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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


2001Q855666 | Português, Interpretação de Textos, Professor de Artes, Prefeitura de Louveira SP, Avança SP, 2020

O território da África do Sul era vasto e disputado. Abrangia 1,6 mil quilômetros entre o Oceano Atlântico e o Oceano Índico. Estendia-se por cerca de 960 quilômetros desde a ponta sul, no Cabo das Agulhas, até o ponto mais próximo da fronteira norte e do Deserto de Kalahari, além de cobrir centenas de quilômetros mais a nordeste até a fronteira com o Zimbábue. Havia diferentes climas no país, tanto amenos quanto severos. O território também comportava montanhas íngremes e a Grande Escarpada, extensões de valões e planícies, uma rica faixa coberta de cana-de açúcar em Natal, vinhedos e pomares nas terras sombreadas da Montanha Table, além dos ricos minérios, incluindo as maiores minas de ouro do mundo em Johanesburgo, a cidade interiorana situada no planalto. A África do Sul assemelhava-se ao Quênia na mistura de europeus e africanos - brancos abastados e negros pobres - e no notável grupo de cidadãos asiáticos bem-sucedidos. Sua história colonial era mais longa, uma vez que o país resultava da afluência de colonizadores brancos, já antiga, originalmente da Holanda. Esses colonizadores viveram por tanto tempo na África do Sul que a mistura de idiomas deu origem a uma nova língua, chamada de “africâner”. Mais tarde, correntes de colonizadores chegaram da França, em pequenos grupos, e da Grã-Bretanha, em grande número, além de judeus, que se tornaram poderosos em Johanesburgo na época em que a cidade administrou uma das mais movimentadas bolsas de valores do mundo. Durante os últimos duzentos anos, nenhum outro país em todo o continente recebeu mais imigrantes europeus do que a África do Sul. (BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve História do Século XX, 2 ed. São Paulo: Fundamento, 2011, p. 188)
De acordo com o autor do texto, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I - Os judeus não foram bem-recebidos na África do Sul. II - Na África do Sul predominava uma população composta de negros ricos e brancos pobres. III - A África do Sul recebeu, ao longo de sua história, um grande número de colonizadores holandeses.
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2002Q114810 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Sistemas, Casa da Moeda, CESGRANRIO

Texto associado.

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"Uma vez, um site noticiou que eu tinha morrido. Houve controvérsia, mas eu só não morri mesmo porque a notícia não saiu nos jornais." (L. 39-41)
Da passagem acima, depreende-se que

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2003Q16046 | Português, Interpretação de Textos, Arquiteto Urbanista, Prefeitura de Florianópolis SC, FGV

Texto associado.
TEXTO 1 – DIREITO AFETIVO
João Paulo Lins e Silva, O Globo, 09/10/2014

Acompanhamos recentemente notícias na imprensa sobre registros de nascimento de menores com a inclusão de duas mães e um pai. Três atos distintos ocorreram; um em Minas Gerais e dois no Rio Grande do Sul. Por maior semelhança, carregam os registros características peculiares, mas que trazem e antecipam uma forte tendência, com a visão da família multiparental, ou seja, a capacidade de uma pessoa possuir, simultaneamente, mais de um pai ou de uma mãe em seu registro de nascimento. O que poderia soar absurdo ou, no mínimo, estranho antigamente, a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação de nossa legislação notarial.
A frase abaixo em que o sujeito do verbo sublinhado aparece posposto é:
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2004Q158648 | Português, Interpretação de Textos, Assistente em Administração, UFT, COPESE

Texto associado.

INSTRUÇÃO: Leia o texto abaixo e responda às questões de 01 a 08.

