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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


2241Q693628 | Português, Interpretação de Textos, Agente de Educação de Trânsito, DETRAN PA, FADESP, 2019

Texto associado.
Bicicletas e o trânsito na cidade
O ciclista também deve respeitar a sinalização. Quando estiver pedalando,
nunca circule pelas calçadas e, especialmente, respeite os pedestres.
Lembre-se sempre que a bicicleta é um veículo com pouca estabilidade.
Pedale atento às condições da via para evitar derrapagens, movimentos bruscos
e quedas. Sinalize suas manobras com o braço esquerdo, indicando conversões
à direita, esquerda ou parada. E vale à pena conferir se o motorista viu e
entendeu o seu sinal. Na dúvida, não execute a manobra.
Sempre que possível, planeje uma rota por vias calmas e de pouco
trânsito, trafegue sempre pelo canto direito da pista, no mesmo sentido dos
demais veículos. Muito cuidado ao pedalar em avenidas, ruas e estradas com
grande fluxo de veículos e pedestres, especialmente em vias onde circulam
caminhões e ônibus, que vão disputar a faixa da direita com você. Para ciclistas,
nem sempre o caminho mais curto é o mais prático ou seguro.
                               TORNE SEU PASSEIO MAIS SEGURO
No trânsito é muito importante aplicar a regra do VER E SER VISTO para
a segurança de todos que circulam nas vias e passeios. Seja mais visível no
trânsito e evite acidentes: roupas escuras dificultam a visibilidade, use roupas
claras e capacete colorido. Além dos refletores na traseira, dianteira e laterais da
bicicleta, que são obrigatórios, instale uma lanterna com luz branca na dianteira e
vermelha na traseira para passeios noturnos. Ainda que não ilumine
satisfatoriamente a rua, torna você muito mais visível evitando que pedestres ou
carros cruzem seu caminho.
Use sempre o capacete, ao se deslocar de casa para o trabalho, ao
praticar esportes, treinos, passeios ou simplesmente para uma volta no bairro.
Além de torná-lo mais visível, ele protege sua cabeça em caso de quedas e
acidentes. Compre o seu próprio capacete e escolha o tamanho ideal para você:
ele não pode ficar muito folgado e mover-se em sua cabeça, nem muito apertado
e fazer pressão na sua testa. O capacete não foi feito para usar inclinado para
trás como se fosse um boné. Deixando sua testa à mostra ela estará exposta a
pancadas em caso de queda.
Use também luvas e óculos. As luvas dão firmeza, mantêm as mãos
secas, evitam calos e protegem em caso de quedas. Os óculos protegem de
insetos, chuva, vento e areia. Mas lembre-se: use óculos de lente amarela
somente em condições de baixa luminosidade, quando em dias ensolarados ele
ofusca os olhos e dificulta a visão. Para os pés prefira tênis de cadarços curtos ou
velcro para não enroscar nas rodas.
Lembre-se:
- Quando não estiver sinalizando, mantenha as duas mãos sobre o guidão;
- Não faça ziguezagues com sua bicicleta, mantenha-a em linha reta e em
trajetórias seguras na via pública;
- Não circule por ruas com aparelhos eletrônicos plugados aos seus ouvidos, você
estará perdendo um dos sentidos fundamentais à sua atenção;
- Circulando por vias com semáforos, comporte-se como os demais veículos,
parando quando o sinal estiver vermelho e seguindo em frente no verde;
- Nas zonas com muitos estacionamentos de automóveis reduza a velocidade e
procure observar veículos saindo e entrando nas vagas.
Disponível em http://www.transitoideal.com/pt/artigo/1/condutor/25/bicicletas-e-o-transito-na-cidade. Acessado em 19/02/2019
O acento que indica a ocorrência de crase foi empregado inadequadamente em
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2242Q108183 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Correios, CORREIOS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para os itens de 26 a 34

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Imagem 009.jpg

Julgue os próximos itens, relacionados à ordem dos termos linguísticos no texto.

