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Questões de Concursos UFRGS

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41Q596094 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
01. Nada mais importante para chamar a
02. atenção sobre uma verdade do que exagerála.
03. Mas também, nada mais perigoso, ........
04. um dia vem a reação indispensável e a relega
05. injustamente para a categoria do erro, até
06. que se efetue a operação difícil de chegar a
07. um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la
08. de um lado nem de outro. É o que tem
09. ocorrido com o estudo da relação entre a obra
10. e o seu condicionamento social, que a certa
11. altura chegou a ser vista como chave para
12. compreendê-la, depois foi rebaixada como
13. falha de visão, — e talvez só agora comece a
14. ser proposta nos devidos termos.
15. De fato, antes se procurava mostrar que
16. o valor e o significado de uma obra
17. dependiam de ela exprimir ou não certo
18. aspecto da realidade, e que este aspecto
19. constituía o que ela tinha de essencial.
20. Depois, chegou-se à posição oposta,
21. procurando-se mostrar que a matéria de uma
22. obra é secundária, e que a sua importância
23. deriva das operações formais postas em jogo,
24. conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna
25. de fato independente de quaisquer
26. condicionamentos, sobretudo social,
27. considerado inoperante como elemento de
28. compreensão. Hoje sabemos que a
29. integridade da obra não permite adotar
30. nenhuma dessas visões ........ ; e que só a
31. podemos entender fundindo texto e contexto
32. numa interpretação dialeticamente íntegra,
33. em que tanto o velho ponto de vista que
34. explicava pelos fatores externos, quanto o
35. outro, norteado pela convicção de que a
36. estrutura é virtualmente independente, se
37. combinam como momentos necessários do
38. processo interpretativo. Sabemos, ainda, que
39. o externo (no caso, o social) importa, não
40. como causa, nem como significado, mas como
41. elemento que desempenha certo papel na
42. constituição da estrutura, tornando-se,
43. portanto, interno.
44. Neste caso, saímos dos aspectos
45. periféricos da sociologia, ou da história
46. sociologicamente orientada, para chegar a
47. uma interpretação estética que assimilou a
48. dimensão social como fator de arte. Quando
49. isto se dá, ocorre o paradoxo assinalado
50. inicialmente: o externo se torna interno e a
51. crítica deixa de ser sociológica, para ser
52. apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias,
53. o ângulo sociológico adquire uma validade
54. maior do que tinha. Em ........, não pode mais
55. ser imposto como critério único, ou mesmo
56. preferencial, pois a importância de cada fator
57. depende do caso a ser analisado. Uma crítica
58. que se queira integral deve deixar de ser
59. unilateralmente sociológica, psicológica ou
60. linguística, para utilizar livremente os
61. elementos capazes de conduzirem a uma
62. interpretação coerente.
                                                            Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e
                                                                           sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro
                                                                                                                sobre Azul, 2006.

Considere o trecho abaixo extraído do texto.
É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a
certa altura chegou a ser vista como chave para compreendê-la, depois foi rebaixada como falha de
visão, — e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos (l. 08 a 14).
Se a palavra relação fosse substituída por vínculo, quantas outras palavras no trecho teriam de ser modificadas
para fins de correção gramatical?
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42Q704289 | Biologia, Vestibular 3 dia, UFRGS, UFRGS, 2019

Nos seres vivos, as enzimas aumentam a velocidade das reações químicas.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes às enzimas.
( ) As enzimas têm todas o mesmo pH ótimo.
( ) A temperatura não afeta a formação do complexo enzima-substrato.
( ) A desnaturação, em temperaturas elevadas, acima da ótima, pode reduzir a atividade enzimática.
( ) A concentração do substrato afeta a taxa de reação de uma enzima.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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43Q932877 | Física, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Uma fonte de tensão cuja força eletromotriz é de 15 V tem resistência interna de 5 ?. A fonte está ligada em série com uma lâmpada incandescente e com um resistor. Medidas são realizadas e constata-se que a corrente elétrica que atravessa o resistor é de 0,20 A, e que a diferença de potencial na lâmpada é de 4 V. Nessa circunstância, as resistências elétricas da lâmpada e do resistor valem, respectivamente.
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44Q932500 | Português, Morfologia, Vestibular 2 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2019

