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41Q157309 | Matemática, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Considere um cone circular reto com raio da base 2?2cm e geratriz 4?2cm. Sejam A e B pontos diametralmente opostos situados sobre a circunferência da base deste cone. Pode?se afirmar que o comprimento do menor caminho, traçado sobre a superfície lateral do cone e ligando A e B, mede, em cm ,

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42Q157280 | Matemática, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

A secretária de uma empresa tem a tarefa de enviar 5 cartas de cobrança, com diferentes textos e valores, para 5 diferentes clientes. Uma vez preparadas as cartas e os respectivos envelopes, a secretária pede à sua auxiliar que coloque as cartas nos envelopes e as remeta pela empresa de Correios . Supondo que a auxiliar não tenha percebido que os textos são diferentes e tenha colocado as cartas nos envelopes de forma casual ou aleatória, a probabilidade das cartas terem sido enviadas corretamente para cada destinatário é

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43Q156768 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Texto para as questões de 01 a 10

TEXTO I
Todos temos amigos e não é difícil falar de suas qualidades. No Brasil que, na minha obra, eu tenho definido como um país marcado pela casa, pela família e pelos laços sagrados da hospitalidade e da cortesia, os amigos se dividem em muitas categorias. Há amigos "próximos", "íntimos" e "do peito", com quem compartilhamos segredos e nos quais depositamos uma confiança ilimitada. E há também, como uma espécie de compensação a nos prevenir contra os riscos da estima e da ternura devotada às pessoas, os "amigos da onça" e os "falsos amigos", aqueles que, ao lado dos "amigos distantes", estão próximos dos inimigos "íntimos" e "cordiais". No Brasil, não seria exagero dizer, há amigos para tudo e sem eles a vida social estaria provavelmente paralisada, pois o que seria de nós sem esses "amigos" (ou "amigões") que temos na padaria, na condução, na academia de ginástica, no banco, nas repartições públicas, no consultório médico, na praia, piscina, colégio, bar e praças que frequentamos?
Dir–se–ia que, onde há um grupo de pessoas, existem amigos potenciais ou virtuais, ou seja: aquelas criaturas com as quais simpatizamos e descobrimos afinidades especiais e singulares.
É mais fácil, entretanto, falar dessa rede de amigos que todos possuímos e que, num sentido muito preciso, são o sal da nossa vida, do que discernir as linhas daquilo que chamamos de "amizade", ultrapassando o plano do lugar–comum, que aprisiona a amizade dentro de um quadro de escolhas pessoais, passando por cima de sua importância política e social.
Sei que sou amigo de Maria ou de João porque gosto deles. Mas como definir esse "gostar" política ou sociologicamente? Que implicações sociais tem essa afeição? Que deveres e coerções ela apresenta e demanda?
Falar disso é discorrer sobre as teias da amizade. E a amizade, ao fim e ao cabo, está contida no afeto como obrigação e como dever. Um afeto que, uma vez testado e estabelecido, vai além das escolhas, obrigando a tomar partido. O amigo de um amigo é, por definição, um amigo; a mulher de um amigo é homem; aos inimigos a lei, aos amigos tudo. Eis três princípios que ajudam a entender a amizade, pelo menos no caso do Brasil. Neles temos um eixo comum que ajuda a compreender o seu sentido.
Refiro–me, é claro, às obrigações impostas pela norma mais importante da vida social: a reciprocidade (que obriga a dar, receber e retribuir). Dar e receber, para depois retribuir, são marcas mais claras da amizade como um princípio moral sem o qual a própria sociabilidade deixaria de existir. Damos aos amigos e deles esperamos receber. As amizades fazem parte do momento, mas se prolongam no futuro: o amigo dos meus pais é meu amigo, o que seria do nosso famoso clientelismo sem essa regra que nos obriga a ter redes de amizade ou "turmas"? Ademais, as amizades não se medem de forma instrumental: um presente dado hoje pode ser retribuído muitos anos depois, o que distingue a amizade da relação instrumental típica dos elos comerciais.
Finalmente, vale considerar o perturbador princípio que submete o inimigo à lei e aos amigos dá todas as regalias. Para além de um cinismo fácil de condenar, esse axioma, que tem marcado por tantos séculos o nosso sistema político, distingue interesses imediatos de amor; separa a vida social como feita de contratos visando ao lucro, da existência marcada pelo afeto e pelo carinho. Se a sociedade é governada por regras que a todos submetem, como as leis do mercado e os códigos legais, ela também tem como base esses elos inscritos no coração que constituem as grandes amizades.
Falar da amizade, portanto, é refletir sobre essas correntes de presentes, palavras e gestos que se situam aquém (ou além) dos deveres e obrigações legais e econômicas. Não fosse assim e ninguém seria capaz de realizar o gesto supremo da amizade que constitui o "dar de graça", o presente impossível que, sendo sinal de carinho e amor, não deseja retorno.
(DaMatta, Roberto. Em torno dos amigos e da amizade. In: Borja, Maria Isabel; Vassalo, Márcio, orgs. Valores para viver. Rio de Janeiro: Guarda–Chuva, 2005, p.159–161)

Essencialmente, segundo DaMatta, a verdadeira amizade é poder ter

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44Q157216 | Física, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Analise as afirmativas abaixo.

