A sífilis em gestantes continua sendo um desafio recorrente nos serviços de saúde. A detecção tardia, a baixa adesão ao tratamento e a
ausência de acompanhamento dos parceiros contribuem para a persistência da transmissão vertical. Diante desse cenário, o enfermeiro
assume papel estratégico na condução terapêutica, na orientação da gestante e na articulação com a rede de atenção, sendo agente
fundamental na interrupção da cadeia de transmissão. Dessa forma, analise as afirmativas abaixo.
I- Para considerar o tratamento da sífilis bem-sucedido, a queda da titulação do Teste Não-Treponêmico (TNT) em duas diluições
em até três meses para sífilis recente, ou em quatro diluições em até seis meses é o critério de sucesso. Após o parto, o
monitoramento sorológico deve ser realizado trimestralmente até o 12º mês.
II- Uma potencial complicação pós-tratamento, a reação de Jarisch-Herxheimer, é um evento agudo que pode ser desencadeado nas
primeiras 24 horas após a administração da penicilina. Em gestantes tratadas na segunda metade da gravidez, esta reação exige
especial atenção clínica devido ao risco de indução de trabalho de parto pré-termo.
III- A persistência de títulos baixos e estáveis de TNT após um tratamento adequado, comprovada por uma queda prévia de, no
mínimo, duas diluições, deve ser interpretada como uma cicatriz sorológica. Essa condição não indica falha do tratamento,
distinguindo-se de quadros de reinfecção ou falha terapêutica, que seriam caracterizados por titulações crescentes ou
persistentemente elevadas.
IV- O retratamento de uma gestante é indicado quando há ausência de redução da titulação em duas diluições (em seis ou 12 meses, a
depender de a sífilis ser recente ou tardia) e quando há um aumento da titulação do TNT. Complementarmente, o tratamento
presuntivo de parceiros sexuais, mesmo sem sinais clínicos da doença, é recomendado se a exposição ocorreu em um período de
até 60 dias.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
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