Texto associado.
TEXTO
01. Cena 1
02. Em uma madrugada chuvosa, um
03. trabalhador residente em São Paulo acorda,
04. ao amanhecer, às cinco horas, toma
05. rapidamente o café da manhã, dirige-se até o
06. carro, acessa a rua, e, como de costume, faz
07. o mesmo trajeto até o trabalho. Mas, em um
08. desses inúmeros dias, ouve pelo rádio que
09. uma das avenidas de sua habitual rota está
10. totalmente congestionada. A partir dessa
11. informação e enquanto dirige, o trabalhador
12. inicia um processo mental analítico para
13. escolher uma rota alternativa que o faça
14. chegar ........ empresa no horário de sempre.
15. Para decidir sobre essa nova rota, ele
16. deverá considerar: a nova distância a ser
17. percorrida, o tempo gasto no deslocamento, a
18. quantidade de cruzamentos existentes em
19. cada rota, em qual das rotas encontrará
20. chuva e em quais rotas passará por áreas
21. sujeitas a alagamento.
22. Cena 2
23. Mais tarde no mesmo dia, um casal
24. residente na mesma cidade obtém
25. financiamento imobiliário e decide pela
26. compra de um apartamento. São inúmeras
27. opções de imóveis à venda. Para a escolha
28. adequada do local de sua morada em São
29. Paulo, o casal deverá levar em conta, além do
30. valor do apartamento, também outros
31. critérios: variação do preço dos imóveis por
32. bairro, distância do apartamento até a escola
33. dos filhos pequenos, tempo gasto entre o
34. apartamento e o local de emprego do casal,
35. preferência por um bairro tranquilo e
36. existência de linha de ônibus integrada ao
37. metrô nas proximidades do imóvel – entre
38. outros critérios.
39. Essas duas cenas urbanas descrevem
40. situações comuns ........ passam diariamente
41. muitos dos cidadãos residentes em grandes
42. cidades. As protagonistas têm em comum a
43. angústia de tomar uma decisão complexa,
44. escolhida dentre várias possibilidades
45. oferecidas pelo espaço geográfico. Além de
46. mostrar que a geografia é vivida no cotidiano,
47. as duas cenas mostram também que, para
48. tomar a decisão que ........ seja mais
49. conveniente, nossas protagonistas deverão
50. realizar, primeiramente, uma análise
51. geoespacial da cidade. Em ambas as cenas,
52. essa análise se desencadeia a partir de um
53. sistema cerebral composto de informações
54. geográficas representadas internamente na
55. forma de mapas mentais que induzirão as três
56. protagonistas a tomar suas decisões. Em cada
57. cena podemos visualizar uma pergunta
58. espacial. Na primeira, o trabalhador pergunta:
59. “qual a melhor rota a seguir, desde este
60. ponto onde estou até o local de meu trabalho,
61. neste horário de segunda-feira?” Na segunda,
62. o questionamento seria: “qual é o lugar da
63. idade que reúne todos os critérios
64. geográficos adequados à nossa moradia?”
65. A cena 1 é um exemplo clássico de análise
66. de redes, enquanto a cena 2 é um exemplo
67. clássico de alocação espacial – duas das
68. técnicas mais importantes da análise
69. geoespacial.
70. A análise geoespacial reúne um conjunto de
71. métodos e técnicas quantitativos dedicados à
72. solução dessas e de outras perguntas
73. similares, em computador, ........ respostas
74. dependem da organização espacial de
75. informações geográficas em um determinado
76. tempo. Dada a complexidade dos modelos,
77. muitas técnicas de análise geoespacial foram
78. transformadas em linguagem computacional e
79. reunidas, posteriormente, em um sistema de
80. informação geográfica. Esse fato
81. geotecnológico contribuiu para a
82. popularização da análise geoespacial realizada
83. em computadores, que atualmente é
84. simplificada pelo termo geoprocessamento.
Adaptado de: FERREIRA, Marcos César. Iniciação à
análise geoespacial: teoria, técnicas e exemplos
para geoprocessamento.
São Paulo: Editora UNESP, 2014. p. 33-34.
Considere as afirmações abaixo, sobre a formação de palavras no texto.
I - A palavra chuvosa (l. 02) é formada por sufixação a partir de um substantivo.
II - A palavra amanhecer (l. 04) é formada por parassíntese a partir de um substantivo.
III- A palavra rapidamente (l. 05) é formada por sufixação a partir de um substantivo.
Quais estão corretas?
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45Q596734 | Português, Interpretação de Textos, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
Sobre o livro Quarto de despejo , de Carolina Maria de Jesus, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso)
as seguintes afirmações.
( ) A história, estruturada em forma de diário, abarca cinco anos da vida de Carolina, que, segundo
a narradora, suporta sua rotina de fome e violência através da escrita.
( ) A autora produz uma narrativa de grande potência, apesar dos desvios gramaticais presentes no
texto.
( ) A narradora reflete sobre desigualdade social e racismo. A força do texto está no depoimento de
quem sente essas mazelas no corpo e ainda assim se apresenta como voz vigorosa e propositiva.
( ) O livro, relato atípico na tradição literária brasileira, nunca obteve sucesso editorial, permanecendo
esquecido até os dias de hoje.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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46Q699258 | Química, Vestibular 3 dia, UFRGS, UFRGS, 2019

