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371Q854839 | Português, Sintaxe, Auxiliar de Consultorio Dentario, FACET Concursos, 2020

Louco amor

(Ferreira Gullar)

     Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las.

“No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.

     Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida. 

     Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revêla. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

     Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.

     Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.

    Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, estranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada. 

    Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixandose em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.

     Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.

    Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”

     Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

A passagem adiante servirá de base para a próxima questão:

“A coisa nasceu sem que ele se desse conta, que a via como uma menina.”

Aponte a relação de sentido fixado pelo convectivo grifado em relação à construção antecedente:

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372Q109918 | Português, Sintaxe, Analista de Controle Externo Planejamento e Gestão, TCU, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

Imagem 002.jpg

Julgue os seguintes itens, que se referem a aspectos lingüísticos
do texto.

A forma verbal formam (l.31) está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com a idéia de coletividade que a palavra povo (l.32) expressa.

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373Q150865 | Português, Sintaxe, Analista Judiciário Taquigrafia, TRF 2a, FCC

O grupo de jovens que o famoso cientista orientava fazia parte do projeto...

Do ponto de vista semântico e gramatical, a frase acima acataria corretamente distintos complementos, EXCETO o indicado em:

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374Q676222 | Português, Sintaxe, Guarda Municipal, Prefeitura de Goiana PE, IDIB, 2020

Texto associado.
Texto
A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento
(01)    Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos
(02) e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz
(03 ) de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida
(04) para o ser humano.
(05)    Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos
(06) podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o
(07) principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo
(08) até às imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo
(09) surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida de toda a humanidade
(10 )no último século.
(11)    Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem a
(12) humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias
(13) que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte
(14) – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
(15)    Uma pessoa nascida no final do século 18 muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém
(16) nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais
(17) pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatoreschave para (18) explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente
(19) aumento da longevidade dos seres humanos.
(20)    Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia
(21) parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador
(22) norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. O que
(23) ele descreve no livro é uma descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo
(24) orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas.
(25) Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacinas ou mesmo a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento
(26) global, apesar de todas as evidências científicas em contrário, parecem corroborar a análise de Nichols.
(27)    Esses fenômenos têm perpassado nacionalidades. No Brasil, no ano passado, o debate sobre a chamada “pílula do
(28) câncer” evidenciou como o conhecimento científico estabelecido foi negligenciado pelos representantes eleitos pelo povo
(29) brasileiro. A crise de financiamento recente também é um sintoma da baixa estima da ciência na sociedade ou, pelo menos, da
(30) baixa capacidade de mobilização e de pressão por uma fatia maior dos recursos orçamentários.
(31) (...)
(Equipe do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade. www.ipea.gov.br, 17/12/2019)
Assinale a alternativa em que o termo indicado desempenhe, no texto, função sintática idêntica à de “de nos tornar mais sábios” (linha 3)
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375Q260852 | Português, Sintaxe, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRF 5a, FCC

Texto associado.

O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora
existentes em todo o mundo - e a maior parte delas está na
Amazônia. A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados
é habitada por centenas de milhares de plantas, animais, fungos,
bactérias. Um refúgio de suas matas ou um braço de seus
rios pode conter mais espécies do que continentes inteiros.
As estimativas dos cientistas são de que só 10% das
espécies existentes na Amazônia brasileira sejam conhecidas.
Talvez menos. Ainda, assim, na escala amazônica, 10% já englobam
números espantosos. Só de anfíbios são 250 espécies
catalogadas, ante as 81 da Europa. Os mamíferos são 311, com
mais de 20 espécies de macacos e 122 de morcegos. As
abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única
árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de
formigas - 10 a menos do que em toda a Alemanha.

Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. E não é
preciso ir longe para encontrar novas espécies: mesmo no rio
Amazonas, o mais explorado da região, as descobertas são rotineiras
- em 2005, foi identificado um exemplar de piraíba, que
pode chegar a mais de dois metros. Levantamentos recentes
feitos com redes de arrasto revelaram um universo de peixes
elétricos e outros animais exóticos, que vivem nas áreas mais
profundas do rio, em escuridão total.

