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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


2201Q666636 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP, 2018

Texto associado.
Somente uns tufos secos de capim empedrados crescem na silenciosa baixada que se perde de vista. Somente uma árvore, grande e esgalhada mas com pouquíssimas folhas, abre-se em farrapos de sombra. Único ser nas cercanias, a mulher é magra, ossuda, seu rosto está lanhado de vento. Não se vê o cabelo, coberto por um pano desidratado. Mas seus olhos, a boca, a pele – tudo é de uma aridez sufocante. Ela está de pé. A seu lado está uma pedra. O sol explode.
Ela estava de pé no fim do mundo. Como se andasse para aquela baixada largando para trás suas noções de si mesma. Não tem retratos na memória. Desapossada e despojada, não se abate em autoacusações e remorsos. Vive. Sua sombra somente é que lhe faz companhia. Sua sombra, que se derrama em traços grossos na areia, é que adoça como um gesto a claridade esquelética. A mulher esvaziada emudece, se dessangra, se cristaliza, se mineraliza. Já é quase de pedra como a pedra a seu lado. Mas os traços de sua sombra caminham e, tornando-se mais longos e finos, esticam-se para os farrapos de sombra da ossatura da árvore, com os quais se enlaçam.
FRÓES, L. Vertigens: obra reunida. Rio de Janeiro: Rocco, 1998
Na apresentação da paisagem e da personagem, o narrador estabelece uma correlação de sentidos em que esses elementos se entrelaçam. Nesse processo, a condição humana configura-se
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2202Q699406 | Português, Interpretação de Textos, Engenheiro Civil Fiscal, Prefeitura de Pedro do Rosário MA, Crescer Consultoria, 2019

Texto associado.
Rios que matam e morrem

Há quem diga que as próximas guerras serão travadas pelo controle da água, cuja disponibilidade vem diminuindo por culpa do homem

        Os números são alarmantes. Segundo a ONU, há cerca de 1,1 bilhão de pessoas sem acesso adequado à água, ou 1,8% da população
do planeta. Se nada for feito, esse número deve chegar a 3 bilhões em 20 anos. A contaminação das águas é responsável por mais de 10
milhões de mortes por ano causadas por doenças como cólera e diarreia, principalmente na África. No Haiti, um dos países mais miseráveis
do planeta, muita gente mata a sede com o esgoto que corre a céu aberto. Alguns especialistas chegam a prever que as próximas guerras
serão travadas pelo controle da água em vez do petróleo. Não seria uma novidade. No Antigo Egito, o controle das enchentes do Nilo serviu
de pretexto para a conquista de civilizações e territórios. Hoje, a maior expressão de luta armada envolvendo a água está no conflito entre
Israel e Palestina, que tem como pano de fundo o estratégico vale do rio Jordão.
        Parece incrível que a água seja motivo de tanta disputa. Afinal, a Terra não é chamada de “planeta água”? De fato, as águas cobrem
77% da superfície do planeta, mas somente 2,5% são de água doce. E menos de 1% está acessível ao uso pelo homem. Embora a água
existente na Terra seja suficiente para todos, há a dificuldade de distribuição, a população não para de crescer, e a ação humana vem
alterando drasticamente o sistema hídrico. O desmatamento e a impermeabilização do solo nos centros urbanos, por exemplo, quebram o
ciclo natural de reposição da água, secando rios centenários. Alguns rios, como o Colorado, nos Estados Unidos, e o Amarelo, na China,
muitas vezes secam antes de chegar ao mar. Isso sem falar nos frequentes acidentes, como vazamentos de óleo, que causam verdadeiros
desastres ambientais.
        A situação é preocupante, mas com algumas mudanças no comportamento de empresários, do governo e da população, é possível
reverter o quadro em pouco mais de uma década, segundo o geólogo Aldo Rebouças, professor do Instituto de Geociências da Universidade
de São Paulo e um dos organizadores do livro Águas doces do Brasil.
        Nas zonas rurais, muitos produtores aplicam água em excesso ou fora do período de necessidade das plantas. Quanto às indústrias,
bastaria que seguissem a lei: 80% dos resíduos industriais nos países em desenvolvimento são despejados clandestinamente em rios, lagos
e represas.
        Já o usuário doméstico, embora represente a menor fatia de consumo, pode, com sua atitude, influenciar os volumes consumidos pela
indústria e pela agropecuária. Para isso, basta que cada um siga algumas recomendações simples, como varrer a calçada em vez de lavá-la
com a água da mangueira, não lavar a louça ou escovar os dentes com a torneira aberta e não transformar o banho diário em uma atividade
de lazer.
(Karen Gimenez. Superinteressante. O Livro do Futuro. São Paulo: Abril, mar. 2005. Fragmento adaptado)
Analise as seguintes afirmações e marque a opção correta:
I. A escassez da água no planeta vem se agravando devido a vários fatores. Ainda podem ocorrer grandes
conflitos visando ao controle da água, segundo especialistas.
II. O usuário doméstico representa uma parte considerável do consumo porque desperdiça muita água e não se
preocupa em preservar o meio ambiente.
III. De acordo com o texto, é necessário que haja racionalização do consumo também por parte dos usuários
domésticos.
IV. Apesar de a Terra ser chamada de “planeta água”, muitas pessoas já não têm acesso à água e esse quadro
tende a se agravar.
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2203Q202767 | Português, Interpretação de Textos, Escrevente Técnico Judiciário, TJ SP, VUNESP

