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Questões de Concursos Interpretação de Textos

Resolva questões de Interpretação de Textos comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


801Q27190 | Português, Interpretação de Textos, Agente Administrativo, Prefeitura de Angra dos Reis RJ, AOCP

Texto associado.
Espectadores têm chance de “degustação” das Paralimpíadas. Ingressos estão à venda
07/09/2015

    Cadeiras de roda e próteses entre bicicletas, skates e patins: a integração entre atletas paralímpicos e o público na Lagoa Rodrigo de Freitas marcou a celebração da data de um ano para as Paralimpíadas Rio 2016, nesta segunda-feira (7.09). Durante o Festival Paralímpico, que teve dois dias de programação na capital fluminense, os espectadores puderam ter um gostinho de como serão os primeiros Jogos da América do Sul, no ano que vem.
   O cronômetro que marca o tempo até o dia do evento foi acionado de dentro de uma roda de confraternização que reuniu atletas brasileiros e estrangeiros, o mascote das Paralimpíadas, Tom, autoridades e dirigentes. O ministro do Esporte, George Hilton, esteve presente ao lado do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, e dos presidentes dos comitês paralímpicos internacional e brasileiro (Phillip Craven e Andrew Parsons).
    “Quero dizer que neste um ano para os Jogos, os esforços são para que a gente tenha não apenas um grande evento, mas que possamos despertar a cultura desportiva em todo o território nacional. O Rio terá a missão de espalhar por todo o país a chama paralímpica, e nós daremos todo o apoio que for preciso para que o paradesporto no Brasil continue nos orgulhando”, disse George Hilton. Andrew Parsons lembrou que o 7 de setembro também marca o início da venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos. “Nossa meta é vender 3,3 milhões de entradas. Se conseguirmos, vai ser o maior número de ingressos vendidos de toda a história da Paralimpíada. Os preços são bem convidativos, tem ingresso a R$ 10, é muito barato. A ideia não é fazer uma grande arrecadação, mas expor o esporte paralímpico ao maior número de pessoas possível”, afirmou.

Fonte: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/noticias/espectadores-tem-chance-de-degustacao-das-paralimpiadas-no-rio-ingressos-estao-avenda
Assinale a alternativa cujo “que” NÃO tem a função de retomar o termo antecedente.
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802Q18510 | Português, Interpretação de Textos, Farmacêutico, CIAAR, FAB

Texto associado.
Democracia e autoritarismo

      O fato de que as pessoas que vivem em um regime democrático não saibam o que é democracia é uma questão por si só muito grave. O saber sobre o que seja qualquer coisa – e neste, caso, sobre o que seja a democracia – se dá em diversos níveis e interfere em nossas ações. Agimos em nome do que pensamos. Mas muitas vezes não entendemos muito bem nossos próprios pensamentos, pois somos vítimas de pensamentos prontos.
      Creio que, neste momento brasileiro, poucas pessoas que agem em nome da democracia estejam se questionando sobre o que ela realmente seja. É provável que poucos pratiquem o ato de humildade do conhecimento que é o questionamento honesto. O questionamento é uma prática, mas é também qualidade do conhecimento. É a virtude do conhecimento. É essa virtude que nos faz perguntar sobre o que pensamos e assim nos permite sair de um nível dogmático para um nível reflexivo de pensamento. Essa passagem da ideia pronta que recebemos da religião, do senso comum, dos meios de comunicação para o questionamento é o segredo da inteligência humana seja ela cognitiva, moral ou política.
      [...] a democracia flerta facilmente com o autoritarismo quando não se pensa no que ela é e se age por impulso ou por leviandade. Eu não sou uma pessoa democrática quando vou à rua protestar em nome dos meus fins privados, dos meus interesses pessoais, quando protesto em nome de interesses que em nada contribuem para a construção da esfera pública. Eu sou autoritária quando, sem pensar, imponho violentamente os meus desejos e pensamentos sem me preocupar com o que os outros estão vivendo e pensando, quando penso que meu modo de ver o mundo está pronto e acabado, quando esqueço que a vida social é a vida da convivência e da proteção aos direitos de todos os que vivem no mesmo mundo que eu. Não sou democrática quando minhas ações não contribuem para a manutenção da democracia como forma de governo do povo para o povo, quando esqueço que o povo precisa ser capaz de respeitar as regras do próprio jogo ao qual ele aderiu e que é o único capaz de garantir seus direitos fundamentais: o jogo da democracia.

