Leia o texto a seguir.
A individualidade assim descrita nada tem em comum com as
diversas concepções do individualismo e, sobretudo, com aquele
que denominarei “individualismo de direita, à americana”, que é
tão-somente uma tentativa disfarçada de coagir e vencer o
indivíduo em sua singularidade. Esse pretenso individualismo, que
sugere fórmulas como “livre empresa”, arrivismo e sociedade
liberal, é o laisser-faire econômico e social: a exploração das
massas pelas classes dominantes com a ajuda da velhacaria legal;
a degradação espiritual e o doutrinamento sistemático do espírito
servil, processo conhecido sob o nome de “educação”. Essa forma
de “individualismo” corrompido e viciado, verdadeira camisa de
força da individualidade, reduz a vida a uma corrida degradante
aos bens materiais, ao prestígio social; sua sabedoria suprema
exprime-se numa frase: “Cada um por si e maldito seja o último”.
GOLDMAN, Emma. O indivíduo, a sociedade e o Estado, e outros ensaios.
São Paulo: Editora Hedra, 2007, p. 32. [Adaptado].
Qual conceito sintetizaria a descrição do parágrafo?
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