Leia o fragmento abaixo:
(...) Quantos eram e de onde vinham os africanos? É inútil
buscar informações sobre a presença africana entre os
escravos de Santa Catarina na historiografia. Graças a
Oswaldo Cabral, Walter Piazza e Fernando Henrique
Cardoso, a escravidão africana em Santa Catarina é vista
como diferente daquela de outras regiões do país, por
causa de um supostamente distinto “sentido da
colonização”. Para esses autores, a ocupação efetiva da
ilha de Santa Catarina e do litoral adjacente em meados do
século XVIII, por política expressa da Coroa portuguesa,
que implicou na fortificação da Ilha e na vinda de casais
açorianos como colonos, ter-se-ia resumido a interesses
militares estratégicos. Partindo desse distinto “sentido da
colonização”, tais autores mostraram a escravidão na ilha e
no litoral adjacente sempre como menos importante do
que aquela das regiões agroexportadoras. Não tendo esse
território sido explorado para produção voltada à
exportação, os “poucos” escravos teriam servido como
apoio à produção de alimentos para o abastecimento, e
sido elementos de distinção social, predominantemente
domésticos e urbanos.
Fonte: MAMIGONIAN, Beatriz. Africanos em Santa Catarina: Escravidão e
identidade étnica (1750-1850), p.570. In: FRAGOSO, João; FLORENTINO,
Manolo; JUCÁ, Antônio Carlos e CAMPOS, Adriana (Orgs.). Nas rotas do
Império: eixos mercantis, tráfico e relações sociais no mundo português.
Vitória: EDUFES, 2014.
A partir da análise do texto e considerando o debate
historiográfico apresentado pela autora, podemos concluir
que:
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