A crise do capitalismo, estrutural e sistêmica, ganhou contornos ainda mais intensos com a pandemia de
Covid-19, agravando as desigualdades sociais persistentes no Brasil e aumentando a expropriação dos
direitos sociais, o desemprego e a precarização do trabalho.
Ressalta-se, no entanto, que, apesar da ampla gama de problemas que o mundo enfrenta no contexto da
pandemia, não se pode deixar de registrar que as expressões da questão social são de ordem estrutural.
As crises sanitária e econômica, acirradas pela pandemia, não podem ser consideradas a causa do
desemprego, da miséria e do desmonte e desfinanciamento das políticas públicas e sociais, sob o risco de
maquiarmos as evidências dos efeitos destrutivos da ordem do capital.
BEZERRA, A. L. S.; MEDEIROS, M. G. Servico Social e Crise Estrutural do Capital em tempos de pandemia.
Temporalis, Brasília, ano 21, n. 41, p. 53-69, jan./jun. 2021 (adaptado).
Considerando o exposto no texto sobre a pandemia de Covid-19 e a crise estrutural no cenário brasileiro,
avalie as afirmações a seguir.
I. Os impactos econômicos e sociais da pandemia atingiram a classe trabalhadora brasileira de modo
similar em toda sua estrutura.
II. Os efeitos da pandemia de Covid-19 tornaram-se causa primária e central da pobreza no país,
acentuando também a desregulamentação do mercado de trabalho.
III. O avanço da pandemia provocou abalos e fissuras nos blocos governamentais alinhados à
orientação neoliberal e defensores de medidas de austeridade e ajuste fiscal.
IV. O governo brasileiro, mesmo com medidas neoliberais de austeridade, conseguiu garantir políticas
sociais, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego, mantendo estabilizada a
taxa de emprego no país.
É correto apenas o que se afirma em
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