I - Quando a temperatura do ar se eleva num processo aproximadamente adiabático, verificamos que a pressão aumenta.
II - Para um gás ideal, as moléculas não exercem ação mútua, a não ser durante as eventuais colisões que devem ser perfeitamente elásticas.
III - A energia interna, ou seja, o calor de uma amostra de gás ideal é a soma das energias cinéticas de todas as moléculas que o constitui.
IV - Numa transformação isotérmica, uma amostra de gás não sofre alterações na sua energia interna.
V - O ciclo de Carnot idealiza o funcionamento de uma máquina térmica onde o seu rendimento é o maior possível, ou seja, 100% .

As afirmativas corretas são, somente,

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45Q157303 | Matemática, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Um triângulo retângulo está inscrito no círculo x2 Y2-6x+ 2y-15= 0 e possui dois vértices sobre a reta 7x+ y+ 5= 0 . O terceiro vértice que está situado na reta de equação -2x+ y+ 9= 0 é

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46Q157149 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Texto para as questões de 11 a 15

TEXTO II
Regina tem 82 anos de idade, e mora sozinha no seu minúsculo apartamento. Ninguém a chama de Dona Regina, nem crianças, nem adultos nem velhos: é Regina mesmo. Vai diariamente à beira da praia, e num banco se senta para tomar sol e ar livre. Apesar de ser um passarinho tem dias que acorda de mau humor. Um dia desses estava sentada no banco e Alfredo, um menino amigo dela, convidou–a: "Regina, vamos brincar? " Não respondeu. O menino repetiu o convite. Então ela, com a voz débil de quem ainda não falou com ninguém naquele dia, resmungou qualquer coisa bem baixinho. Alfredo virou–se para a mãe, que estava perto, e disse, desolado: "Mamãe, Regina hoje está com as pilhas fracas! "
De vez em quando Regina escreve numa folha de papel alguma coisa, sem intuito de divulgação ou laivos de publicação. Mantém um diário.
Certa manhã uma vizinha do mesmo edifício passeava pela calçada da praia, empurrando o seu carrinho de bebê. O olhar da moça se cruzou um instante com o de Regina, e a moça lhe sorriu. Regina lhe deu de volta um levíssimo sorriso.
Quando a moça voltou para casa, encontrou, passada pela soleira da porta de seu apartamento, uma folha de papel.
Era um bilhete. Que assim dizia: "Obrigada pelo sorriso. Regina."
(Lispector, Clarice. Um ser chamado Regina. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.321)

Em que opção a reescritura do período "Apesar de ser um passarinho tem dias que acorda de mau humor." (1º § ) manteve o mesmo valor sintático–semântico?

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47Q156738 | Inglês, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Which of the alternatives below completes the sentence correctly?

(1)______________________________________________________________ people went to the meeting last Friday.

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48Q157401 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 9.


Vamos de mal a pior?