Texto associado.

Leia o texto para responder a questão.

Um pé de milho

Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão,numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarra mao chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há termos empregados em sentido figurado.
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2204Q49687 | Português, Interpretação de Textos, Assistente em Administração, UFRB, FUNRIO

A questão tomara por base o seguinte texto, que reproduz a Mensagem de Boas-Vindas da Pró-Reitoria de Graduação aos estudantes da UFRB: A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) acolhe os estudantes que optaram pela instituição com satisfação e contentamento. Neste início de mais uma jornada de aprendizagens nos nossos espaços de formação, buscando integrar o ensino, a pesquisa e a extensão, reconhecemos a fortaleza da presença de nosso corpo discente. Em 2015, a UFRB comemora os seus 10 anos de criação. Esta instituição instalou-se nesta região com objetivo de proporcionar uma formação universitária abrangente e interdisciplinar, desenvolver o pensamento crítico, consolidar metodologias de aprendizagem e contribuir para uma educação ética, cívica e democrática dos nossos estudantes. É com felicidade que recebemos os nossos discentes para continuar construindo a história da Federal do Recôncavo. Sejam bem-vindos!

FONTE: http://www.ufrb.edu.br/agencia/administracao/3855-mensagem-de-boas-vindas-aos- estudantes-da-ufrb-2014-2 [adaptado]
 
“É com felicidade que recebemos os nossos discentes para continuar construindo a história da Federal do Recôncavo.” 
Um professor propôs a seus alunos que reescrevessem a última frase do penúltimo parágrafo substituindo os termos sublinhados por pronomes oblíquos coerentes. A resposta correta seria esta:
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2205Q114720 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Procuradoria, PGE BA, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 6 a 15 referem-se ao texto abaixo.

Imagem 002.jpg

Sobre a expressão "Não obstante", empregada no parágrafo 4, é correto o seguinte comentário:

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2206Q117538 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Saneamento, EMBASA, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Julgue os próximos itens com relação às ideias
desenvolvidas no texto acima e à sua organização
linguística.

Ao se deslocar o termo "em um único dia" (L.5), sem vírgulas, para logo após o termo "o maior do mundo em extensão e volume" (L.4-5), preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto.

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2207Q32299 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, CRQ PE, IDHTEC

Texto associado.
ABYSSUS

Bela e traidora! Beijas e assassinas...
Quem te vê não tem forças que te oponha:
Ama-te, e dorme no teu seio, e sonha,
E, quando acorda, acorda feito em ruínas...
Seduzes, e convidas, e fascinas,
Como o abismo que, pérfido, a medonha
Fauce apresenta flórida e risonha,
Tapetada de rosas e boninas.
O viajor, vendo as flores, fatigado
Foge o sol, e, deixando a estrada poenta,
Avança incauto... Súbito, esbroado,
Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre,
Vacila e grita, luta e se ensanguenta,
E rola, e tomba, e se espedaça, e morre...

