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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


2561Q681346 | Português, Interpretação de Textos, Enfermeiro Judiciário, TJ SP, VUNESP, 2019

Nos trechos “E isso só vai acontecer quando...” (1º parágrafo) e “... que exortou o mundo a fazer dos cuidados primários de saúde...” (3º parágrafo), os pronomes isso e que retomam, correta e respectivamente, as seguintes ideias: 
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2562Q596106 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE, 2017

Texto associado.
TEXTO
1 Há aproximadamente mil anos, no auge do
Renascimento islâmico, três irmãos em Bagdá projetaram um
dispositivo que era um órgão automatizado. Eles o chamaram
4 “o instrumento que toca sozinho”. O instrumento era
basicamente uma caixa de música gigante. O órgão podia ser
treinado para tocar várias músicas usando instruções
7 codificadas por meio de pinos colocados em um cilindro
giratório. Para a máquina tocar uma música diferente, era só
trocar um cilindro por outro com uma codificação diferente.
10 Esse foi o primeiro instrumento desse tipo. Ele era
programável. Conceitualmente, esse foi um imenso salto
adiante. Toda a ideia de hardware e de software se tornou
13 possível com essa invenção. Esse conceito incrivelmente
poderoso não veio para nós na forma de um instrumento de
guerra, de conquista ou de uma necessidade. De forma alguma,
16 ele veio do estranho prazer de ver uma máquina tocar música.
De fato, a ideia de máquinas programáveis foi mantida viva
exclusivamente pela música por aproximadamente setecentos
19 anos.
Existe uma longa lista de ideias e de tecnologias
transformadoras que vieram de brincadeiras: os museus
22 públicos, a borracha, a teoria das probabilidades, o negócio de
seguros e muito mais. A necessidade nem sempre é a mãe da
invenção. Um estado de espírito lúdico é fundamentalmente
25 exploratório e busca novas possibilidades no mundo ao seu
redor. Devido a essa busca, muitas experiências que
começaram como simples prazer e diversão, por fim,
28 resultaram em grandes avanços.
Stephen Johnson. O paraíso lúdico por trás das
grandes invenções. Internet: <www.ted.com>.
Tomando como base o fragmento de texto acima, julgue o item.
Conforme o texto, tanto um estado de espírito lúdico na busca por novas possibilidades quanto a necessidade podem propiciar invenções.
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2564Q168081 | Português, Interpretação de Textos, Auditor Fiscal, Receita Federal, ESAF

Texto associado.

Leia o texto a seguir para responder às questões 12 e
13.

Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo
responsabilidade dos Estados, a promoção da
cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas
e órgãos privados. Dessa diferença derivam dois
estilos de ação cultural. Enquanto os governos
pensam sua política em termos de proteção e
preservação do patrimônio histórico, as iniciativas
inovadoras fi cam nas mãos da sociedade civil,
especialmente daqueles que dispõem de poder
econômico para fi nanciar arriscando. Uns e outros
buscam na arte dois tipos de ganho simbólico: os
Estados, legitimidade e consenso ao aparecer como
representantes da história nacional; as empresas,
obter lucro e construir através da cultura de ponta,
renovadora, uma imagem "não interessada" de sua
expansão econômica.

(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com
adaptações)

Assinale como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes inferências a respeito do texto.

( ) O Estado e a sociedade civil são co-responsáveis por ações culturais, cada um no seu âmbito. ( ) Não existe preservação do patrimônio histórico sem produção de cultura de ponta.

( ) Ambos os estilos de ação cultural identifi cados no texto produzem ganhos simbólicos.

( ) Financiar iniciativas culturais inovadoras implica incorrer em riscos econômico-fi nanceiros.

( ) A arte pode servir para camufl ar interesses econômicos expansionistas.

( ) Só pela atuação cultural, os Estados podem tornar-se representantes da história nacional.

