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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


521Q43512 | Português, Interpretação de Textos, Auditor Fiscal Tributário, Prefeitura de Duque de Caxias RJ, IBEG

Texto associado.
Texto I- Um pouco da história da Baixada Fluminense

      Os primeiros europeus chegaram à Baixada Fluminense na segunda metade do século XVI. Antes, a região era habitada por povos indígenas. Alguns deles chegaram a participar, de um lado ou do outro, da luta dos colonos portugueses ali estabelecidos contra as tentativas de invasão francesa. Às margens dos rios Meriti, Sarapuí, Iguaçu e Inhomirim, começaram a se instalar fazendas de cana-de-açúcar.
      A Baixada Fluminense viveu um período de maior desenvolvimento a partir do ciclo de mineração, no século XVIII: era passagem obrigatória para a maior parte do ouro que vinha de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro, capital do Brasil colonial. No século XIX, foi uma das primeiras áreas em que se plantou café no Brasil.
      Durante o Segundo Reinado (1840-1889), foi construída na Baixada Fluminense a primeira ferrovia do Brasil: a Estrada de Ferro Dom Pedro II. O primeiro trecho, ligando o Rio de Janeiro à cidade de Queimados, foi inaugurado em 29 de março de 1858.
      Mais de 3 milhões de habitantes vivem [hoje] na área, a segunda mais populosa do estado, que só perde para a capital, a cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense, fica uma das cidades com maior densidade demográfica da América: São João do Meriti. Nesse município, vivem 13.126 habitantes por quilômetro quadrado (censo de 2010).

Disponível em: http://escola.britannica.com.br/article/483095/Baixada-Fluminense. Acesso em: 03 jul. 2015, com adaptações
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta.
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522Q666423 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP, 2017

Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil. Editora Planeta, 296 páginas.

Mas foi uma noite, aquela noite de sábado 21 de outubro de 1967, que parou o nosso país. Parou pra ver a finalíssima do III Festival da Record, quando um jovem de 24 anos chamado Eduardo Lobo, o Edu Lobo, saiu carregado do Teatro Paramount em São Paulo depois de ganhar o prêmio máximo do festival com Ponteio, que cantou acompanhado da charmosa e iniciante Marília Medalha.

Foi naquela noite que Chico Buarque entoou sua Roda viva ao lado do MPB-4 de Magro, o arranjador. Que Caetano Veloso brilhou cantando Alegria, alegria com a platéia ao som das guitarras dos Beat Boys, que Gilberto Gil apresentou a tropicalista Domingo no parque com os Mutantes.

Aquela noite que acabou virando filme, em 2010, nas mãos de Renato Terra e Ricardo Calil, agora virou livro. O livro que está sendo lançado agora é a história daquela noite, ampliada e em estado que no jargão jornalístico chamamos de matéria bruta. Quem viu o filme vai se deliciar com as histórias — e algumas fofocas — que cada um tem para contar, agora sem os cortes necessários que um filme exige. E quem não viu o filme tem diante de si um livro de histórias, pensando bem, de História.

VILLAS, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 18jun. 2014 (adaptado).

Considerando os elementos constitutivos dos gêneros textuais circulantes na sociedade, nesse fragmento de resenha predominam

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523Q180167 | Português, Interpretação de Textos, Contador, TJ SP, VUNESP

Texto associado.

Leia o texto para responder às questões de números 03 a 10.

Previsão do tempo no Sudeste é uma dor de cabeça para cientistas

Se a sucessão de boas e más notícias sobre a chuva que abastece os reservatórios de São Paulo parece uma confusão só, não se preocupe: previsões climáticas sobre o Sudeste brasileiro podem confundir até especialistas. Isso acontece porque a região mais populosa do Brasil ocupa uma área do globo terrestre que recebe todo tipo de influência complexa, desde a umidade oriunda da Amazônia até as frentes frias "sopradas" da Antártida. Resultado: um nível de incerteza acima do normal numa seara que, por natureza, já é bastante incerta. "Isso vale principalmente para prever o clima, ou seja, as variações de médio e longo prazo, mas também é verdade, ainda que em grau bem menor, para as previsões de tempo, ou seja, na escala de dias", diz Tercio Ambrizzi, climatologista da USP. Portanto, não é que o tempo seja mais instável na área do sistema Cantareira, o mais castigado pela atual crise e agora em ligeira recuperação. O que ocorre é que a região que abastece o Cantareira às vezes pode ficar mais sujeita a variações aleatórias de um sistema climático naturalmente complicado. (Folha de S.Paulo, 15.02.2015)

