Ao abordar o imbricamento entre o desenraizamento
social, o rompimento de vínculos familiares e a institucionalização de seus membros, Gois (in FÁVERO, GOIS
[Org.], 2014) afirma que a relação entre tais aspectos
constitui-se ponto crucial no que se refere à proteção social dessas famílias. O deslocamento geográfico forçado
pela necessidade de sobrevivência, com distanciamento
da família extensa, fragiliza as estratégias em favor da
preservação do grupo familiar. Longe de suas origens, as
famílias se deparam com a precarização socioeconômica
e a insuficiência de acessos a direitos sociais, culminando no acolhimento institucional de seus filhos. A autora
aponta o poder do Estado sobre a família e, dada a assimetria da relação entre ambos, conclui que as políticas
de proteção social ainda estão longe de possibilitar aos
que estão socialmente desenraizados a recomposição de
condições básicas para
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