(Marcia Tiburi. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/03/democracia-e-autoritarismo/. 18/03/2015. Adaptado.) 
Em relação à estrutura organizacional textual apresentada, é correto afirmar que o título do texto tem seu conteúdo plenamente justificado a partir da
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803Q705911 | Português, Interpretação de Textos, Analista Censitário, IBGE, AOCP, 2019

Texto associado.
TEXTO I
O último paradoxo da vida moderna: por que
ficamos presos ao celular, mas odiamos falar
por telefone?
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa
e confusa série de mensagens de WhatsApp
SILVIA LÓPEZ
Para iniciar um texto, Hemingway dizia
a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira
que você conhece”. Neste caso, seria: a
psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu
por meio de mensagens de áudio às perguntas
que lhe enviamos por email. Essa curiosidade
metajornalística não tem importância, não
altera a qualidade de suas respostas, só ilustra
a variedade e fluidez de opções com as quais
podemos nos comunicar hoje. Recebemos um
email? Respondemos com um áudio. Chegou um
áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto.
Recebemos um telefonema? Não respondemos.
Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você
me ligou? Não posso falar, é melhor me escrever”.
O paradoxo do grande vício do século XXI é que
estamos presos ao celular, mas temos fobia das
ligações telefônicas.
A ligação telefônica - que, até não
muito tempo atrás, esperávamos com alegria
ou tolerávamos com resignação, mas nunca
evitávamos com uma rejeição universal - se
tornou uma presença intrusiva e incômoda,
perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das
razões é que quando recebemos uma ligação,
ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou
simplesmente não temos vontade de falar nesse
momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez.
“Por outro lado, também exige de nós uma
resposta imediata, ao contrário do que ocorre
na comunicação escrita, que nos permite pensar
bem no que queremos dizer. E a terceira razão
seria o fato de não poder saber de antemão qual
será a duração do telefonema”, acrescenta.
Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html>. Acesso em: 25 jun. 2019
Assinale a alternativa que apresenta a reescrita adequada, sintática e semanticamente, para o seguinte excerto: “O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos presos ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas.”.
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804Q30091 | Português, Interpretação de Textos, Teleatendente, COPEL, UFPR

Texto associado.
O texto a seguir é referência para a questão.

    Pequenas mudanças nos hábitos diários e no uso dos aparelhos eletrodomésticos podem reduzir a sua conta de luz no final do mês. A importância de controlar o consumo está não apenas em economizar dinheiro, mas também em evitar o desperdício. “Daqui a 300 anos, a vida será diferente. Nossos descendentes vão reclamar da nossa geração, que foi a primeira a conhecer o problema das mudanças climáticas e do uso da energia e ainda não deu sinais definitivos de que vai resolver o problema”, afirma Agenor Gomes Pinto Garcia, consultor em eficiência energética e autor do livro Leilão de Eficiência Energética no Brasil. Para esclarecer alguns mitos e verdades enviados pelos leitores, ((O)) Eco conversou com o professor Garcia e também com o especialista em economia de energia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Gilberto Jannuzzi.

a. É mito ou não que os aparelhos que mantemos plugados na tomada, mesmo quando desligados, continuam gastando energia?
    É verdade! O professor Jannuzzi ressalta que “a melhor opção de economia é desconectar os aparelhos da tomada, pois mesmo os melhores equipamentos, nessa situação, consomem 1 watt/hora. Cada aparelho conectado consome durante o ano todo 8,7 quilowatts. Como pagamos cerca de 40 centavos por quilowatt/hora (preço no Rio de Janeiro), isso representa um gasto próximo de 4 reais/ano por aparelho”.
    Garcia lembra que o apelido desse desperdício é “energia vampira”, e que ela já preocupa os responsáveis pelas políticas energéticas. “Cada um gasta um pouquinho, porém, como hoje em dia há muitos aparelhos, a energia gasta no total acaba sendo significativa”. Uma dica para aparelhos relacionados como, por exemplo, TV, DVD, modem de TV a cabo ou satélite, é ligá-los todos a uma só régua de tomadas. Basta desligar a régua ao fim do dia para economizar.

b. Quando chamar o elevador, faz diferença chamar apenas um deles ou quantos houver no andar? Elevadores, afinal, gastam muita energia?
    Os especialistas garantem que faz diferença no consumo de energia chamar mais de um elevador ao mesmo tempo, e que esse gasto, por estar diluído nas contas de condomínio, passa despercebido.
    Uma boa prática é deixar só um elevador ligado durante a noite ou ter equipamentos que fazem com que só um elevador se desloque a cada chamada. Por seu lado, o usuário deve sempre evitar chamar vários elevadores ao mesmo tempo. Outra boa alternativa é usar as escadas sempre que possível, pois além de poupar energia elétrica, diminui-se o sedentarismo.