OLAVO BILAC
In Poesias (Sarças de Fogo), 1888.
A ação no texto é marcada:
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2208Q597036 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UERJ, UERJ, UERJ, 2019

Texto associado.
Soneto da hora final
Será assim, amiga: um certo dia
Estando nós a contemplar o poente
3 Sentiremos no rosto, de repente
O beijo leve de uma aragem fria.
Tu me olharás silenciosamente
E eu te olharei também, com nostalgia
6 E partiremos, tontos de poesia
Para a porta de treva aberta em frente.
Ao transpor as fronteiras do Segredo
Eu, calmo, te direi: – Não tenhas medo
9 E tu, tranquila, me dirás: – Sê forte.
E como dois antigos namorados
Noturnamente tristes e enlaçados
12 Nós entraremos nos jardins da morte.
No título Soneto da hora final, para revelar o tema do poema, recorre-se à figura de linguagem denominada:
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2209Q31533 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, CRF TO

Texto associado.
Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão.

Texto: A Sopa
Quando o criado, humilde e delicado, procurava despejar a primeira colherada de sopa no prato de sua majestade, uma gota, arredondada e gordurosa, soltando-se inesperadamente da rica e trabalhada concha, foi cair e manchar levemente o punho de seda do soberano.
Vermelho, com raiva, ergueu-se o rei Olderico, dando murros formidáveis na mesa:
- Inferno! Com mil bombas! Este cão não sabe servir uma sopa.
E gritando para o comandante da guarda ordenou:
- Enforquem imediatamente este desastrado!!!
O rapaz, que ficara no meio da sala, pálido, imóvel, ao ouvir aquela sentença de morte por uma falta insignificante e ridícula, não se conteve - atirou com a sopeira na cara do rei.
Essa agressão brutal na pessoa sagrada do rei causou indescritível espanto. Fidalgos, nobres e cavalheiros correram em auxílio do soberano, que apertava nas mãos a testa fenda, enquanto o autor daquele crime era preso e algemado, como se fora um bandido sanguinário e perigoso.
- Quero ouvir esse homem! - gritou o rei, enquanto uma dama da corte limpava-lhe o rosto e as barbas com uma toalha perfumada.
O criado criminoso foi trazido à presença do rei. Perguntou-lhe o rei:
- Homem! Porque fizeste isso?
- Eu queria morrer com a consciência tranquila, Senhor - respondeu o infeliz. - Se eu fosse enforcado pela primeira falta praticada, Vossa Majestade havia de ser tido, para o resto da vida, como um rei cruel e injusto. Diriam todos: “orei Olderico é um malvado. Mandou matar um pobre criado por causa de uma gota de sopa”. Agora não. Depois que eu atirei a sopeira em Vossa Majestade, ninguém mais poderá acusar o meu soberano de injusto e perverso.
Pelo contrário - a minha condenação é justa, dado o crime insultuoso que pratiquei.
Reconheceu o rei que o jovem tinha razão, e resolveu perdoar-lhe. E desse dia em diante não mais castigava os culpados senão de acordo com as faltas
praticadas.
E, ainda hoje, no glorioso país do rei Olderico, quando um juiz julga sem critério, usando do excessivo rigor para com os pobres e fracos, dizem logo:
- Esse juiz está precisando que lhe atirem uma sopeira na cara.

(Malba Tahan - adaptação)
Ao perdoar o criado, o rei cedeu:
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2210Q832054 | Português, Interpretação de Textos, Agente de Pesquisas, IBGE, CESPE CEBRASPE, 2021

Texto 1A2-I

    

    Chamarei de literatura, da maneira mais ampla possível, todas as criações de toque poético, ficcional ou dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura.

     A literatura aparece como manifestação universal de todos os homens em todos os tempos. Não há povo e não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado.

     Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito.