Esse é o hino De quatro em quatro anos, por ocasião das Copas do Mundo, milhões de pessoas pelo planeta afora têm a oportunidade de entrar em contato com uma das melhores realizações que o Brasil já foi capaz de pôr em pé o Hino Nacional Brasileiro, tocado e transmitido globalmente antes do começo de cada jogo. É sempre um momento de sucesso garantido junto ao público. O time, no campo, pode ir melhor ou pior, mas o hino não falha nunca. Seus primeiros acordes já deixam claro para a plateia presente aos estádios que ela vai ouvir, nos instantes que se seguem, música de primeira qualidade no gênero; dali para frente as coisas só melhoram. Ao se executar a última nota, todos os que prestaram atenção ao que estavam ouvindo ficam com a impressão de ter recebido um brinde inesperado antes do jogo: em vez da monotonia habitual dos hinos nacionais, em geral áridas arrumações de movimentos marciais que têm como característica mais notável o fato de parecerem todas iguais umas às outras, o que se ouve é uma das melodias mais vibrantes, calorosas e inspiradas que se podem escutar numa cerimônia oficial. Não há momento sequer de tédio no Hino Nacional; tudo ali é energia, emoção, vigor. Com quase 200 anos de vida, a peça composta por Francisco Manuel da Silva em 1822 mantém intactas até hoje todas as qualidades que fizeram dela uma das composições mais bem-sucedidas na história da música brasileira. Escrita originalmente em homenagem à Independência, e oficializada como Hino Nacional Brasileiro após a proclamação da República, a obra de Francisco Manuel tem um longo histórico de aplausos. Louis Gottschalk, o grande compositor americano do século XIX, que morreu no Brasil em 1869 e tinha entre seus admiradores Chopin, Liszt e Berlioz, considerava-a um dos melhores momentos da criação musical de sua época; em sua homenagem, escreveu a celebrada Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro. [...] Mas e a letra? Já se falou mal o suficiente da letra do Hino Nacional para que se ganhe alguma coisa insistindo no assunto. Sua linguagem, provavelmente, já era antiquada na época em que foi escrita, 101 anos atrás; é confusa, às vezes absurda, e muito pouca gente consegue decorá-la direito, mesmo porque muita pouca gente entende o que ela está dizendo. Mas isso não afeta a melodia nem embaraça o gênio de Francisco Manuel que, por sinal, já estava morto quase meio século antes de colocarem palavras em sua música. Além do mais, a letra do Hino Nacional nunca causou prejuízo a ninguém e, francamente, talvez nem seja pior que a média das letras presentes em hinos de outros países, em geral, obcecados por sangue, morte, canhões, tiranias e outros horrores. O mais prático, portanto, é deixar tudo como está, antes que venha a ideia de adotar uma nova letra através de concurso público. Com certeza, teríamos muita saudade, aí, do lábaro estrelado e dos raios fúlgidos.

(GU??O, J.R. Veja, edição 2170 ano 43 nº 25, 23 de junho de 2010.)

Assinale a afirmativa que apresenta uma interpretação coerente do texto lido.

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2005Q121055 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Tecnologia da Informação, BRB, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Cada um dos próximos itens apresenta uma proposta de reescrita de
trecho do texto indicado entre aspas , que deve ser julgada
certa se estiver gramaticalmente correta e se conservar o sentido do
trecho original, ou errada, se a correção gramatical não se mantiver
na reescrita ou o sentido do trecho original for alterado.

De acordo com (...) média mensal familiar (L.13-17): É surpreendente que a maior parte das despesas familiares cerca de 80% da despesa média mensal familiar corresponda a habitação, alimentação, aluguel, consoante o resultado da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE.

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2006Q46313 | Português, Interpretação de Textos, Médico Veterinário, Prefeitura de Piraquara PR, CEC

Texto associado.
                         O MAPA DO CÉREBRO 
                                                                                                                        Drauzio Varella

O cérebro humano é a estrutura mais complexa do Universo. Decifrar os mecanismos por meio dos quais ele consegue criar movimentos, percepções, pensamentos, memórias e a consciência é o maior desafio científico de todos os tempos. 

Está prestes a ser criado o BAM - Brain Activity Map (Mapa da Atividade Cerebral) -, um megaprojeto organizado para desenvolver novas gerações de técnicas que permitam mapear a atividade de neurônio por neurônio, com precisão de milissegundos.

Parece pretensão paranoide, mas não é. A neuro-ciência tem feito enormes avanços na tecnologia que tornou possível estudar as funções de neurônios isolados.

Imagens do cérebro em ação podem ser obtidas através da ressonância magnética funcional, método que consiste em injetar na veia glicose marcada com isótopos radioativos, e analisar através da ressonância sua distribuição pelas diferentes áreas cerebrais, enquanto a pessoa realiza funções como andar, rir, olhar para figuras que despertam compaixão, raiva, atração sexual, solidariedade.

Apesar desses avanços, os mecanismos responsáveis pela percepção, cognição e ação permanecem misteriosos porque resultam de interações em tempo real de grande número de neurônios, conectados em redes que formam circuitos de altíssima complexidade.

O projeto BAM propõe construir pontes que permitam descrever e manipular as atividades desses circuitos e redes de neurônios e até de cérebros inteiros, com a precisão em microescala de neurônio por neurônio.

O programa tem três objetivos: 

1) Construir ferramentas capazes de, a um só tempo, obter imagens da maioria ou de todos os neurônios que fazem parte de cada circuito envolvido nas funções cerebrais; 
2) Desenvolver métodos para interferir com o funcionamento de cada neurônio, desses circuitos;
3) Entender as funções essenciais de circuito por circuito. Para atingir tais objetivos, é necessário criar programas de informática capazes de armazenar, manipular e compartilhar dados de imagens e propriedades fisiológicas, em larga escala, que serão compartilhados com todos os investigadores participantes. Será obrigatoriamente um esforço de colaboração internacional entre neurocientistas, físicos, engenheiros e teóricos que trabalham na academia ou na indústria.