(Flávia Morais, 28/07/11. Disponível em:  . Acesso em 03 mar. 2013). 
Com base no texto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) As aspas usadas no texto cumprem a função de demarcar a voz de alguém diferente do redator.
( ) A estrutura pergunta-resposta é composta a partir de práticas e dúvidas comuns dos usuários de energia elétrica.
( ) A palavra afinal (destacada na formulação da questão b) reforça a ideia de dúvida comum em torno da questão posta.
( ) A maioria das formas verbais do texto reportam à ideia de possibilidade/hipótese.

Assinale alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
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805Q24982 | Português, Interpretação de Textos, Enfermeiro, CISLIPA

Texto associado.
Os professores da rede municipal de São Paulo estão em greve há mais de um mês. E nesta terça-feira, dia 27, realizam mais uma manifestação, desta vez na Avenida Paulista. O blog pediu para que a professora Nelice Pompeu, há 13 anos na rede, escrevesse sobre os motivos da paralisação dos professores e demais profissionais da educação.

        Professores em greve também educam, defende professora da rede municipal de SP 

      A luta por um ensino público de qualidade sempre foi uma bandeira defendida por todos os partidos, principalmente nas épocas que antecedem as eleições. Nesses períodos, nós professores somos lembrados e admirados, com discursos de valorização e reconhecimento, mas que infelizmente não se concretizam, ficam só na promessa. Por isso, professores estão se organizando em movimentos, que avançam em todas as regiões do país, num só coro que clama pela EDUCAÇÃO. Para uns teóricos, que adoram dar “pitaco" no ensino público, sem ao menos conhecer a nossa realidade, pode parecer até discurso de vitimização. Mas como professora há 23 anos, garanto: a educação pede socorro e seus educadores também!

      Os reflexos desse descaso estão bem evidentes. A sociedade inteira acaba sendo prejudicada. Lembrando que a escola pode ser pública, mas não é gratuita. Quando tentamos sair dessa invisibilidade, indo para as ruas como uma forma de educar e chamar a atenção, somos criticados numa visão limítrofe, como se estivéssemos lutando apenas por questões salariais. Nossa luta é muito mais ampla! Não fazemos greve para prejudicar os alunos nem as famílias. Greve é uma situação limite. Ela acontece quando todos nossos esforços de diálogos foram esgotados, sem resultado. É difícil para todos os lados.

      Costumamos até ser bem tolerantes. Nossa criatividade e dedicação fazem com que superemos muitas dificuldades, porém chega um momento em que é importante mostrar a verdadeira face. Não aquela presente nas propagandas, onde tudo funciona maravilhosamente bem! 

      No ano passado, os Kits de materiais dos alunos da rede municipal de São Paulo foram entregues apenas em novembro. Quantas vezes eu e colegas tivemos que comprar material escolar com nosso próprio salário para dar continuidade ao trabalho e não prejudicar os alunos. Neste ano, o material encaminhado é totalmente inadequado para a Educação Infantil, no absurdo de enviarem até um caderno universitário pautado para crianças pequenas. Fora a redução dos itens que compõem o Kit. Nos Centros de Educação Infantil (CEIs), criaram “agrupamentos mistos", com crianças de diferentes faixas etárias no mesmo grupo para atender a demanda por vaga em creche na cidade. As professoras também não têm direito a intervalo, como os demais profissionais.

      Diante das dificuldades, fica inviável um trabalho pedagógico de qualidade, como nossos alunos merecem. Afinal, a escola não é um depósito de crianças. Precisamos de condições de trabalho como qualquer outro profissional para exercermos nossas funções. No ensino fundamental, as horas de estudo e preparação de aulas dos professores foram substituídas pelo Sistema de Gestão Pedagógica, que funciona como um diário eletrônico. Este aplicativo apresenta muitos problemas técnicos e estruturais, perdendo totalmente a sua função. 

      Em condições adversas, os professores continuam perdendo a saúde. As longas jornadas de trabalho e a problemática da violência nas escolas fazem com que os profissionais de educação adoeçam, e até agora nenhum programa da Prefeitura propôs acompanhar essa questão, buscando minimizá-la. Pelo contrário, são criados mecanismos para punir o absenteísmo, como o PDE, que ainda é chamado de “Prêmio por Desenvolvimento Educacional". Por isso, a necessidade de lutar se fez necessária!

      A revolta é tanta, que muitos colegas, chegaram ao cúmulo de expor seus holerites nas redes sociais, para que a população tenha acesso à verdade. Além disso, muitas das nossas reivindicações não envolvem impacto orçamentário, mas mesmo assim não há negociação, não há boa vontade do governo em querer negociar.

