Questões de Concursos Pontuação

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261Q850207 | Português, Pontuação, Prefeitura de Cuitegi PB Técnico de Enfermagem, CPCON, 2020

A pontuação é um mecanismo responsável pela textualidade, à medida que estabelece uma relação entre a estruturação sintática e a organização das unidades informacionais. Levando esse fato em consideração, analise as propostas de pontuação aplicadas ao trecho que inicia o texto “A Venezuela às escuras” (Veja, 20/03/19), avaliando a sua adequação.
I- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém; menos ainda para a sofrida população da Venezuela, em meio a uma crise de abastecimento, muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...] II- Passar cinco dias sem eletricidade não é fácil para ninguém - menos ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento, muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...] III- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém, menos ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...]
Está(ão) CORRETA(s) a(s) versão(ões):
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262Q832306 | Português, Pontuação, Agente de Pesquisas, IBGE, CESPE CEBRASPE, 2021

Texto 1A1-I

  Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas por cada um deles.
   Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.
    Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
   Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito. 
Luiz Ruffato. Meus romances preferidos.
Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).

No segundo parágrafo do texto 1A1-I, o emprego das reticências indica que
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263Q177746 | Português, Pontuação, Delegado de Polícia, Polícia Civil PR, COPS UEL

Texto associado.
A repercussão sobre o tratamento ofensivo dispensado a um menino negro de 7 anos que acompanhava os pais adotivos em uma concessionária de carros importados no Rio de Janeiro, há algumas semanas, jogou luz sobre uma discussão que permeia a história do Brasil: afinal, somos um país racista? 

Apesar de não haver preconceito assumido, o relato dos negros brasileiros que denunciam olhares tortos, desconfiança, apelidos maldosos e tratamento “diferenciado” em lojas, consultórios, bancos ou supermercados não deixa dúvidas de que são discriminados em função do tom da pele. Estatísticas como as divulgadas pelo Mapa da Violência 2012, que detectou 75% de negros entre os jovens vitimados por homicídios no Brasil em 2010, totalizando 34.983 mortes, chamam a atenção em um país que aparentemente não enfrenta conflitos raciais. 

A disparidade entre o nível de escolaridade é outro indicador importante. De acordo com o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os brasileiros com nível superior completo há 9,8 milhões de brancos e 3,3 milhões de pardos e pretos. Já entre a população sem instrução ou que não terminou o Ensino Fundamental os números se invertem: são 40 milhões de pretos e pardos e 26,3 milhões de brancos. 

“O racismo no Brasil é subjetivo, mas as consequências dele são bem objetivas”, afirma o sociólogo Renato Munhoz, educador da Colmeia, uma organização que busca despertar o protagonismo em entidades sociais, incluindo instituições ligadas à promoção da igualdade racial. 

Ele enfatiza que os negros, vitimizados pela discriminação em função da cor da pele, são minoria nas universidades, na política, em cargos de gerência e outras esferas relacionadas ao poder. “Quando chegam a essas posições, causam ‘euforia”’, analisa, referindo-se, na história contemporânea, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e ao presidente dos EUA, Barack Obama.

 Munhoz acrescenta que o racismo tem raiz histórica. “Remete ao sequestro de um povo de sua terra para trabalhar no Brasil. Quando foram supostamente libertados, acabaram nas periferias e favelas das cidades, impedidos de frequentar outros locais”, afirma.

Esse contexto, para ele, tem sido perpetuado através dos tempos, apesar da existência da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define como crime passível de reclusão os preconceitos de raça ou de cor. “A não aceitação de negros em alguns espaços é evidente”, reforça. A subjetividade do racismo também se expressa no baixo volume de denúncias nas delegacias. No Paraná, de acordo com dados do Boletim de Ocorrência Unificado da Polícia Civil, de 2007 a 2012 foram registrados 520 crimes de preconceito, o que resulta em uma média de apenas 86 registros por ano. 