Dentro de cinco anos, vai ser possível monitorar ou controlar dezenas de milhares de neurônios. Ao redor dos dez anos, esse número terá sido multiplicado por dez.

Aos 15 anos, já poderemos observar a ação simultânea de um milhão de neurônios. Nessa fase, estaremos aptos a avaliar a função do cérebro inteiro do minúsculo peixe-zebra - usado como modelo em laboratório - ou de determinadas áreas do córtex cerebral de camundongos e de primatas.

Quando essa metodologia estiver disponível, poderá ser utilizada para diagnosticar e tratar distúrbios neuropsiquiátricos, ajudar na recuperação de funções perdidas depois de derrames cerebrais e criar teorias a respeito da cognição e do comportamento humano, baseadas em evidências.

Transtornos cerebrais devastadores como demências, esquizofrenia, depressão, autismo, epilepsia têm suas origens na desorganização das interações entre circuitos de neurônios, no interior do cérebro. Da mesma forma, as perdas de movimentos voluntários provocadas por derrames, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou traumatismos medulares que desconectam os centros cerebrais do restante do corpo, poderão ser tratadas e corrigidas por meio dessas novas tecnologias.

As atividades econômicas envolvidas no BAM serão comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu investimentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou U$ 800 bilhões de impacto econômico. O financiamento deverá vir de fontes governamentais e da iniciativa privada.

Lamento não estarmos vivos - você e eu, leitor - para assistirmos à descrição das bases neurais da consciência, o desafio maior.

A consciência seria uma característica especial e exclusiva de nossa espécie ou apenas um subproduto natural de cérebros mais complexos, que emergiria como simples consequência da integração da experiência individual com as informações sensoriais? 

Haverá resposta para indagações como essas?

                                              VARELLA, Dráuzio. O mapa do cérebro. Folha de S. Paulo, 3 maio 2014.
Levando-se em conta as informações contidas no texto, analise as afirmações a seguir.

I. O autor termina o seu texto se perguntando se a consciência seria algo inerente à nossa espécie ou se seria o resultado da interação entre as nossas informações sensoriais e nossas experiências individuais. 
II. A frase do antepenúltimo parágrafo (“Lamento não estarmos vivos – você e eu, leitor – para assistirmos à descrição das bases neurais da consciência, o desafio maior.") expressa a total descrença do autor em relação ao projeto. 
III. A total ausência de vocativos indica que o autor, além de objetivo, não faz qualquer concessão no sentido de se dirigir ao leitor, o que mostra que se trata de um texto que se enquadra numa modalidade científica.

Está(ão) correta(s):
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2007Q46314 | Português, Interpretação de Textos, Médico Veterinário, Prefeitura de Piraquara PR, CEC

Texto associado.
                         O MAPA DO CÉREBRO 
                                                                                                                        Drauzio Varella

O cérebro humano é a estrutura mais complexa do Universo. Decifrar os mecanismos por meio dos quais ele consegue criar movimentos, percepções, pensamentos, memórias e a consciência é o maior desafio científico de todos os tempos. 

Está prestes a ser criado o BAM - Brain Activity Map (Mapa da Atividade Cerebral) -, um megaprojeto organizado para desenvolver novas gerações de técnicas que permitam mapear a atividade de neurônio por neurônio, com precisão de milissegundos.

Parece pretensão paranoide, mas não é. A neuro-ciência tem feito enormes avanços na tecnologia que tornou possível estudar as funções de neurônios isolados.

Imagens do cérebro em ação podem ser obtidas através da ressonância magnética funcional, método que consiste em injetar na veia glicose marcada com isótopos radioativos, e analisar através da ressonância sua distribuição pelas diferentes áreas cerebrais, enquanto a pessoa realiza funções como andar, rir, olhar para figuras que despertam compaixão, raiva, atração sexual, solidariedade.

Apesar desses avanços, os mecanismos responsáveis pela percepção, cognição e ação permanecem misteriosos porque resultam de interações em tempo real de grande número de neurônios, conectados em redes que formam circuitos de altíssima complexidade.

O projeto BAM propõe construir pontes que permitam descrever e manipular as atividades desses circuitos e redes de neurônios e até de cérebros inteiros, com a precisão em microescala de neurônio por neurônio.