A seqüência de respostas corretas é

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2565Q711575 | Português, Interpretação de Textos, Administrador, UFRJ, CESGRANRIO, 2019

Texto associado.
Texto II
                                   Estojo escolar

        Noite dessas, ciscando num desses canais a
cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrôni-
cas, bastava telefonar e eu receberia um notebook
capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação
espacial.
        Minhas necessidades são mais modestas: tenho
um PC mastodôntico, contemporâneo das cavernas
da informática. E um laptop da mesma época que co-
meça a me deixar na mão. Como pretendo viajar es-
ses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras
anunciavam como o top do top em matéria de com-
putador portátil.
        No sábado, recebi um embrulho complicado que
necessitava de um manual de instruções para ser
aberto. Depois de mil operações sofisticadas para
minhas limitações, retirei das entranhas de isopor o
novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De
repente, como vem acontecendo nos últimos tempos,
houve um corte na memória e vi diante de mim o meu
primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jar-
dim de infância.
        Era uma caixinha comprida, envernizada, com
uma tampa que corria nas bordas do corpo principal.
Dentro, arrumados em divisões, havia lápis coloridos,
um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de
20 cm e uma borracha para apagar meus erros.
        Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que
nunca esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei o
estojo para proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali
para sempre, prometi-me economizá-lo. Com avare-
za, só o cheirava em momentos especiais.
        Na tampa que protegia estojo e cheiro havia
gravado um ramo de rosas muito vermelhas que se
destacavam do fundo creme. Amei aquele ramalhete
– olhava aquelas rosas e achava que nada podia ser
mais bonito.
        O notebook que agora abro é negro, não tem ro-
sas na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável.
Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de avião,
ao aparelho de ultrassonografia onde outro dia uma
moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei
de estojo e de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva,
2009. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao
/fz12039806.htm>. Acesso em: 23 jul. 2019.
No Texto II, o sentido denotativo e o sentido conotativo convivem. O trecho do texto em que há somente denotação é:
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2566Q116382 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Sistemas, TCE AL, FCC

Texto associado.

Propósitos e liberdade

Desde que nascemos e a nossa vida começou, não há
mais nenhum ponto zero possível. Não há como começar do
nada. Talvez seja isso que torna tão difícil cumprir propósitos de
Ano Novo. E, a bem da verdade, o que dificulta realizar qualquer
novo propósito, em qualquer tempo.
O passado é como argila que nos molda e a que estamos
presos, embora chamados imperiosamente pelo futuro.
Não escapamos do tempo, não escapamos da nossa história.
Somos pressionados pela realidade e pelos desejos. Como
pode o ser humano ser livre se ele está inexoravelmente
premido por seus anseios e amarrado ao enredo de sua vida?
Para muitos filósofos, é nesse conflito que está o problema da
nossa liberdade.
Alguns tentam resolver esse dilema afirmando que a
liberdade é a nossa capacidade de escolher, a que chamam
livre-arbítrio. Liberdade se traduziria por ponderar e eleger entre
o que quero e o que não quero ou entre o bem e o mal, por
exemplo.Liberdade seria, portanto, sinônimo de decisão.
Prefiro a interpretação de outros pensadores, que nos
dizem que somos livres quando agimos. E agir é iniciar uma
nova cadeia de acontecimentos, por mais atrelados que estejamos
a uma ordem anterior. Liberdade é, então, começar o
improvável e o impensável. É sobrepujar hábitos, crenças,
determinações, medos, preconceitos. Ser livre é tomar a
iniciativa de principiar novas possibilidades. Desamarrar. Abrir
novos tempos.
Nossa história e nosso passado não são nem cargas
indesejadas, nem determinações absolutas. Sem eles, não
teríamos de onde sair, nem para onde nos projetar. Sem
passado e sem história, quem seríamos? Mas não é porque não
pudemos (fazer, falar, mudar, enfrentar...) que jamais
poderemos. Nossa capacidade de dar um novo início para as
mesmas coisas e situações é nosso poder original e está na raiz
da nossa condição humana. É ela que dá à vida uma direção e
um destino. Somos livres quando, ao agir,recomeçamos.
Nossos gestos e palavras, mesmo inconscientes e
involuntários, sempre destinam nossas vidas para algum lugar.
A função dos propósitos é transformar esse agir, que cria
destinos, numa ação consciente e voluntária. Sua tarefa é a de
romper com a casualidade aparente da vida e apagar a
impressão de que uma mão dirige nossa existência.
Os propósitos nos devolvem a autoria da vida.

