Para Paulo Freire, o currículo padrão, o currículo de transferência, é uma forma mecânica e autoritária de pensar sobre como organizar um programa, o que implica na falta de confiança na criatividade dos alunos e na capacidade dos professores. Quando existe uma instituição centralizadora de onde emergem os ditames do que “deve ser feito nas escolas”, pode-se considerar que há um comando que manipula, à distância, as atividades de educadores e educandos. A dificuldade, mesmo atualmente, de se colocar em prática uma educação dialógica ou libertadora, provém, principalmente, do fato de que:
✂️ a) faltam espaços de interação e liberdade para que crianças e jovens criem seus próprios projetos. ✂️ b) a cidadania é muito difícil de ser alcançada quando se é criança ou jovem, porque dependem dos adultos. ✂️ c) todos estão tão dependentes da autoridade, que não sabem como ser responsáveis pela sua própria autonomia. ✂️ d) não existe apoio nas escolas e nem na sociedade para as manifestações educacionais e culturais. ✂️ e) os alunos e professores são vigiados o tempo todo, e não podem expressar os seus verdadeiros sentimentos.