O programa tem três objetivos: 

1) Construir ferramentas capazes de, a um só tempo, obter imagens da maioria ou de todos os neurônios que fazem parte de cada circuito envolvido nas funções cerebrais; 
2) Desenvolver métodos para interferir com o funcionamento de cada neurônio, desses circuitos;
3) Entender as funções essenciais de circuito por circuito. Para atingir tais objetivos, é necessário criar programas de informática capazes de armazenar, manipular e compartilhar dados de imagens e propriedades fisiológicas, em larga escala, que serão compartilhados com todos os investigadores participantes. Será obrigatoriamente um esforço de colaboração internacional entre neurocientistas, físicos, engenheiros e teóricos que trabalham na academia ou na indústria.

Dentro de cinco anos, vai ser possível monitorar ou controlar dezenas de milhares de neurônios. Ao redor dos dez anos, esse número terá sido multiplicado por dez.

Aos 15 anos, já poderemos observar a ação simultânea de um milhão de neurônios. Nessa fase, estaremos aptos a avaliar a função do cérebro inteiro do minúsculo peixe-zebra - usado como modelo em laboratório - ou de determinadas áreas do córtex cerebral de camundongos e de primatas.

Quando essa metodologia estiver disponível, poderá ser utilizada para diagnosticar e tratar distúrbios neuropsiquiátricos, ajudar na recuperação de funções perdidas depois de derrames cerebrais e criar teorias a respeito da cognição e do comportamento humano, baseadas em evidências.

Transtornos cerebrais devastadores como demências, esquizofrenia, depressão, autismo, epilepsia têm suas origens na desorganização das interações entre circuitos de neurônios, no interior do cérebro. Da mesma forma, as perdas de movimentos voluntários provocadas por derrames, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou traumatismos medulares que desconectam os centros cerebrais do restante do corpo, poderão ser tratadas e corrigidas por meio dessas novas tecnologias.

As atividades econômicas envolvidas no BAM serão comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu investimentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou U$ 800 bilhões de impacto econômico. O financiamento deverá vir de fontes governamentais e da iniciativa privada.

Lamento não estarmos vivos - você e eu, leitor - para assistirmos à descrição das bases neurais da consciência, o desafio maior.

A consciência seria uma característica especial e exclusiva de nossa espécie ou apenas um subproduto natural de cérebros mais complexos, que emergiria como simples consequência da integração da experiência individual com as informações sensoriais? 

Haverá resposta para indagações como essas?

                                              VARELLA, Dráuzio. O mapa do cérebro. Folha de S. Paulo, 3 maio 2014.
Levando-se em conta exclusivamente as informações do texto, assinale a afirmativa correta.
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2008Q30960 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Técnico de Gestão em Saúde, FIOCRUZ

Texto associado.
O FUTURO NO PASSADO

1   Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2  A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão. Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
3  Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão. Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão nuclear fria.
4  É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra do leigo.

(VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)
“e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas” (1º §).

Na concordância verbal da 1ª oração acima, o autor optou por uma norma mais comum à modalidade informal da língua: indeterminou o sujeito da oração, em vez de concordar o verbo com o sujeito “carros”.

Das frases abaixo, todas com estrutura semelhante à transcrita acima, aquela em que a concordância verbal está INCORRETA, de acordo com a norma culta da língua, é:
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2009Q119794 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Tecnologia da Informação, BRB, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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A respeito das ideias do texto, julgue os itens de 1 a 5.

Afirma-se no texto que, na década de 90 do século XX, quando foi criado, o G-20 não era constituído, necessariamente, por países com representatividade econômica, mas que essa situação se alterou ao longo dos anos e que, hoje, o grupo é referência mundial em assuntos econômicos.

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2010Q17151 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MG, CRSP

Texto associado.
A mulher do vizinho
Fernando Sabino

Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco. 

O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fabrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte: 

— O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.  

Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio: 

—Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

— Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?

Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

— Da ativa, minha senhora?

E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

— Da ativa, Motinha! Sai dessa...

Texto extraído do livro "Fernando Sabino - Obra Reunida - Vol.01",
Editora Nova Aguiar - Rio de Janeiro, 1996, pág. 872.
Considerando o destaque dado às autoridades do Exército Brasileiro no texto, é CORRETO afirmar que a narrativa apresenta elementos pertencentes ao seguinte período histórico do Brasil.
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2011Q103940 | Inglês, Interpretação de Textos, Analista Administrativo, CETESB, VUNESP

Texto associado.