 

No texto, um verbo no imperativo marca claramente que o autor está se dirigindo ao leitor. Isso se comprova com o trecho:

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524Q147277 | Português, Interpretação de Textos, Analista Judiciário Enfermagem, TRT 3a Região, FCC

Texto associado.
/questoes/exibir_texto/23155?texto_id=3553

A afirmativa do antropólogo Marcel Mauss, reproduzida no final do texto,

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525Q101305 | Português, Interpretação de Textos, Analista Redes, SERPRO, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Imagem 006.jpg
Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas lingüísticas do
texto acima.

O emprego do modo subjuntivo em "inventasse" (L.2) e "permitisse" (L.2) demonstra ser o invento apenas uma hipótese, que as informações das orações seguintes, apoiadas no indicativo em "levou" (L.4) e "criou" (L.5), mostram como realizada.

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526Q35070 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Laboratório, IFBA, FUNRIO

Texto associado.
A questão tomará por base a seguinte crônica, de Jolivaldo Freitas, publicada no sítio de notícias “Bahia Já” em 09/06/2015: 

Salvador no seu Dog Day Afternoon:    o dia em que a capital da Bahia parou

      Não se trata do filme estrelado por Al Pacino (Dog Day Afternoon) datado de 1975. É que ontem foi um dia de cão para qualquer pessoa que precisou sair de casa a qualquer hora para trabalhar, namorar, correr de marido enciumado, visitar o médico, precisando de atendimento de emergência, se divertir, buscar o filho na escola, ir atrás da mulher para ver com quem ela está saindo, visitar obras, comprar tempero, procurar emprego ou ter reunião.
      A cidade estava mais caótica do que nunca e não se pode acusar os rodoviários. Eles desta vez não estavam levando sua greve particular para o meio da rua. (...) A cidade estava uma piração só e todos os seus problemas viários, toda a sua falta de mobilidade que caracteriza uma espécie de labirinto grego em dias normais, foram aditivados pela chuva chata que caía sobre todos os bairros, sem nem aparecer uma nesguinha de azul ou um raíto del sol. Dei sorte porque no dia anterior mandei ajeitar o ar-condicionado do carro e havia colocado uns jazz no pen-drive. Fui dirigindo e ouvindo música, fazendo de conta que estava a passeio numa cidade bucólica.
      (...) Imagine que fiz um trajeto de maluco e ficando ainda mais louco ouvindo as estações de rádio. Eu havia saído da Barra e ia pegar o Bonocô quando ouvi que a via estava congestionada e virei para a Vasco da Gama, quando fiquei sabendo pelo locutor que estava parada e voltei para o Bonocô e já ia pegando a BR em direção à Luiz Eduardo quando o motoqueiro da Metrópole falou para Bocão que estava tudo parado e virei em direção ao Iguatemi. Foi quando atentei que menos lenta era mesmo a Luiz Eduardo e lá fiquei cercado de carro e olhando a chuva no para-brisa.
      Todo mundo pegou trânsito ruim na Paralela, Imbuí, Tancredo Neves, ACM, orla e até na Federação. Saí às nove horas da manhã, tive uma reunião de apenas hora e meia e cheguei em casa às quatro da tarde com a coluna lenhada e as pernas inchadas. Perguntei a um policial o que estava acontecendo na cidade e ele me disse que a Transalvador estava com algum tipo de operação no viaduto Raul Seixas. Eu pensei: do jeito que a cidade tem ficado o pessoal da Transalvador está fumando a mesma coisa que o “Maluco Beleza” fumava.