A maior parte da Amazônia ainda é território inexplorado
pela ciência. Estima-se que até 70% das coletas feitas sobre a
biodiversidade estão restritas ao entorno de Manaus e Belém -
onde estão o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa), o Museu Goeldi e as principais universidades. Diante do
tamanho e da heterogeneidade da região, é o mesmo que
observá-la por um buraco de fechadura. Faltam respostas para
perguntas básicas: quantas espécies existem na região? Como
elas estão distribuídas? Qual o papel de cada uma na natureza?
Ninguém sabe dizer ao certo. A maior biodiversidade do planeta
é também a mais desconhecida.

(Adaptado de Herton Escobar. Amazônia. O Estado de S.
Paulo
, nov/dez 2007, p.30/31)

A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:

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376Q672284 | Português, Sintaxe, Técnico em Informática, CRM MT, IDIB, 2020

Texto associado.
TEXTO I
Os outros que ajudam (ou não)

    Muitos anos atrás, conheci um alcoólatra, que, aos quarenta anos, quis parar de beber. O que o levou a decidir foi um acidente no qual ele, bêbado, quase provocara a morte da companheira que ele amava, por quem se sentia amado e que esperava um filho dele.
    O homem frequentou os Alcoólicos Anônimos. Deu certo, mas, depois de um tempo, houve uma recaída brutal. Desanimado, mas não menos decidido, com o consenso de seu grupo do AA o homem se internou numa clínica especializada, onde ficou quase um ano – renunciando a conviver com o filho bebê. Voltou para casa (e para as reuniões do AA), convencido de que nunca deixaria de ser um alcoólatra – apenas poderia se tornar, um dia, um "alcoólatra abstêmio".
    Mesmo assim, um dia, depois de dois anos, ele se declarou relativamente fora de perigo. Naquele dia, o homem colocou o filhinho na cama e sentou-se na mesa para festejar e jantar. E eis que a mulher dele chegou da cozinha erguendo, triunfalmente, uma garrafa de premier cru de Château Lafite: agora que estava bem, certamente ele poderia apreciar um grande vinho, para brindar, não é? O homem saiu na noite batendo a porta. A mulher que ele amava era uma idiota? Ou era (e sempre foi) não sua companheira de vida, mas de sua autodestruição? Seja como for, a mulher dessa história não é um caso isolado. Quem foi fumante e conseguiu parar quase certamente já encontrou um amigo que um dia lhe propôs um cigarro "sem drama": agora que parou, você vai poder fumar de vez em quando – só um não pode fazer mal.
    Também há os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente: se for só hoje, massa não vai fazer diferença, nem uma carne vermelha. Seja qual for a razão de seu regime e a autoridade de quem o prescreveu, para parentes e próximos, parece que há um prazer em você transgredir.
    Há hábitos que encurtam a vida, comprometem as chances de se relacionar amorosa e sexualmente e, mais geralmente, levam o indivíduo a lidar com um desprezo que ele já não sabe se vem dos outros ou dele mesmo. Se você precisar se desfazer de um desses hábitos, procure encorajamento em qualquer programa que o leve a encontrar outros que vivem o mesmo drama e querem os mesmos resultados. É desses outros que você pode esperar respeito pelo seu esforço – e até elogios (quando merecidos).
    Hoje, encontrar esses outros é fácil. Há comunidades on-line de pessoas que querem se livrar do sedentarismo, da obesidade, do fumo, do alcoolismo, da toxicomania etc. Os membros registram e transmitem, todos os dias, os seus fracassos e os seus sucessos. No caso do peso, por exemplo, há uma comunidade cujos integrantes instalam em casa uma balança conectada à internet: o indivíduo se pesa, e os demais sabem imediatamente se ele progrediu ou não.
    Parêntese. A balança on-line não funciona pela vergonha que provoca em quem engorda, mas pelos elogios conquistados por quem emagrece. Podemos modificar nossos hábitos por sentirmos que nossos esforços estão sendo reconhecidos e encorajados, mas as punições não têm a mesma eficácia. Ou seja, Skinner e o comportamentalismo têm razão: uma chave da mudança de comportamento, quando ela se revela possível, está no reforço que vem dos outros ("Valeu! Força!"). Já as ideias de Pavlov são menos úteis: os reflexos condicionados existem, mas, em geral, se você estapeia alguém a cada vez que ele come, fuma ou bebe demais, ele não vai parar de comer, fumar ou beber – apenas vai passar a comer, fumar e beber com medo.
    Volto ao que me importa: por que, na hora de tentar mudar um hábito, é aconselhável procurar um grupo de companheiros de infortúnio desconhecidos? Por que os nossos próximos, na hora em que um reforço positivo seria bem-vindo, preferem nos encorajar a trair nossas próprias intenções?
    Há duas hipóteses. Uma é que eles tenham (ou tivessem) propósitos parecidos com os nossos, mas fracassados; produzindo o nosso malogro, eles encontrariam uma reconfortante explicação pelo seu. Outra, aparentemente mais nobre, diz que é porque eles nos amam e, portanto, querem ser a nossa exceção, ou seja, querem ser aqueles que nós amamos mais do que a nossa própria decisão de mudar. Como disse Voltaire, "que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu".