      A situação de greve não nos agrada também. O período é de incertezas e medo. O governo atual do PT, partido que surgiu das greves, ao invés de negociar e dialogar com a categoria, utiliza de mecanismos intimidatórios. Muitos grevistas terão o ponto cortado, o que significa que ficarão sem salário neste mês. Do que adianta, nessas horas de impasse, o discurso que escola de qualidade se faz com profissionais não apenas bem remunerados, mas principalmente por profissionais motivados, seguros e com uma estrutura que lhes possibilite transmitir o que lhes foi confiado, ir na contramãos de certas atitudes? Nós profissionais da educação, mais do que ninguém, torcemos para que essa situação termine logo. Provavelmente as aulas perdidas serão repostas, e nenhum aluno será prejudicado. Estamos empenhados na luta por uma educação pública de qualidade, que forme cidadãos críticos e responsáveis. Para que isso aconteça, precisamos contar com o apoio e respeito de todos. 

Nelice Pompeu tem 41 anos. É professora há 23 anos, já foi da rede estadual e há 13 anos é docente na Prefeitura. Atua na educação infantil e no primeiro ciclo do ensino fundamental. 

Disponível em: http://educacao.estadao.com.br/blogs
Na frase: “As professoras também não têm direito a intervalo, como os demais profissionais”, o verbo “ter” garante a concordância:
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806Q19868 | Português, Interpretação de Textos, Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos, AL SP, FCC

Texto associado.
"Nenhum homem é uma ilha", escreveu o inglês John Donne em 1624, frase que atravessaria os séculos como um dos lugares-comuns mais citados de todos os tempos. Todo lugar- comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos - e esse não é exceção. Durante toda a história da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga. A vida moderna, porém, alterou-o de maneira drástica. Em certos aspectos partiu o continente humano em um arquipélago tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais. Vencer tal distância e se reunir aos outros, entretanto, é um dos nossos instintos básicos. E é a ele que atende um setor do mercado editorial que cresce a passos largos: o da autoajuda e, em particular, de uma autoajuda que se pode descrever como espiritual. Não porque tenha necessariamente tonalidades religiosas (embora elas, às vezes, sejam nítidas), mas porque se dirige àquelas questões de alma que sempre atormentam os homens. Como a perda de uma pessoa querida, a rejeição ou o abandono, a dificuldade de conviver com os próprios defeitos e os alheios, o medo da velhice e da morte, conflitos com os pais e os filhos, a frustração com as aspirações que não se realizaram, a perplexidade diante do fim e a dúvida sobre o propósito da existência. Questões que, como séculos de filosofia já explicitaram, nem sempre têm solução clara - mas que são suportáveis quando se tem com quem dividir seu peso, e esmagadoras quando se está só. As mudanças que conduziram a isso não são poucas nem sutis: na sua segunda metade, em particular, o século XX foi pródigo em abalos de natureza social que reconfiguraram o modo como vivemos. O campo, com suas relações próximas, foi trocado em massa pelas cidades, onde vigora o anonimato. As mulheres saíram de casa para o trabalho, e a instituição da "comadre" virtualmente desapareceu. Desmanchou-se também a ligação quase compulsória que se tinha com a religião, as famílias encolheram drasticamente não só em número de filhos mas também em sua extensão. A vida profissional se tornou terrivelmente competitiva, o que acrescenta ansiedade e reduz as chances de fazer amizades verdadeiras no local de trabalho. Também o celular e o computador fazem sua parte, aumentando o número de contatos de que se desfruta, mas reduzindo sua profundidade e qualidade. Perdeu-se aquela vasta rede de segurança que, é certo, originava fofoca e intromissão, mas também implicava conselhos e experiência, valores sólidos e afeição desprendida, que não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza. Essa é a lacuna da vida moderna que a autoajuda vem se propondo a preencher: esse sentido de desconexão que faz com que em certas ocasiões cada um se sinta como uma ilha desgarrada do continente e sem meios de se reunir novamente a ele.

(Isabela Boscov e Silvia Rogar. Veja, 2 de dezembro de 2009, pp. 141-143, com adaptações)
De acordo com o texto,
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807Q857272 | Português, Interpretação de Textos, Prefeitura de Itajaí SC Bibliotecário, FEPESE, 2020

Leia o poema abaixo e responda a questão.

Recordo ainda…

Recordo ainda… E nada mais me importa

Aqueles dias de uma luz tão mansa

Que me deixavam, sempre de lembrança,

Algum brinquedo novo à minha porta…

Mas veio um vento de desesperança

Soprando cinzas pela noite morta!

E eu pendurei na galharia torta

Todos os meus brinquedos de criança…

Estrada afora após segui… Mas ai,

Embora idade e senso que aparente,

Não vos iluda o velho que aqui vai:

Eu quero meus brinquedos novamente!