     A literatura é o sonho acordado das civilizações. Portanto, assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura. Desse modo, ela é fator indispensável de humanização e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade. Humanização é o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor.

     A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade, na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos à natureza, à sociedade e ao semelhante. A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob a pena de mutilar a personalidade, porque, pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo, ela nos organiza, nos liberta do caos e, portanto, nos humaniza. A fruição da arte e da literatura, em todas modalidades e em todos os níveis, é um direito inalienável.

Antonio Candido. O direito à literatura. In: Vários escritos.

5ª ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre o azul, 2011 (com adaptações).

No trecho “a literatura concebida no sentido amplo a que me referi parece corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui um direito”, a expressão “a que” poderia ser corretamente substituída por
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2211Q109625 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Controle Interno, TCU, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Com relação aos sentidos e a aspectos lingüísticos do texto, julgue os itens seguintes.

A direção argumentativa do texto evidencia a intenção do autor em fazer uma apologia do modelo de desenvolvimento e de progresso que a globalização representa.

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2212Q932929 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular Primeiro Semestre UECE, UECE, UECE CEV, 2019

Texto associado.
TEXTO 4
Não Espere Pelo Fim
133 Foi com palavras aprazíveis e um
134 ingênuo sorriso que o homem de rosto
135 enrugado e cabelos acinzentados dirigiu-se à
136 sua ranzinza colega de abrigo:
137 – A vida não acabou. Não é chegada a
138 hora de postar-se diante do túmulo como se
139 a morte estivesse à espreita. É tempo de se
140 renovar, tomar novas escolhas e trilhar por
141 novos caminhos. Alimente os sonhos! Seja
142 jovem novamente!
143 Tão rápido, naquele dia, nasceu uma
144 inesperada paixão entre os dois. Aquele
145 carinho que Emanuel sempre sentira por
146 Maria das Dores enfim foi retribuído.
147 Quem disse que os velhos não podem
148 se apaixonar?
149 Maldito preconceito que cria raízes
150 profundas, inclusive na alma dos segregados!
151 E, assim, tão logo o tempo passou.
152 Anos de risos fáceis.
153 No entanto, não foi com lágrimas de
154 arrependimento que Maria fitou o epitáfio de
155 Emanuel, mas sim com olhos aquosos de
156 saudade e uma profunda paz em seu coração
157 renovado.
JONES, Sebastião. Não Espere Pelo Fim. Disponível em:
http://autoressaconcursosliterarios.blogspot.com/2013/05/o
s-20-minicontos-classificados.html. [online]. 2013. Acessado
em 26 de abril de 2019.
Com base no texto 4, é INCORRETO afirmar que
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2213Q201575 | Português, Interpretação de Textos, Escrivão de Polícia Civil, Polícia Civil SP, VUNESP, 2018

Texto associado.

      As crianças e os adolescentes estão vivendo boa parte de seu tempo no mundo virtual, principalmente por meio de seus aparelhos celulares. Em relatório divulgado em dezembro de 2017, o UNICEF usou a expressão “cultura do quarto” para indicar um dos efeitos desse fenômeno. Os mais novos têm escolhido o isolamento do espaço privado em detrimento do uso do espaço público para se dedicarem à imersão nas redes.

      Você certamente já viu agrupamentos de adolescentes que interagiam mais com seu celular do que uns com os outros, não é? Pois bem: esse comportamento gera consequências, sendo que algumas delas não colaboram para o bom desenvolvimento dos mais novos. Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? Relacionando-se com seus pares! Acontece que o relacionamento no mundo virtual é radicalmente diferente daquele que ocorre na vida real, o que nos faz levantar a hipótese de que eles têm se desenvolvido com deficit no processo de socialização.

      E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade? Primeiramente sabendo a diferença entre intimidade e convívio social. Explorar o mundo social simultaneamente ao real cria uma grande dificuldade nessa diferenciação. Não é à toa que já se expôs na rede a privacidade de tantas crianças e jovens, com grande prejuízo pessoal!

