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Questões de Concursos Morfologia Pronomes

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101Q136294 | Português, Morfologia Pronomes, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRF 4a, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Para que servem as ficções?

Cresci numa família em que ler romances e assistir a
filmes, ou seja, mergulhar em ficções, não era considerado uma
perda de tempo. Podia atrasar os deveres ou sacrificar o sono
para acabar um capítulo, e não era preciso me trancar no
banheiro nem ler à luz de uma lanterna. Meus pais, eventualmente,
pediam que organizasse melhor meu horário, mas deixavam
claro que meu interesse pelas ficções era uma parte
crucial (e aprovada) da minha "formação". Eles sequer exigiam
que as ditas ficções fossem edificantes ou tivessem um valor
cultural estabelecido. Um policial e um Dostoiévski eram tratados
com a mesma deferência. Quando foi a minha vez de ser
pai, agi da mesma forma. Por quê?

Existe a idéia (comum) segundo a qual a ficção é uma
"escola de vida": ela nos apresenta a diversidade do mundo e
constitui um repertório dopossível. Alguém dirá: o mesmo não
aconteceria com uma série de bons documentários ou ensaios
etnográficos? Certo, documentários e ensaios ampliam nossos
horizontes. Mas a ficção opera uma mágica suplementar.

Tome, por exemplo, "O Caçador de Pipas", de Khaled
Hosseini. A leitura nos faz conhecer a particularidade do Afeganistão,
mas o que torna o romance irresistível é a história singular
de Amir, o protagonista. Amir, afastado de nós pela particularidade
de seu grupo, revela-se igual a nós pela singularidade
de sua experiência. A vida dos afegãos pode ser objeto
de um documentário, que, sem dúvida, será instrutivo. Mas a
história fictícia "daquele" afegão o torna meu semelhante e meu
irmão.

Esta é a mágica da ficção: no meio das diferenças
particulares entre grupos, ela inventa experiências singulares
que revelam a humanidade que é comum a todos, protagonistas
e leitores. A ficção de uma vida diferente da minha me ajuda a
descobrir o que há de humanoem mim.

Enfim, se perpetuei e transmiti o respeito de meus pais
pelas ficções é porque elas me parecem ser a maior e melhor
fonte não de nossas normas morais, mas de nosso pensamento
moral.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 18/01/2007)

Está correto o emprego da forma sublinhada na frase:

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102Q222047 | Português, Morfologia Pronomes, Procurador Municipal, Prefeitura de Penedo AL, COPEVE

Assinale a opção que completa adequadamente as lacunas dos períodos seguintes.

I. ______ iremos parar com tamanha corrupção de nosso políticos?

II. E há também o sentimento de que foi traído por aqueles ______ confiou [...]

III. Cheguei a faltar às aulas e a deixar de estudar matérias ______ sempre gostei por conta do stress com as notas [...]

IV. A primeira etapa começa em Fernando de Noronha, ______ chegam os cadáveres.

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103Q135010 | Português, Morfologia Pronomes, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRF 4a, FCC

Texto associado.

Justiça e burocracia
A finalidade maior de todo processo judicial é chegar a
uma sentença que condene o réu, quando provada a culpa, ou
o absolva, no caso de ficar evidenciada sua inocência ou se
nada vier a ser efetivamente comprovado contra ele. O
pressuposto é o de que, em qualquer dos casos, a sentença
terá sido justa. Mas nem sempre isso ocorre. O caminho
processual é ritualístico, meticuloso, repleto de cláusulas, de
brechas para interpretação subjetiva, de limites de prazos, de
detalhes técnicos - uma longa jornada burocrática, em suma,
em que pequenos subterfúgios tanto podem eximir de
condenação um culpado como penalizar um inocente. Réus
poderosos contam com equipes de advogados particulares
experientes e competentes, ao passo que um acusado sem recursos
pode depender de defensores públicos mal remunerados
e indecisos quanto à melhor maneira de conduzir um processo.
No limite, mesmo os réus de notória culpabilidade,
reincidentes, por exemplo, emcasos de corrupção, acabam por
colecionar o que cinicamente chamam de "atestados de
inocência", sucessivamente absolvidos por força de algum
pequeno ou mesmo desprezível detalhe técnico. Quanto mais
burocratizados os caminhos da justiça, maior a possibilidade de
que os "expedientes" das grandes "raposas dos tribunais" se
tornem decisivos, em detrimento da substância e do mérito
essencial da ação em julgamento. A burocracia dos tortuosos
caminhos judiciais enseja a vitória da má-fé e do oportunismo,
em muitos casos; em outros, multiplica entraves para que uma
das partes torne evidente a razão que lhe assiste.
(Domiciano de Moura)

Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

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104Q375307 | Português, Morfologia Pronomes, GUALIMP, 2020

     Leia com atenção o texto a seguir para responder a questão.


    A igualdade é coisa que todos desejam. As crianças querem ser iguais. Daí a importância de ter o brinquedo que todas têm. A menina que não tinha a Barbie era aleijada, estava excluída das conversas, dos brinquedos, das trocas. A criança que não tivesse o "bichinho eletrônico" era uma criança "portadora de deficiência”. "Como não ter o bichinho se todas as crianças têm o bichinho?” Os pais compravam o bichinho – mesmo sabendo que ele era idiota – para que o filho não sentisse a dor da exclusão. Os adolescentes usam tênis da mesma marca, camisetas da mesma grife, fazem todos as mesmas coisas, [...] falam todos _____ mesmas palavras que só eles entendem. Ai daquele que falar as palavras da linguagem dos pais, ou que usar tênis e camiseta de marca desconhecida. Esse adolescente é "diferente", “não pertence" ao grupo, é "portador de deficiência". O grupo é o "conjunto" – no sentido matemático ao qual pertencem os iguais. Os diferentes "não pertencem", são excluídos. Os diferentes estão condenados _____ solidão.

        As pessoas portadoras de deficiência estão condenadas, de início, ____ solidão. Por serem fisicamente diferentes e por não poderem fazer o que todos fazem, estão excluídas do grupo.

      Ser igual é muito fácil. Basta deixar-se levar pela onda, ir fazendo o que todos fazem, não é preciso pensar muito nem tomar decisões. As decisões já estão tomadas. É só seguir ____ onda. A vida é uma grande festa. Mas o "diferente" está sozinho. Não existe nenhuma onda que o leve, nenhum bloco que o carregue. Cada movimento é uma batalha.

      Os "normais" podem dizer simplesmente: "Sou igual _____ todos, portanto sou." É a igualdade que define o seu ser. Mas os "portadores de deficiência" têm que fazer uma outra afirmação: Pugno, ergo sum – luto, logo existo. Muitos, sem coragem para enfrentar a luta solitária, desistem de viver e são destruídos. Os que aceitam o desafio, entretanto, se transformam em guerreiros.

      Há jardins que se fazem por atacado: basta comprar _____ plantas no Ceasa e em Holambra. As plantas são produzidas em série, em terra cientificamente preparada. São jardins bonitos, feitos com plantas produzidas em série, todas iguais. Mas há os jardins das solidões, que florescem nas pedras.

      As pessoas são assim também. Há os jardins produzidos em série. Parecem diferentes, mas são todos iguais. Quem quiser um que chame um paisagista. E há aqueles que nenhum paisagista sabe fazer. Brotam da rudeza da pedra vulcânica com uma beleza que é só sua.

     Pois foi organizado, em Campinas, o "Centro de Vida Independente" – uma ONG (Organização Não-Governamental) que tem por objetivo reunir as pessoas portadoras de deficiência (PPDs). Surgida nos Estados Unidos, nos anos 70, foi criada por portadores de deficiências graves, provenientes na sua maioria, de ferimentos na guerra do Vietnã. O seu objetivo é encorajar os PPDs a assumir sua vida de maneira independente, sem medos e sem vergonhas: fazer brotar jardins nas pedras brutas.