CONTARDO, Calligaris. Todos os reis estão nus. Org. Rafael Cariello. São Paulo: Três Estrelas, 2014.

Em “Também  os que patrocinam qualquer exceção ao regime que você tenta manter estoicamente...”, o verbo em destaque foi empregado corretamente, obedecendo às regras de concordância verbal. Assinale a alternativa em que a obediência a essas regras não foi observada
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377Q256466 | Português, Sintaxe, Técnico Judiciário Área Administrativa, TRT 9a REGIÃO, FCC

Texto associado.

Desastres naturais não provocam apenas mortes e
prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos
apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o
fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o
mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as
catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim.
Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil
tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da
informação reage aos desastres naturais de forma muito
semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram
mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os
deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o
acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um
pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria
da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação
demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia
Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o
excesso de informação também contribui para a disseminação
do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas
catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se
intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês
passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual
estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção
foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto
de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na
verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de
milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes
cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e
celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo
lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi
interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou
20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes
da atualidade, como a do aquecimento global, são
contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos
profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de
castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come
carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do
Paraíso.

(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril
de 2010, com adaptações)

A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
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378Q690145 | Português, Sintaxe, Enfermeiro Judiciário, TJ SP, VUNESP, 2019

Assinale a alternativa em que a regência está em conformidade com a norma-padrão
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379Q699144 | Português, Sintaxe, Advogado, Prefeitura de Monte Alegre do Piauí PI, Crescer Consultoria, 2019

Texto associado.
TEXTO 
 
1    Ética, justiça e progresso são equânimes e escudos protetores do cidadão. A falta de ética mutila
2 o progresso, a ordem e a vida de pessoas e, às vezes, de gerações sucessivas. Mentira, incompetência,
3 inabilidade e retórica sempre enganam. Inúmeros empreendimentos frustraram, fracassaram e faliram nos
4 últimos anos em consequência de crises e espertezas de gente maldosa.
5 Engana-se quem pensa que o Brasil está ou vai mudar tão breve. Sistemas,  órgãos, partidos e
6 políticos revelam poderes, individualidade e egocentrismo. No outro lado do balcão, lideranças de
7 múltiplas esferas exibem limitações, carências, medos e dificuldades de falar a verdade e a linguagem do 
8 cidadão universal. Vivências, convivências e televivências privilegiam sobremaneira facilidades e
9 superficialidades.
10    O Brasil é o maior país do mundo de necessidades, carências e potencialidades. O velho ser 
11 humano, o estado gordo, a casa grande, a senzala, o povo teleguiado resistem e não querem renovação.
12 Quando e onde não há evolução partilhada, solidariedade, interatividade, criatividade, somatória de
13 testemunhos e bons exemplos, não há bem estar, multiplicação de oportunidades, progresso coletivo. 
14    Ética, moral, transparência, liberdade e respeito mútuo são as mais poderosas forças modernas
15 do desenvolvimento, da dignidade e da vida. Educação holística, clareza de horizontes e valores estáveis
16 são órgãos vitais para sobreviver de forma digna, pacífica e prazerosa. Em qualquer tempo e circunstância,
17 projetos, sonhos, ideais, destinos e esperanças envolvem sacrifícios, participação, trabalho, disposição, 
18 ânimo, coragem e amor.
19    Essencialmente, progresso e ética dignificam e igualam os seres humanos. Valores morais estão
20 integralmente associados ao desenvolvimento social, econômico, científico e técnico das nações 
21 modernas. Educação integral de qualidade dignifica e livra o povo da submissão, da pobreza e da
22 desesperança. Insistimos, o Brasil está fortemente cicatrizado e contaminado por células, vícios, 
23 costumes, cultura e hábitos imorais.
24    É hora que escolas, universidades, Igreja, meios de comunicação, governantes assumir a 
25 responsabilidade de instituições sábias, entes legítimos e agentes privilegiados de transformação, 
26 formação, fomentação e, até, de salvação. Eis, pois, as vias rápidas e verdes para vivenciar o céu risonho
27 na terra, a aurora dos sonhos dos brasileiros, o despertar dos incomodados e acomodados, a vitória da
28 Pátria que amamos. 28
 