(Dulce Critelli. Folha de São Paulo, 24/01/2008)

Nossa história e nosso passado não são nem cargas indesejadas, nem determinações absolutas.

Mantêm-se o sentido e a correção da frase acima substituindo- se o segmento sublinhado por

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2567Q19872 | Português, Interpretação de Textos, Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos, AL SP, FCC

Texto associado.
"Nenhum homem é uma ilha", escreveu o inglês John Donne em 1624, frase que atravessaria os séculos como um dos lugares-comuns mais citados de todos os tempos. Todo lugar- comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos - e esse não é exceção. Durante toda a história da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga. A vida moderna, porém, alterou-o de maneira drástica. Em certos aspectos partiu o continente humano em um arquipélago tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais. Vencer tal distância e se reunir aos outros, entretanto, é um dos nossos instintos básicos. E é a ele que atende um setor do mercado editorial que cresce a passos largos: o da autoajuda e, em particular, de uma autoajuda que se pode descrever como espiritual. Não porque tenha necessariamente tonalidades religiosas (embora elas, às vezes, sejam nítidas), mas porque se dirige àquelas questões de alma que sempre atormentam os homens. Como a perda de uma pessoa querida, a rejeição ou o abandono, a dificuldade de conviver com os próprios defeitos e os alheios, o medo da velhice e da morte, conflitos com os pais e os filhos, a frustração com as aspirações que não se realizaram, a perplexidade diante do fim e a dúvida sobre o propósito da existência. Questões que, como séculos de filosofia já explicitaram, nem sempre têm solução clara - mas que são suportáveis quando se tem com quem dividir seu peso, e esmagadoras quando se está só. As mudanças que conduziram a isso não são poucas nem sutis: na sua segunda metade, em particular, o século XX foi pródigo em abalos de natureza social que reconfiguraram o modo como vivemos. O campo, com suas relações próximas, foi trocado em massa pelas cidades, onde vigora o anonimato. As mulheres saíram de casa para o trabalho, e a instituição da "comadre" virtualmente desapareceu. Desmanchou-se também a ligação quase compulsória que se tinha com a religião, as famílias encolheram drasticamente não só em número de filhos mas também em sua extensão. A vida profissional se tornou terrivelmente competitiva, o que acrescenta ansiedade e reduz as chances de fazer amizades verdadeiras no local de trabalho. Também o celular e o computador fazem sua parte, aumentando o número de contatos de que se desfruta, mas reduzindo sua profundidade e qualidade. Perdeu-se aquela vasta rede de segurança que, é certo, originava fofoca e intromissão, mas também implicava conselhos e experiência, valores sólidos e afeição desprendida, que não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza. Essa é a lacuna da vida moderna que a autoajuda vem se propondo a preencher: esse sentido de desconexão que faz com que em certas ocasiões cada um se sinta como uma ilha desgarrada do continente e sem meios de se reunir novamente a ele.

(Isabela Boscov e Silvia Rogar. Veja, 2 de dezembro de 2009, pp. 141-143, com adaptações)
Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos ... (1° parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:
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2568Q41891 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MA, FGV

Texto associado.
OAB: reforma do Código Penal é um retrocesso na democracia do país 

O anteprojeto de reforma do Código Penal, elaborado de modo açodado por uma comissão de juristas, atualmente em fase de tramitação no Senado Federal, vai representar um retrocesso para a democracia brasileira. A afirmação é do presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, que promove amanhã (31), na sede da entidade, a segunda etapa do seminário sobre a reforma do Código Penal. O Brasil possui a quarta população carcerária do mundo e um déficit de 200 mil vagas nos estabelecimentos prisionais.

Segundo Damous, não há dúvida de que o Código Penal brasileiro, em vigor desde 1942 e inspirado no código da Itália fascista de Mussolini merece ser reformado. A questão é: como deve ser feita a reforma? Quais condutas merecem ser criminalizadas? Que políticas criminais e penitenciárias nosso país deve adotar? Com o desafio de unificar em um único código toda a legislação penal aprovada nas últimas décadas, a comissão não teve tempo de incorporar propostas da sociedade, tampouco de especialistas em Direito criminal. 