Por todas essas evidências, Munhoz defende a transformação da questão racial em políticas públicas, a exemplo das cotas para negros nas universidades. “Quando se reconhece a necessidade de políticas públicas, se reconhece também que há racismo”, diz. Ele acrescenta, ainda, que os desafios dessas políticas passam pela melhoria no atendimento em saúde à população negra e no combate à intolerância religiosa. “Não reconhecer as religiões de matriz africana é outro indicador de racismo”. 

(Adaptado de: AVANSINI, C. Preconceito velado, mas devastador. Folha de Londrina. 3 fev. 2013, p.9.)

Sobre o uso de aspas no texto, assinale a alternativa correta.
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264Q103535 | Português, Pontuação, Analista Redes, SERPRO, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Imagem 002.jpg
Tomando por base o texto acima, julgue os itens de 9 a 15.

A relação entre as idéias das duas últimas orações do texto permite que se substitua o ponto final após a palavra "digital" (L.18) pelo sinal de dois-pontos, desde que seja feita a substituição de "A" por a.

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265Q117772 | Português, Pontuação, Analista de Sistemas, NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO, FCC

Texto associado.

Pós-11/9

Li que em Nova York estão usando dez de setembro
como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em:
Que penteado mais dez de setembro!. O 11/9 teria mudado o
mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes culmi-
nando com o day before [dia anterior], o último dia das torres
em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais véspera
da História virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normali-
dade foi tão afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive
a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos
descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reor-
ganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrifi-
cando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de
cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles.
Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos
como irrealistas e anacrônicos, decididamente dez de se-
tembro.

Mas fatos inauguraiscomo o 11/9 também permitem às
nações se repensarem no bom sentido, não como submissão à
chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do
novo começo, um pouco como Deus o primeiro autocrítico
fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados
Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto.
E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era
até 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do
mundo, não se devem esperar exames de consciência mais
profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o
instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude.
O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me
fazer acreditar mais na humanidade.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exata-
mente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma
questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de
dez de setembro na rua.


(Luis FernandoVerissimo, O mundo é bárbaro)

Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

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266Q683918 | Português, Pontuação, Médico do Trabalho, CEEERS, FUNDATEC, 2019

Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
                               
                        A palavra é o bem mais precioso do trabalho do médico
                                                                                                                                               JJ Camargo
01 Nas visitas aos leitos com estudantesé rotina que se faça um resumo do caso, antes que
02 entremos no quarto, para que os alunos tenham uma noção do que irão encontrar.
03 Era um grupo de oito jovens, _________ de Medicina, e a introdução foi _________:
04 — Vamos agora conhecer o Guilherme, de 57 anos, que tem um câncer avançado de
05 esôfago, que tratou com quimioterapia e radioterapia, com uma resposta pobre, e a doença
06 evoluiu até o surgimento de pelo menos três metástases cerebrais. É um paciente em fase
07 terminal da doença, com um emagrecimento impressionante.
08 Um dos alunos, visivelmente ________, perguntou:
09 — E o coitado ainda está consciente?
10 A confirmação de que sim resultou em três abandonos da visita. Uma doutora justificou:
11 — Eu não saberia o que dizer, muito menos o que perguntar, e eu choro com muita
12 facilidade, o que acho que só iria deprimi-lo mais ainda.
13 Achei que a visita com o grupo rachado não valeria a pena, e voltamos para a sala de
14 reuniões, para uma espécie de pausa emocional, a fim de organizarmos nossas cabeças e
15 nossos sentimentos.
16 Era evidente, pela ansiedade coletiva, que a dificuldade aparentemente intransponível que o
17 grupo _________ era a ausência de palavras adequadas. E a palavra, como se sabe, é o mais
18 precioso instrumento de trabalho do médico, porque é através dela que conquistamos confiança
19 ou plantamos incertezaque somos acolhidos ou _________, que oferecemos parceria ou nos
20 perdemos na ilusão de que o paciente dará __ tecnologia o mesmo valor com que a
21 reverenciamos.
22 Quando a doutora que se confessara chorona relatou duas experiências prévias em que não
23 conseguira sequer que os pacientes fixassem o olho nela, ficou claro que tínhamos de redefinir
24 como a proximidade da morte é vista pelo doente. Porque, se isso for entendido, ficará
25 compreensível a irritação do paciente com o discurso falacioso do médico ao descrever o que
26 será feito para que desfrute um tempo que ele reconhece, pela percepção de sua fraqueza
27 orgânica, como impossível: o futuro.
28 Ser médico nessa hora é entender que o fim da vida é reconhecível com a maior certeza
29 pelo paciente, e tudo o que lhe interessa, nesse estágio, é como manejar o passado com suas
30 sombras e dúvidas, e mentiras e traições, e culpas e remorsos. E o médico que pretenda
31 escalar esse degrau superior da medicina é o que se oferece para ajudá-lo a apaziguar seus
32 demônios, para que ele morra em paz.
33 Quando saía do hospital, dei uma última espiada; a doutora estava sentada na cama do seu
34 Guilherme e lhe segurava uma das mãos. Quando ela comentou que "neste andar, não tem
35 ninguém com netos tão lindos no porta-retratos!", ele sorriu, e ofereceu-lhe __ segunda mão
36 para que ela segurasse. Tomara que ela tenha chorado, porque terá descoberto, bem cedo na
37 vida, o quanto o choro médico é bom de chorar.
                                                            