Pedro Antônio Bernardi, economista, jornalista e professor.  
Fonte: https://www.diarioinduscom.com/progresso-e-etica-sao-baluartes-da-ordem-e-do-bem-estar/ 
Lei as assertivas abaixo:
I. “É hora que escolas, universidades, Igreja, meios de comunicação, governantes assumir a responsabilidade de instituições sábias, (...).” (L.24/25). 
II. Eis, pois, as vias rápidas e verdes para vivenciar o céu risonho na terra, (L.26/27). Em relação ao I, o termo em negrito do segundo fragmento expressa uma ideia de
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380Q850440 | Português, Sintaxe, Técnico em Contabilidade, CONTEMAX, 2020

Virgin Hyperloop: como foi o 1° teste de transporte futurista que poderia fazer distância Rio-SP em menos de meia hora
Zoe Kleinman
Repórter de tecnologia

A empresa americana de tecnologia de transporte Virgin Hyperloop fez seu primeiro teste de viagem com passageiros, no deserto em Nevada, nos Estados Unidos. O conceito de transporte futurista envolve cápsulas dentro de tubos de vácuo que transportam passageiros em alta velocidade. No teste, dois passageiros, ambos funcionários da empresa, percorreram a distância de uma pista de teste de 500 metros em 15 segundos, atingindo o equivalente a 172 km/h.
No entanto, esta é uma fração das ambições da Virgin para velocidades de viagem superiores a 1.000 km/h. Nesse cenário, seria possível fazer o equivalente à distância Rio-SP em menos de meia hora. A Virgin Hyperloop não é a única empresa desenvolvendo o conceito, mas nenhuma transportou passageiros antes. 
Sara Luchian, diretora de experiência do cliente, foi uma das duas pessoas a bordo e descreveu a experiência à BBC como "estimulante psicológica e fisicamente", logo após o evento. Ela e o diretor de tecnologia, Josh Giegel, usaram calças simples de lã e jeans em vez de macacões para o evento, que aconteceu na tarde de domingo (08/11) nos arredores de Las Vegas. Luchian disse que a viagem foi tranquila e "nada parecida com uma montanha-russa", embora a aceleração tenha sido mais "veloz" do que seria com uma pista mais longa. Nenhum deles se sentiu mal, ela acrescentou. Ela disse que a velocidade deles foi prejudicada pelo comprimento da pista e pela aceleração necessária.
O conceito, que passou anos em desenvolvimento, se baseia em uma proposta do fundador da Tesla, Elon Musk. Alguns críticos o descreveram como ficção científica. Ele é baseado nos comboios de levitação magnética (maglev) mais velozes do mundo, tornados mais rápidos pela velocidade dentro de tubos de vácuo. O recorde mundial de velocidade de trem maglev foi estabelecido em 2015, quando um trem japonês atingiu 374 mph (600 km/h) em um teste perto do Monte Fuji. Fundada em 2014, a Virgin Hyperloop recebeu investimento do Virgin Group em 2017. Era anteriormente conhecida como Hyperloop One e Virgin Hyperloop One.
Em uma entrevista à BBC em 2018, o então chefe da Virgin Hyperloop One, Rob Lloyd, que já deixou a empresa, disse que a velocidade permitiria, em teoria, as pessoas viajarem entre os aeroportos de Gatwick e Heathrow, a cerca de 70 quilômetros de distância em Londres, em apenas quatro minutos.
A Virgin Hyperloop, sediada em Los Angeles, também está explorando modelos em outros países, incluindo uma conexão hipotética de 12 minutos entre Dubai e Abu Dhabi, que leva mais de uma hora pelo transporte público existente.
Os críticos apontaram que os sistemas de viagens Hyperloop envolveriam a tarefa considerável de obter permissão de planejamento e, em seguida, construir vastas redes de tubos para cada caminho de viagem. Luchian reconhece as dificuldades potenciais. "É claro que há muita infraestrutura a ser construída, mas acho que mitigamos muitos riscos que as pessoas não pensavam que fossem possíveis." 
Ela acrescentou: "A infraestrutura é um foco muito importante para tantas pessoas no governo. Sabemos que as pessoas estão procurando soluções. Elas estão procurando o transporte do futuro. Podemos continuar construindo sistemas de transporte de hoje ou de ontem e continuar encontrando os mesmos problemas que eles trazem. Ou podemos realmente procurar construir algo que resolva esses problemas."