No anteprojeto a comissão de juristas - disse - chegou a aumentar penas e dificultar a concessão de benefícios aos que já estão presos, além de considerar, equivocadamente, que a prisão pode ser a solução para todos os males. No entanto, segundo ele, há algo de bom no atual debate: a proposta de reforma do Código Penal trouxe à tona para discussão temas considerados tabus e há muito evitados: aborto, eutanásia e prostituição. 

O presidente da OAB acentuou que são temas impregnados de preconceitos e que precisam ser discutidos de modo multidisciplinar. Todos estes temas serão analisados em evento que acontecerá na sede da OAB-RJ amanhã (31) e no próximo dia 7, sempre a partir de 9h30. A entrada é franca no auditório "Ministro Evandro Lins e Silva" e vão participar dos debates juristas, médicos, psicólogos e líderes sociais.

                                                                                                                        (Jornal do Brasil. 30/10/2012) 
“O presidente da OAB acentuou que são temas impregnados de preconceitos e que precisam ser discutidos de modo multidisciplinar”. 

Assinale a afirmativa que indica o segmento do texto que confirma a opinião final expressada no trecho sublinhado.
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2569Q859848 | Português, Interpretação de Textos, Agente de Polícia Federal, Polícia Federal, CESPE CEBRASPE, 2021

Texto associado.

Texto 2A1-II

Cresce rapidamente, em quase todos os países, o número de pessoas na prisão ou que esperam prováveis sentenças de prisão. Em quase toda parte, a rede de prisões está se ampliando intensamente. Os gastos orçamentários do Estado com as forças da lei e da ordem, principalmente os efetivos policiais e os serviços penitenciários, crescem em todo o planeta. Mais importante, a proporção da população em conflito direto com a lei e sujeita à prisão cresce em ritmo que indica uma mudança mais que meramente quantitativa e sugere uma “significação muito ampliada da solução institucional como componente da política criminal” — e assinala, além disso, que muitos governos alimentam a pressuposição, que goza de amplo apoio na opinião pública, de que “há uma crescente necessidade de disciplinar importantes grupos e segmentos populacionais”.

A proporção da população que cumpre sentenças de prisão é distinta em cada país, refletindo idiossincrasias de tradições culturais e histórias de pensamento e de práticas penais, mas o rápido crescimento parece ser um fenômeno universal em toda a ponta “mais desenvolvida” do mundo.

Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Tradução: Marcus Penchel. Rio de Janeiro, Zahar, 1999, p. 122-123 (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item que segue.

Conclui-se das ideias do texto que, apesar de existirem peculiaridades culturais e históricas sobre o estabelecimento das penas em cada país, o crescimento do encarceramento apresenta-se como um fenômeno universal que, chancelado pela opinião pública, tem sido adotado como política de segurança por muitos governos, principalmente os das regiões mais desenvolvidas do mundo.

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2570Q834248 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Palhoça SC Professor de Ciências, IESES, 2021

Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão — “Ai! nada somos,
Pois ela se morreu silente e fria...”
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"

(Alphonsus de Guimaraens. Hão de chorar por ela os cinamomos.). 
Assinale a alternativa que apresenta o tema principal abordado no poema.
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2571Q239566 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar BA, FCC

Texto associado.

       Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo dire­cionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura.
       O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolon­gamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doen­ ças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados.
       Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estu­diosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de ren­da e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta.


                     (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141)

A afirmativa correta, considerando-se o que diz o texto, é:

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2572Q113889 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Finanças e Controle, CGU, ESAF

De acordo com a argumentação do texto abaixo, assinale o fator que não contribui diretamente para a expressiva queda dos juros:

Mudanças mais amplas nas leis materiais e processuais são imprescindíveis. Deve-se mitigar os exageros de leitura do direito de ampla defesa, permitindo a rápida apropriação de garantias, assegurado ao devedor o direito de posterior discussão. Litígios de devedores de má-fé, esmagadora maioria, praticamente desapareceriam. Com maior previsibilidade na execução dos contratos, a queda dos juros seria expressiva.