ALVES, Rubem. Sobre violinos e rabecas. in Concerto para corpo e alma.

Campinas, São Paulo: Papirus: Speculum, 1998.

Assinale a alternativa que preencha CORRETAMENTE as lacunas do texto:
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105Q854761 | Português, Morfologia Pronomes, Câmara de Vinhedo PR Serviços Gerais, Avança SP, 2020

No que se refere à colocação pronominal, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:
I - Ele não trouxe-me o carro. II - Traga-me o carro. III - Emprestou-me o carro.
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106Q251632 | Português, Morfologia Pronomes, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRE RN, FCC

Texto associado.

O corvo e o jarro

Um pobre corvo, quase morto de sede, avistou de
repente um jarro de água. Aliviado e muito alegre, voou
velozmente para o jarro.
Mas, embora o jarro contivesse água, o nível es-
tava tão baixo que, por mais que o corvo se esforçasse,
não havia meio de alcançá-la. O corvo, então, tentou virá-
lo, na esperança de pelo menos beber um pouco da água
derramada. Mas o jarro era pesado demais para ele.
Por fim, correndo os olhos à volta, viu pedrinhas ali
perto. Foi, então, pegando-as uma a uma e atirando-as
dentro do jarro. Lentamente a água foi subindo até a bor-
da, e finalmente pôde matar a sede.


(Fábulas de Esopo, recontadas por Robert Mathias,
Círculo do Livro, p. 46)

A reconstrução de um segmento do texto, com um diferente emprego pronominal, que mantém a correção e o sentido originais é:
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107Q184173 | Português, Morfologia Pronomes, Engenheiro, DNOCS, FCC

Texto associado.

Assédio eletrônico

Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?

Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis,
a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente,o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.

Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.

Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos
em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que
passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se oenvelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.

(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

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108Q239634 | Português, Morfologia Pronomes, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar AC, FUNCAB

Apenas uma das frases abaixo foge à norma culta no que se refere à colocação pronominal. Aponte-a.

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109Q857535 | Português, Morfologia Pronomes, Professor de Matemática, ADM TEC, 2020

Analise as afirmativas a seguir:

I. Conjugar um verbo é dizê-lo, de acordo com um sistema determinado, um paradigma, em todas as suas formas, nas diversas pessoas, números, tempos, modos e vozes.

II. O atual entendimento sobre os pronomes na Língua Portuguesa permite classificá-los em quatro categorias: pessoais (abarcando o artigo definido), demonstrativos (abarcando o artigo indefinido), interrogativos e relativos.

Marque a alternativa CORRETA:
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110Q375344 | Português, Morfologia Pronomes, GUALIMP, 2020

     Leia com atenção o texto a seguir para responder a questão.


    A igualdade é coisa que todos desejam. As crianças querem ser iguais. Daí a importância de ter o brinquedo que todas têm. A menina que não tinha a Barbie era aleijada, estava excluída das conversas, dos brinquedos, das trocas. A criança que não tivesse o "bichinho eletrônico" era uma criança "portadora de deficiência”. "Como não ter o bichinho se todas as crianças têm o bichinho?” Os pais compravam o bichinho – mesmo sabendo que ele era idiota – para que o filho não sentisse a dor da exclusão. Os adolescentes usam tênis da mesma marca, camisetas da mesma grife, fazem todos as mesmas coisas, [...] falam todos _____ mesmas palavras que só eles entendem. Ai daquele que falar as palavras da linguagem dos pais, ou que usar tênis e camiseta de marca desconhecida. Esse adolescente é "diferente", “não pertence" ao grupo, é "portador de deficiência". O grupo é o "conjunto" – no sentido matemático ao qual pertencem os iguais. Os diferentes "não pertencem", são excluídos. Os diferentes estão condenados _____ solidão.