Em experimento bastante reproduzido em vídeos na internet, é possível mostrar que uma lata contendo refrigerante normal afunda em um balde com água, ao passo que uma lata de refrigerante dietético flutua. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
A propriedade física a que se deve esse comportamento é a ........ e pode ser explicada pela ........ .
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47Q931847 | Português, Tipologia Textual, Vestibular 2 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2019

Texto associado.
TEXTO
01. Cena 1
02. Em uma madrugada chuvosa, um
03. trabalhador residente em São Paulo acorda,
04. ao amanhecer, às cinco horas, toma
05. rapidamente o café da manhã, dirige-se até o
06. carro, acessa a rua, e, como de costume, faz
07. o mesmo trajeto até o trabalho. Mas, em um
08. desses inúmeros dias, ouve pelo rádio que
09. uma das avenidas de sua habitual rota está
10. totalmente congestionada. A partir dessa
11. informação e enquanto dirige, o trabalhador
12. inicia um processo mental analítico para
13. escolher uma rota alternativa que o faça
14. chegar ........ empresa no horário de sempre.
15. Para decidir sobre essa nova rota, ele
16. deverá considerar: a nova distância a ser
17. percorrida, o tempo gasto no deslocamento, a
18. quantidade de cruzamentos existentes em
19. cada rota, em qual das rotas encontrará
20. chuva e em quais rotas passará por áreas
21. sujeitas a alagamento.
22. Cena 2
23. Mais tarde no mesmo dia, um casal
24. residente na mesma cidade obtém
25. financiamento imobiliário e decide pela
26. compra de um apartamento. São inúmeras
27. opções de imóveis à venda. Para a escolha
28. adequada do local de sua morada em São
29. Paulo, o casal deverá levar em conta, além do
30. valor do apartamento, também outros
31. critérios: variação do preço dos imóveis por
32. bairro, distância do apartamento até a escola
33. dos filhos pequenos, tempo gasto entre o
34. apartamento e o local de emprego do casal,
35. preferência por um bairro tranquilo e
36. existência de linha de ônibus integrada ao
37. metrô nas proximidades do imóvel – entre
38. outros critérios.
39. Essas duas cenas urbanas descrevem
40. situações comuns ........ passam diariamente
41. muitos dos cidadãos residentes em grandes
42. cidades. As protagonistas têm em comum a
43. angústia de tomar uma decisão complexa,
44. escolhida dentre várias possibilidades
45. oferecidas pelo espaço geográfico. Além de
46. mostrar que a geografia é vivida no cotidiano,
47. as duas cenas mostram também que, para
48. tomar a decisão que ........ seja mais
49. conveniente, nossas protagonistas deverão
50. realizar, primeiramente, uma análise
51. geoespacial da cidade. Em ambas as cenas,
52. essa análise se desencadeia a partir de um
53. sistema cerebral composto de informações
54. geográficas representadas internamente na
55. forma de mapas mentais que induzirão as três
56. protagonistas a tomar suas decisões. Em cada
57. cena podemos visualizar uma pergunta
58. espacial. Na primeira, o trabalhador pergunta:
59. “qual a melhor rota a seguir, desde este
60. ponto onde estou até o local de meu trabalho,
61. neste horário de segunda-feira?” Na segunda,
62. o questionamento seria: “qual é o lugar da
63. idade que reúne todos os critérios
64. geográficos adequados à nossa moradia?”
65. A cena 1 é um exemplo clássico de análise
66. de redes, enquanto a cena 2 é um exemplo
67. clássico de alocação espacial – duas das