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-54876229 
Todos os termos abaixo destacados apresentam valor adverbial, MENOS na opção:
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381Q119817 | Português, Sintaxe, Analista de TI Analista de Rede MCP, PRODAM AM, FUNCAB

Texto associado.

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Das alterações feitas abaixo na redação do trecho "tocando aquela música em que RC declara à amada" (3º parágrafo), aquela em que o acento da crase tem emprego facultativo é:

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382Q155402 | Português, Sintaxe, Analista Judiciário Taquigrafia, TRF 2a, FCC

A frase redigida de modo claro e correto é:

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383Q684817 | Português, Sintaxe, Oficial Administrativo, SEDUC SP, VUNESP, 2019

A expressão em destaque no trecho “Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.” estabelece relação entre as orações com sentido de
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384Q675132 | Português, Sintaxe, Assistente Administrativo, CREFONO 5° Região, Quadrix, 2020

Texto associado.
1 A  voz  é  um  dos  elementos  mais  importantes  para  a  comunicação  humana,  sendo  essencial  para  a  vida  pessoal  e
profissional. No entanto, apenas 17% das pessoas costumam  realizar consultas com especialistas na área. Em  razão disso, a
Universidade  de  Fortaleza,  por  meio  do  Programa  de  Pós?Graduação  em  Saúde  Coletiva  e  do  Laboratório  de  Inovação
4 Tecnológica do Núcleo de Aplicação em Tecnologia e Informação (NATI), concebeu e desenvolveu o VoiceGuard, aplicativo que 
objetiva  promover  auxílio  nos  cuidados  diários  com  a  voz,  principalmente  para  quem  a  utiliza  como  um  dos  principais
instrumentos de trabalho. 
7 A ideia do aplicativo surgiu no trabalho da fonoaudióloga Christina Praça, professora?doutora em Saúde Coletiva, que
coordena o grupo de pesquisa “Comunicação e Inovação para a Promoção da Saúde”. A professora vislumbrou a possibilidade 
do uso de mecanismos tecnológicos e, junto com a equipe do NATI, adotou os conceitos de mHealth (mobile health, ou saúde
10 móvel) e dinamicidade para compor uma metodologia de trabalho que propicie o acompanhamento da voz, prestando serviço
à comunidade e prevenindo problemas de saúde posteriores. “As pessoas muitas vezes entendem a fonoaudiologia como uma 
área específica de  reabilitação. Nós, porém, defendemos que ela é uma área muito importante para a promoção de  saúde.
13 Temos um cenário onde os problemas vocais atingem mais de 80% dos professores brasileiros, com poucas ações de promoção 
da saúde para esse público. Não podemos deixar para tomar medidas quando as pessoas já estão doentes. Promover a saúde e
prevenir o adoecimento são sempre as melhores opções”, ressalta a professora Christina Praça. 
16 O  VoiceGuard  faz  parte  de  uma  metodologia  de  trabalho  de  fonoaudiólogos  e  outros  profissionais  da  saúde,  sendo
adotadas estratégias de jogos para motivar o uso do aplicativo, como alertas e lembretes para a ingestão de água, além de uma
ferramenta para a captação do ruído ambiental, que avisa ao usuário se aquele está em um nível aceitável ou prejudicial à voz.
19 Com dezesseis telas e várias funcionalidades, entre testes, dicas e orientações, o aplicativo ainda produz relatórios de
comparação do desempenho vocal, sendo possível enviá?los para um profissional que acompanhe o usuário e, ainda, controlar
o agendamento de exames.  
22  Essa proposta inovadora já trouxe grande reconhecimento ao VoiceGuard, que, em abril de 2016, foi o único projeto da 
área de saúde contemplado pelo Clinton Global Initiative University, encontro promovido pela Fundação Clinton para discutir
iniciativas de benefício público. Em maio do mesmo ano, o uso do aplicativo como ferramenta para alavancar as políticas públicas 
25 envolvendo o campo da saúde vocal e saúde do trabalhador foi discutido em sessão especial na 22.ª Conferência Mundial de 
Promoção da Saúde.  
O  VoiceGuard  já  está  disponível  para  os  sistemas  operacionais  iOS  e  Android,  estando  em  processo  de  divulgação e
28 validação em Portugal. Além disso, já conta com o suporte de um curso a distância denominado “Saúde Vocal em Foco”, o qual
amplia as possibilidades de formação dos profissionais em saúde vocal e oferece um módulo exclusivo em forma de tutorial para 
subsidiar a utilização do aplicativo. 
31 “Este  trabalho,  voltado  à  saúde  vocal  do  professor  e  de  outros  profissionais  da  voz,  tem  rendido  muitos  frutos  e 
reconhecimento à equipe de pesquisadores da Universidade de Fortaleza. Além disso, essa iniciativa evidencia a forte associação
entre a pesquisa e a responsabilidade social, porque acreditamos que uma não existe sem a outra. Esperamos trazer ainda mais
34 resultados nos próximos meses e anos, principalmente com a internacionalização da ferramenta”, conclui a professora Christina
Praça. 
Internet: g1.globo.com (com adaptações).
Considerando a tipologia do texto, as ideias nele expressas e seus aspectos linguísticos , julgue o próximo item
relativo .
Na última oração do texto, o sujeito está posposto ao verbo
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385Q99328 | Português, Sintaxe, Analista Suporte de Informática, MPE RO, FUNCAB