        As pessoas portadoras de deficiência estão condenadas, de início, ____ solidão. Por serem fisicamente diferentes e por não poderem fazer o que todos fazem, estão excluídas do grupo.

      Ser igual é muito fácil. Basta deixar-se levar pela onda, ir fazendo o que todos fazem, não é preciso pensar muito nem tomar decisões. As decisões já estão tomadas. É só seguir ____ onda. A vida é uma grande festa. Mas o "diferente" está sozinho. Não existe nenhuma onda que o leve, nenhum bloco que o carregue. Cada movimento é uma batalha.

      Os "normais" podem dizer simplesmente: "Sou igual _____ todos, portanto sou." É a igualdade que define o seu ser. Mas os "portadores de deficiência" têm que fazer uma outra afirmação: Pugno, ergo sum – luto, logo existo. Muitos, sem coragem para enfrentar a luta solitária, desistem de viver e são destruídos. Os que aceitam o desafio, entretanto, se transformam em guerreiros.

      Há jardins que se fazem por atacado: basta comprar _____ plantas no Ceasa e em Holambra. As plantas são produzidas em série, em terra cientificamente preparada. São jardins bonitos, feitos com plantas produzidas em série, todas iguais. Mas há os jardins das solidões, que florescem nas pedras.

      As pessoas são assim também. Há os jardins produzidos em série. Parecem diferentes, mas são todos iguais. Quem quiser um que chame um paisagista. E há aqueles que nenhum paisagista sabe fazer. Brotam da rudeza da pedra vulcânica com uma beleza que é só sua.

     Pois foi organizado, em Campinas, o "Centro de Vida Independente" – uma ONG (Organização Não-Governamental) que tem por objetivo reunir as pessoas portadoras de deficiência (PPDs). Surgida nos Estados Unidos, nos anos 70, foi criada por portadores de deficiências graves, provenientes na sua maioria, de ferimentos na guerra do Vietnã. O seu objetivo é encorajar os PPDs a assumir sua vida de maneira independente, sem medos e sem vergonhas: fazer brotar jardins nas pedras brutas.


ALVES, Rubem. Sobre violinos e rabecas. in Concerto para corpo e alma.

Campinas, São Paulo: Papirus: Speculum, 1998.

Está CORRETA a afirmação da alternativa:

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111Q139034 | Português, Morfologia Pronomes, Analista Judiciário Assistência Social, TJ AP, FCC

Texto associado.

Os doutores do pessimismo

Não é preciso ser um grande gênio para constatar que
vivemos num mundo bárbaro, que o ser humano é capaz das
maiores atrocidades, que a vida é feita de competição, inveja,
egoísmo e crueldade. Ninguém precisa ter vivido num campo de
prisioneiros na Sibéria nem ter sido moleque em região violenta
de uma grande cidade para saber disso. Mas virou moda, entre
muitos intelectuais e jornalistas, anunciar uma espécie de "visão
trágica" do mundo, como se se tratasse da mais surpreendente
novidade.

Com certeza há nisso uma reação saudável contra o
excesso de otimismo. Nada mais correto do que denunciar o
horror. O que me parece estranho é que, mais que denunciar o
horror, esses pensadores trágicos e jornalistas sombrios gostam
de destruir as esperanças. O reconhecimento do Mal, a
percepção de que ninguém é "bonzinho" e de que a realidade é
uma coisa dura e feia vão-se transformando em algo próximo do
fascínio. E, comdiferentes níveis de elaboração e de cortesia
pessoal, esses autores tendem a fazer do fascínio uma
estratégia de choque.