68. técnicas mais importantes da análise
69. geoespacial.
70. A análise geoespacial reúne um conjunto de
71. métodos e técnicas quantitativos dedicados à
72. solução dessas e de outras perguntas
73. similares, em computador, ........ respostas
74. dependem da organização espacial de
75. informações geográficas em um determinado
76. tempo. Dada a complexidade dos modelos,
77. muitas técnicas de análise geoespacial foram
78. transformadas em linguagem computacional e
79. reunidas, posteriormente, em um sistema de
80. informação geográfica. Esse fato
81. geotecnológico contribuiu para a
82. popularização da análise geoespacial realizada
83. em computadores, que atualmente é
84. simplificada pelo termo geoprocessamento.
Adaptado de: FERREIRA, Marcos César. Iniciação à
análise geoespacial: teoria, técnicas e exemplos
para geoprocessamento.
São Paulo: Editora UNESP, 2014. p. 33-34.
O texto apresenta diferentes modos de organização em sua composição.
Na coluna da esquerda, abaixo, são listados modos de organização do texto; na da direita, passagens que correspondem, predominantemente, a esses modos de organização.
Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.
1 - Modo descritivo
2 - Modo explicativo
3 - Modo narrativo
( ) Em uma madrugada chuvosa, [...] (l. 02).
( ) acorda, ao amanhecer, às cinco horas, toma rapidamente o café da manhã, dirige-se até o carro, acessa a rua, e, como de costume, faz o mesmo trajeto até o trabalho (l. 03-07).
( ) uma das avenidas de sua habitual rota está totalmente congestionada (l. 09-10).
( ) A cena 1 é um exemplo clássico de análise de redes, a cena 2 é um exemplo clássico de alocação espacial – duas das técnicas mais importantes da análise geoespacial (l. 65-69).
( ) A análise geoespacial reúne um conjunto de métodos e técnicas quantitativos dedicados à solução dessas e de outras perguntas similares, em computador, [...] (l. 70-73).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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48Q700172 | Química, Vestibular 3 dia, UFRGS, UFRGS, 2019

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes a compostos inorgânicos.
( ) A sílica, presente na areia, e o gás carbônico fazem parte da mesma função inorgânica: os óxidos.
( ) O número de oxidação do oxigênio, no composto OF2, é – 2.
( ) O óxido de alumínio pode comportar-se como óxido ácido ou como óxido básico.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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49Q596249 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
Considere as afirmações abaixo, sobre a canção Águas de março – composição de Antonio Carlos
Jobim, interpretação dele e de Elis Regina – que integra o álbum Elis & Tom.
I - A letra, a melodia e a intepretação de Elis Regina e Tom Jobim estão marcadas unilateralmente
pela melancolia e pelo pessimismo sintomáticos do momento histórico autoritário em que a canção
foi composta.
II - A canção assume um viés claramente narrativo em que o sujeito cancional apresenta sua rotina
de trabalho em ambiente rural.
III- A letra da canção está estruturada na repetição de sentenças afirmativas; fragmentada, a letra
mobiliza substantivos do mundo natural que rimam entre si e formam pares antitéticos.
Quais estão corretas?
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50Q932642 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular 2 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2019