Em ‘Quando o carteiro chegou/e meu nome gritou’ (L.38-39), os sujeitos gramaticais ‘o carteiro’ e ‘meu nome’ estão antepostos a seus respectivos predicados verbais.

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2243Q666530 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
De domingo
– Outrossim…
– O quê?
– O que o quê?
– O que você disse.
– Outrossim?
– É.
– O que é que tem?
– Nada. Só achei engraçado.
– Não vejo a graça.
– Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
– Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
– Se bem que parece mais uma palavra de segunda-feira.
– Não. Palavra de segunda-feira é “óbice”.
– “Ônus”.
– “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”.
– “Resquício” é de domingo.
– Não, não. Segunda. No máximo terça.
– Mas “outrossim”, francamente…
– Qual o problema?
– Retira o “outrossim”.
– Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás é uma palavra difícil de usar. Não é qualquer um
que usa “outrossim”.
VERISSIMO, L. F. Comédias da vida privada. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa. Esse uso promove o(a)
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2244Q689059 | Português, Interpretação de Textos, Médico, TJ SP, VUNESP, 2019

Texto associado.
Literatura no cárcere
Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justi-
ça (CNJ) autorizou a remição da pena pela leitura, 5.547
detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil. É um
número baixo, se comparado com as quase 700 mil pessoas
privadas de liberdade em todo o país.
A recomendação do CNJ determina que, a cada livro
lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para isso, o leitor
deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado
por um parecerista. Esses documentos seguem para o juiz
responsável, que julga o pedido de remição.
Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer
debates acalorados entre os que veem na leitura ganhos efetivos 
para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que
a avaliam como um privilégio concedido a pessoas que, de
algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no
mérito dessa discussão, é fato que, dentro ou fora da prisão,
as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das
Letras, que em parceria com a Fundação Prof. Dr. Manoel
Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes de
leitura e remição de pena, indicou que os ganhos são mais
concretos do que se pode imaginar.
Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente
para discutir uma obra selecionada pela curadoria do projeto.
Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas 
em si próprios, a resposta mais frequente foi que os
envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de conhecimentos”. 
Em segundo, que se sentiam mais motivados
“para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem
motivações como “capacidade de reflexão” e de “expressar
sentimentos”, possibilidade de “dizer o que pensa”, “maior
criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já 
seriam significativos, pois no ambiente prisional revelam uma 
extraordinária mudança na chave da autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz.
Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)
Assinale a afirmação correta a respeito do conteúdo do texto.
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2245Q705452 | Português, Interpretação de Textos, Analista Censitário, IBGE, AOCP, 2019

Texto associado.
TEXTO I
O último paradoxo da vida moderna: por que
ficamos presos ao celular, mas odiamos falar
por telefone?
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa
e confusa série de mensagens de WhatsApp
SILVIA LÓPEZ
Para iniciar um texto, Hemingway dizia
a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira
que você conhece”. Neste caso, seria: a
psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu
por meio de mensagens de áudio às perguntas
que lhe enviamos por email. Essa curiosidade
metajornalística não tem importância, não
altera a qualidade de suas respostas, só ilustra
a variedade e fluidez de opções com as quais
podemos nos comunicar hoje. Recebemos um
email? Respondemos com um áudio. Chegou um
áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto.
Recebemos um telefonema? Não respondemos.
Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você
me ligou? Não posso falar, é melhor me escrever”.
O paradoxo do grande vício do século XXI é que
estamos presos ao celular, mas temos fobia das
ligações telefônicas.
A ligação telefônica - que, até não
muito tempo atrás, esperávamos com alegria
ou tolerávamos com resignação, mas nunca
evitávamos com uma rejeição universal - se
tornou uma presença intrusiva e incômoda,
perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das
razões é que quando recebemos uma ligação,
ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou
simplesmente não temos vontade de falar nesse
momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez.
“Por outro lado, também exige de nós uma
resposta imediata, ao contrário do que ocorre
na comunicação escrita, que nos permite pensar
bem no que queremos dizer. E a terceira razão
seria o fato de não poder saber de antemão qual
será a duração do telefonema”, acrescenta.
Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html>. Acesso em: 25 jun. 2019
De acordo com o texto, é correto afirmar que
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2246Q117184 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Sistemas, Sergipe Gás SA, FCC

Texto associado.

