Leia as duas citações a seguir, extraídas do início e do final de
O Ateneu:
“Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro
aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não viesse de
longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. Eufemismo,
os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos
alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores.
Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas.
Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações
que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade
é uma (...)”.
“Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos
que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo
— o funeral para sempre das horas.”
(POMPEIA, Raul. O Atheneu (Chronica de saudades). Rio de Janeiro: Tipografia de Gazeta de Notícias, p 3-4 e 368, 1888.)
Com base nessas duas citações, é possível afirmar que, ao fim
da narrativa de Sérgio sobre sua vida no colégio, o narrador
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