, FCC

Texto associado.
Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo.

     No campo da técnica e da ciência, nossa época produz milagres todos os dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um custo destrutivo, por exemplo, em danos irreparáveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir a pobreza.
     A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanidades humanizam. Não é indubitável aquilo em que acreditam tanos filósofos otimistas, ou seja, que uma educação liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de liberdade e igualdade de oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por exemplo, afirma que “bibliotecas, museus, universidades, cenros de investigação por meio dos quais se transmitem as humanidades e as ciências podem prosperar nas proximidades dos campos de concentração”. “O que o elevado humanismo fez de bom para as massas oprimidas da comunidade? Que utilidade teve a cultura quando chegou a barbárie?”
     Numerosos trabalhos procuraram definir as características da cultura no contexto da globalização e da extraordinária revolução tecnológica. Um deles é o de Gilles Lipovetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia de uma cultura global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira vez na história, denominadores culturais dos quais participam indivíduos dos cinco continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das diferentes tradições e línguas que lhes são próprias.
     Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio da imagem e do som sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria cinematográfica, sobretudo a partir de Hollywood, “globaliza” os filmes, levando-os a todos os países, a todas as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes sociais e a universalização da internet.
     Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um individualismo extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e as modas que lançam e impõem os produtos culturais em nossos tempos são um obstáculo a indivíduos independentes.
     O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em sentido estrito, ou se nos referimos a coisas completamente diferentes quando falamos, por um lado, de uma ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de Hitchcock e de John Ford.
     A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa- do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam transcender o tempo presente, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido não é cultura.

(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo. Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook)
O autor do texto discorda dos pensadores citados ao afirmar que
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1578Q175992 | Português, Interpretação de Textos, Delegado de Polícia, Polícia Civil PI, UESPI

Texto associado.
Ordem ou Barbárie

O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal. O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal.

Há quem tente explicar a violência, a opção pela criminalidade, como consequência da pobreza, da falta de oportunidades: o homem fruto de seu meio. Sem poder fazer as próprias escolhas, destituído de livre-arbítrio, o indivíduo seria condenado por sua origem humilde à condição de bandido. Mas acaso a virtude é monopólio de ricos e remediados? Creio que não. 

Na propaganda institucional, a pobreza no Brasil diminuiu, o poder de compra está em alta, o desemprego praticamente desapareceu... Mas, se a violência tem relação direta com a pobreza, como explicar que a criminalidade tenha crescido em igual ou maior proporção que a renda do brasileiro? Criminalidade e pobreza não andam necessariamente de mãos dadas.

Na semana passada, a violência (ou a falta de segurança) voltou ao centro dos debates. O flagrante de um jovem criminoso nu, preso a um poste por um grupo de justiceiros deu início a um turbilhão de comentários polêmicos. Em meu espaço de opinião no jornal "SBT Brasil", afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio. (...)

Não é de hoje que o cidadão se sente desassistido pelo Estado e vulnerável à ação de bandidos. (...) Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos praticamente inertes e, pior: na contramão do bom senso! (...)

No Brasil de valores esquizofrênicos, pode-se matar um cidadão e sair impune. Mas a lei não perdoa quem destrói um ninho de papagaio. É cadeia na certa! (...) 

Quando falta sensatez ao Estado é que ganham força outros paradoxos. Como jovens acuados pela violência que tomam para si o papel da polícia e o dever da Justiça. Um péssimo sinal de descontrole social. É na ausência de ordem que a barbárie se torna lei.

(Rachel Sheherazade - jornal Folha de São Paulo, 11 de fevereiro de 2014) 

A frase do texto que, de forma mais completa e adequada, resume o ponto de vista defendido pela autora, sobre o tema discutido, é
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1579Q676480 | Português, Interpretação de Textos, Cabo da Polícia Militar, Polícia Militar SP, VUNESP, 2020

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder às questões de números 15 a 19.
                            A disciplina do amor
Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um
jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente,
ia esperá-lo voltar do trabalho. Ficava na esquina, um pou-
co antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia cor-
rendo ao seu encontro e na maior alegria acompanhava-o
com seu passinho saltitante de volta para casa. A vila inteira
já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-
-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo o
caminho, animado atrás dos mais íntimos. Mas logo voltava,
atento ao seu posto, para ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi
convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Con-
tinuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele úni-
co ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Então, disciplinada-
mente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao
posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no
pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Qui-
seram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegan-
do aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido,
todos os dias.
Com o passar dos anos, as pessoas foram se esquecen-
do do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva do
soldado com um primo, os familiares voltaram-se para outros
familiares. Os amigos para outros amigos. Só o cachorro já
velhíssimo (era jovem quando o jovem soldado partiu) continu-
ou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam,
mas quem esse cachorro está esperando? Uma tarde (era
inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
(Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Ed. Rocco. 9a ed. 1998.Adaptado)
Conforme o narrador relata no segundo parágrafo,
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1580Q22174 | Português, Interpretação de Textos, Técnico de Processos Organizacionais, BAHIAGÁS, FCC

Texto associado.
A região da Chapada Diamantina, Bahia, pode ficar sem onças-pintadas em um prazo de nove anos e meio. Já para a área de Bom Jesus da Lapa, o prognóstico é ainda pior: a extinção da espécie pode ocorrer em aproximadamente três anos. Para evitar um destino trágico, é preciso proteger mais áreas e tentar conectar, por meio de corredores ecológicos - ligação entre áreas de uso menos intensivo para garantir a sobrevivência da espécie -, os grupos que hoje estão isolados.
      Os dados são do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. O Cenap avalia que a onça-pitada está criticamente ameaçada na Caatinga. A estimativa é de que existam no bioma 356 animais, divididos em cinco áreas. Desse total, apenas cerca da metade está em idade reprodutiva (descontam-se os animais mais jovens e os muito velhos). Dessa forma, o número restante, 178, deixa a espécie em situação crítica - um dos critérios para a classificação é haver menos de 250 animais. 
      Uma analista ambiental afirma que a situação na Mata Atlântica é também extremamente grave. Uma estimativa preliminar, baseada em informações de diversos pesquisadores, indica a existência de 170 indivíduos maduros no bioma. Ela conta que é muito difícil encontrar vestígios do animal e mais raro ainda vê-lo.
      Os estudos confirmam que a população de onças-pintadas vem caindo a cada ano. Entre as ameaças, tanto na Caatinga quanto na Mata Atlântica, estão a alteração e a perda de hábitat, provocadas pelo desmatamento e a falta de alimento. Na Caatinga, parte da população se alimenta de tatus e porcos-do-mato e acaba havendo competição por essas presas. Também faltam matas contínuas para garantir a sobrevivência da onça-pintada. Outro conflito é que, ao matar rebanhos, elas podem incomodar fazendeiros e serem perseguidas.
      Para o Ibama, a espécie é considerada vulnerável, porque sua situação é melhor em outros biomas e regiões. O quadro é mais tranquilo no Pantanal e na Amazônia. É por isso que o presidente do Instituto Onça-pintada defende ações regionalizadas. "Cada bioma tem um problema diferente". A onça, explica, é uma espécie guarda-chuva. Ao fazer um esforço para sua preservação, várias outras espécies que estão no mesmo ecossistema se beneficiam. Ele acredita ser melhor investir na Amazônia onde, por haver grandes áreas de floresta intocadas, as populações de onças-pintadas conseguiram se manter, para garantir a sobrevivência do animal. Por isso, é importante evitar a degradação e o desmatamento.

(Afra Balazina. O Estado de S. Paulo, Vida&, A26, 24 de janeiro de 2010, com adaptações)
Pressupõe-se corretamente do texto que
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