A cor do invisível

Certo autor famoso dividiu um livro seu em duas partes: na primeira, contos realistas, na segunda, contos fantásticos. Resultado: tem-se a frustrada impressão de que ficou cada uma das partes amputada da outra, quando na realidade os dois mundos convivem. Por que chamar de invisível ou fantástico a esse mundo de que faz parte a caneta esferográfica com que vou abrindo caminho pelo papel como um esquiador sobre o gelo? Este é o mundo que se vê... e no entanto pertence ao mesmo mundo espiritual que está movendo a minha mão.
Um dia, num poema, ante esse frêmito que às vezes agita quase imperceptivelmente a relva do chão, eu anotei: são os cavalos do vento que estão pastando.
Invisíveis? Disse Ambrosio Bierce que, da mesma forma que há infrassons e ultrassons inaudíveis ao ouvido humano, existem cores no espectro solar que a nossa vista é incapaz de distinguir. Ele disse isso num conto seu, para explicar os estragos e as estrepolias de um monstro que "ninguém nãoviu".
Mas deixemos de horrores e de monstros - coisas de velhas e crianças - e acreditemos na cor dos seres por enquanto invisíveis para nós, como é chamado invisível este oceano de ar dentro do qual vivemos. Há muitas cores que não vêm nos dicionários. Há, por exemplo, a indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: ? a cor do tempo...


(Adaptado de Mário Quintana, Na volta da esquina)

Na frase Por que chamar de invisível ou fantástico a esse mundo de que faz parte a caneta esferográfica (...)?, o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:

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2247Q38861 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar de Biblioteca, IFRO, MAKIYAMA

Texto associado.
Dando o troco
(Alberto Villas)