                                                            Texto adaptado. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br
Avalie as afirmações a seguir a respeito de pontuação no texto:
I. A primeira vírgula da linha 01 marca um adjunto adverbial deslocado.
II. A segunda vírgula da linha 04 e a primeira da linha 05 separam uma oração adjetiva restritiva.
III. As vírgulas da linha 19 separam orações de mesma classificação.
Quais estão corretas?
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267Q373481 | Português, Pontuação, VUNESP

Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em:
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268Q834382 | Português, Pontuação, Prefeitura de Palhoça SC Professor de Educação Física, IESES, 2021

Bailarinos da Maré conquistam vaga em escola de dança na Bélgica

Da Maré para o mundo. É assim que Marllon Araújo, de 23 anos, e Luyd de Souza Carvalho, 22, pretendem dar seus passos. E num futuro não muito distante.
Moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, os dois foram selecionados para o quadro de alunos da P.A.R.T.S., escola de Bruxelas, Bélgica, reconhecida mundialmente como referência no ensino de dança contemporânea.
Entre 1.196 candidatos, a dupla ocupará duas das 45 vagas a partir de outubro.
Para Marllon, a conquista vai muito além de uma boa oportunidade de aprender novas técnicas.

(Mateus Almeida. Bailarinos da Maré conquistam vaga em escola de dança na Bélgica. G1 – Portal de Notícias. 2019).
Acerca dos recursos morfossintáticos de construção de sentidos, no trecho Moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, os dois foram selecionados para o quadro de alunos da P.A.R.T.S., as vírgulas isolam o aposto. Nesse caso, o aposto possui valor:
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269Q264568 | Português, Pontuação, Técnico Legislativo, Câmara dos Deputados, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Em relação ao texto acima, julgue os seguintes itens.

No primeiro parágrafo, quatro períodos são iniciados por elemento adverbial, o que justifica a colocação de vírgula logo após “colonial” (L.2), “seguinte” (L.5), “1824” (L.8) e “(1937-1945)” (L.10).

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270Q685968 | Português, Pontuação, Sargento da Aeronáutica Aeronavegantes e Não Aeronavegantes, EEAR, Aeronáutica, 2019

Texto associado.
Leia:
No romance Dom Casmurro, Machado de Assis veicula, a seu modo, por meio de seus personagens um dos explorados motivos da prosa literária – o triângulo amoroso. É, entretanto, pela fala do personagem-narrador que conhecemos os fatos, e é pelo filtro de sua visão que formamos o perfil psicológico de cada uma das personagens. 
(Cereja, Magalhães).
A respeito da pontuação presente ao texto acima, é correto afirmar que
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271Q849569 | Português, Pontuação, Fiscal de Tributos, CONSULPLAN, 2020