Texto associado.

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

Imagem 001.jpg
Imagem 002.jpg

Nas alternativas abaixo, assinale a frase em que a palavra COMO tem o mesmo valor semântico que em: (...) Como o resto da Índia, Kerala é miserável, sua renda por habitante é deUS$ 300 por ano (...).

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386Q702219 | Português, Sintaxe, Promotor de Justiça Vespertina, MPE SC, MPE SC, 2019

Texto associado.
Considere as orações em (b) para responder a questão.
(b) Todos os residentes da rua principal fizeram um protesto contra a falta de segurança à noite. Protestaram, ainda, contra o aumento do IPTU. 
As orações em (b) estão de acordo com a norma padrão escrita, relativamente à regência nominal.
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387Q200726 | Português, Sintaxe, Escriturário, Banco do Brasil, CESPE CEBRASPE

Texto associado.

1 A indústria armamentista movimenta anualmente cerca de 800 bilhões de dólares. É uma quantia equivalente a 2,5% do PIB mundial. Com um investimento de apenas 8 bilhões de dólares - 4 menos do que quatro dias de gastos militares mundiais -, todas as crianças do planeta que hoje estão fora da escola poderiam freqüentar uma sala de aula. Aliás, a fabricação de um único tanque de guerra 7 consome o equivalente à construção de 520 salas de aula, e o custo de um avião de caça supersônico daria para equipar 40 mil consultórios médicos.

"O desperdício da indústria da guerra". In: Família Cristã, ano 68, n./ 795, mar./2002, p. 12 (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue os itens subseqüentes.

O emprego de cada no lugar de "todas as" (l.4) preservaria a quantificação de totalidade para "crianças" (l.5), mas exigiria ajustes de concordância na oração.

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388Q99688 | Português, Sintaxe, Analista Processual, MPE RJ, FUJB

Texto associado.

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No segmento “combate a estas nefastas práticas”, a preposição A foi empregada por necessidade de regência do termo “combate”. A alternativa abaixo em que a preposição foi empregada de forma INCORRETA é:

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389Q239012 | Português, Sintaxe, Soldado da Polícia Militar, Polícia Militar MT, FUNCAB

De acordo com a norma-padrão, apenas uma das  frases abaixo está correta quanto à concordância verbal. Assinale-a.

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