O texto a seguir é referência para as questões 06 a 08.
Filosofia nas histórias dos superheróis
Os quadrinhos de superheróis constituem uma daquelas originais formas de arte americana, da mesma maneira que o jazz,o blues,o muscle cars1 e as rosquinhas Krispy Kreme, que se espalharam pelo mundo e causaram um impacto marcante em várias culturas. Até o observador mais casual sabe que essas histórias são cheias de ação, aventura, suspense e um incrível trabalho de arte. Mas pouquíssimas pessoas percebem que elas também merecem séria atenção intelectual, por suas fascinantes apresentações de temas e ideias com profundidade filosófica. É verdade. Não estamos brincando.
As melhores histórias em quadrinhos de superheróis, além de divertirem, introduzem e abordam de forma vívida algumas das questões mais interessantes e importantes enfrentadas por todo ser humano – questões referentes à ética, à responsabilidade pessoal e social, à justiça, ao crime e ao castigo, à mente e às emoções humanas, à identidade pessoal, à alma, à noção de destino, ao destino de nossa vida, ao que pensamos da ciência e da natureza, ao papel da fé na aspereza deste mundo, à importância da amizade, ao significado do amor, à natureza de uma família, às virtudes clássicas como coragem e muitos outros temas importantes. Já estava na hora de pelo menos as melhores histórias em quadrinhos serem reconhecidas também pelo intrigante modo como levantam e debatem essas prementes questões humanas.
Tipo de automóveis que se originaram em Detroit (EUA na década de 1960, famosos pela aparência agressiva e grande potência, o que deu a eles a denominação de "carros musculosos", os GTO.
(Superheróis e a filosofia: verdade, justiça e o caminho socrático. Coletânea Matt Morris e Tom Morris, coord. William Irwin. SP: Madras, 2009.)