Crônicas de Artur Xexéo

    Não vivi a crise dos 30. Nem a dos 40. Nem mesmo a dos 50. As datas de aniversário chegaram e foram embora sem causar maiores comoções. Mas vivi momentos em que a idade pesou. Momentos em que me dei conta de que não era tão jovem quanto pensava. O mais recente aconteceu na semana passada, quando me preparava para entrar numa sessão de cinema, em Nova York, para assistir a “Super 8”, o melhor filme de Steven Spielberg que não foi dirigido por Steven Spielberg. Mas comecemos do começo.
    A primeira vez em que me dei conta de que a juventude estava acabando foi no Tivoli. Para quem não está ligando o nome à pessoa, o Tivoli era um mafuá que ficava em plena Lagoa Rodrigo de Freitas muito antes de o local ter atrações como pizzarias, academias de ginástica, pistas de skate, cinemas multiplex. Nas sextas-feiras à noite, depois da última aula na faculdade, minha turma costumava ir para lá. Todos já com mais de 20 anos, talvez perto dos 25, teimávamos em não abandonar a infância jogando argolas para ganhar bichinhos de pelúcia ou disputando corrida nos carrinhos de bate-bate (meu Deus, será que alguém ainda sabe o que é isso?). Pois eu estava lá, aguardando a minha vez de entrar no Chapéu Mexicano, quando uma menina se aproximou. Faz tanto tempo que eu ainda tinha coragem de andar no Chapéu Mexicano. A menina era uma adolescente e, sem perceber o mal que me causava, perguntou com educação:
    — O senhor está na fila?
    Foi quando me dei conta de que já existiam pessoas dez anos mais moças do que eu saindo de casa sozinhas para mafuás na beira da Lagoa. E assim entrei na maturidade. Numa noite de sexta-feira no Tivoli. Foi traumático, mas passou. Enfrentei com galhardia os 30, os 35, os 40, os 45... até me encontrar com a revista “Caras”. É sempre um momento constrangedor, nas entrevistas, quando o repórter quer saber a idade do entrevistado. Hoje não existe mais esse problema. É só ir na Wikipedia. Mas meu encontro com a “Caras” aconteceu antes da internet. Faz tempo. Todas as reportagens da revista tinham a idade do entrevistado entre vírgulas logo após o nome dele. Conheço gente que só lia a “Caras” para saber a idade dos artistas. E um dia a reportagem era comigo. Eu nunca fiz nada para sair na “Caras”. Nunca fui a Angra dos Reis, nunca chorei mágoas em castelo na França, nunca fui flagrado saindo de uma farmácia no Leblon. Mas lancei um livro, uma minibiografia de Janete Clair. Não foi assunto suficientemente importante para merecer uma reportagem de “Caras”. Mas valeu uma foto pequenininha numa página com mais 328 fotos de gente que estava dançando numa boate ou participando da festa de aniversário do filho de um cantor sertanejo. Na foto, eu dava um autógrafo no livro comprado por Sonia Braga (isso mesmo, eu e Sonia Braga nos meus tempos de superstar). E a legenda entregava: “No lançamento da biografia de Janete Clair, Artur Xexéo, 50...” Mas eu não tinha 50 anos. Ainda faltava um bom tempo para eu chegar lá. O triste foi constatar que eu aparentava 50, nunca mais li “Caras”. Nem sei se eles ainda publicam a idade de todos os entrevistados.
    Mas passou. Fiz 50 anos e nem me dei conta. Até a semana passada, quando, enfim, cheguei ao tal cinema em Nova York. Era na Rua 42, um multiplex com mais de 20 salas todas passando praticamente o mesmo filme. “Thor”, “X-Men”, “Super 8”... Para que tantas salas se são tão poucos os filmes? Me decidi pelo “Super 8”. Escolhi uma das sete salas em que o filme estava sendo exibido, separei o dinheiro do ingresso certinho e fui à bilheteria. A bilheteira me deu troco. Fiquei confuso. Afinal, eu tinha contado o dinheiro certo. O ingresso custava US$ 24. Por que tinham me cobrado só US$ 19.20? A bilheteira me deu desconto de sênior! Simplesmente olhou para mim e concluiu: Sênior. Mais tarde soube que, em Nova York, quem tem mais de 65 anos é considerado sênior e tem direito a descontos no cinema e em museus. Peraí, 65 anos? A bilheteira do multiplex na Rua 42 estragou minha semana de folga me dando de bandeja a crise da terceira idade com uns bons anos de antecedência.