Quanto mais chocarem o pensamento corrente (que
considera ruim bombardear crianças e bom defender a
Amazônia, por exemplo) mais ganharão em originalidade, leitura
e cartas de protesto. Parece existir uma competição nas
páginas dos jornais e na Internet para ver quem conseguirá ser
o mais "durão", o mais "realista", o mais desencantado. Será
chamado de ingênuo ou nostálgico todo aquele que quiser algo
melhor do que o mundo em que vive. Então, aquilo que deveria
ser ponto de partida se torna ponto de chegada: o horror e a
crueldade fazem parte da paisagem. Melhor assim, quem sabe:
"nós, pelo menos, tiramos disso a satisfação de não sermos
ingênuos". Você está esperançoso com a vitória de Obama?
Ouço um risinho: "que otário". Você quer que se preservem as
reservas indígenas da Amazônia? Mais um risinho: os militares
brasileiros entendemmais do problema do que você, que pensa
ser bonzinho mas é tão malvado como nós. "Pois o ser humano
é mau, desgraçado e infeliz desde que foi expulso do Paraíso.
Você não sabe disso?"

O que sei é que algumas pessoas foram expulsas do
Paraíso para morar numa mansão em Beverly Hills e outras
para morar em Darfur (*).

(Adaptado de Marcelo Coelho, Folha de S. Paulo, 21/01/2009)

(*) Beverly Hills = rica cidade da Califórnia; Darfur = região
pobre e conflituosa do Sudão.

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

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112Q853518 | Português, Morfologia Pronomes, Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista PE Nutricionista, ADM TEC, 2020

Analise as afirmativas a seguir:

I. Do ponto de vista da gramática normativa, o enunciado seguinte, com o pronome oblíquo, não é aceitável: “É impossível, para mim, realizar este trabalho”.

II. Os pronomes interrogativos, indefinidos e os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso, ou se relacionar com elas, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.

Marque a alternativa CORRETA:

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113Q116770 | Português, Morfologia Pronomes, Analista de Sistemas, UNEAL, COPEVE UFAL

Texto associado.

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A frase assim como eu perdoava aos meus devedores assumiu outra forma gramaticalmente correta em

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114Q204668 | Português, Morfologia Pronomes, Escrevente Técnico Judiciário, TJ SP, VUNESP

Texto associado.

Leia o texto para responder a questão.

Em meio a insatisfações com a situação econômica, o principal alvo do movimento de milhares de manifestantes na China é a garantia de plenas liberdades, em observação aos princípios que presidiram a passagem de Hong Kong para a esfera desse país, em 1997.

O acordo de transição criou a fórmula “um país, dois sistemas”. A submissão da economia ao Estado e a centralização da ditadura chinesa não seriam implantadas na região administrativa especial da ex-colônia por 50 anos, período em que se manteriam o arcabouço democrático e a livre-iniciativa.

O compromisso foi quebrado por recente decisão que afeta as eleições marcadas para 2017: o governo central arrogou-se o direito de aprovar previamente os candidatos que poderão participar do pleito.

A medida foi vista como um indício de que a China estaria disposta a intervir e ampliar seu controle sobre Hong Kong, uma importante praça financeira internacional.

(Folha de S.Paulo, 01.10.2014. Adaptado)
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
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115Q115925 | Português, Morfologia Pronomes, Analista de Proteção e Defesa do Consumidor, PROCON RJ, CEPERJ

Texto associado.

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Quanto à colocação pronominal, um fragmento do texto que exemplifica um caso de próclise obrigatória, de acordo com a norma culta da língua, está em:

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116Q853346 | Português, Morfologia Pronomes, Agente Administrativo, FACET Concursos, 2020

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda a questão pertinente:

Louco amor
(Ferreira Gullar)

    Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.
    Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.
    Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.
    Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.
    Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.
    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, entranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.
    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando-se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.
    Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.
    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”
    Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.
Releia e responda: “Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.” Dê a classificação morfológica respectiva dos termos sublinhados, considerando a inserção na sentença:
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117Q838465 | Português, Morfologia Pronomes, Prefeitura de Palhoça SC Nutricionista, IESES, 2021

Na frase “Aquela senhora, a partir de hoje, trabalha em outra empresa”, os pronomes são classificados, respectivamente, como:
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118Q237394 | Português, Morfologia Pronomes, Promotor de Justiça, MPE SC, MPE SC

Existem certas expressões usadas de forma inadequada na Língua Portuguesa, que de tão frequentes, passam a soar como corretas. Assinale a(s) frase(s) que está(ão) devidamente corrigida(s):

I - Será promovido haja visto seus esforços. / Será promovido haja vista seus esforços.