Alguns só conseguem enxergar o lado feio do mundo. E, como só notícias ruins dão manchete, deleitam-se em ver confirmados seus piores enredos. Mas, no que se pode medir ou contar, a história é outra. O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o rescimento das democracias foi extraordinário. Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. Na última década, reduziram-se em 40% as guerras. Houve também dramática redução das mortes violentas, que, no passado, ceifavam 25% da população masculina. Hoje são só 2% . Nas praças públicas, o povo via os acusados de heresia, bruxaria e magia negra serem assados em fogueiras. A razão e a ciência ajudaram a lançar luzes nessas áreas. Além disso, a ciência hoje é capaz de captar, entender e resolver boa parte dos problemas materiais que afligem a humanidade - incluindo os desastres do meio ambiente. Antes da Revolução Industrial, um operário só possuía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa. Há menos de dois séculos, um europeu trabalhava sessenta horas por semana, dos 10 anos de idade até a sua morte, por volta dos 50 anos. Educação, cultura e lazer chegaram também aos pobres. Acabou-se a fome causada por calamidades naturais, como a que matou metade da população da Irlanda, no século XIX. Luís XIV não tinha a variedade nem a qualidade do cardápio de um reles membro da classe média de hoje. O povo francês consumia 2 000 calorias por dia. Hoje, nos países pobres, consomem-se 2 700. Haverá algum país que estava pior que o Brasil em 1900 e hoje lhe passou à frente? Não encontrei nenhum. A maioria dos países latino-americanos, incluindo o Peru, era bem mais rica do que o Brasil. A renda per capita da Argentina foi cinco vezes maior (hoje é quase igual). Em 1950, o Brasil era como a Bolívia de hoje. Em 1958, Cuba era o segundo país mais rico da América Latina. Desde então, não fez senão retroceder. E a Coreia? Na década de 50, vítima de uma medonha guerra fratricida, até os pauzinhos de comer passaram a ser de metal, pois não havia mais árvores. Mas a Coreia é uma civilização milenar, com sólida tradição de ciência e educação. Portanto, é uma comparação discutível. O Brasil avançou, do último século para cá? Quem duvida do atraso do Brasil no passado que leia as tenebrosas narrativas dos muitos visitantes que por aqui viajaram. O século XX transformou espetacularmente o país. Entre 1870 e 1987 o PIB brasileiro cresceu 157 vezes, o japonês 87 e o americano 53. Brasil, campeão do mundo! Por volta de 1900, a esperança de vida era inferior a 30 anos. Hoje já ultrapassou 70. A desnutrição grave é residual e acabaram-se as fomes catastróficas. Quase todos têm acesso a serviços médicos (não tão bons, mas antes não havia nada). Nos confortos materiais, houve avanços espetaculares. Mais de 90% têm água encanada, eletricidade, televisão, geladeira e dezenas de outros confortos. Meus colegas do primário iam descalços para a escola. Como entendeu Schumpeter, foram os pobres que mais ganharam qualidade de vida com o crescimento. Em 1900, 95% das crianças (entre 7 e 14 anos) não frequentavam escolas. Hoje, apenas 2% ficam de fora. E, contrariando as fantasias saudosistas, os poucos que iam encontravam uma escola medíocre. Hoje, continua medíocre, mas é para todos e há ilhas de excelencia. Crescendo junto com a educação, nossa democracia nunca esteve tão robusta. Nem tudo são rosas. Há áreas em que somos péssimos, . como a distribuição de renda. Em matéria de segurança, há oscilações. Contudo, as mortes violentas encolheram muito. Em corrupção, faltam dados confiáveis. Mas, em praticamente tudo o que podemos contar ou medir, pior não estamos. Essa é a tese do ensaio. Como disse lorde Rees de Ludlow, "para a maior parte das pessoas, na maior parte das nações, nunca houve um momento melhor para viver". Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão (e, segundo o Gallup, nossa juventude é campeã mundial de otimismo) . Porém, não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso futuro precisamos ser obstinadamente inconformistas.

(CAsTRO, cláudio de Moura. Veja, 18 fev. 2009, p. 26)

No que concerne às formas verbais destacadas em: "Na última década, reduziram-se em 40% as guerras. Houve também dramática redução das mortes violentas, que, no passado, ceifavam 25% da população masculina." (1° § ) , qual afirmação está correta?

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49Q157430 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Texto para as questões de 01 a 10