Quando a gente entra num supermercado pra pagar 9,90 e dá uma nota de 10, a caixa sempre vem com essa:
- Não tem 90 centavos?
Quando você vai comprar alguma coisa e tira da carteira uma nota de 20, ela olha assustada e sempre solta essa:
- Não tem menor?
O Brasil é um país que não tem troco. E no país que não tem troco, não sei por que cargas d’água, ao invés de arredondar o preço, decidiram colocar tudo quebrado. Tudo nesse país custa 9,99, 19,99, 29,99. Já percebeu que você nunca vê uma coisa custando, por exemplo, 12 reais? Não. É 11,99. O mais curioso é que o tal do 1 centavo não está em circulação há um bom tempo. Sei lá, acho que desde a copa de 2010 nunca mais se viu aquela moedinha minúscula de 1 centavo.
Outro dia fui numa dessas lojas gigantescas na Marginal Pinheiros e perguntei pra caixa se, em caso de um objeto custar 9,99 e o freguês der uma nota de 10 o que ela faz. Ela explicou que se o freguês insistir muito, fizer questão mesmo do troco, ela vai “lá no depósito” e busca a moeda de 1 centavo. Ora, ao invés de ir no depósito buscar a moedinha não seria mais fácil ter um punhado delas dentro da gaveta do caixa?
Todo mundo sabe que o tal do 99 é para enganar cliente. Uma vez vi uma mulher dizendo que um produto custava “19 e pouco”. Na verdade, custava 19,99. Quer dizer, custava 19 e muito. Mas para ela aquele 19,99 era muito, muito menos que 20 reais. O mais curioso de tudo é que agora as coisas custam 136,90. Ora, por quê 136,90? Para fingir que não custa 137? Qual é a diferença?
Antigamente só algumas coisas tinham o preço quebrado. Agora não. É tudo. Uma empadinha pode custar 4,99, um cafezinho 3,99 e um estacionamento em São Paulo 9,99 a hora. Não é 10. É 9,99! Nos cartórios então, os preços quebrados fazem a festa. Uma autenticação? 2,91! Um reconhecimento de firma? 4,93! e por aí vai. Nos postos de gasolina a coisa fica pior ainda. O litro de gasolina custa 2.513! Outro dia passei numa livraria e vi o preço da caixa com todos os vinis dos Beatles: 3.399,90. E na porta de uma concessionária estava lá estampado o preço do carrão: 61.999.90!
Ultimamente tenho andado muito de ônibus e de graça. Dou uma nota de 10 reais pro cobrador, ele abre a gavetinha e me olha assustadíssimo.
- Não tenho troco!
Ótimo. Fico ali na frente sentadinho e na hora de descer pergunto a ele se já tem o troco pros meus 10 reais.
- Nem pensar!
Então desço pela porta da frente, sem o menor problema. Que vontade que tenho de chegar em algum lugar e perguntar quanto custa o litro do leite e o vendedor responder:
Três reais!
Exatos 3 reais redondinhos! Mas não é assim. O litro do leite custa 3,09.
Espero que esses quebrados fiquem apenas nos preços porque já pensou daqui a pouco a Caninha se chamar 50,99, o uísque se chamar Vat 68.90, aquele velho seriado de TV passar a ser Casal 19.90, o banco virar Banco 23 horas e 59, a estrada americana mudar para Rota 65,99?
Já pensou quando lembrarmos do saudoso carnavalesco, a gente lembrar do Joãosinho 29,99?
Já pensou se um médico daqueles da antiga colocar o aparelhinho nas suas costas para medir o frêmito toraco-vocal e pedir:
Fala 32,99!
Já pensou?
No início do texto, o autor expressa sua indignação, indagando sobre
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2248Q836822 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Peritiba SC Auxiliar de Educação Básica, OMNI, 2021

GERAÇÃO DO CELULAR

Inaê Soares da Silva

    O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasileiros, tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas. Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra, e sim, ficam vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no trabalho. As pessoas precisam aprender ter mais contato com o mundo real.

     As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou no celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros ou para uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas atualizações dos aplicativos de relacionamentos e até idosos estão aderindo à nova tecnologia. A cultura da população está mudando e isso preocupa.

     Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar, acabou afastando. As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras. A comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes humanas, como o “bom dia”, “por favor”, são raros.

     Temos que incentivar às crianças, aos adolescentes e até aos adultos a se desconectarem do mundo virtual para se conectarem com o mundo real. Deixar o celular desligado quando estiver em família, curtir um passeio sem tantas selfies e dar preferência ao bate-papo olho-no-olho são situações que fortalecerão o relacionamento e o amor.

Da Silva, Inaê Soares. Escola João Moreira Barroso.

Setembro de 2017 (Adaptado). Professor Maurício Araú

“As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras.” Com base no trecho acima podemos afirmar:
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2249Q688091 | Português, Interpretação de Textos, Primeiro Tenente, CIAAR, Aeronáutica, 2019