(Disponível em: https: //www.facebook.com. Adaptado.)
No segmento “É sempre um momento constrangedor, nas entrevistas, quando o repórter quer saber a idade do entrevistado.” (4º§), o uso de virgulas justifica-se por:
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274Q153647 | Português, Pontuação, Analista Judiciário Tecnologia da Informação, TSE, CESPE CEBRASPE

1 Um fator a ser revisto no MERCOSUL é o foco: não adianta
debater uma agenda mirabolante, com 40 ou 50 temas. É preciso
focar as ações de modo pragmático, com as seguintes prioridades:
4 concluir a união aduaneira; eliminar barreiras jurídicas e
monetárias; facilitar os negócios entre as empresas dos países
membros e obter financiamentos em nome do bloco no Banco
7 Mundial, para ampliar a infra-estrutura regional, o que até agora
sequer foi pleiteado. As questões alfandegária e fitossanitária
devem ser harmonizadas o mais rapidamente possível, pois não
10 haverá bloco econômico viável enquanto houver entrave no
intercâmbio entre os Estados-membros. Finalmente, é preciso
considerar que, no mundo globalizado, as relações externas afetam
13 o cotidiano das empresas e das pessoas. O atual impasse no
MERCOSUL só será superado se os empresários se organizarem na
defesa de seus interesses e direitos, por meio da informação e da
16 mobilização da sociedade sobre as implicações internas das
decisões tomadas em fóruns internacionais. Abram Szajman.

O Globo
, 26/11/2006 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, assinale a opção correta.

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275Q168415 | Português, Pontuação, Auditor Fiscal da Receita Estadual, SEFAZ GO, FCC, 2018

Os sinais de pontuação estão empregados corretamente em:
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276Q703242 | Português, Pontuação, Ciências Exatas, UNICAMP, VUNESP, 2019

Texto associado.
Página infeliz
            O mercado editorial no Brasil nunca pareceu tão próximo de uma catástrofe – com as duas principais redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, em uma crise profunda, reduzindo o número de lojas e com dívidas que parecem sem fim.
            Líder do mercado, a Saraiva, que já acumula atrasos de pagamentos a editores nos últimos anos, anunciou nesta semana o fechamento de 20 lojas. Em nota, a rede afirma que a medida tem a ver com “desafios econômicos e operacionais”, além de uma mudança na “dinâmica do varejo”.
            Na semana anterior, a Livraria Cultura entrou em recuperação judicial. No pedido à Justiça, a rede afirma acumular prejuízos nos últimos quatro anos, ter custos que só crescem e vendas menores. Mesmo assim, diz a petição enviada ao juiz, não teria aumentado seus preços.
            O enrosco da Cultura está explicado aí. Diante da crise, a empresa passou a pegar dinheiro emprestado com os bancos – o tamanho da dívida é de R$ 63 milhões.
            Com os atrasos nos pagamentos das duas redes, editoras já promoveram uma série de demissões ao longo dos últimos dois anos.
            O cenário de derrocada, contudo, parece estar em descompasso com os números de vendas. Desde o começo do ano, os dados compilados pela Nielsen, empresa de pesquisa de mercado, levantados a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, mostravam que o meio livreiro vinha dando sinais de melhoras pela primeira vez, desde o início da recessão econômica que abala o país.
            Simone Paulino, da Nós, editora independente de São Paulo, enxerga um descompasso entre as vendas em alta e a crise. Nas palavras dela, “um paradoxo assustador.” A editora nunca vendeu tanto na Cultura quanto nesses últimos seis meses”, diz. E é justamente nesse período que eles não têm sido pagos.
            “O modelo de produção do livro é muito complicado. Você investe desde a compra do direito autoral ou tradução e vai investindo ao longo de todo o processo. Na hora que você deveria receber, esse dinheiro não volta”, diz Paulino.
            “Os grandes grupos têm uma estrutura de advogados que vão ter estratégia para tentar receber. E para os pequenos? O que vai acontecer?”
            Mas há uma esperança para os editores do país: o preço fixo do livro. Diante do cenário de crise, a maior parte dos editores aposta em uma carta tirada da manga no apagar das luzes do atual governo – a criação, no país, do preço fixo do livro – norma a ser implantada por medida provisória – nos moldes de boa parte de países europeus, como França e Alemanha.
            Os editores se inspiram no pujante mercado europeu. Por lá, o preço fixo existe desde 1837, quando a Dinamarca criou a sua lei limitando descontos, abolida só em 2001. A crença é a de que a crise atual é em parte causada pela guerra de preço. Unificar o valor de capa permitiria um florescimento das livrarias independentes, uma vez que elas competiriam de forma mais justa com as grandes redes.
(Folha de S. Paulo, 03.11.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que as duas primeiras barras da frase devem ser substituídas por vírgulas, e a terceira, por dois-pontos.
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277Q710682 | Português, Pontuação, Técnico em Gestão Previdenciária, SPPREV, FCC, 2019