(Rosely Sayão, As crianças e as tecnologias. Veja, 28-02-2018. Adaptado)

Do ponto de vista da autora, a grande dedicação a interações no mundo virtual pode levar a

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2214Q27761 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Câmara de Jaboticabal SP, VUNESP

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão
Revolução tecnológica pode ter sido tremendamente superestimada

    Você se lembra de O Guia do Mochileiro das Galáxias, romance de Douglas Adams lançado em 1979? A história começa com um chato tecnológico qualquer descartando a Terra por ser um planeta cujas formas de vida são tão primitivas que “elas ainda acham relógios digitais uma ideia bacana". Mas estamos falando do passado, dos primeiros estágios da revolução da tecnologia da informação.
    De lá para cá, avançamos para coisas muito mais significativas, a tal ponto que a grande ideia tecnológica de 2015 é, até o momento, um relógio digital. Mas este instrui o portador a se levantar se ele passar tempo demais sentado.
    Está bem, também estou sendo chato. Mas existe uma questão verdadeira nisso. Todo mundo sabe que vivemos em uma era de mudança tecnológica incrivelmente rápida, que está mudando tudo. Mas e se aquilo que todo mundo sabe estiver errado?
   O Guia do Mochileiro das Galáxias foi publicado na era do “paradoxo da produtividade", um período de duas décadas durante o qual a tecnologia parecia estar avançando rapidamente – computadores pessoais, telefones celulares, redes de computação e os estágios iniciais da Internet –, mas o crescimento econômico era lento e a renda estava estagnada.
    Apenas por volta de 1995, o crescimento da produtividade decolou. Mas não obtivemos um retorno sustentado a um rápido progresso econômico. Em lugar disso, tivemos um surto isolado de crescimento, que minguou cerca de uma década atrás. Desde então, vivemos em uma era de iPhones, iPads e AiMeuDeus; mas, mesmo que desconsiderados os efeitos da crise financeira, o crescimento e a tendência de renda retornaram à lentidão que caracterizou os anos 70 e 80.
    Em outras palavras, a esta altura, toda a era digital, abarcando mais de quatro décadas, parece uma decepção. Novas tecnologias produziram grandes manchetes, mas resultados econômicos modestos. Por quê?
    Uma possibilidade é que os números estejam desconsiderando a realidade, especialmente os benefícios dos novos produtos e serviços. Tecnologia que me permite assistir na Web apresentações ao vivo dos meus músicos favoritos me propicia muito prazer, mas isso não é computado no Produto Interno Bruto (PIB). Outra possibilidade é que as novas tecnologias sejam mais divertidas que fundamentais.

(Paul Krugman. Traduzido por Paulo Migliacci. Folha de S.Paulo, 25.05.2015. Adaptado)
No trecho – A história começa com um chato tecnológico qualquer descartando a Terra por ser um planeta cujas formas de vida são tão primitivas que “elas ainda acham relógios digitais uma ideia bacana". (1o parágrafo) –, os termos destacados, por e que, estabelecem, respectivamente, relações de
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2215Q854651 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Arabutã SC Contador, AMAUC, 2020

Atenção! Os excertos abaixo servirão de subsídio para a questão. O texto A é uma composição de Gilberto Gil e o texto B é parte de um texto publicado na revista Superinteressante. 

Texto A:

A paz
Invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz
Fez o mar da revolução
Invadir meu destino; a paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz
Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos "ais"

Fonte: https://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/apaz.html


Texto B:


O que é um paradoxo?


Paradoxos são expressões numéricas ou verbais com uma contradição interna - verdadeiras charadas de lógica. É qualquer expressão verbal ou numérica que apresente uma contradição interna.

Por exemplo, em um de seus versos mais famosos, o poeta Luís de Camões diz: “(O amor) é ferida que dói e não se sente”. Mas como é que não dá para sentir uma ferida dolorida? Taí um paradoxo dos mais clássicos: a gente consegue compreender, mas, se analisarmos cada palavra (ou conceito) da expressão, a coisa fica confusa.