                                                                                Alfabeto de emojis
                                                                                                                                                                   Antônio Prata*
1. “Paradoxalmente” – escreverá um historiador em 2218 – “foi a disseminação da escrita como principal
forma de comunicação o que criou as condições para a sua própria morte”. O alfabeto latino, este fantástico
conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto “sol”,
“schadenfreud” e “Argamassa Cimentcola Quartzolite”, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo
em setembro de 1982.
2. Foi ali, não muito depois da derrota do Brasil para a Itália de Paolo Rossi, que o cientista da computação
Scott Fahlman sugeriu a colegas de Carnegie Mellon University, com os quais se comunicava online, usarem
:) para distinguirem as piadas dos assuntos sérios. Mal sabia o tal Scott, criando essa possibilidade, que
aquela inocente boca de parêntese era o protótipo da goela que viria a engolir quase 3.000 anos de alfabeto
como se fosse uma sopa de letrinhas.
3. Os emoticons se espalharam pelo mundo de tal maneira que inundaram o ICQ, os chats e, principalmente,
os celulares, mas nem todos os seres humanos aderiram imediatamente à moda. Alguns se recusaram por
conservadorismo, alguns por uma burrice gráfica atávica que os impedia de compreender as imagens. [...]
4. Emoticons foram o início do fim, mas só o início. O coaxar dos sapos no brejo começou a incomodar
mesmo com a chegada dos emojis. Confesso que, de novo, demorei pra entrar na onda. Desta vez não
por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo. Quando que um adulto como eu iria
mandar pra outro adulto um “smile” bicudo soltando um coração pelo canto da boca, como se fosse uma
bola de chiclete? Nunca! “Nunca”, no caso, revelou-se estar a apenas uns cinco anos de distância da minha
indignação.
5. Hoje eu mando coração pulsante pra contadora que me lembrou dos documentos do IR, mando John
Travolta de roxo pro amigo que me pergunta se está confirmado o jantar na quinta e, se eu pagasse imposto
sobre cada joia que envio daquele mãozão amarelo, não ia ter coração pulsante capaz de fazer minha
contadora resolver a situação.
6. “Em meados do século 21” – escreverá o historiador de 2218 – “a humanidade abandonou o alfabeto e
passou a se comunicar só por emojis”. A frase, claro, será toda escrita com emojis. Haverá tantos, iguaizinhos
e tão variados, que será possível citar Shakespeare usando apenas desenhinhos. (Shakespeare, aliás, dá
pra escrever. Imagem de milk-shake + duas chaves (keys) + pera (pear). Shake + keys + pear).
7. Teremos voltado ao tempo dos hieróglifos e não me assombra se as condições de vida regredirem às do
antigo Egito, mas ninguém se importará, cada um de nós, hipnotizado pela tela que tantos apregoaram ser
uma nova pedra de Roseta capaz de traduzir o mundo em nossas mãos, mas que no fim se revelou só um
infernal e escravizante pergaminho. :-(
* Escritor e roteirista.
(Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2018/04/alfabeto-de-emojis.shtml>. Acesso em: 01 fev. 2019.
Adaptado.)
Na estrutura frasal “Desta vez não por desconhecimento, nem por burrice, mas por senso do ridículo.” (§ 4), a relação sintático-semântica do elemento articulador “NEM” estabelecida é a de
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2250Q27362 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Administrativo, Câmara de Itatiba SP, VUNESP

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

     Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.
     O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com mais de 30 familiares.“Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam com a minha internet 3G."
     Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede, ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?", e envia uma foto do vestido azul e preto que no fim de fevereiro virou “meme" * na internet. A mãe não entende nada e diz: “Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!".
     Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. “Há diferenças no jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é insubstituível", afirma ela.
     Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. “Cada um pensa que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar conectado é realmente importante para os jovens.
     Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. “Ele inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta vezes por dia", diz ela. “Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o aplicativo."
     Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. “Ele me colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava vendo as conversas. O papo é assim: um diz “oi" e todos respondem. Por que precisa de um telefone para conversar isso?"
     No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.
     “Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo não tendo muita paciência", afirma a estudante Taís Bronca, 23.
     Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.
     “A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega. Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles treinem a mente para aprender algo novo."
     “Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade virtual", afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia--no-whatsapp-levam-conflito-de-geracoes-para-a-internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

*meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.
Segundo o texto, a resposta dada pela mãe à pergunta feita pelo filho João Henrique a respeito do vestido azul e preto
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2251Q34789 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Alunos, IFRJ, FUNRIO