Texto associado.
TEXTO
01. Recebi consulta de um amigo que tenta
02. deslindar segredos da língua para
03. estrangeiros que querem aprender português.
04. Seu problema: “se digo em uma sala de aula:
05. ‘Pessoal, leiam o livro X’, como explicar a
06. concordância? Certamente, não se diz
07. ‘Pessoal, leia o livro X’".
08. Pela pergunta, vê-se que não se trata de
09. fornecer regras para corrigir eventuais
10. problemas de padrão. Trata-se de entender
11. um dado que ocorre regularmente, mas que
12. parece oferecer alguma dificuldade de análise.
13. Em primeiro lugar, é óbvio que se trata de
14. um pedido (ou de uma ordem) mais ou
15. menos informal. Caso contrário, não se usaria
16. a expressão “pessoal”, mas talvez “Senhores”
17. ou “Senhores alunos”.
18. Em segundo lugar, não se trata da tal
19. concordância ideológica, nem de silepse
20. (hipóteses previstas pela gramática para
21. explicar concordâncias mais ou menos
22. excepcionais, que se devem menos a fatores
23. sintáticos e mais aos semânticos; exemplos
24. correntes do tipo “A gente fomos” e “o
25. pessoal gostaram” se explicam por esse
26. critério). Como se pode saber que não se
27. trata de concordância ideológica ou de
28. silepse? A resposta é que, nesses casos, o
29. verbo se liga ao sujeito em estrutura sem
30. vocativo, diferentemente do que acontece
31. aqui. E em casos como “Pedro, venha cá”,
32. “venha” não se liga a “Pedro”, mesmo que
33. pareça que sim, porque Pedro não é o sujeito.
34. Para tentar formular uma hipótese mais
35. clara para o problema apresentado, talvez se
36. deva admitir que o sujeito de um verbo pode
37. estar apagado e, mesmo assim, produzir
38. concordância. O ideal é que se mostre que o
39. fenômeno não ocorre só com ordens ou
40. pedidos, e nem só quando há vocativo.
41. Vamos por partes: a) é normal, em
42. português, haver orações sem sujeito
43. expresso e, mesmo assim, haver flexão
44. verbal. Exemplos correntes são frases como
45. “chegaram e saíram em seguida”, que todos
46. conhecemos das gramáticas; b) sempre que
47. há um vocativo, em princípio, o sujeito pode
48. não aparecer na frase. É o que ocorre em
49. “meninos, saiam daqui”; mas o sujeito pode
50. aparecer, pois não seria estranha a sequência
51. “meninos, vocês se comportem”; c) se forem
52. aceitas as hipóteses a) e b) (diria que são
53. fatos), não seria estranho que a frase
54. “Pessoal, leiam o livro X” pudesse ser tratada
55. como se sua estrutura fosse “Pessoal, vocês
56. leiam o livro x”. Se a palavra “vocês” não
57. estivesse apagada, a concordância se
58. explicaria normalmente; d) assim, o problema
59. real não é a concordância entre “pessoal” e
60. “leiam”, mas a passagem de “pessoal” a
61. “vocês”, que não aparece na superfície da
62. frase.
63. Este caso é apenas um, dentre tantos
64. outros, que nos obrigariam a considerar na
65. análise elementos que parecem não estar na
66. frase, mas que atuam como se lá estivessem.
Adaptado de: POSSENTI, Sírio.
Malcomportadas línguas.
São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 85-86.
Observe as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto.
Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, talvez se deva admitir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e, mesmo assim, produzir concordância (l. 34-38).
I - Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, deve-se admitir, talvez, que o sujeito de um verbo pode estar apagado e produzir concordância mesmo assim.
II - Para tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado, se deva admitir que talvez o sujeito de um verbo possa estar apagado e produzir concordância, mesmo assim.