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According to the text, the agreement in Copenhagen is

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2012Q705540 | Português, Interpretação de Textos, Bibliotecário Documentalista, IF PB, IDECAN, 2019

Texto associado.
Leia os textos abaixo para responder à questão.
TEXTO I
EPÍLOGO
Vocês, melhor aprenderem a ver, em vez de apenas
Arregalar os olhos, e a agir, em vez de somente falar.
Uma coisa dessas quase chegou a governar o mundo!
Os povos conseguiram dominá-la, mas ainda
É muito cedo para sair cantando vitória:
O ventre que gerou a coisa imunda continua fértil!
(Bertolt Brecht)
TEXTO II 
Esse texto é o epílogo, muito célebre, da peça teatral A resistível ascensão de Arturo Ui, no qual o dramaturgo se dirige aos espectadores. Escrita nos anos de 1940 e revista durante a década de 1950, a peça tem como referências históricas a ascensão do nazifacismo na Europa e a Segunda Guerra Mundial. Assim, a “coisa” que “quase chegou a governar o mundo”, de que fala o texto, remete ao projeto nazifacista de dominação, do qual são parte inseparável, além da mencionada guerra mundial, também os programas de perseguição e de extermínio de minorias étnico-religiosas, de dissidentes políticos e de minorias sexuais, entre outros grupos. Essa conjugação característica de violência e preconceito, gangsterismo e terror, regressão e barbárie é que o autor designou como “a coisa imunda”.
Com base em seus conhecimentos sobre funções comunicativas da linguagem, pode-se afirmar que o TEXTO II procura estabelecer com o TEXTO I a relação de
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2013Q856838 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Delmiro Gouveia AL Professor de Português, ADM TEC, 2020

Analise as afirmativas a seguir:

I. A coesão é uma espécie de costura. Assim, seja interrelacionando orações, períodos, parágrafos ou, ainda, segmentos maiores ? como um parágrafo final conclusivo que se articula a todos os parágrafos antecedentes, ou até mesmo a articulação de capítulos entre si - os mecanismos coesivos estabelecem um entrelaçamento na superfície textual.

II. A metonímia trata de análises e interpretações em um texto construído em versos. É sempre escrita no presente, pois o seu valor é atemporal. A metonímia é constituída para introduzir um assunto a ser discutido ou apresentado. Podese dizer que essa figura de linguagem é utilizada em textos argumentativos apenas para expor o ponto de vista do autor.

III. A coesão referencial é o tipo de coesão que se caracteriza por apresentar um componente da superfície do texto fazendo remissão a outros elementos do universo textual numa relação de dependência semântica.

Marque a alternativa CORRETA:
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2014Q667154 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
TEXTO I
Nesta época do ano, em que comprar compulsivamente é a principal preocupação de boa parte da população, é imprescindível refletirmos sobre a importância da mídia na propagação de determinados comportamentos que induzem ao consumismo exacerbado. No clássico livro O capital, Karl Marx aponta que no capitalismo os bens materiais, ao serem fetichizados, passam a assumir qualidades que vão além da mera materialidade. As coisas são personificadas e as pessoas são coisificadas. Em outros termos, um automóvel de luxo, uma mansão em um bairro nobre ou a ostentação de objetos de determinadas marcas famosas são alguns dos fatores que conferem maior valorização e visibilidade social a um indivíduo.
LADEIRA, F. F. Reflexões sobre o consumismo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 18 Jan.2015.
TEXTO II
Todos os dias, em algum nível, o consumo atinge nossa vida, modifica nossas relações, gera e rege sentimentos, engendra fantasias, aciona comportamentos, faz sofrer, faz gozar. Às vezes constrangendo-nos em nossas ações no mundo, humilhando e aprisionando, às vezes ampliando nossa imaginação e nossa capacidade de desejar, consumimos e somos consumidos. Numa época toda codificada como a nossa, o código da alma (o código do ser) virou código do consumidor! Fascínio pelo consumo, fascínio do consumo. Felicidade, luxo, bem-estar, boa forma, lazer, elevação espiritual, saúde, turismo, sexo, família e corpo são hoje reféns da engrenagem do consumo.
BARCELLOS, G. A alma do consumo. Disponível em: www.diplomatique.org.br. Acesso em 18 jan 2015.
Esses textos propõem uma reflexão crítica sobre o consumismo. Ambos partem do ponto de vista de que esse hábito
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2015Q37656 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TRT SE, FCC