Texto associado.
      Já ia para três anos, ou mais qualquer coisa, que as lâmpadas feriavam. Mas até que as ruas estavam claras naquela noite. Era uma Lua bonita!... Palha de Arroz, tranquila, parecia um arraial antigo dentro da madrugada. Lá no meio do céu, redonda e bonita, a Lua parecia um disco. Um disco cantando uma canção. Uma canção que poetas não escreveram nem músicos compuseram. Canção de luar de lua cheia por cima duma capital sem luz elétrica. Do tamanho mesmo da lua cheia em pleno e bruto sertão bravio. Daí aqueles pensamentos dançando nos corredores da cabeça do negro Pau de Fumo. Uma canção de luar com a mesma poesia de paragem que nunca sequer ao menos alguém sonhou com eletricidade.
      Madrugada madura. Palha de Arroz tranquila mesma, serena. Calma. Dava-se que o movimento agora estava passando uns dias lá no outro lado do rio – bem ali em Timon.
      Canoeiros atravessando o pessoal para o festejo. Novenas de S. José. Outrora a cidade se chamava S. José das Flores. Mais conhecida mesmo só por Flores, nome que aliás o povo ainda chamava mesmo depois de mudado o nome para Timon.  

(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 52-3)
Sobre a cidade de Timon, o texto nos dá também informações relevantes. Timon ficava perto de Palha de Arroz, no outro lado do rio, e
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2252Q110065 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Controle Externo, TCU, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

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Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto
acima, que é parte de uma entrevista de Al Gore à Revista Veja,
julgue os seguintes itens.

Subentende-se da argumentação do texto que "começar a reduzir o montante de CO2 no planeta" (L.11) pode ser considerado como segundo objetivo da redução na emissão de gases poluentes.

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2253Q48374 | Português, Interpretação de Textos, Analista Previdenciário Arquivologia, MANAUSPREV, FCC

Texto associado.
            Numa definição solta, a floresta tropical é um tapete multicolorido, estruturado e vivo, extremamente rico. Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400 milhões de anos e vieram para a terra. Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes às da primordial vida marinha. Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de células vivas, muito elaborado e adaptado. Em temperatura ambiente, usando mecanismos bioquímicos de complexidade quase inacessível, processam-se átomos e moléculas, determinando e regulando fluxos de substâncias e energias. 
            A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco. 
            Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes". 
            Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade contem- porânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos. 
            A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites. 


                                                  Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato. O Futuro Climático da Amazônia
                                                                                                                       Disponível em: www.ccst.inpe.br)
Considere: 

Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização... (4° parágrafo) 

O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática que a do sublinhado acima está em:
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2254Q201719 | Português, Interpretação de Textos, Escrivão de Polícia Civil, Polícia Civil SP, VUNESP

Texto associado.

Leia o texto para responder às questões de números 10 a 16.

Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Em todo o ano de 2014, são esperados sete milhões de turistas estrangeiros no país, o que seria um recorde. Se for confirmada a previsão, esse valor representará um crescimento de 38,5% sobre os US$ 6,64 bilhões que ingressaram no País, trazidos pelos turistas, em 2013. "A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores aos da indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo e, portanto, a necessidade de haver investimentos públicos e privados, como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira", disse o presidente da Embratur, Flávio Dino. Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. "Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil", disse.

(Francisco Carlos de Assis, O Estado de S.Paulo, 01.01.2014, http://zip.net/bmlZTY. Adaptado)

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Leia o último parágrafo, para responder às questões de números 14 a 16.

Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. "Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil", disse.

É correto concluir que, para Dino,

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2255Q44791 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Administrativo, INEA RJ, FGV

Texto associado.
Texto I 

A cooperação pela água constrói a paz 

A água é essencial para a vida no planeta e para o desenvolvimento socioeconômico, porém, é um recurso finito e distribuído de maneira desigual no tempo e no espaço. Inclusive no Brasil que é um país com grande reserva de água doce. A demanda pela água tem crescido cada vez mais. Ela é necessária para satisfazer os mais diversos tipos de necessidades humanas, possuindo desde usos domésticos até usos na produção de alimentos, geração de energia, produção industrial etc. A pressão por esse recurso ainda se agrava em decorrência da rápida urbanização, da poluição e das mudanças climáticas.