(Fonte: www.bahiaja.com.br/jolivaldofreitas/cronicas/coluna/2015/06/09/salvador-no-seu-dog-day-afternoon,4463,0.html) – adaptado 
O cronista usa a expressão “Maluco Beleza” no trecho final da crônica porque
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527Q16661 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar BA, FCC

Texto associado.
     A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessá­rio para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira.
       No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação.
       A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas.


(André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed , 2006 p 78
Ao substituir-se o elemento grifado pelo que está entre parênteses, a frase que permanecerá correta é:
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528Q854310 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Delmiro Gouveia AL Professor de Português, ADM TEC, 2020

Analise as afirmativas a seguir:

I. A coesão textual compreende uma série de processos da língua que têm por função principal estabelecer relações linguísticas significativas entre os elementos de um texto.

II. Em um texto, a repetição de nome próprio ou parte dele através da reiteração total ou parcial de um nome próprio (de pessoa, de lugares etc.) torna o texto menos compreensível ao leitor, como pode ser visto no exemplo: “Lígia Fagundes Telles é uma das principais escritoras brasileiras da atualidade. Lígia é autora de ‘Antes do baile verde’, um dos melhores livros de contos de nossa literatura”.

III. A elipse é a supressão de um elemento linguístico anterior ou posteriormente enunciado. Por exemplo: “tinha uma voz inconfundível e foi apreciada por mais de duas gerações. Elis Regina marcou uma fase da MPB”.

Marque a alternativa CORRETA:
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529Q233123 | Português, Interpretação de Textos, Programador de Computador, REFAP SA, CESGRANRIO

Texto associado.

Aquele estranho animal
Os do Alegrete dizem que o causo se deu em Itaqui,
os de Itaqui dizem que foi no Alegrete, outros juram que
só poderia ter acontecido em Uruguaiana. Eu não afirmo
nada: sou neutro.
Mas, pelo que me contaram, o primeiro automóvel
que apareceu entre aquela brava indiada, eles o mataram
a pau, pensando que fosse um bicho. A história foi assim
(...).
Ia um piazinho estrada fora no seu petiço - tropt,
tropt, tropt (este é o barulho do trote) - quando de repente
ouviu - fufufupubum ! fufufupubum chiiiipum!
E eis que aí a "coisa", até então invisível, apontou
por detrás de um capão, bufando que nem touro brigão,
saltando que nem pipoca, se traqueando que nem velha
coroca, chiando que nem chaleira derramada e largando
fumo pelas ventas como a mula-sem-cabeça.
"Minha Nossa Senhora."
O piazinho deu meia-volta e largou numa disparada
louca rumo da cidade (...).
Chegado que foi, o piazinho contou a históriacomo
pôde, mal e mal e depressa, que o tempo era pouco e não
dava para maiores explicações, pois já se ouvia o barulho
do bicho que se aproximava.
Pois bem, minha gente: quando este apareceu na
entrada da cidade, caiu aquele montão de povo em cima
dele, os homens uns com porretes, outros com garruchas
que nem tinham tido tempo para carregar de pólvora,
outros com boleadeiras, mas todos de a pé, porque
também nem houvera tempo para montar, e as mulheres
umas empunhando as suas vassouras, outras as suas
pás de mexer marmelada, e os guris, de longe, se
divertindo com seus bodoques, cujos tiros iam acertar
em cheio nas costas dos combatentes. E tudo abaixo de
gritos e pragas que nem lhes posso repetir aqui.
Até que enfim houve uma pausa para respiração.
O povo se afastou, resfolegante, e abriu-se uma
clareira, no meio da qual se viu o auto emborcado,
amassado, quebrado, escangalhado, e não digo que morto,
porque as rodas ainda giravam no ar, nos últimostranses
de uma teimosa agonia. E quando as rodas pararam, as
pobres, eis que o motorista, milagrosamente salvo, saiu
penosamente engatinhando por debaixo dos escombros
do seu ex-automóvel.
- A la pucha! - exclamou então um guasca, entre
espantado e penalizado - o animal deu cria!

QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro,
Editora Nova Aguilar, 2005.