TEXTO I
Todos temos amigos e não é difícil falar de suas qualidades. No Brasil que, na minha obra, eu tenho definido como um país marcado pela casa, pela família e pelos laços sagrados da hospitalidade e da cortesia, os amigos se dividem em muitas categorias. Há amigos "próximos", "íntimos" e "do peito", com quem compartilhamos segredos e nos quais depositamos uma confiança ilimitada. E há também, como uma espécie de compensação a nos prevenir contra os riscos da estima e da ternura devotada às pessoas, os "amigos da onça" e os "falsos amigos", aqueles que, ao lado dos "amigos distantes", estão próximos dos inimigos "íntimos" e "cordiais". No Brasil, não seria exagero dizer, há amigos para tudo e sem eles a vida social estaria provavelmente paralisada, pois o que seria de nós sem esses "amigos" (ou "amigões") que temos na padaria, na condução, na academia de ginástica, no banco, nas repartições públicas, no consultório médico, na praia, piscina, colégio, bar e praças que frequentamos?
Dir–se–ia que, onde há um grupo de pessoas, existem amigos potenciais ou virtuais, ou seja: aquelas criaturas com as quais simpatizamos e descobrimos afinidades especiais e singulares.
É mais fácil, entretanto, falar dessa rede de amigos que todos possuímos e que, num sentido muito preciso, são o sal da nossa vida, do que discernir as linhas daquilo que chamamos de "amizade", ultrapassando o plano do lugar–comum, que aprisiona a amizade dentro de um quadro de escolhas pessoais, passando por cima de sua importância política e social.
Sei que sou amigo de Maria ou de João porque gosto deles. Mas como definir esse "gostar" política ou sociologicamente? Que implicações sociais tem essa afeição? Que deveres e coerções ela apresenta e demanda?
Falar disso é discorrer sobre as teias da amizade. E a amizade, ao fim e ao cabo, está contida no afeto como obrigação e como dever. Um afeto que, uma vez testado e estabelecido, vai além das escolhas, obrigando a tomar partido. O amigo de um amigo é, por definição, um amigo; a mulher de um amigo é homem; aos inimigos a lei, aos amigos tudo. Eis três princípios que ajudam a entender a amizade, pelo menos no caso do Brasil. Neles temos um eixo comum que ajuda a compreender o seu sentido.
Refiro–me, é claro, às obrigações impostas pela norma mais importante da vida social: a reciprocidade (que obriga a dar, receber e retribuir). Dar e receber, para depois retribuir, são marcas mais claras da amizade como um princípio moral sem o qual a própria sociabilidade deixaria de existir. Damos aos amigos e deles esperamos receber. As amizades fazem parte do momento, mas se prolongam no futuro: o amigo dos meus pais é meu amigo, o que seria do nosso famoso clientelismo sem essa regra que nos obriga a ter redes de amizade ou "turmas"? Ademais, as amizades não se medem de forma instrumental: um presente dado hoje pode ser retribuído muitos anos depois, o que distingue a amizade da relação instrumental típica dos elos comerciais.
Finalmente, vale considerar o perturbador princípio que submete o inimigo à lei e aos amigos dá todas as regalias. Para além de um cinismo fácil de condenar, esse axioma, que tem marcado por tantos séculos o nosso sistema político, distingue interesses imediatos de amor; separa a vida social como feita de contratos visando ao lucro, da existência marcada pelo afeto e pelo carinho. Se a sociedade é governada por regras que a todos submetem, como as leis do mercado e os códigos legais, ela também tem como base esses elos inscritos no coração que constituem as grandes amizades.
Falar da amizade, portanto, é refletir sobre essas correntes de presentes, palavras e gestos que se situam aquém (ou além) dos deveres e obrigações legais e econômicas. Não fosse assim e ninguém seria capaz de realizar o gesto supremo da amizade que constitui o "dar de graça", o presente impossível que, sendo sinal de carinho e amor, não deseja retorno.
(DaMatta, Roberto. Em torno dos amigos e da amizade. In: Borja, Maria Isabel; Vassalo, Márcio, orgs. Valores para viver. Rio de Janeiro: Guarda–Chuva, 2005, p.159–161)

Em que opção o acento grave, indicativo de crase, ocorre pelo mesmo motivo encontrado em: "[ ...] a nos prevenir contra os riscos da estima e da ternura devotada às pessoas [ ...] ." (1º § )?

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50Q157267 | Inglês, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Based on the text below, answer questions 28 and 29.(( The turning tide for the turtles

With their exquisite shells, their smiling faces, their deliberate movements, and their amazing sea–born agility, sea turtles have always captured human imagination. Once severely endangered, turtle populations are growing steadily thanks to conservation projects worldwide. And with more than 8000 km of coastline, large stretches of which are favorite nesting spots for turtles, Brazil is one of the leaders in the race to protect them. (Adapted from http//www.speakup.com.br)

The relative pronoun "which" in " (...) large stretches of which are favorite nesting spots for turtles." refers to:

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51Q157521 | Física, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Uma espira retangular, de lados 10,0 cm e 20,0 cm, possui 40 voltas de fio condutor, estreitamente espaçados, e resistência elétrica de 5,00? vetor normal à área limitada pela espira forma um ângulo de 60° com as linhas de um campo magnético uniforme de módulo igual a 0,800 tesla. A partir do instante tO = 0, o módulo deste campo é reduzido uniformemente a zero e, em seguida, é aumentado uniformemente, porém em sentido oposto ao inicial, até atingir o módulo de 1,20 teslas, no instante t = 4,00 s. A intensidade média da corrente elétrica induzida na espira, neste intervalo de tempo, em miliamperes, é

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52Q156931 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 20.

Cultura clonada e mestiçagem
Eduardo Portela

Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estadonação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos. muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgencia,equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Freqüentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão. Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.
(Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O Correio da Unesco, jun., 2000)

Quais são os valores, respectivamente, das expressões APESAR DE (2° § ) e PORTANTO (7° § )?

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53Q157494 | Inglês, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Which sequence best completes the text below?
What is a story?
The word "story" (1)__________________ be used as a synonym of "narrative", but it (2)______________________ also be used to refer to the sequence of events described in a narrative.
A narrative (3) also be told by a character within a larger narrative.

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54Q157567 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 20.

Cultura clonada e mestiçagem
Eduardo Portela

Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estadonação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos. muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgencia,equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Freqüentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão. Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.
(Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O Correio da Unesco, jun., 2000)

Depreende-se do texto que

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55Q157425 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 20.