Texto associado.

                                    Ilusões do mundo


      Afinal, é mesmo assim: quase sempre nos iludimos. Aquelas nuvens que me pareciam tão de passagem reuniram-se em grupos compactos e prepararam um pequeno dilúvio sobre estes vales de Lindoia. Assim, os forasteiros, surpreendidos, ficaram privados de seus passeios, e as crianças, em turbilhão, começaram a aparecer por baixo de mesas. E foi por isso que os salões do hotel se viram repletos de alaridos.

      Imagina-se que deva ser penoso para um turista ver-se de repente privado das alegrias do ar livre. Mas as virtudes destas águas de Lindoia são tamanhas que aqui ninguém se perturba com os contratempos. Benditas águas... Benditas não só por esse otimismo que propiciam como pelas curas reais que se lhes atribuem. Este conta que se achava repleto de cálculos e agora está livre deles. O que se amofinava com as suas alergias, já nem se lembra mais delas. Tudo graças a copinhos de água, a banhos de imersão e a não sei quantas outras modalidades de aplicações.

      Aprecio essas maravilhas que me são referidas, mas na verdade o que mais me impressiona é o bom humor que observo em redor de mim. Se as pessoas esbarrarem umas nas outras, cometerem, enfim, esses pequenos desatinos que se observam no convívio dos hotéis, há uma cordialidade generalizada que arredonda as arestas da agressividade.

      Acontece, porém, que encontro um sábio que anda perdido sob estas árvores. E o sábio não participa do otimismo geral. O sábio está desgostoso com os apartamentos que já se vão acumulando neste lugar de fontes privilegiadas. Ele vê as coisas em profundidade, e suas previsões são desanimadoras. A bacia destas águas está ameaçada pelas construções que vão sendo feitas indiscriminadamente. A floresta primitiva está quase desaparecida, e não está sendo recomposta, para a devida proteção dos mananciais. Os sábios são, como os artistas, quase sempre melancólicos. Porque avistam mais longe, porque antes que as coisas aconteçam já estão padecendo com as suas consequências... O sábio amava as águas miraculosas. Estava sofrendo por elas. Era a única pessoa triste, no meio de tanto bom humor. Mas era a pessoa mais esclarecida. E, por sua causa, e por sua sapiência, aquele paraíso me pareceu precário, e fiquei também inclinada sobre Lindoia, carpindo, desde já, a possibilidade do seu desaparecimento...