Ao contar o "causo", o narrador o faz, mostrando, em alguns trechos, certa descontração, parecendo estar bem próximo de seus ouvintes-leitores. Para isto, ele usa, como recursos, termos de uma linguagem:

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530Q192707 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Polícia Rodoviária Federal PRF, FUNCAB

Texto associado.

Texto 1
                                                         A era do automóvel

        E, subitamente, é a era do Automóvel, O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
        [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
        Vivemos inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao fim, os nossos sentimentos de moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
        [...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel acabou com aquela modesta felicidade nossa de bater palmas aos trechos de floresta, [...] A natureza recolhe-se humilhada. Em compensação temos palácios, altos palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora-nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57-60.

Vocabulário:
benfazejo: que é bem-vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável

Com relação ao fragmento da crônica de João do Rio, é correto afirmar que:

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531Q187730 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Polícia Rodoviária Federal PRF, FUNCAB

Texto associado.

Texto 1
                                                        A era do automóvel

        E, subitamente, é a era do Automóvel, O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações.[...]
        [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,arrastando desvaíradamente uma catadupa de automóveis, Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chauffeur é rei, é soberano, é tirano.
        Vivemos inteiramente presos ao Automóvel. O Automóvel ritmiza a vida vertiginosa, a ânsia das velocidades, o desvario de chegar ao fim, os nossos sentimentos de moral, de estética, de prazer, de economia, de amor.
        [...] Passamos como um raio, de óculos enfumaçados por causa da poeira. Não vemos as árvores. São as árvores que olham para nós com inveja. Assim o Automóvel acabou com aquela modesta felicidade nossa de bater palmas aos trechos de floresta, [...] A natureza recolhe-se humilhada. Em compensação temos palácios, altos palácios nascidos do fumo de gasolina dos primeiros automóveis e a febre do grande devora-nos. Febre insopitável e benfazeja! Não se lhe pode resistir.[...]
                        (João do Rio, In: GOMES, Renato Cordeiro (Org.) Rio de Janeiro: Agir, 2005 p. 57-60.)

Vocabulário:
benfazejo: que é bem-vindo
catadupa: jorro, derramamento grande
desabrido: rude, violento
insopitável: incontrolável


Texto 2
                                                   Falta de educação e velocidade

        Os anjos da morte estão cansados de nos recolher, a nós que nos matamos ou somos assassinados no tráfego das estradas, cidades, esquinas deste país. Os anjos da morte estão exaustos de pegar restos de vidas botadas fora. [...] Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício.
        [...]
        Outro dia observei na televisão um motorista, apanhado a quase 200 por hora, sendo entrevistado ainda dentro do carro. Fiquei impressionada com seu sorriso idiota, o arzinho arrogante, o jeito desafiador com que encarou a câmera num silêncio ofendido, quando perguntado sobre as razões da sua insanidade. Todo o seu ar era de quem estava coberto de razão: a lei e a segurança dos outros e a dele próprio nada valiam diante da sua onipotência.
        Atenção: os jovens são - em geral, mas não sempre - mais arrojados, mais imprudentes, têm menos experiência na direção. Portanto, são mais inclinados a acidentes, bobos ou fatais, em que a gente mata e morre. Mas há um número, impressionante de adultos - mais homens do que mulheres, diga-se de passagem, porque talvez sejam biologicamente mais agressivos - cometendo loucuras ao dirigir, avançando o sinal, quase empurrando o veículo da frente com seu para-choque, não cedendo passagem, ultrapassando em locais absurdos sem a menor segurança, bebendo antes de dirigir, enfim, usando o carro como um punhal hostil ou um falo frustrado.
        [...]
        Precisamos em quase tudo de autoridade e respeito, para que haja uma reforma generalizada, passando da desordem e do caos a algum tipo de segurança e bem-estar. Os motoristas americanos e europeus impressionam pela educação. Não por serem bonzinhos ou melhores do que nós, mas porque temem a lei, a punição, a cassação da carteira, a prisão, por coisas que aqui entre nós são consideradas apenas “normais", meros detalhes, “todo mundo faz assim".
        Autoridade justa, mas muito rigorosa, é o que talvez nos deixe mais lúcidos e mais bem-educados: em casa, na escola, na rua, na estrada, no bar, no clube, dentro do nosso carro. E os fatigados anjos da morte poderão, se não entrar em férias, ao menos relaxar um pouco.
                                                                                 (Lya Luft. Revista Veja, n° 2048, 20/02/2008.)