Cultura clonada e mestiçagem
Eduardo Portela

Levantar hoje a questão da cultura é colocar-se em uma encruzilhada para a qual convergem, embora também se oponham, o avanço da globalização e a persistência das identidades nacionais. Mas a cultura não pode mais, presentemente, construir-se sem uma tensão constitutiva, existencial e vital entre o universal, o regional, o nacional e o comunitário.

Apesar de as culturas se manterem arraigadas em seus contextos nacionais, torna-se cada vez mais difícil acreditar que os conceitos tradicionais de identidade, povo ou nação sejam "intocáveis". De fato, jamais nossas sociedades conheceram ruptura tão generalizada com tradições centenárias. Devemos, porém, indagar se as evoluções contemporâneas, em geral apresentadas como possíveis ameaças a essas tradições, inclusive a do Estadonação, não constituiriam terrenos férteis para a cultura, ou seja, favoráveis à coexistência das diversidades. Um duplo obstáculo seria então evitado: a coesão domesticada e a uniformização artificial.

O primeiro obstáculo advém da fundamentação do modelo hegemônico de identificação em uma cultura única, total, dominante, integrativa. Esta era percebida como algo estático e definitivo. Era brandida como uma arma, cujos efeitos só hoje avaliamos: neste século, vimos as culturas mais sofisticadas curvarem-se à barbárie; levamos. muito tempo até perceber que o racismo prospera quando faz da cultura algo absoluto. Conceber a cultura como um modo de exclusão conduz inevitavelmente à exclusão da cultura. Por isso, o tema da identidade cultural, que nos acompanha desde as primeiras globalizações, é coisa do passado.

Mas a cultura não deve emancipar-se da identidade nacional deixando-se dominar pela globalização e pela privatização. As identidades pós-nacionais que estão surgindo ainda não demonstraram sua capacidade de resistir à desigualdade, à injustiça, à exclusão e à violência. Subordinar a cultura a critérios elaborados nos laboratórios da ideologia dominante, que fazem a apologia das especulações na bolsa, dos avatares da oferta e da demanda, das armadilhas da funcionalidade e da urgencia,equivale a privá-la de seu indispensável oxigênio social, a substituir a tensão criativa pelo estresse do mercado. Neste sentido, dois grandes perigos nos ameaçam. O primeiro é a tendência atual a considerar a cultura um produto supérfluo, quando, na realidade, ela poderia representar para as sociedades da informação o que o conhecimento científico representou para as sociedades industriais. Freqüentemente se esquece que reparar a fratura social exige que se pague a fatura cultural: o investimento cultural é também um investimento social.

O segundo perigo é o "integrismo eletrônico". Das fábricas e dos supermercados culturais emana uma cultura na qual o tecnológico tem tanta primazia que se pode considerá-la desumanizada.

Mas como "tecnologizar" a cultura reduzindo-a a um conjunto de clones culturais e pretender que ela continue a ser cultura? A cultura clonada é um produto abortado, porque, ao deixar de estabelecer vínculos, deixa de ser cultura. O vínculo é seu signo característico, sua senha de identidade. E esse vínculo é mestiçagem - portanto o oposto da clonagem. A clonagem é cópia; e a mestiçagem, ao contrário, cria um ser diferente, embora também conserve a identidade de suas origens. Em todas as partes onde se produziu, a mestiçagem manteve as filiações e forjou uma nova solidariedade que pode servir de antídoto à exclusão. Parafraseando Malraux, eu diria que o terceiro milênio será mestiço, ou não será.
(Texto apresentado na série Conferências do Século XXI, realizada em 1999, e publicado em O Correio da Unesco, jun., 2000)

Em cada alternativa abaixo apresenta-se, entre parênteses, um comentário sobre a pontuação de algum segmento do texto. Em que alternativa o comentário é INADEQUADO ao respectivo exemplo?

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56Q157441 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 9.


Vamos de mal a pior?