Sou um pobre menino… acreditai…

Que envelheceu, um dia, de repente!…

QUINTANA, Mário. Poesias. Porto Alegre: Globo, 1962.

Assinale a alternativa correta, considerando a coesão textual.
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808Q710156 | Português, Interpretação de Textos, Advogado, Gramadotur RS, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.
“Natal na Barca”, de Lygia Fagundes Telles
01 Depois de pensar em livros para ler nos dias de sol, “inundados de sol”, do verão, comecei
02 a pensar em livros de Natal. Não em livros para dar de presente no Natal — quase todos servem
03 para isso —, mas em livros em que o Natal apareça, ainda que só nos fundos, ou que se passem
04 em dezembro. Há os clássicos natalinos, como Um conto de Natal, de Charles Dickens, e "O
05 presente dos magos", aquele conto tristíssimo de O. Henry em que um casal paupérrimo se
06 sacrifica para comprar um presente de Natal um para o outro. Lembrei-me também de O
07 apanhador no campo de centeio, que se passa todo poucos dias antes do Natal; e de Madame
08 Bovary, porque Emma e Charles casam perto do Natal, quando a província francesa fica branca de
09 neve. Pois é, todos esses são livros sobre o Natal nevado... E o chuvoso e abafado Natal dos
10 trópicos, cadê? Vieram-me ___ memória dois contos de Lygia Fagundes Telles que li na escola:
11 “Natal na barca” e “Dezembro no bairro”. Não me lembrava dos enredos, mas presumi que
12  "Dezembro no bairro" era um conto natalino porque tudo em dezembro tem a ver com Natal.
13 Lembrei-me dos contos porque, outro dia, passei um tempo considerável namorando a
14 caprichosa antologia de Lygia que a Companhia das Letras acaba de publicar: Os contos. O livro
15 ainda traz algumas fotos de Lygia, sem dúvida uma das escritoras mais bonitas que a literatura já
16 conheceu: Lygia sorrindo, Lygia lendo, Lygia de perfil, Lygia com Hilda Hilst, Lygia encarando a
17 câmera. Numa das fotos, Lygia aparece caminhando num lugar bucólico ao lado de seu marido, o
18 crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Lygia encara ___ câmera; Paulo Emílio olha para ela
19 e parece sorrir. Na internet há mais fotos dos dois juntos. Lygia e Paulo Emílio no túmulo de Marx.
20 Ela sorri para a câmera; ele sorri para ela. Em outra foto, Lygia descansa a cabeça no ombro de
21 Paulo Emílio e olha para a câmera. Paulo Emílio olha para ela. E sorri, meio bobo. Enfim, vamos
22 aos contos.... Afinal este pretende ser um texto sobre contos de Natal e não sobre a beleza
23 hipnótica de Lygia Fagundes Telles.
24 “Natal na barca” é narrado por uma mulher. Decerto uma mulher elegante, como Lygia. A
25 narradora fuma (o conto é de 1958) e carrega uma pasta (de advogada?). No posfácio de Os
26 contos, a crítica literária Walnice Nogueira Galvão afirma que “ler Lygia Fagundes Telles sem
27 visualizar uma mulher é difícil” e arrisca até uma descrição dessa narradora de “Natal na barca”:
28 "Uma persona discreta, reticente e reservada, semelhante ___quela que escreve. Com o corte
29 pajem, adequado a seu cabelo liso, sem enfeites nem artifícios, blazers de linha clássica, camisas
30 claras, saias de cor cinza. Essa é a narradora que visualizamos ao ler sua ficção". No conto, a
31 narradora elegante faz uma viagem de barca, na noite de Natal, na companhia de um bêbado e
32 de uma professora pobre com um filho doente nos braços (uma imagem da Virgem Maria com seu
33 bebê divino?).
34 A narradora não quer falar com ninguém, não quer envolver-se nos "tais laços humanos",
35 mas acaba conversando com a jovem mãe, que precisa levar seu filho ao médico. A mãe conta
36 que, um ano antes, perdera seu filho mais velho, de 4 anos, e fora abandonada pelo marido, mas
37 matinha a fé: "Deus nunca me abandonou". A fé da mãe pobre desconcerta a narradora
38 requintada, que talvez depositasse sua confiança na solidez de pastas elegantes e cigarros. Ao se
39 aproximar para ver o bebê, ela o percebe imóvel e é tomada pela certeza desesperadora de que
40 estava morto e a mãe percebera. Será que sua fé simples a salvaria agora? O conto termina meio
41 ambíguo. Outra vez, o leitor (e a narradora) não sabe direito o que aconteceu. Um milagre de
42 Natal, talvez?
43 Além do Natal, esse conto apresenta o suspense, a ambiguidade. O leitor termina sem
44 saber direito o que aconteceu. Acontece mesmo um milagre em "Natal na barca" ou a narradora
45  elegante só se confundiu? O leitor chega ao fim do conto sem saber direito como chegou lá.
46 Parece que faltou alguma informação, que ele perdeu alguma coisa, que não reparou no que
47 acontecia nos fundos do conto, nas entrelinhas. A narrativa elegante e furtiva de Lygia hipnotiza o
48 leitor, prende-lhe ___ atenção com os detalhes, afasta as perguntas curiosas e o conduz até uma
49 conclusão inconclusiva, que perturba e faz pensar. "Quando foi que a narrativa tomou o rumo que
50 tomou? Será que eu me distraí?", pensa o leitor. Talvez aí ele entenda por que Paulo Emílio não
51 conseguia tirar seus olhos sorridentes de Lygia.
(Ruan de Sousa Gabriel. 12/12/2018. Disponível em https://epoca.globo.com. Adaptado)
Analise as assertivas a seguir, acerca do texto lido:
I. Os comentários do autor, nas linhas 25 (segunda abertura de parênteses) e 32-33, estão entre parênteses porque se caracterizam como suposições acerca do texto literário abordado.
II. A estratégia do autor, empregada na construção do texto, inicia o texto com uma digressão acerca do olhar do marido da autora para sua figura enigmática e fecha o texto relacionando este olhar ao estilo narrativo da autora.
III. “Dezembro no bairro” é um dos contos dos quais o autor tem uma vívida memória e passa-se na época natalina.
Quais estão corretas?
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809Q705756 | Português, Interpretação de Textos, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar SP, VUNESP, 2019

Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada expressa sentido de projeção futura.
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810Q666765 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular ENEM, ENEM, INEP

Texto associado.
    O filme Menina de ouro conta a história de Maggie Fitzgerald, uma garçonete de 31 anos que vive sozinha em condições humildes e sonha em se tornar uma boxeadora profissional treinada por Frankie Dunn.
    Em uma cena, assim que o treinador atravessa a porta do corredor onde ela se encontra, Maggie o aborda e, a caminho da saída, pergunta a ele se está interessado em treiná-la. Frankie responde: “Eu não treino garotas”. Após essa fala, ele vira as costas e vai embora. Aqui, percebemos, em Frankie, um comportamento ancorado na representação de que boxe é esporte de homem e, em Maggie, a superação da concepção de que os ringues são tradicionalmente masculinos.
    Historicamente construída, a feminilidade dominante atribui a submissão, a fragilidade e a passividade a uma “natureza feminina”. Numa concepção hegemônica dos gêneros, feminilidades e masculinidades encontram-se em extremidades opostas.
    No entanto, algumas mulheres, indiferentes às convenções sociais, sentem-se seduzidas e desafiadas a aderirem à prática das modalidades consideradas masculinas. É o que observamos em Maggie, que se mostra determinada e insiste em seu objetivo de ser treinada por Frankie.
FERNANDES, V.; MOURÃO, L. Menina de ouro e a representação de feminilidades plurais. Movimento, n. 4, out.-dez. 2014 (adaptado).
A inserção da personagem Maggie na prática corporal do boxe indica a possibilidade da construção de uma feminilidade marcada pela
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811Q53952 | Português, Interpretação de Textos, Veterinário, EMATERCE, CETREDE, 2018

Texto associado.
Leia o texto a seguir para responder à questão.

As caridades odiosas

    Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchava na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto. Um pouco aturdida eu o olhava, ainda em dúvida se fora a mão da criança o que me ceifara os pensamentos.
    ― Um doce, moça, compre um doce para mim.
    Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido deste pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água. Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
    De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei-lhe: – Que doce você...
    Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.
    ― Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro.
    Este, que mexendo as mãos e a boca ainda espera com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com uma delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.
    ― Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los... E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo:
    ― Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas, mas ninguém quis dar.
    Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o Sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso foi necessário que outros não lhe tivessem dado doce.

Clarice Lispector
De acordo com o texto qual dos substantivos não se aplica à narradora?
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812Q32406 | Português, Interpretação de Textos, Programador de Computador, Detran RN, FGV

Texto associado.
Contar é muito dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas, que permanecem...