Texto associado.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

  O conceito de infância, como o conhecemos, consolidou-se no Ocidente a partir do século XVIII. Até o século XVI, pelo menos, assim que conseguissem se virar sem as mães ou as amas, as crianças eram integradas ao mundo dos adultos. A infância, como idade da brincadeira e da formação escolar, ao mesmo tempo com direito à proteção dos pais e depois à do Estado, é algo relativamente novo.
  A infância não é um conceito determinado apenas pela biologia. Como tudo, é também um fenômeno histórico implicado nas transformações econômicas e sociais do mundo, em permanente mudança e construção.
  Hoje há algo novo nesse cenário. Vivemos a era dos adultos infantilizados. Não é por acaso que proliferaram os coaches. Coach, em inglês, significa treinador. Originalmente, treinador de esportistas. Nesse conceito importado dos Estados Unidos, país que transformou a infância numa bilionária indústria de consumo, a ideia é a de que, embora estejamos na idade adulta, não sabemos lidar com a vida sozinhos. Precisamos de um treinador que nos ajude a comer, conseguir amigos e emprego, lidar com conflitos matrimoniais e profissionais, arrumar as finanças e até mesmo organizar os armários. Uma espécie de infância permanente do indivíduo.
  Os adultos infantilizados desse início de milênio encarnam a geração do “eu mereço”. Alcançar sonhos, ideais ou mesmo objetivos parece ser compreendido como uma consequência natural do próprio existir, de preferência imediata. Quando essa crença fracassa, é hora de buscar o treinador de felicidade, o treinador de saúde. É estarrecedor verificar como as gerações que estão aí parecem não perceber que dá trabalho conquistar o que se deseja. E, mesmo que se esforcem muito, haverá sempre o que não foi possível alcançar.

(Adaptado de: BRUM, ELIANE. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca)
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima está também sublinhado em:
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2016Q694045 | Português, Interpretação de Textos, Farmacêutico, IABAS RJ, IBADE, 2019

Texto associado.
Infestação de escorpiões no Brasil pode ser
imparável
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo
perfeito de como a vida moderna se tornou
imprevisível. É uma característica do que, no
complexo campo de problemas, chamamos de um
mundo “VUCA” (Volatility, uncertainty, complexity and
ambiguity em inglês) - um mundo volátil, incerto,
complexo e ambíguo.
Escorpiões, como as baratas que eles comem, são
um a e s p é c ie in c riv e lm e n te a d a p tá v e l.
O número de pessoas picadas em todo o Brasil
aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano
passado, de acordo com o Ministério da Saúde.
A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso
escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus. Ele se
reproduz por meio do milagre da partenogênese,
s ig n ific a n d o que um e s c o rp iã o fe m in in o
simplesmente gera cópias de si mesma duas vezes
por ano - nenhuma participação masculina é
necessária.
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um
clássico "problema perverso". Este termo, usado pela
primeira vez em 1973, refere-se a enormes
problemas sociais ou culturais como pobreza e
guerra - sem solução simples ou definitiva, e que
surgem na interseção de outros problemas.
Nesse caso, a infestação do escorpião urbano no
Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do
lixo, saneamento inapropriado, urbanização rápida e
mudanças climáticas.
No VUCA, quanto mais recursos você der para os
problemas, melhor. Isso pode significar tudo, desde
campanhas de conscientização pública que educam
brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa
exterminadoras que trabalham para controlar sua
população em áreas urbanas. Os cientistas devem
estar envolvidos. O sistema nacional de saúde
pública do Brasil precisará se adaptar a essa nova
ameaça.
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as
autoridades federais de saúde mal falaram
publicamente sobre o problema do escorpião urbano
no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em
nível nacional e estadual para treinar profissionais de
saúde sobre o risco de escorpião, as autoridades
parecem não ter nenhum plano para combater a
infestação no nível epidêmico para o qual ela está se
dirigindo.
Temo que os escorpiões amarelos venenosos
tenham reivindicado seu lugar ao lado de crimes
violentos, tráfico brutal e outros problemas crônicos
com os quais os urbanitas no Brasil precisam lidar
diariamente.
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na Universidade de São Paulo (USP). 
Texto a d a p t a d o de Re vi st a Gal il eu ( https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/MeioAm biente/noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasilpode-ser-imparavel-diz-pesquisador.html) 
Observe o emprego de “mal” no trecho em destaque. "... as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente sobre o problema do escorpião urbano no Brasil.” Agora preencha as lacunas com o adjetivo ou com o advérbio. Ele falava ______ do governo, mas sempre se com portava______ diante dos empregados, que o tinham como u m _____ chefe, porque, além de os p a g a r_____ , desempenhava_____ seu papel de líder. A sequência está correta em: 
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2017Q831778 | Português, Interpretação de Textos, Professor, Prefeitura de Bataguassu MS, 2021

Leia o texto a seguir.

Você ainda vai comer insetos

    Há pouco tempo, uma amiga que mora em Nova York me falou que tinha comprado farinha de grilo para fazer cookies. A princípio achei que “grilo” se tratasse de uma nova marca, mas estava completamente enganado. Ele se referia precisamente à farinha – cada vez mais popular – feita dos abundantes insetos, sobre os quais pouca gente no Brasil pensa como comida.