(Adaptado de Joca Levy, Juros, demagogia e bravatas. O Estado de São Paulo, 21 de abril de 2012)

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2573Q676853 | Português, Interpretação de Textos, Guarda Municipal, Prefeitura de Goiana PE, IDIB, 2020

Texto associado.
Texto
A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento
(01)    Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos
(02) e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz
(03 ) de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida
(04) para o ser humano.
(05)    Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos
(06) podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o
(07) principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo
(08) até às imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo
(09) surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida de toda a humanidade
(10 )no último século.
(11)    Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem a
(12) humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias
(13) que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte
(14) – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
(15)    Uma pessoa nascida no final do século 18 muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém
(16) nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais
(17) pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatoreschave para (18) explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente
(19) aumento da longevidade dos seres humanos.
(20)    Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia
(21) parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador
(22) norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. O que
(23) ele descreve no livro é uma descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo
(24) orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas.
(25) Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacinas ou mesmo a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento
(26) global, apesar de todas as evidências científicas em contrário, parecem corroborar a análise de Nichols.
(27)    Esses fenômenos têm perpassado nacionalidades. No Brasil, no ano passado, o debate sobre a chamada “pílula do
(28) câncer” evidenciou como o conhecimento científico estabelecido foi negligenciado pelos representantes eleitos pelo povo
(29) brasileiro. A crise de financiamento recente também é um sintoma da baixa estima da ciência na sociedade ou, pelo menos, da
(30) baixa capacidade de mobilização e de pressão por uma fatia maior dos recursos orçamentários.
(31) (...)
(Equipe do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade. www.ipea.gov.br, 17/12/2019)
Com base na leitura do texto e suas corretas inferências, analise as afirmativas a seguir:
I. O avanço científico é impulsionado por dois únicos motores: a curiosidade humana e a necessidade de solução de problemas que afligem a humanidade.
II. A ciência e a tecnologia têm contribuído para levar ao alcance de aspirações humanas, como ter mais tempo para o lazer.
III. Quando a ciência é movida pela curiosidade humana, não se estabelecem compromissos com os resultados.

Pode-se afirmar que

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2574Q932603 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFPR, UFPR, FUNPAR UFPR, 2018

Texto associado.
Ancient dreams of intelligent machines: 3,000 years of robots
The French philosopher René Descartes was reputedly fond of automata: 
they inspired his view that living things were biological
machines that function like clockwork. Less known is a strange story that began to circulate after the philosopher’s death in 1650. This
centred on Descartes’s daughter Francine, who died of scarlet fever at the age of five.
According to the tale, a distraught Descartes had a clockwork Francine made: a walking, talking simulacrum. When Queen Christina
invited the philosopher to Sweden in 1649, he sailed with the automaton concealed in a casket. Suspicious sailors forced the trunk open;
when the mechanical child sat up to greet them, the horrified crew threw it overboard.
The story is probably apocryphal. But it sums up the hopes and fears that have been associated with human-like machines for nearly
three millennia. Those who build such devices do so in the hope that they will overcome natural limits – in Descartes’s case, death itself. But
this very unnaturalness terrifies and repulses others. In our era of advanced robotics and artificial intelligence (AI), those polarized responses
persist, with pundits and the public applauding or warning against each advance. Digging into the deep history of intelligent machines, both
real and imagined, we see how these attitudes evolved: from fantasies of trusty mechanical helpers to fears that runaway advances in
technology might lead to creatures that supersede humanity itself.
(Disponível em: <https://www.nature.com/articles/d41586-018-05773-y)
As expressões ‘equipamento emocional’ e ‘ostracismo social’, no segundo parágrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrência, respectivamente, como:

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2575Q135679 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRT 19ª Região, FCC

Texto associado.

O homem moral e o moralizador

Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria
dinâmicas, estamos certos disto: o moralizador e o homem moral
são figuras diferentes, se não opostas. O homem moral se
impõe padrões de conduta e tenta respeitá-los; o moralizador
quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue
respeitar.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se
soubesse respeitar o padrão moral que ele impõe, ele não
precisaria punir suas imperfeições nos outros. Segundo, é
possível e compreensível que um homem moral tenha um
espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a adotar
um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre
o ato de um moralizador. Em geral, as sociedades em que as
normas morais ganham força de lei (os Estados confessionais,
por exemplo) não são regradas por uma moralcomum, nem
pelas aspirações de poucos e escolhidos homens exemplares,
mas por moralizadores que tentam remir suas próprias falhas
morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que
todos pagam pelos pecados de hipócritas que não se agüentam.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)

Atente para as afirmações abaixo.