(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)
Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque concorda com a expressão indicada entre parênteses:
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813Q28308 | Português, Interpretação de Textos, Biólogo, Prefeitura de Aragoiânia GO, ITAME

Texto associado.
As pernas

      Ora, enquanto eu pensava, iam-me as pernas levando, ruas abaixo, de modo que, insensivelmente me achei à porta do Hotel Pharoux. De costume jantava aí; mas, não tendo deliberadamente andando, nenhum merecimento da ação me cabe, e sim às pernas, que a fizeram. Abençoadas pernas! E há quem vos trate com desdém e indiferença. Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta, zangava-me quando vos fatigáveis, quando não podíes ir além de certo ponto, e me deixava com o desejo a avoaçar, à semelhança de galinhas atadas pelos pés.
      Aquele caso, porém, foi um raio de luz. Sim, pernas amigas, vós deixastes à minha cabeça o trabalho de pensar em Virgília, e dissestes uma à outra: __ Ele precisa comer, são horas de jantar, vamos levá-lo ao Pharoux; dividamos a consciência dele, uma parte fique lá com a dama, tomemos a outra, para que ele vá direto, não abalroe as gentes e as carroças, tire o chapéu aos conhecidos, e finalmente chegue são e salvo ao hotel. E cumpristes à risca o vosso propósito, amáveis pernas, o que me obriga a imortalizar-vos nesta página.

(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)
Ao fazer uma interlocução com as pernas, o narrador usou a seguinte figura de linguagem:
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814Q23416 | Português, Interpretação de Textos, Técnico de Mercado, CEASA CAMPINAS, SHDIAS

Texto associado.
Texto I
A ciência permanecerá sempre a satisfação do desejo mais alto da nossa natureza, a curiosidade; ela fornecerá sempre ao homem o único meio que ele possui para melhorar a própria sorte. (Renan)
Texto II
A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição e inventa constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto. (Tolstói)
Texto III
Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos não é uma ciência, assim como um montão de Pedras não é uma casa. (Poincaré)
Segundo o texto I, a curiosidade é:
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815Q849677 | Português, Interpretação de Textos, CFC Bacharel em Ciências Contábeis, CONSULPLAN, 2020

A importância da tecnologia na contabilidade digital     A virada do século foi marcada pela relevância que a tecnologia adquiriu no nosso dia a dia. Atualmente, é praticamente impossível imaginar a vida sem o acesso à internet e a dispositivos básicos como o celular. Nesse contexto, investir em contabilidade digital não é apenas uma opção.     O mercado contábil também tem se adaptado às novas demandas do universo corporativo e das finanças pessoais. Os melhores escritórios e assessorias estão sempre em busca de tecnologias que possam oferecer benefícios aos seus clientes.     As que recebem mais destaque são, sem sombra de dúvidas, os softwares que otimizam tarefas da contabilidade e de controle fiscal. [...]     Por que investir em contabilidade digital?     O mundo atual não permite mais morosidade e procedimentos analógicos na gestão das finanças. As soluções precisam ser imediatas e adaptadas às novas tecnologias da informação. Dessa forma os empreendedores e gestores podem ter um processo de tomada de decisões mais confiável e com amparo de métricas confiáveis.     Para que a assessoria contábil supra as necessidades de seus clientes, ela tem indicado o uso de softwares integrados que geram valor e praticidade às atividades operacionais diárias.     Sendo assim, a contabilidade digital acabou se tornando uma demanda inevitável. A boa notícia é que seus resultados provocam impactos positivos nos seus rendimentos.     As leis referentes a tributos são complexas no nosso país. Elas passam por constantes transformações e adaptações, sendo um verdadeiro desafio estar sempre atualizado e a par das mudanças.     Felizmente, a contabilidade digital está preparada para fazer updates e dar respostas rápidas para problemas recorrentes. Além do mais, diversos procedimentos podem ser automatizados e/ou simplificados quando temos os instrumentos certos em mãos.     Um dos grandes ganhos que a contabilidade recebe com isso é o aumento da confiabilidade nos dados e relatórios. Esse é um dos princípios mais importantes para todo e qualquer contador ou administrador financeiro. [...]     A inserção da tecnologia no cotidiano corporativo e a implementação da contabilidade digital permitiram mais produtividade e eficiência na gestão das finanças e tributos. Essa evolução nos permite ter uma agilidade inimaginável até pouco tempo atrás. (Nogal Contabilidade e Marketing. Disponível em: www.nogalcontabilidade.com.br [email protected]) (Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/a-importancia-da-tecnologia-na-contabilidade-digital.htm. Adaptado.)Considerando-se o título “A importância da tecnologia na contabilidade digital” e sua função estratégica na articulação do texto, assinale, a seguir, a afirmativa correta.
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816Q705315 | Português, Interpretação de Textos, Aspirante da Aeronáutica, AFA, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
TEXTO III
Janela sobre a palavra (V)
Javier Villafañe busca em vão a palavra que deixou
escapar bem quando ia pronunciá-la. Onde terá ido essa
palavra, que ele tinha na ponta da língua?
Haverá algum lugar onde se juntam todas as palavras
5 que não quiseram ficar? Um reino das palavras perdidas?
As palavras que você deixou escapar, onde estarão à
sua espera?
(GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: L&PM, 2017, p. 222)
Sobre o texto III, é correto afirmar que
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817Q176386 | Português, Interpretação de Textos, Delegado de Polícia, Polícia Civil PI, UESPI

Texto associado.
Ordem ou Barbárie

O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal. O fenômeno da violência é tão antigo quanto o ser humano. Desde sua criação (ou surgimento, dependendo do ponto de vista), o homem sempre esteve dividido entre razão e instinto, paz e guerra, bem e mal.