Observe as frases:

I. “todo mundo faz assim”.
II. “Todo o mundo faz assim” .

Sobre elas, pode-se afirmar que

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532Q163938 | Português, Interpretação de Textos, Auditor Fiscal do Trabalho, MTE, ESAF

Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmente correta.

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533Q132403 | Português, Interpretação de Textos, Analista do Ministério Público, MPE AL, COPEVE UFAL

Texto associado.

       As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: Os recursos da terra Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”
        Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

(Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132).

A opinião de Susana Hecht, transcrita no texto, admite essencialmente :

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534Q57328 | Português, Interpretação de Textos, Recenseador, IBGE, FGV, 2017

Texto 3 – “Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer aos romanos por isso. Foi esse povo, que há mais de dois mil anos ergueu um império com a conquista de boa parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram a ideia de juntar ao nome comum, ou prenome, um nome.

Por quê? Porque o império romano crescia e eles precisavam indicar o clã a que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido”. (Ciência Hoje, março de 2014)

“Foi esse povo, que há mais de dois mil anos ergueu um império com a conquista de boa parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, o inventor da moda”.

A afirmação correta sobre os componentes desse segmento do texto 3 é:
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535Q161518 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Técnico Administrativo, Receita Federal, ESAF

Assinale a opção que contém compreensão errada do trecho abaixo. Os anos 1980 costumam ser lembrados no Brasil como "década perdida". Estultícia. Economicamente, o período é antes de ajustes que de perda. Quadro internacional adverso, desatualização e gigantismo do Estado, avanço do processo de globalização. Claro: as condições internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimentista dos anos 1970. Mesmo assim, a economia brasileira cresceu 33,5% no período 1980-1989. Nada de espetacular, comparativamente à década anterior. Mas evoluir um terço na magnitude da economia não é perder. É apenas avançar menos rapidamente. Além disso, chamar de década perdida o período em que o país reconquistou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a tudo. Até mesmo à liberdade.

(Ronaldo Costa Couto, "De 1964 ao Governo Sarney". Em: Oliveira Bastos (org.). Sarney: o outro lado da História. Rio: Nova Fronteira, 2001, p.111, adaptado)
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536Q34788 | Português, Interpretação de Textos, Assistente de Alunos, IFRJ, FUNRIO

Texto associado.
      Já ia para três anos, ou mais qualquer coisa, que as lâmpadas feriavam. Mas até que as ruas estavam claras naquela noite. Era uma Lua bonita!... Palha de Arroz, tranquila, parecia um arraial antigo dentro da madrugada. Lá no meio do céu, redonda e bonita, a Lua parecia um disco. Um disco cantando uma canção. Uma canção que poetas não escreveram nem músicos compuseram. Canção de luar de lua cheia por cima duma capital sem luz elétrica. Do tamanho mesmo da lua cheia em pleno e bruto sertão bravio. Daí aqueles pensamentos dançando nos corredores da cabeça do negro Pau de Fumo. Uma canção de luar com a mesma poesia de paragem que nunca sequer ao menos alguém sonhou com eletricidade.
      Madrugada madura. Palha de Arroz tranquila mesma, serena. Calma. Dava-se que o movimento agora estava passando uns dias lá no outro lado do rio – bem ali em Timon.
      Canoeiros atravessando o pessoal para o festejo. Novenas de S. José. Outrora a cidade se chamava S. José das Flores. Mais conhecida mesmo só por Flores, nome que aliás o povo ainda chamava mesmo depois de mudado o nome para Timon.  