I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se preocupa com os padrões morais de conduta.

II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.

III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os padrões de conduta que ele cobra dos outros.

Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em

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2576Q694058 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador Federal, TRF 4a, FCC, 2019

Texto associado.
 A era das compras
     A economia capitalista moderna deve aumentar a produção constantemente, se quiser sobreviver, como um tubarão que deve nadar para não morrer por asfixia. Mas a maioria das pessoas, ao longo da história, viveu em condições de escassez. A fragilidade era, portanto, sua palavra de ordem. A ética austera dos puritanos e a dos espartanos são apenas dois exemplos famosos. Uma pessoa boa evitava luxos e nunca desperdiçava comida. Somente reis e nobres se permitiam renunciar publicamente a tais valores e ostentar suas riquezas.
       O consumismo vê o consumo de cada vez mais produtos e serviços como algo positivo. Encoraja as pessoas a cuidarem de si mesmas, a se mimarem e até a se matarem pouco a pouco por meio do consumo exagerado. A frugalidade é uma doença a ser curada. Não é preciso olhar muito longe para ver a ética do consumo em ação – basta ler a parte de trás de uma caixa de cereal: “Para uma refeição saborosa no meio do dia, perfeita para um estilo de vida saudável. Um verdadeiro deleite com o sabor maravilhoso do “quero mais!”. 
         Durante a maior parte da história, as pessoas teriam sido repelidas, e não atraídas, por esse texto. Elas o teriam considerado egoísta, indecente e moralmente corrupto. O consumismo trabalhou duro, com a ajuda da psicologia e da vontade popular, para convencer as pessoas de que a indulgência com os excessos é algo bom, ao passo que a frugalidade significa auto-opressão.

 (Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – uma breve história da humanidade. 38. ed. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 357-358)
Ao retratar o consumismo moderno no âmbito da vida social e dos valores da pessoa, o autor
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2577Q596536 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE, 2017

Texto associado.
Páginas sem glória
1 A história maior, incluindo a esportiva, não precisa de
mais testemunhos, pois aí estão, documentando-a, para além do
boca a boca entre gerações, os arquivos todos, os livros e as
4 revistas ilustradas, os filmes e depois os vídeos, os jornais
microfilmados nas bibliotecas públicas, os DVDs e a Internet.
Mas a história dita menor, quem a documentará? Quanta coisa
7 digna de registro não se carrega para o túmulo: imagens e
sensações inesquecíveis, conhecimentos adquiridos depois de
longa observação e aprendizado, grandes ideias, sentimentos
10 fundos que nunca foram passados para o papel? No futebol,
quantas jogadas espetaculares ou de fina técnica, executadas
em treinos, partidas preliminares ou até na várzea, para uma
13 plateia ínfima, embora muitas vezes seleta naquele campo
específico do saber?
(...)
16 Quanto a meu irmão e eu, estávamos em uma idade
em que (...) a mente, não estando entupida com o entulho da
vida adulta, arquiva o verdadeiramente memorável no detalhe
19 e no conjunto, ainda que o tempo tenha vindo a transformá-lo
em uma substância mítica e estilizada, jogadas feitas agora de
palavras, mas que me permitem apresentar aos aficionados
22 alguns poucos desses lances, sem muita preocupação com a
cronologia, apenas para que se possa ter noção da coisa.
Sérgio Sant’Anna. Páginas sem glória. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012, p. 107-8 (com adaptações).
Considerando o fragmento da novela Páginas sem glória, do escritor brasileiro Sérgio Sant’Anna, julgue o item seguinte.
O narrador do texto recorre a lembranças da infância para recuperar o que considera ser “verdadeiramente memorável no detalhe e no conjunto” (R. 18 e 19), por meio da recriação de jogadas em linguagem escrita, assumindo que não pretende exprimir-se com sinceridade.
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2578Q241994 | Português, Interpretação de Textos, Técnico Bancário, Caixa Econômica Federal, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Texto para os itens de 19 a 23.

