Própria dos festejos juninos, a quadrilha nasceu como
dança aristocrática, oriunda dos salões franceses, depois
difundida por toda a Europa.
No Brasil, foi introduzida como dança de salão
e, por sua vez, apropriada e adaptada pelo gosto
popular. Para sua ocorrência, é importante a presença
de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem
determina as figurações diversas que os dançadores
desenvolvem. Observa-se a constância das seguintes
marcações: “Tour”, “En avant”, “Chez des dames”,
“Chez des chevaliê”, “Cestinha de flor”, “Balancê”,
“Caminho da roça”, “Olha a chuva”, “Garranchê”,
“Passeio”, “Coroa de flores”, “Coroa de espinhos” etc.
No Rio de Janeiro, em contexto urbano, apresenta
transformações: surgem novas figurações, o francês
aportuguesado inexiste, o uso de gravações substitui
a música ao vivo, além do aspecto de competição, que
sustenta os festivais de quadrilha, promovidos por órgãos
de turismo. CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro.
Rio de Janeiro: Melhoramentos, 1976.