(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 52-3)
No primeiro parágrafo desse capítulo, o narrador fornece aos leitores uma informação muito importante sobre o cenário que descreve. Fica-se sabendo que, no bairro que se chamava Palha de Arroz,
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537Q18512 | Português, Interpretação de Textos, Farmacêutico, CIAAR, FAB

Texto associado.
Democracia e autoritarismo

      O fato de que as pessoas que vivem em um regime democrático não saibam o que é democracia é uma questão por si só muito grave. O saber sobre o que seja qualquer coisa – e neste, caso, sobre o que seja a democracia – se dá em diversos níveis e interfere em nossas ações. Agimos em nome do que pensamos. Mas muitas vezes não entendemos muito bem nossos próprios pensamentos, pois somos vítimas de pensamentos prontos.
      Creio que, neste momento brasileiro, poucas pessoas que agem em nome da democracia estejam se questionando sobre o que ela realmente seja. É provável que poucos pratiquem o ato de humildade do conhecimento que é o questionamento honesto. O questionamento é uma prática, mas é também qualidade do conhecimento. É a virtude do conhecimento. É essa virtude que nos faz perguntar sobre o que pensamos e assim nos permite sair de um nível dogmático para um nível reflexivo de pensamento. Essa passagem da ideia pronta que recebemos da religião, do senso comum, dos meios de comunicação para o questionamento é o segredo da inteligência humana seja ela cognitiva, moral ou política.
      [...] a democracia flerta facilmente com o autoritarismo quando não se pensa no que ela é e se age por impulso ou por leviandade. Eu não sou uma pessoa democrática quando vou à rua protestar em nome dos meus fins privados, dos meus interesses pessoais, quando protesto em nome de interesses que em nada contribuem para a construção da esfera pública. Eu sou autoritária quando, sem pensar, imponho violentamente os meus desejos e pensamentos sem me preocupar com o que os outros estão vivendo e pensando, quando penso que meu modo de ver o mundo está pronto e acabado, quando esqueço que a vida social é a vida da convivência e da proteção aos direitos de todos os que vivem no mesmo mundo que eu. Não sou democrática quando minhas ações não contribuem para a manutenção da democracia como forma de governo do povo para o povo, quando esqueço que o povo precisa ser capaz de respeitar as regras do próprio jogo ao qual ele aderiu e que é o único capaz de garantir seus direitos fundamentais: o jogo da democracia.

(Marcia Tiburi. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/03/democracia-e-autoritarismo/. 18/03/2015. Adaptado.) 
Em “Eu sou autoritária quando, sem pensar, imponho violentamente os meus desejos e pensamentos sem me preocupar com o que os outros estão vivendo e pensando...” (3º§) as vírgulas que separam a expressão “sem pensar” apresentam a mesma justificativa vista em
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538Q205139 | Português, Interpretação de Textos, Escrivão de Polícia Civil, Polícia Civil SP, VUNESP, 2018

Texto associado.

                                   Debaixo da ponte


       Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam da falta d’água, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, receber amigos, fazer os amigos desfrutarem comodidades internas da ponte.

      À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.

                        (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. Adaptado)

Na passagem – Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma... – os pronomes destacados expressam, correta e respectivamente, as ideias de
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539Q201404 | Português, Interpretação de Textos, Escrevente Técnico Judiciário, TJ SP, VUNESP

Texto associado.

WikiLeaks contra o Império


A diplomacia americana levará tempo para se recuperar
da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil
documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em
um CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. Um vexame para um
país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas,
das quais 854 mil têm acesso a informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas
camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que
o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou
"sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As
mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos
escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão
já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente
Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando
US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da
Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo
bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora
americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão
do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido
nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o
líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa"
ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material
nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com
o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas
americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do
presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O
de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de
10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do
século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda
Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma
influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar
todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um
manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos
70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando
trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver
que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz
durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque,
matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de
sua homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma
maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse
é o símbolo da Apple.)


(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)

Segundo o texto, é correto afirmar que
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540Q115158 | Português, Interpretação de Textos, Analista de Procuradoria, PGE BA, FCC

Texto associado.
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Considerando - se o contexto, traduz - se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
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