Ética e moral

Ética tem origem no grego ethos, que significa modo de ser. A palavra moral vem do latim mos ou mores, ou seja, costume ou costumes. A primeira é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, como define o filósofo Vázquez, expressa "um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens".
Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as razões da existência de determinada realidade e proporcionar a reflexão acerca dela. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes sociedades como resposta a necessidades sociais; sua função consiste emregulamentar as relações entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo para a estabilidade da ordem social.

No último dia 12 de outubro, dia das crianças, voluntários da FENAE (Federação Nacional das Associações do Pessoal da CAIXA) e da ONG Moradia e Cidadania uniram-se para levar alegria e solidariedade a uma comunidade de catadores de papel: cerca de 40 crianças e 50 adultos que moram precariamente em um terreno próximo ao metrô, sem água, luz ou qualquer infra-estrutura. Mesmo com todas as dificuldades, são pessoas que estão se organizando e, em breve, graças à sua força de vontade e à ajuda de voluntários, criarão uma cooperativa de catadores de material reciclável, que contribuirá para a inserção social dessas pessoas.

Com base nas afirmativas do segundo parágrafo do texto "Ética e moral" e considerando a notícia reproduzida acima, julgue os itens subseqüentes.

Pelo foco da ética, o comportamento dos voluntários da FENAE e da ONG Moradia e Cidadania é considerado louvável e relevante.

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2579Q673356 | Português, Interpretação de Textos, Técnico de Nível Superior Ciências Contábeis, UEPA, FADESP, 2020

Texto associado.
Leia atentamente o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
Políticas de conscientização engajam consumidores no consumo responsável de bebidas alcoólicas

01        O jeito de consumir bebidas em bares e restaurantes está mudando. Se
02 antes havia uma preocupação muito maior em relação a "beber mais", hoje, os
03 consumidores estão muito mais atentos à quantidade e à qualidade do que eles
04 ingerem. De certa forma, esse novo movimento tem uma relação direta com o
05 aumento da facilidade com que as pessoas têm encontrado informações sobre
06 o abuso do álcool. Aliado a isso, as empresas do setor têm estimulado seus
07 clientes a consumirem menos e melhor, promovendo, inclusive ações de
08 conscientização.
09         Por outro lado, esse trabalho de conscientização precisa começar desde
10 muito cedo. Afinal, crianças e adolescentes também estão suscetíveis a
11 consumirem bebidas alcoólicas – o que é algo proibido por lei. Levando isso em
12 consideração, a Pernod Ricard, dona de marca como Absolut, Chivas, Jameson
13 e Beefeater, patrocina o programa Na Medida. Promovido na região do sul
14 fluminense, onde a empresa tem uma fábrica, o projeto foi lançado em 2011,
15 em parceria com a ONG Singulares. Na prática, a iniciativa reforça o
16 posicionamento da empresa de que a educação é a chave para a prevenção.
17         O alvo do programa são as escolas de ensino fundamental, que
18 recebem educadores para promover debates e orientar alunos sobre os perigos
19 do consumo precoce do álcool. "Cada oficina realizada pelo projeto proporciona
20 uma experiência única e diferente do que é ser educador. Colocar-se ao lado
21 dos participantes, escutá-los e compartilhar o tema nos dá a possibilidade de
22 lidar com as multiplicidades e compreender as dores e delícias do que é ser
23 jovem atualmente. Sinto-me privilegiada enquanto psicóloga, por facilitar rodas
24 de conversas com debates e compreensões ricas sobre a vida. As
25 reverberações de participar de um encontro como esse ecoam nos alunos e
26 nos profissionais das instituições escolares que abrem as portas prontamente
27 para nos receber", afirma Hislania Fátima dos Santos Nóbrega, educadora do
28 Na Medida.
29         O sucesso do programa já pode ser, inclusive, mensurado. Isso porque
30 ele foi um dos responsáveis para que a Pernod Ricard conquistasse, pelo
31 segundo ano consecutivo, o prêmio "As Melhores Empresas Para Trabalhar no
32 Rio de Janeiro", concedido pela consultoria Great Place To Work (GTW) à
33 fábrica da empresa na região.
34         A escola Professora Jandyra Reis de Oliveira, na cidade de Barra
35 Mansa, no Rio de Janeiro, é uma das agraciadas pelo projeto. "Nós da equipe
36 pedagógica e diretiva ressaltamos o projeto por terem desenvolvido oficinas e
37 palestras em nossa unidade escolar, sempre com temas relevantes e
38 significativos que levam os estudantes a reflexão e, principalmente, a
39 transformação de atitudes e construção de valores", afirma Elisangela Lima
     Teixeira, Coordenadora Pedagógica da instituição. [...] 