{Folha do Meio Ambiente - abril de 2013)
"Inclusive no Brasil que é um país com grande reserva de água doce".

Quanto à pontuação, essa frase deveria ter
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2256Q595963 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE, 2017

Texto associado.
TEXTO
1 Mais do que nunca, compositores estão se dedicando
à tarefa de derrubar os muros das categorias estilísticas. Nesse
sentido, misturar ópera com musicais da Broadway parece ser
4 de longe a combinação mais natural. Em algumas áreas, a fusão
de tipos diferentes de música é um empreendimento
potencialmente criativo e libertador. No entanto, os criadores
7 nas áreas de teatro musical e ópera se sairão melhor
mantendo-se em seus territórios originais. A razão pela qual as
tentativas de combinar ópera e teatro musical são propensas a
10 problemas é que esses gêneros, de fato, se relacionam de uma
forma desconfortavelmente íntima. Mas as diferenças, embora
pequenas, são cruciais. A ópera não é, por definição, uma
13 forma mais elevada. A distinção tampouco se baseia em
complexidade musical. Esta é a diferença: embora ambos os
gêneros busquem combinar palavras e música de forma
16 dinâmica, aprazível e artística, na ópera, a música é a força
motora, enquanto, no teatro musical, as palavras vêm em
primeiro lugar.
Anthony Tommasini. Opera? Musical? Please, respect the
difference. In: New York Times, 7/7/2011 (tradução livre).
A partir do fragmento de texto apresentado, julgue o item que se segue.
Ao afirmar que a música é a força motora da ópera, o autor do texto tem a intenção de destacar a complexidade musical desse gênero como o fator que o diferencia do teatro musical.
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2257Q110102 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Controle Externo, TCE GO, FCC

Texto associado.

Imagem 001.jpg

O autor vale-se da referência do assalto no bar da esquina aos confrontos do Oriente Médio para

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2258Q169501 | Português, Interpretação de Textos, Auxiliar Técnico de Informática, TRANSPETRO, CESGRANRIO

Texto associado.

A INTERNET NÃO É RINGUE

Você já discutiu relação por e-mail? Não discuta.
O correio eletrônico é uma arma de destruição de massa
(cerebral) em caso de conflito. Quer discutir? Quer
quebrar o pau, dizer tudo o que sente, mandar ver, detonar a
5 outra parte? Faça isso a sós, em ambiente fechado. [...]
Brigar por e-mail é muito perigoso. Existe pelo
menos um par de boas razões para isso. A primeira é que
você não está na frente da pessoa. Ela não é "humana" a
distância, ela é a soma de todos os defeitos. A segunda
10 razão é que você mesmo também perde a dimensão de
sua própria humanidade. Pelo e-mail as emoções ficam
no freezer ea cabeça, no microondas. Ao vivo, um olhar
ou um sorriso fazem toda a diferença. No e-mail todo
mundo localiza "risos", mas ninguém descreve "choro".
15 Eu sei disso, porque cometi esse erro. Várias
vezes. Nunca mais cometerei, espero. [...] Um tiroteio
de mensagens escritas tende à catástrofe. Quando você
fala na cara, as palavras ficam no ar e na memória e uma
hora acabam sumindo de ambos. "Eu não me lembro de ter
20 dito isso" é um bom argumento para esfriar as tensões.
Palavras escritas ficam. Podem ser relidas muitas vezes.
Ao vivo, você agüenta berros [...]. Responde no
mesmo tom rasteiro. E segue em frente. Por e-mail, cada
frase ofensivatende a ser encarada como um desafio para
25 que a outra parte escolha a arma mais poderosa destinada
ao ponto mais fraco do "adversário". Essa resposta letal
gera uma contra-resposta capaz de abalar os alicerces
do edifício, o que exigirá uma contra-contra-resposta
surpreendente e devastadora. Assim funciona o ser
30 humano, seja com mensagens, seja com bombas nucleares.
Ao vivo, um pode sentir a fraqueza do outro e eventualmente
ter o nobre gesto de poupar aquelas trilhas
de sofrimento e rancor. Ao vivo, o coração comanda. Por
e-mail é o cérebro que dá as cartas. [...]
35 E tem o fator fermentação. Você recebe um e-mail
hostil. Passa horas intermináveis imaginando qual seráa
terrível, destrutiva resposta que vai dar. Seu cérebro ferve
com os verbos contundentes e adjetivos cruéis que serão
usados no reply. Aí você escreve, e reescreve, e reescreve
40 de novo, e a cada nova versão seu texto está mais
colérico, e horas se passam de refinamento bélico do
texto até que você decida apertar o botão do Juízo Final,
no caso o Enviar. Começam então as dolorosas horas de
espera pela resposta à sua artilharia pesada. É uma
45 angústia saber que você agora é o alvo, imaginar que
armas serão usadas. E dependendo do estado de deterioração
das relações, você poderá enlouquecer a ponto
de imaginar a resposta que vai dar à mensagem que
ainda nem chegou.
50 Épor isso que eu aconselho, especialmente aos
mais jovens: se for para mandar mensagens de amizade,
se é para elogiar, se é para declarar amor, use e abuse
dos meios digitais. E-mail, messenger, chat, scraps, o
que aparecer. Mas se for para brigar, brigue pessoalmente.
55 A não ser, claro, que você queira que o rompimento seja
definitivo. Aí é só abrir uma nova mensagem e deixar o
veneno seguir o cursor.