Alguns só conseguem enxergar o lado feio do mundo. E, como só notícias ruins dão manchete, deleitam-se em ver confirmados seus piores enredos. Mas, no que se pode medir ou contar, a história é outra. O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o rescimento das democracias foi extraordinário. Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. Na última década, reduziram-se em 40% as guerras. Houve também dramática redução das mortes violentas, que, no passado, ceifavam 25% da população masculina. Hoje são só 2% . Nas praças públicas, o povo via os acusados de heresia, bruxaria e magia negra serem assados em fogueiras. A razão e a ciência ajudaram a lançar luzes nessas áreas. Além disso, a ciência hoje é capaz de captar, entender e resolver boa parte dos problemas materiais que afligem a humanidade - incluindo os desastres do meio ambiente. Antes da Revolução Industrial, um operário só possuía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa. Há menos de dois séculos, um europeu trabalhava sessenta horas por semana, dos 10 anos de idade até a sua morte, por volta dos 50 anos. Educação, cultura e lazer chegaram também aos pobres. Acabou-se a fome causada por calamidades naturais, como a que matou metade da população da Irlanda, no século XIX. Luís XIV não tinha a variedade nem a qualidade do cardápio de um reles membro da classe média de hoje. O povo francês consumia 2 000 calorias por dia. Hoje, nos países pobres, consomem-se 2 700. Haverá algum país que estava pior que o Brasil em 1900 e hoje lhe passou à frente? Não encontrei nenhum. A maioria dos países latino-americanos, incluindo o Peru, era bem mais rica do que o Brasil. A renda per capita da Argentina foi cinco vezes maior (hoje é quase igual). Em 1950, o Brasil era como a Bolívia de hoje. Em 1958, Cuba era o segundo país mais rico da América Latina. Desde então, não fez senão retroceder. E a Coreia? Na década de 50, vítima de uma medonha guerra fratricida, até os pauzinhos de comer passaram a ser de metal, pois não havia mais árvores. Mas a Coreia é uma civilização milenar, com sólida tradição de ciência e educação. Portanto, é uma comparação discutível. O Brasil avançou, do último século para cá? Quem duvida do atraso do Brasil no passado que leia as tenebrosas narrativas dos muitos visitantes que por aqui viajaram. O século XX transformou espetacularmente o país. Entre 1870 e 1987 o PIB brasileiro cresceu 157 vezes, o japonês 87 e o americano 53. Brasil, campeão do mundo! Por volta de 1900, a esperança de vida era inferior a 30 anos. Hoje já ultrapassou 70. A desnutrição grave é residual e acabaram-se as fomes catastróficas. Quase todos têm acesso a serviços médicos (não tão bons, mas antes não havia nada). Nos confortos materiais, houve avanços espetaculares. Mais de 90% têm água encanada, eletricidade, televisão, geladeira e dezenas de outros confortos. Meus colegas do primário iam descalços para a escola. Como entendeu Schumpeter, foram os pobres que mais ganharam qualidade de vida com o crescimento. Em 1900, 95% das crianças (entre 7 e 14 anos) não frequentavam escolas. Hoje, apenas 2% ficam de fora. E, contrariando as fantasias saudosistas, os poucos que iam encontravam uma escola medíocre. Hoje, continua medíocre, mas é para todos e há ilhas de excelencia. Crescendo junto com a educação, nossa democracia nunca esteve tão robusta. Nem tudo são rosas. Há áreas em que somos péssimos, . como a distribuição de renda. Em matéria de segurança, há oscilações. Contudo, as mortes violentas encolheram muito. Em corrupção, faltam dados confiáveis. Mas, em praticamente tudo o que podemos contar ou medir, pior não estamos. Essa é a tese do ensaio. Como disse lorde Rees de Ludlow, "para a maior parte das pessoas, na maior parte das nações, nunca houve um momento melhor para viver". Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão (e, segundo o Gallup, nossa juventude é campeã mundial de otimismo) . Porém, não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso futuro precisamos ser obstinadamente inconformistas.

(CAsTRO, cláudio de Moura. Veja, 18 fev. 2009, p. 26)

Que reescritura do texto alterou fundamentalmente o sentido do enunciado? 

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57Q157495 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões de 1 a 9.


Vamos de mal a pior?