Há quem tente explicar a violência, a opção pela criminalidade, como consequência da pobreza, da falta de oportunidades: o homem fruto de seu meio. Sem poder fazer as próprias escolhas, destituído de livre-arbítrio, o indivíduo seria condenado por sua origem humilde à condição de bandido. Mas acaso a virtude é monopólio de ricos e remediados? Creio que não. 

Na propaganda institucional, a pobreza no Brasil diminuiu, o poder de compra está em alta, o desemprego praticamente desapareceu... Mas, se a violência tem relação direta com a pobreza, como explicar que a criminalidade tenha crescido em igual ou maior proporção que a renda do brasileiro? Criminalidade e pobreza não andam necessariamente de mãos dadas.

Na semana passada, a violência (ou a falta de segurança) voltou ao centro dos debates. O flagrante de um jovem criminoso nu, preso a um poste por um grupo de justiceiros deu início a um turbilhão de comentários polêmicos. Em meu espaço de opinião no jornal "SBT Brasil", afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a atitude desesperada dos justiceiros do Rio. (...)

Não é de hoje que o cidadão se sente desassistido pelo Estado e vulnerável à ação de bandidos. (...) Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos praticamente inertes e, pior: na contramão do bom senso! (...)

No Brasil de valores esquizofrênicos, pode-se matar um cidadão e sair impune. Mas a lei não perdoa quem destrói um ninho de papagaio. É cadeia na certa! (...) 

Quando falta sensatez ao Estado é que ganham força outros paradoxos. Como jovens acuados pela violência que tomam para si o papel da polícia e o dever da Justiça. Um péssimo sinal de descontrole social. É na ausência de ordem que a barbárie se torna lei.

(Rachel Sheherazade - jornal Folha de São Paulo, 11 de fevereiro de 2014) 

A opção em que o segmento destacado na palavra, do ponto de vista de sua forma, é o mesmo que se verifica em: na contramão do bom senso!, é
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818Q131631 | Português, Interpretação de Textos, Analista do Ministério Público, MPE AL, COPEVE UFAL

Texto associado.

A população mundial torna tornam-se cidadãos. Na América latina temos campos sem ninguém e enormes formigueiros urbanos: as maiores cidades do mundo, e as mais injustas. Expulsos pela agricultura moderna de exportação e pela erosão das suas terras, os camponeses invadem os subúrbios. Eles acreditam que Deus está em todas as partes, mas por experiência própria sabem que atende nos grandes centros urbanos. As cidades prometem trabalho, prosperidade, um futuro para os filhos. Nos campos, os
esperadores olham a vida passar e morrem bocejando; nas cidades, a vida acontece e chama. Amontoados em cortiços, a primeira coisa que os recém chegados descobrem é que o trabalho falta e os braços sobram, que nada é de graça e que os artigos de luxo mais caros são o ar e o silêncio.

(Eduardo Galeno, O Império do Consumo).

Em síntese, o texto de Eduardo Galeano :

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819Q99920 | Português, Interpretação de Textos, Analista Redes, SERPRO, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Imagem 006.jpg

Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas lingüísticas do
texto acima.

O desenvolvimento das idéias do texto permite que se substitua "uma dezena de" (L.7) pela expressão cerca de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os argumentos.

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820Q32295 | Português, Interpretação de Textos, Assistente Administrativo, CRQ PE, IDHTEC

Texto associado.
ABYSSUS

Bela e traidora! Beijas e assassinas...
Quem te vê não tem forças que te oponha:
Ama-te, e dorme no teu seio, e sonha,
E, quando acorda, acorda feito em ruínas...
Seduzes, e convidas, e fascinas,
Como o abismo que, pérfido, a medonha
Fauce apresenta flórida e risonha,
Tapetada de rosas e boninas.
O viajor, vendo as flores, fatigado
Foge o sol, e, deixando a estrada poenta,
Avança incauto... Súbito, esbroado,
Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre,
Vacila e grita, luta e se ensanguenta,
E rola, e tomba, e se espedaça, e morre...

OLAVO BILAC
In Poesias (Sarças de Fogo), 1888.
No poema, o eu lírico compara a mulher:
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