Disponível em https://exame.abril.com.br/brasil/fechado-apos-ser-atingido-por-oleo-parque-de-abrolhos-e-reaberto/ Acessado em 11 de novembro de 2019 Texto adaptado
De acordo com o texto, a preocupação com o consumo de bebida alcoólica
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2580Q595287 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UERJ, UERJ, UERJ

Resisti a entrar para o Facebook e, mesmo quando já fazia parte de sua rede, minha opinião
sobre ela não era das melhores: fragmentação da percepção, e portanto da capacidade
cognitiva; intensificação do narcisismo exibicionista da cultura contemporânea; império do
senso comum; indistinção entre o público e o privado. Não sei se fui eu quem mudou, se foram
5   meus “amigos” ou se foi a própria rede, mas, hoje, sem que os traços acima tenham deixado
de existir, nenhum deles, nem mesmo todos eles em conjunto me parecem decisivos, ao menos
na minha experiência: agora compreendo e utilizo a rede social como a televisão do século XXI,
com diferenças e vantagens sobre a TV tradicional.
A internet, as tecnologias wiki de interação e as redes sociais têm uma dimensão, para usar
10   a expressão do escritor Andrew Keen, de “culto do amador”, mas tal dimensão convive com
o seu oposto, que é essa crítica da mídia tradicional pela nova mídia, cujos agentes muitas
vezes nada têm de amadores. Assim, a metatelevisão do Facebook opera tanto selecionando
conteúdo da TV tradicional como submetendo-o à crítica. E faz circular ainda informações que
a TV, por motivos diversos, suprime. Alguns acontecimentos recentes, no Brasil e no mundo,
15   tiveram coberturas nas redes sociais melhores que nos canais tradicionais. A divergência é uma
virtude democrática, e as redes sociais têm contribuído para isso (e para derrubar ditaduras
onde não há democracia).
A publicização da intimidade, sem nenhuma transfiguração que lhe confira o estatuto de interesse
público, é muito presente na rede. Deve-se lembrar, entretanto, que redes sociais não são
20   exatamente um espaço público, mas um espaço privado ampliado ou uma espécie nova e híbrida
de espaço público-privado. Seja como for, aqui também é o usuário que decide sobre o registro
em que prevalecerá sua experiência. E não se deve exagerar no tom crítico a essa dimensão; o
registro imaginário, narcisista, de promoção do eu é humano, demasiadamente humano, e até
certo ponto necessário. Deve-se apenas relativizá-lo; ora, essa relativização vigora igualmente
25   nas redes sociais. Além disso, a publicização da intimidade não significa necessariamente
autopromoção do eu. Ela pode ativar uma dimensão importante da comunicação humana.
Roland Barthes, escritor francês, costumava dizer que a linguagem sempre diz o que diz e ainda
diz o que não diz. Por exemplo, ao citar o nome de Barthes, estou, além de dizer o que ele
disse, dizendo que eu o li, que sou um leitor culto. Esse tema do que passa por meio de,
30   indiretamente, era importante para Barthes. Ele adorava o caso da brincadeira de passar o anel,
onde o que está em jogo é tanto o roçar das mãos quanto o destino do objeto. Pois bem, fui
percebendo que a escrita nas redes sociais é uma forma de roçar as mãos, tanto quanto de
saber, afinal, onde foi parar o anel. O indireto dessa escrita, o que por meio dela se diz, é uma
pura abertura ao outro.
FRANCISCO BOSCO
Adaptado de Alta ajuda. Rio de Janeiro: Foz, 2012.
No primeiro parágrafo, o autor introduz uma discussão a respeito das redes sociais. Essa introdução está organizada a partir do seguinte procedimento:
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