Alguns só conseguem enxergar o lado feio do mundo. E, como só notícias ruins dão manchete, deleitam-se em ver confirmados seus piores enredos. Mas, no que se pode medir ou contar, a história é outra. O mundo hoje está pior? Vamos compará-lo com o de um século atrás. Jamais houve tanta liberdade e o rescimento das democracias foi extraordinário. Entre elas já não há guerras. Nos conflitos recentes, pelo menos um lado é ditatorial. Na última década, reduziram-se em 40% as guerras. Houve também dramática redução das mortes violentas, que, no passado, ceifavam 25% da população masculina. Hoje são só 2% . Nas praças públicas, o povo via os acusados de heresia, bruxaria e magia negra serem assados em fogueiras. A razão e a ciência ajudaram a lançar luzes nessas áreas. Além disso, a ciência hoje é capaz de captar, entender e resolver boa parte dos problemas materiais que afligem a humanidade - incluindo os desastres do meio ambiente. Antes da Revolução Industrial, um operário só possuía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos de sua casa. Há menos de dois séculos, um europeu trabalhava sessenta horas por semana, dos 10 anos de idade até a sua morte, por volta dos 50 anos. Educação, cultura e lazer chegaram também aos pobres. Acabou-se a fome causada por calamidades naturais, como a que matou metade da população da Irlanda, no século XIX. Luís XIV não tinha a variedade nem a qualidade do cardápio de um reles membro da classe média de hoje. O povo francês consumia 2 000 calorias por dia. Hoje, nos países pobres, consomem-se 2 700. Haverá algum país que estava pior que o Brasil em 1900 e hoje lhe passou à frente? Não encontrei nenhum. A maioria dos países latino-americanos, incluindo o Peru, era bem mais rica do que o Brasil. A renda per capita da Argentina foi cinco vezes maior (hoje é quase igual). Em 1950, o Brasil era como a Bolívia de hoje. Em 1958, Cuba era o segundo país mais rico da América Latina. Desde então, não fez senão retroceder. E a Coreia? Na década de 50, vítima de uma medonha guerra fratricida, até os pauzinhos de comer passaram a ser de metal, pois não havia mais árvores. Mas a Coreia é uma civilização milenar, com sólida tradição de ciência e educação. Portanto, é uma comparação discutível. O Brasil avançou, do último século para cá? Quem duvida do atraso do Brasil no passado que leia as tenebrosas narrativas dos muitos visitantes que por aqui viajaram. O século XX transformou espetacularmente o país. Entre 1870 e 1987 o PIB brasileiro cresceu 157 vezes, o japonês 87 e o americano 53. Brasil, campeão do mundo! Por volta de 1900, a esperança de vida era inferior a 30 anos. Hoje já ultrapassou 70. A desnutrição grave é residual e acabaram-se as fomes catastróficas. Quase todos têm acesso a serviços médicos (não tão bons, mas antes não havia nada). Nos confortos materiais, houve avanços espetaculares. Mais de 90% têm água encanada, eletricidade, televisão, geladeira e dezenas de outros confortos. Meus colegas do primário iam descalços para a escola. Como entendeu Schumpeter, foram os pobres que mais ganharam qualidade de vida com o crescimento. Em 1900, 95% das crianças (entre 7 e 14 anos) não frequentavam escolas. Hoje, apenas 2% ficam de fora. E, contrariando as fantasias saudosistas, os poucos que iam encontravam uma escola medíocre. Hoje, continua medíocre, mas é para todos e há ilhas de excelencia. Crescendo junto com a educação, nossa democracia nunca esteve tão robusta. Nem tudo são rosas. Há áreas em que somos péssimos, . como a distribuição de renda. Em matéria de segurança, há oscilações. Contudo, as mortes violentas encolheram muito. Em corrupção, faltam dados confiáveis. Mas, em praticamente tudo o que podemos contar ou medir, pior não estamos. Essa é a tese do ensaio. Como disse lorde Rees de Ludlow, "para a maior parte das pessoas, na maior parte das nações, nunca houve um momento melhor para viver". Os pessimistas que fiquem com seus resmungos, pois os avanços em praticamente todas as direções estão bem medidos. Os fatos não lhes dão razão (e, segundo o Gallup, nossa juventude é campeã mundial de otimismo) . Porém, não podemos festejar a situação presente, pois para o progresso futuro precisamos ser obstinadamente inconformistas.

(CAsTRO, cláudio de Moura. Veja, 18 fev. 2009, p. 26)

Em qual opção o pronome sublinhado não exerce função coesiva?

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58Q156947 | Inglês, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

PART 1: READING COMPREHENSION

Based on the text below, answer questions 21, 22 and 23.

Orqanizinq Intelliqence for Counterinsurgency

EFFECTIVE, ACCURATE, AND TIMELY intelligence is essential to conducting any form of warfare, including counterinsurgency operations, because the ultimate success or failure of the mission depends on the effectiveness of the intelligence effort. The function of intelligence in counterinsurgency is to facilitate an understanding of the populace, the host nation, the operational environment, and the insurgents so that commanders may address the issues driving the insurgency. Insurgencies, however, are notoriously difficult to evaluate. The organization of the standard military intelligence system, developed for major theater warfare rather than counterinsurgency, compounds the difficulty. Intelligence systems and personnel must adapt to the challenges of a counterinsurgency environment to provide commanders the intelligence they require. This is a "best practice" in counterinsurgency, without which counterinsurgency efforts will likely fail.

(September-October 2006. MILITARY REVIEW p.24)

  • According to the text above, what are the key elements for the success of a warfare operation?
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59Q157109 | Física, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Uma máquina térmica, que tem como substância de trabalho 2,00 mols de um gás ideal monoatômico, descreve o ciclo de Carnot. Na expansão isotérmica, o gás recebe 4648J de calor e verifica–se que o seu volume aumenta de 0,200m3 para 0,400m3. Sabendo–se que o rendimento da máquina é de 25% , o trabalho (emkJ) realizado pelo gás na expansão adiabática é
Dados: R = 8,30 J/mol.K (constante de Clapeyron); In2 = 0,700; In3 = 1,10; In4 = 1,40

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60Q157282 | Português, Oficial da Marinha, ESCOLA NAVAL, EN

Texto associado.