    O fato é que insetos estão se tornando, lentamente, a nova onda gastronômica no ocidente. Prova disso é que varias startups (empresas em fase inicial que desenvolvem serviços inovadores) estão surgindo nesse mercado da entomofagia. Dentre seus produtos estão grilos, larvas e barras de proteína feitas de insetos comestíveis.

    Basta um passeio rápido pela internet (e pelos principais supermercados de produtos orgânicos nos EUA) para ver a chegada desses produtos. Os rótulos são bem claros: nenhum deles contém glúten, aditivos, corantes ou alimentos geneticamente modificados. Além disso, a cada 10 gramas, 6 em média são de pura proteína.

    Hoje, são dois bilhões de pessoas no mundo que comem insetos todos os dias como parte de sua alimentação básica, conforme relatório das Nações Unidas. Mais do que isso, a alta gastronomia descobriu há algum tempo esse nicho. Restaurantes que estão no topo da lista dos melhores do mundo têm pratos com insetos em seu cardápio. 

    A ONU publicou até o ranking dos insetos-comida mais populares. Em primeiro lugar vêm os besouros, seguidos das lagartas, abelhas, vespas e formigas. Gafanho tos e grilos vêm a seguir. As posições seguintes são ocupadas pelas cigarras, os cupins e as libélulas.

    Do ponto de vista da sustentabilidade e da segurança alimentar, insetos fazem todo sentido como comida. Do ponto de vista nutricional, são ricos em proteínas, ácidos graxos, açúcares e têm altas concentrações de vitaminas. Além disso, são baratos.

    É claro que o aspecto cultural no ocidente torna o consumo de insetos praticamente um tabu entre nós. Mas as barras de proteínas e a farinha de grilo adicionada a outros produtos funcionarão como a porta de entrada para a entomofagia ocidental.

(Ronaldo Lemos. Folha de S. Paulo. Mercado, 03.09.2018. Adaptado.)

Uma palavra que substitui o termo destacado em – O fato é que insetos estão lentamente se tornando a nova onda gastronômica no ocidente. -, sem alteração de sentido, é:
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2018Q683811 | Português, Interpretação de Textos, Curso de Formação de Oficiais, CFOAV CFOINT CFOINF, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
TEXTO I
Violência: presente e passado da história
Vilma Homero
        Ao olhar para o passado, costumamos imaginar
que estamos nos afastando dos tempos da "barbárie pura
e simples" para alcançar uma almejada "civilização",
calcada sobre relações livres, iguais e fraternas, típicas do
5 homem culto. Um olhar sobre a história, no entanto, põe em
xeque esta visão utópica. Organizado pelos historiadores
Regina Bustamante e José Francisco de Moura, o livro
Violência na História, publicado pela Mauad Editora com
apoio da FAPERJ, reúne diversos ensaios que mostram,
10 ao longo do tempo, diferentes aspectos da violência,
propondo uma reflexão mais demorada sobre o tema. Nos
ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como,
desde a antiguidade e ao longo da história humana, a
violência se insere, sob diversos vieses, nas relações de
15 poder, seja entre Estado e cidadãos, entre livres e
escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes
religiões. "Durante a Idade Média, por exemplo, vemos
como a violência se manifesta na religiosidade, durante o
movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos
20 movimentos sociais, como ela acontece em relação aos
excluídos das favelas. O sentido é amplo. A desigualdade
social, por exemplo, é um tipo de violência; a expropriação
do patrimônio cultural, que significa não permitir que a
memória cultural de determinado grupo se manifeste,
25 também", prossegue a organizadora. (...) A própria palavra
"violência", que etimologicamente deriva do latim vis, com
significado de força, virilidade, pode ser positiva em termos
de transformação social, no sentido de uma violência
revolucionária, usada como forma de se tentar transformar
30 uma sociedade em determinado momento. (...) Essas
variadas abordagens vão aparecendo ao longo do livro.
 (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas após
julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de
sua humanidade, o réu era declarado homo sacer. Ou
35 seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses.
Segundo a pesquisadora Norma Mendes, "havia o firme
propósito de fazer da morte dos condenados um
espetáculo de caráter exemplar, revestido de sentido
religioso e de dominação, cuja função era o reforço,
40 manutenção e ratificação das relações de poder." (...) O
historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva é um dos
que traz a discussão para o presente, analisando as
transformações políticas do último século. "Desde Voltaire
até Kant e Hegel, acreditava-se no contínuo
45 aperfeiçoamento da condição humana como uma marcha
inexorável em direção à razão. (...) O Holocausto,
perpetrado em um dos países mais avançados e cultos à
época, deixou claro que a luta pela dignidade humana é
um esforço contínuo e, pior de tudo, lento. (...) E,
50 sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a
ocorrência de outros genocídios – Ruanda, Iugoslávia,
Camboja etc. – leva a refletir sobre a convivência entre os
homens nesse começo do século XXI." O historiador
prossegue: "De forma paradoxal, a globalização, conforme
55 se aprofunda e pluga os homens a escalas planetárias, é
fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo
religioso, étnico ou cultural, promovendo ódios e
incompreensões crescentes. Na Bósnia ou em Kosovo, na
Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de
60 entendimento chegou a seu mais baixo nível de tolerância,
e transpor uma linha, imaginária ou não, entre bairros
pode representar a morte." Como nem tudo se limita às
questões políticas e às guerras, o livro ainda analisa as
formas que a violência assume nas relações de gênero,
65 na religião, na cultura e aborda também a questão dos
direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes
sistemas culturais.
(http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de março de 2018.) 
Assinale a alternativa em que o termo em destaque foi utilizado com a função de apresentar um juízo de valor. 
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2019Q856104 | Português, Interpretação de Textos, Professor de Língua Portuguesa, AV MOREIRA, 2020

