Foi somente na década de [1920], durante a gestão do
seu segundo diretor, Afonso de Escragnole Taunay (1916
– 1946), que o Museu Paulista afirmou-se enquanto um
museu dedicado à História Nacional e especialmente à
de São Paulo. Durante a comemoração do Centenário
da Independência do país, Taunay aproveitou não só os
festejos deste fato, como também capitalizou os benefícios simbólicos da Independência, que deveriam estar
em harmonia com o projeto hegemônico de São Paulo
no período da chamada República Velha. Nessa ocasião,
Taunay inaugurou a estátua de D. Pedro I – a mesma que
é encontrada até hoje visível ao subirmos a escadaria
monumental do Museu – exaltando-o não como fundador do Império, mas enquanto autor do gesto gerador da
nacionalidade que ocorrera naquele local, numa das províncias mais republicana do país.
(Adriana Mortara Almeida e Camilo de Mello Vasconcellos,
“Por que visitar museus”. In: Circe Maria Fernandes Bittencourt (org.),
O saber histórico na sala de aula , 1998)
A análise da organização do acervo do Museu Paulista
demonstra a possibilidade de
a) utilização de espaços exteriores às salas de aula
como abrandamento da disciplina escolar.
b) entendimento dos museus como locais de presenças
imediatas dos passados históricos.
c) exploração de um ambiente museológico caracterizado pelas relações harmoniosas de objetos artísticos.
d) incorporação nos estudos de história de visitas presenciais aos museus como procedimento de análise
de fontes históricas.
e) redimensionamento da importância do conhecimento histórico nos currículos escolares da educação
básica nacional.