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-eum-paradoxo/
Com relação aos textos A e B é INCORRETO:
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2216Q100021 | Português, Interpretação de Textos, Analista Administrativo Administração, ANATEL, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

1 Folha - O sr. concorda que muitas das restrições
impostas pelo Estado são impostas por pensamentos
"puritanos" de parte da sociedade?
4 Giannetti - A opinião pública pode, sim, se tornar
uma força tirânica e muito cerceadora, tanto quanto a
regulamentação estatal. São dois mecanismos diferentes de
7 coerção e de cerceamento.
Na verdade, o que estamos aprendendo hoje é que o
cérebro humano é modular. Esses módulos do cérebro têm
10 motivações diferentes, e há um processo permanente de
negociação entre áreas do cérebro que nos motivam a fazer
coisas diferentes. O indivíduo está permanentemente e
13 internamente cindido, renegociando consigo mesmo o que ele
faz. E essa negociação é

Uma construção alternativa, igualmente correta e mais enfática, para o período "E essa negociação é escorregadia" (R.14) é a seguinte: Negociação essa que é escorregadia.

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2217Q666806 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
TEXTO I
Ditado popular é uma frase sentenciosa, concisa, de verdade comprovada, baseada na secular experiência do povo, exposta de forma poética, contendo uma norma de conduta ou qualquer outro ensinamento.
WEITZEL, A. H. Folclore literário e linguístico. Juiz de Fora: Esdeva, 1984 (fragmento).
TEXTO II
Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas costas, prima Constança disse isto, dorme no assunto, ouça o travesseiro, não tem melhor conselheiro.
Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda a casa se alvoroçava.
[Prima Constança] ia rezar, pedir a Deus para iluminar prima Biela. Mas ia também tomar suas providências. Casamento e mortalha, no céu se talha. Deus escreve direito por linhas tortas. O que for soará. Dizia os ditados todos, procurando interpretar os desígnios de Deus, transformar os seus desejos nos desígnios de Deus. Se achava um instrumento de Deus.
DOURADO, A. Uma vida em segredo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990 (fragmento).
O uso que prima Constança faz dos ditados populares, no Texto II, constitui uma maneira de utilizar o tipo de saber definido no Texto I, porque
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2218Q26833 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Legislativo, Câmara dos Deputados, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
1     A história eleitoral do Brasil é uma das mais ricas do
mundo. Durante o período colonial, a população das vilas e
cidades elegia os representantes dos conselhos municipais. As
4    primeiras eleições gerais para escolha dos representantes à
Corte de Lisboa ocorreram em 1821. No ano seguinte, foi
promulgada a primeira lei eleitoral brasileira, que regulou as
7    eleições dos representantes da Constituinte de 1823. Desde
1824, quando aconteceu a primeira eleição pós-independência,
foram eleitas cinquenta e uma legislaturas para a Câmara dos
10    Deputados. Somente durante o Estado Novo (1937-1945), as
eleições para a Câmara foram suspensas.
      Hoje, os eleitores escolhem os representantes para os
13    principais postos de poder (presidente, senador, deputado
federal, governador, deputado estadual, prefeito e vereador) e
pouca gente duvida da legitimidade do processo eleitoral
16    brasileiro. As fraudes foram praticamente eliminadas. A urna
eletrônica permite que os resultados sejam proclamados poucas
horas depois do pleito. As eleições são competitivas, com
19    enorme oferta de candidatos e partidos (uma média de trinta
partidos por eleição). Quatro em cada cinco adultos
compareceram às últimas eleições para votar. O sufrágio é
22    universal, pois já não existem restrições significativas que
impeçam qualquer cidadão com pelo menos dezesseis anos
de idade de ser eleitor. Hoje, o Brasil tem o terceiro maior
25    eleitorado do planeta, perdendo apenas para a Índia e os
Estados Unidos da América.
 
Jairo Marconi Nicolau. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, p. 7-8 (com adaptações).
 
Em relação ao texto acima, julgue os seguintes itens.