“Paulo, te amo, me ligue o mais rápido que puder. Te espero no fone 55 44 33 22. Verônica”.
(MARCURSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gênero e compreensão. São Paulo: Parábola Editora, 2008. p. 174.)
Dentro da teoria de gêneros textuais defendida por Marcuschi (2008), o suporte de um gênero, locus físico ou virtual, não é capaz de determinar o gênero, e sim o gênero exige um suporte específico.
Tomando como base as diversas situações comunicativas com o uso da sequência textual apresentada, relacione o nome do gênero textual ao seu respectivo suporte.
I. Se o texto estiver escrito em um papel colocado sobre a mesa da pessoa indicada (Paulo), pode ser um convite. II. Se o texto for passado pela secretária eletrônica de Verônica a Paulo, trata-se de um bilhete. III. Se o texto estiver escrito em um papel colocado sobre a mesa da pessoa indicada (Paulo), pode ser um bilhete. IV. Se o texto for remetido pelos correios, em um formulário próprio, pode ser um recado. V. Se o texto for remetido pelos correios, em um formulário próprio, pode ser um telegrama.
Aponte a alternativa em que todas as afirmativas são FALSAS.
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2020Q29744 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Operacional Portuário, CODESP SP, VUNESP

Texto associado.
Jair não trabalhava, não ganhava um centavo, bebia o dia todo, às vezes pegava a guitarra e ao lado do portão de madeira, dedilhava algumas notas, com o desejo de se tornar um compositor famoso, mas não passava dessas raras e frustradas tentativas. Você é um lixo, dizia-lhe Marta, sua mulher, de manhã e de noite, mas Jair não a contestava, sabia que Marta tinha razão. Marta é que tinha de providenciar o sustento de ambos, ela labutava muito. Sim, ele reconhecia que era um lixo, mas, em silêncio, já não aguentava os insultos da mulher. E um dia, fora de si de tanta angústia, resolveu pôr um fim naquilo. Num impulso, abriu a janela do apartamento do oitavo andar em que moravam e pulou para fora, certo de que iria morrer.

    Não morreu. Viu estrelas, ao meio dia, sentindo dor. Perdeu os sentidos e, quando acordou, viu-se deitado sobre uma desconfortável, horrorosa e triste montanha de sacos de lixo. E não pode deixar de sorrir: ele, lixo, tinha sido salvo pelo lixo que havia provocado a redução do impacto da queda. Lixo cuja origem ele conhecia desde a semana anterior, quando, na entrada do prédio, escutou comentários: eram coisas que Joana, a moradora do apartamento térreo, acumulara durante anos e das quais fora obrigada, pelos bombeiros, a se livrar, pondo-as na calçada, em sacos plásticos, depois que os moradores do prédio a haviam denunciado.

    De imediato, foi levado para o hospital, de ambulância. Sua mulher, torturada pela culpa, não saía de perto dele, mas não era nela que ele pensava. Era em Joana. E logo que recebeu alta foi visitá-la e lhe disse: Seu lixo me salvou, serei eternamente grato.

    Não era lixo, disse Joana. Era minha vida que estava ali naqueles sacos plásticos, coisas antigas … roupas … objetos. Eu, a minha existência!

    Jair concordou em silêncio. Sabia o que ela estava querendo dizer. E sabia que, daí em diante, viria visitá-la continuamente. No lixo, havia encontrado sua alma gêmea.

                                                                     (Moacyr Scliar. Folha de S.Paulo,10.01.11. Adaptado)
Em – … já não aguentava mais os insultos da mulher. (2.º parágrafo) – a expressão destacada significa
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