III- Deve-se admitir que o sujeito de um verbo pode estar apagado e produzir, mesmo assim, concordância, para talvez tentar formular uma hipótese mais clara para o problema apresentado.
Quais estão corretas e preservam a significação do trecho original?
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51Q596232 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
01. Nada mais importante para chamar a
02. atenção sobre uma verdade do que exagerála.
03. Mas também, nada mais perigoso, ........
04. um dia vem a reação indispensável e a relega
05. injustamente para a categoria do erro, até
06. que se efetue a operação difícil de chegar a
07. um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la
08. de um lado nem de outro. É o que tem
09. ocorrido com o estudo da relação entre a obra
10. e o seu condicionamento social, que a certa
11. altura chegou a ser vista como chave para
12. compreendê-la, depois foi rebaixada como
13. falha de visão, — e talvez só agora comece a
14. ser proposta nos devidos termos.
15. De fato, antes se procurava mostrar que
16. o valor e o significado de uma obra
17. dependiam de ela exprimir ou não certo
18. aspecto da realidade, e que este aspecto
19. constituía o que ela tinha de essencial.
20. Depois, chegou-se à posição oposta,
21. procurando-se mostrar que a matéria de uma
22. obra é secundária, e que a sua importância
23. deriva das operações formais postas em jogo,
24. conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna
25. de fato independente de quaisquer
26. condicionamentos, sobretudo social,
27. considerado inoperante como elemento de
28. compreensão. Hoje sabemos que a
29. integridade da obra não permite adotar
30. nenhuma dessas visões ........ ; e que só a
31. podemos entender fundindo texto e contexto
32. numa interpretação dialeticamente íntegra,
33. em que tanto o velho ponto de vista que
34. explicava pelos fatores externos, quanto o
35. outro, norteado pela convicção de que a
36. estrutura é virtualmente independente, se
37. combinam como momentos necessários do
38. processo interpretativo. Sabemos, ainda, que
39. o externo (no caso, o social) importa, não
40. como causa, nem como significado, mas como
41. elemento que desempenha certo papel na
42. constituição da estrutura, tornando-se,
43. portanto, interno.
44. Neste caso, saímos dos aspectos
45. periféricos da sociologia, ou da história
46. sociologicamente orientada, para chegar a
47. uma interpretação estética que assimilou a
48. dimensão social como fator de arte. Quando
49. isto se dá, ocorre o paradoxo assinalado
50. inicialmente: o externo se torna interno e a
51. crítica deixa de ser sociológica, para ser
52. apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias,
53. o ângulo sociológico adquire uma validade
54. maior do que tinha. Em ........, não pode mais
55. ser imposto como critério único, ou mesmo
56. preferencial, pois a importância de cada fator
57. depende do caso a ser analisado. Uma crítica
58. que se queira integral deve deixar de ser
59. unilateralmente sociológica, psicológica ou
60. linguística, para utilizar livremente os
61. elementos capazes de conduzirem a uma
62. interpretação coerente.
                                                            Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e
                                                                           sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro
                                                                                                                sobre Azul, 2006.