Texto para as questões de 01 a 10

TEXTO I
Todos temos amigos e não é difícil falar de suas qualidades. No Brasil que, na minha obra, eu tenho definido como um país marcado pela casa, pela família e pelos laços sagrados da hospitalidade e da cortesia, os amigos se dividem em muitas categorias. Há amigos "próximos", "íntimos" e "do peito", com quem compartilhamos segredos e nos quais depositamos uma confiança ilimitada. E há também, como uma espécie de compensação a nos prevenir contra os riscos da estima e da ternura devotada às pessoas, os "amigos da onça" e os "falsos amigos", aqueles que, ao lado dos "amigos distantes", estão próximos dos inimigos "íntimos" e "cordiais". No Brasil, não seria exagero dizer, há amigos para tudo e sem eles a vida social estaria provavelmente paralisada, pois o que seria de nós sem esses "amigos" (ou "amigões") que temos na padaria, na condução, na academia de ginástica, no banco, nas repartições públicas, no consultório médico, na praia, piscina, colégio, bar e praças que frequentamos?
Dir–se–ia que, onde há um grupo de pessoas, existem amigos potenciais ou virtuais, ou seja: aquelas criaturas com as quais simpatizamos e descobrimos afinidades especiais e singulares.
É mais fácil, entretanto, falar dessa rede de amigos que todos possuímos e que, num sentido muito preciso, são o sal da nossa vida, do que discernir as linhas daquilo que chamamos de "amizade", ultrapassando o plano do lugar–comum, que aprisiona a amizade dentro de um quadro de escolhas pessoais, passando por cima de sua importância política e social.
Sei que sou amigo de Maria ou de João porque gosto deles. Mas como definir esse "gostar" política ou sociologicamente? Que implicações sociais tem essa afeição? Que deveres e coerções ela apresenta e demanda?
Falar disso é discorrer sobre as teias da amizade. E a amizade, ao fim e ao cabo, está contida no afeto como obrigação e como dever. Um afeto que, uma vez testado e estabelecido, vai além das escolhas, obrigando a tomar partido. O amigo de um amigo é, por definição, um amigo; a mulher de um amigo é homem; aos inimigos a lei, aos amigos tudo. Eis três princípios que ajudam a entender a amizade, pelo menos no caso do Brasil. Neles temos um eixo comum que ajuda a compreender o seu sentido.
Refiro–me, é claro, às obrigações impostas pela norma mais importante da vida social: a reciprocidade (que obriga a dar, receber e retribuir). Dar e receber, para depois retribuir, são marcas mais claras da amizade como um princípio moral sem o qual a própria sociabilidade deixaria de existir. Damos aos amigos e deles esperamos receber. As amizades fazem parte do momento, mas se prolongam no futuro: o amigo dos meus pais é meu amigo, o que seria do nosso famoso clientelismo sem essa regra que nos obriga a ter redes de amizade ou "turmas"? Ademais, as amizades não se medem de forma instrumental: um presente dado hoje pode ser retribuído muitos anos depois, o que distingue a amizade da relação instrumental típica dos elos comerciais.
Finalmente, vale considerar o perturbador princípio que submete o inimigo à lei e aos amigos dá todas as regalias. Para além de um cinismo fácil de condenar, esse axioma, que tem marcado por tantos séculos o nosso sistema político, distingue interesses imediatos de amor; separa a vida social como feita de contratos visando ao lucro, da existência marcada pelo afeto e pelo carinho. Se a sociedade é governada por regras que a todos submetem, como as leis do mercado e os códigos legais, ela também tem como base esses elos inscritos no coração que constituem as grandes amizades.
Falar da amizade, portanto, é refletir sobre essas correntes de presentes, palavras e gestos que se situam aquém (ou além) dos deveres e obrigações legais e econômicas. Não fosse assim e ninguém seria capaz de realizar o gesto supremo da amizade que constitui o "dar de graça", o presente impossível que, sendo sinal de carinho e amor, não deseja retorno.
(DaMatta, Roberto. Em torno dos amigos e da amizade. In: Borja, Maria Isabel; Vassalo, Márcio, orgs. Valores para viver. Rio de Janeiro: Guarda–Chuva, 2005, p.159–161)

Em que opção a oração destacada aparece com o mesmo valor sintático–semântico da do seguinte trecho do texto: " [ . . . ] separa a vida social como feita de contratos visando ao lucro, [ ...] ." (7º § )?

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