Conclui-se da leitura do texto que a magnitude numérica do eleitorado brasileiro, o “terceiro maior” do planeta, decorre da disposição de 80% dos brasileiros de comparecer às eleições.
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2219Q203227 | Português, Interpretação de Textos, Escrevente Técnico Judiciário, TJ SP, VUNESP

Apesar das previsões__________ os próximos meses deverão ter chuvas dentro da média em São Paulo, isso não garante___________ o sistema Cantareira volte a ter níveis confortáveis de reserva de água até abril, segundo especialistas. Ainda que chova bem acima do esperado, a superfície seca e exposta do Cantareira terá maior dificuldade__________ reter a água.
(www.folha.uol.com.br.08.10.2014. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
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2220Q37598 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TRT AL, FCC

Texto associado.
Texto I

Tudo é grandioso na Amazônia, o maior bloco remanescente de floresta tropical do planeta. Com pouco mais de 6,8 milhões de quilômetros quadrados, espalha-se por nove países da América do Sul - a maior parte está no Brasil, que detém 69% da área coberta pela floresta. Estima-se ainda que ela abrigue quase 25% de todas as espécies de seres vivos da Terra, além de 35 milhões de pessoas (20 milhões somente no Brasil). A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo, fundamental para a drenagem de vários países e para a geração de chuvas. É o maior reservatório de água doce do planeta, com cerca de 20% de toda a água doce disponível. Por isso, é um dos reguladores do clima e do equilíbrio hídrico da Terra.
Apesar de tanta grandiosidade, são as alterações em pequena escala, como a abertura de clareiras para a extração seletiva de madeira, que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema, destaca o biólogo Helder Queiroz, diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. De modo geral, explica Queiroz, as principais ameaças à Amazônia estão hoje associadas às práticas que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats e à redução de populações de plantas e de animais. "Muitas árvores com madeira de grande valor comercial são fundamentais para a alimentação de diversos animais", diz Queiroz.
Hoje, a perda de ambientes naturais é maior numa região conhecida como Arco do Desmatamento, que se estende do sul ao leste da Amazônia Legal - uma área de 5 milhões de km2 que engloba oito estados. O Arco do Desmatamento, definido pela fronteira da expansão agropecuária - que converte grandes extensões de floresta em pastagens -, concentra cerca de 56% da população indígena do país.
As regiões de várzea, em terrenos mais baixos, no interior da floresta amazônica, também têm atraído a atenção do poder público durante a elaboração de estratégias de conservação do ecossistema. Boa parte dessa região é inundada pelas chamadas águas brancas, de origem andina, ricas em sedimentos e nutrientes. Nesses trechos, a vegetação tende a ser mais abundante. Devido a essa riqueza em recursos naturais, as florestas de várzea sofrem mais com a constante ocupação humana. Todas as grandes cidades amazônicas, e boa parte das pequenas, estão localizadas nessas áreas.

(Adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira, Pesquisa Fapesp, outubro de 2013. p. 58-60)


Texto II

Em 1985, depois de examinar com atenção a intensa urbanização da Amazônia, que nas últimas décadas do século XX acusou as maiores taxas do Brasil, a geógrafa política Bertha Koiffmann Becker (que morreu em julho de 2013) lançou a expressão "floresta urbanizada" para definir a região, valorizada até então apenas pelas matas. Ela preferia usar a expressão Arco do Povoamento Consolidado em vez da mais comum, Arco do Desmatamento, para designar as áreas de ocupação humana nas bordas da floresta, pela simples razão de que essa área está ocupada por muitas cidades grandes, estradas e plantações de soja, além de pecuária e mineração.
Bertha Becker argumentava que era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação. Suas conferências, os debates com colegas acadêmicos e com homens do governo e os 19 livros que publicou ajudaram a enriquecer a visão sobre a Amazônia, hoje vista como um espaço complexo, resultante da interação de forças políticas e econômicas. Seu trabalho influenciou a elaboração de novas estratégias para a organização desse território.

(Adaptado de: Pesquisa Fapesp, agosto de 2013. p. 56).
"Muitas árvores com madeira de grande valor comercial são fundamentais para a alimentação de diversos animais", diz Queiroz. (Texto I, 2º parágrafo)

A afirmativa transcrita acima deve ser entendida como
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