MARQUE?I, Dagomir, Revista Info Exame, jan. 2006. (adaptado)

Assinale a frase que sintetiza o conteúdo do texto.

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2259Q37689 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Judiciário, TRT AM RR, FCC

Texto associado.
   A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.
   Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil."
 
(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)
... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo)

O segmento grifado acima denota
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2260Q931906 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular CEDERJ, CEDERJ, CECIERJ, 2017

Texto 1
Triste fim de Policarpo Quaresma
Lima Barreto

Como lhe parecia ilógico com ele mesmo estar 
ali metido naquele estreito calabouço. Pois ele,
o Quaresma plácido, o Quaresma de tão profundos
pensamentos patrióticos, merecia aquele triste fim?
5 De que maneira sorrateira o Destino o arrastara até
ali, sem que ele pudesse pressentir o seu extravagante 
propósito, tão aparentemente sem relação com o
resto da sua vida? (...)
Devia ser por isso que estava ali naquela
10 masmorra, engaiolado, trancafiado, isolado dos seus
semelhantes como uma fera, como um criminoso, sepultado 
na treva, sofrendo umidade, misturado com
os seus detritos, quase sem comer... Como acabarei?
Como acabarei? E a pergunta lhe vinha, no meio da
15 revoada de pensamentos que aquela angústia provocava 
pensar. Não havia base para qualquer hipótese.
Era de conduta tão irregular e incerta o Governo que
tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte, mais
esta que aquela. (...)
20 Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe
absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. 
Que lhe importavam os rios? Eram grandes?
Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade 
saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada...
25 O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não.
Lembrou-se das suas cousas de tupi, do folclore, das
suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! (...)
A Pátria que quisera ter era um mito; era um
30 fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete.
Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a
política, que julgava existir, havia. A que existia, de
fato, era a do Tenente Antonino, a do Doutor Campos,
a do homem do Itamarati.
Excerto. BARRETO, Lima. Triste fm de Policarpo Quaresma. In:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/policarpoE.pdf p. 383-387
  

“De que maneira sorrateira o Destino o arrastara até ali, sem que ele pudesse pressentir o seu extravagante propósito, tão aparentemente sem relação com o resto da sua vida?” (linhas 5-8)

O pronome possessivo em “seu extravagante propósito” tem função coesiva e retoma o propósito

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