II - A audiência teve início às 8 hrs. / A audiência teve início às 8 h.

III - O processo deu entrada junto ao STF. / O processo deu entrada no STF.

IV - A promoção veio de encontro aos seus desejos. / A promoção veio ao encontro de seus desejos.

V - São infundados os boatos de desavenças entre eu e tu. / São infundados os boatos de desavenças entre mim e ti.

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119Q252519 | Português, Morfologia Pronomes, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 8a Região, FCC

Texto associado.

Nana para Glaura

Dorme como quem
porque nunca nascida
dormisse no hiato
entre a morte e a vida.

Dorme como quem
nem os olhos abrisse
por saber desde sempre
quanto o mundo é triste.

Dorme como quem
cedo achasse abrigo
que nos meus desabrigos
dormirei contigo.
José Paulo Paes

(Prosas seguidas de Odes mínimas S.Paulo, Cia. das Letras,
1992, p.37)

O pronome contigo, na última estrofe do poema, está empregado

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120Q136911 | Português, Morfologia Pronomes, Analista Judiciário Área Judiciária Execução de Mandados, TRT 23ª REGIÃO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
que segue.

Da ação dos justos

Em recente entrevista na TV, uma conhecida e combativa
juíza brasileira citou esta frase de Disraeli*: É preciso que
os homens de bem tenham a audácia dos canalhas. Para a
juíza, o sentido da frase é atualíssimo: diz respeito à freqüente
omissão das pessoas justas e honestas diante das manifestações
de violência e de corrupção que se multiplicam em
nossos dias e que, felizmente, têm chegado ao conhecimento
público e vêm sendo investigadas e punidas. A frase propõe
uma ética atuante, cujos valores se materializem em reação
efetiva, em gestos de repúdio e medidas de combate à barbárie
moral. Em outras palavras: que a desesperança e o silêncio não
tomem conta daqueles que pautam sua vida por princípios de
dignidade.

Como não concordar com a oportunidade da frase?
Normalmente, a indignação se reduz a conversas privadas, a
comentáriospessoais, não indo além de um mero discurso
ético. Se não transpõe o limite da queixa, a indignação é
impotente, e seu efeito é nenhum; mas se ela se converte em
gesto público, objetivamente dirigido contra a arrogância
acanalhada, alcança a dimensão da prática social e política, e
gera conseqüências.

A frase lembra-nos que não costuma haver qualquer
hesitação entre aqueles que se decidem pela desonestidade e
pelo egoísmo. Seus atos revelam iniciativa e astúcia, facilitadas
pela total ausência de compromisso com o interesse público.
Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não
confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam
coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva
a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e
não abram mão de reagir contra quem a ignore.

A inação dos justos é tudo o que os contraventores e
criminosos precisam para continuar operando. A cada vez que
se propagamfrases como Os políticos são todos iguais,
Brasileiro é assim mesmo ou Este país não tem jeito,
promove-se a resignação diante dos descalabros. Quem vê a
barbárie como uma fatalidade torna-se, ainda que não o queira,
seu cúmplice silencioso.


* Benjamin Disraeli, escritor e político britânico do século XIX.
(Aristides Villamar)

Considerando-se o contexto do terceiro parágrafo, na frase Pois que estes a deixem clara, os pronomes estes e a estão se referindo, respectivamente, a:

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