Em geral, as disciplinas se definem por seus objetos de estudo. Com a Filosofia, porém é
diferente, pois ela estuda de tudo: o ser, a humanidade, o pensamento, o universo, a morte
e muito mais... Não existe nada no mundo – ou fora dele – que não possa ser objeto de
indagação filosófica. A Filosofia assim, se caracteriza não pelo que estuda, mas como
estuda. Trata-se de uma atividade em que a reflexão ocupa o primeiro plano. Esse caráter
aberto da especulação filosófica aliado ao fato de que a Filosofia lida com as questões mais
profundas da vida humana, questões para as quais não há respostas simples, permite-se
pensar essa disciplina de muitas formas diferentes.
(Adaptado do Manual do Professor de: Vasconcelos, José Antônio. Reflexões: Filosofia e cotidiano – Ensino Médio,
Volume único. São Paulo: Edições SM, 2016)
Pensando sobre o Ensino de Filosofia no Ensino Médio, julgue as afirmativas que se seguem
em verdadeiras ou falsas, e assinale a alternativa correta:
I. A Filosofia aprendida na escola deve ser mais que um conjunto de informações necessárias
para a aprovação no vestibular ou para um bom desempenho no ENEM, ela precisa
contribuir de modo efetivo e duradouro para a formação geral dos estudantes.
II. No passado, geralmente a Filosofia era apresentada como um saber enciclopédico, uma
disciplina na qual os estudantes tinham que aprender vários nomes – alguns bem difíceis – e
relacioná-los a expressões enigmáticas e conceitos excessivamente abstratos, de pouca
relevância para a vida cotidiana.
III. Não é possível combinar uma abordagem histórica e uma abordagem temática no ensino
de Filosofia, pois é pelo estudo da tradição filosófica que os estudantes podem superar o
senso comum em Filosofia.
IV. Adotar uma abordagem problematizadora no ensino de Filosofia é propiciar que o saber
filosófico se construa a partir de vivências e conhecimentos cotidianos, não deixando que a
reflexão perca de vista seus principais objetivos: formação ética, autonomia intelectual e
pensamento crítico.
V. A Filosofia se expressa não só por meio de escritos filosóficos, mas também por textos
literários, jurídicos, jornalísticos e outros. É importante desenvolver a capacidade de
filosofar com base na leitura de documentos de natureza diversa.