(Adaptado de: MEIRELES, Cecília. Ilusões do mundo. São Paulo: Global Editora, 2014, 1a edição digital)



Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:
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278Q703263 | Português, Pontuação, Advogado, CAU MG, Gestão de Concursos, 2019

Texto associado.
Analise este texto.
“Os polvos são o mais próximo que chegamos de encontrar um extraterrestre inteligente”, diz o professor de
filosofia australiano Peter Godfrey-Smith no capítulo inicial de Outras Mentes: O polvo e a origem da consciência,
lançado no início do ano pela Todavia Livros. Também pudera: oito braços, três corações, um bico,
centenas de ventosas que cheiram e sentem gosto, uma bolsa de tinta, um corpo inteiramente mole
– capaz de mudar de forma e cor em frações de segundo – e 500 milhões de neurônios que
garantem curiosidade, capacidade para aprender e um temperamento único a cada animal.” [...]
           Disponível em:<https://tinyurl.com/y58htvcb> . Acesso em: 22 abr. 2019.
A respeito do emprego da pontuação no trecho destacado, de acordo com a norma-padrão é incorreto afirmar:
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279Q118837 | Português, Pontuação, Analista de Sistemas Segurança da Informação, INFRAERO, FCC

Texto associado.

Atenção: As questões de números 7 e 8 referem-se ao texto
abaixo.

Imagem 004.jpg
Imagem 005.jpg

Considere os versos abaixo.

imagem-retificada-questao-001.jpg

Reorganizados num único período em prosa, apresenta pontuação inteiramente adequada:

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280Q856132 | Português, Pontuação, Prefeitura de Barão de Cocais MG Fundamental Incompleto, Gestão de Concursos, 2020

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Esses dias, a vizinha veio me perguntar por que os bebês andavam chorando tanto. Eu até assustei: “Quando?” Ela disse: “Ah, eles têm chorado algumas vezes ao dia”. Realmente, tiveram virose, dentinhos estavam nascendo. Bebês choram, não é mesmo? Aqui em casa, todo mundo sabe que choro tem que ser acalentado, mas, por mais que a gente tente ao máximo acalmá-los, tem hora que eles vão chorar, e a vizinha vai ter que escutar.

Mas e quando é o primogênito, de quase quatro anos, que chora? Recentemente, João ouviu a tradicional e assustadora frase “Que coisa feia. Você é rapaz, homem não chora”. A reação dele foi mais ou menos igual à minha diante da pergunta da vizinha. Ele fez uma cara de interrogação, mas continuou chorando, ainda bem. Não que eu queria ver meu filho sofrendo, mas aqui em casa ele pode e deve sim pôr pra fora sua mágoa, sua raiva, seus sentimentos. E não tem isso de que só menina pode chorar. Que absurdo!

Eu sempre gostei de chorar para extravasar emoções. Para mim, é uma forma de consolo, de desabafo. E com criança, seja menino ou menina, chorar tem o mesmo sentido. É a forma natural do ser humano de reagir a uma alegria extrema ou à dor, seja ela física ou emocional.

Mas por que, então, menino não pode chorar? Qual é medo dos pais? Do filho se tornar uma pessoa fraca? De parecer menina? De ser ou virar gay? Que coisa mais machista e ultrapassada. Chorar é inerente ao ser humano. É necessário e não define orientação sexual de ninguém.

Quando a gente chora, põe para fora muita coisa que poderia causar ou aumentar sofrimento. E quando se trata de criança, o choro, inclusive, pode ser a forma de ela expressar que algo errado está acontecendo, um abuso sexual, por exemplo. E se a gente sufoca o choro da criança, pode criar uma barreira intransponível entre mãe / pai / responsáveis e filho. Ele pode deixar de contar algo importante porque foi ensinado que chorar é errado e feio.

Pois eu acredito que chorar é para os fortes. Não engula seu choro nem o dos seus filhos!

Disponível em:<www.otempo.com.br/opiniao/criando-juntos/>. Acesso em: 27 nov. 2019 (Adaptado).

Assinale a alternativa que contém uma frase exclamativa.
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