Assinale a afirmação que está de acordo com a argumentação defendida pelo autor no texto.

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52Q932899 | História, Vestibular 4 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2019

Considere as seguintes afirmações sobre a história antiga de Roma.
I - Com o fim do período monárquico, a hierarquia social na República deixou de estar fundada na descendência familiar e na propriedade de terras, valorizando as ocupações ligadas ao comércio urbano e à prática da magistratura.
II - No contexto dos séculos III e II a.C., a manumissão de estrangeiros, escravizados a partir de conquistas bélicas, possibilitava a tais indivíduos liberdade social e cidadania política.
III- Entre as principais causas do fim da República, estão a invasão de tribos normandas oriundas do norte da Europa, a difusão do cristianismo e a crise econômica provocada pela chamada “Conspiração de Catilina”.
Quais estão corretas?
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53Q596746 | Português, Interpretação de Textos, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.

Leia o segmento abaixo, retirado do Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira, e assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
Supostas estas duas demonstrações; suposto que o fruto e efeitos da palavra de Deus, não fica, nem por parte de Deus, nem por parte dos ouvintes, segue-se por consequência clara que fica por parte do pregador. E assim é. Sabeis, cristãos, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa nossa. [...] Mas como em um pregador há tantas qualidades, e em uma pregação tantas leis, e os pregadores podem ser culpados em todas, em qual consistirá esta culpa? No pregador podem-se considerar cinco circunstâncias: ........ . 
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54Q596314 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
Leia o trecho final de O cortiço .
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão
e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.
Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,
erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançála,
já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.
E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue.
João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.
Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que
vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.
Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.
 
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.
I - O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para
desmascarar o falso abolicionismo de João Romão; ao mesmo tempo, mantém-se distante dela
ao descrevê-la com traços animalescos.
II - A morte terrível de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo da
narração, característica naturalista presente no texto de Aluísio Azevedo.
III- A última frase do trecho sugere que João Romão receberá a comissão a despeito do fim de
Bertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha.
Quais estão corretas?
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55Q932454 | Matemática, Geometria Plana, Vestibular 4 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Considere um triângulo equilátero circunscrito a um círculo. Se a distância de cada vértice do triângulo ao centro do círculo é 2 cm, a área da região do triângulo não ocupada pelo círculo, em cm2 , é
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56Q596503 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
01. – Temos sorte de viver no Brasil – dizia
02. meu pai, depois da guerra. – Na Europa
03. mataram milhões de judeus.
04. Contava as experiências que os médicos
05. nazistas faziam com os prisioneiros.
06.  Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas
07. encolher – à maneira, li depois, dos índios
08. Jivaros. Amputavam pernas e braços.
09. Realizavam estranhos transplantes: uniam a
10. metade superior de um homem ........ metade
11. inferior de uma mulher, ou aos quartos
12. traseiros de um bode. Felizmente morriam
13. essas atrozes quimeras; expiravam como
14. seres humanos, não eram obrigadas a viver
15. como aberrações. (........ essa altura eu tinha
16. os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava
17. que a descrição das maldades nazistas me
18. deixava comovido.)
19. Em 1948 foi proclamado o Estado de
20. Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho –
21. o melhor vinho do armazém –, brindamos ao
22. acontecimento. E não saíamos de perto do
23. rádio, acompanhando ........ notícias da guerra
24. no Oriente Médio. Meu pai estava
25. entusiasmado com o novo Estado: em Israel,
26. explicava, vivem judeus de todo o mundo,
27. judeus brancos da Europa, judeus pretos da
28. África, judeus da Índia, isto sem falar nos
29. beduínos com seus camelos: tipos muito
30 esquisitos, Guedali.
31. Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
32. Por que não ir para Israel? Num país de
33. gente tão estranha – e, ainda por cima, em
34. guerra – eu certamente não chamaria a
35. atenção. Ainda menos como combatente,
36. entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu
37. me via correndo pelas ruelas de uma aldeia,
38. empunhando um revólver trinta e oito,
39. atirando sem cessar; eu me via caindo,
40. varado de balas. Aquela, sim, era a morte que
41. eu almejava, morte heroica, esplêndida
42. justificativa para uma vida miserável, de
43. monstro encurralado. E, caso não morresse,
44. poderia viver depois num kibutz . Eu, que
45. conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria
46. muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os
47. membros do kibutz terminariam por me
48. aceitar; numa nova sociedade há lugar para
49. todos, mesmo os de patas de cavalo.
                   Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim . 9.
                                                           ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.
Assinale a alternativa em que a substituição proposta mantém o sentido da passagem do texto, considerando o
contexto em que a expressão é empregada.
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57Q699639 | Biologia, Vestibular 3 dia, UFRGS, UFRGS, 2019

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que aparecem.
Pessoas que pertencem ao grupo sanguíneo A têm na membrana plasmática das suas hemácias ........ e no plasma sanguíneo ........ . As que pertencem ao grupo sanguíneo O não apresentam ........ na membrana plasmática das hemácias.
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58Q595977 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
No bloco superior abaixo, estão listados os títulos de alguns romances, representantes do Romance de 30 no Brasil; no inferior, o enredo central desses romances. 
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
 1 - A bagaceira, de José Américo de Almeida.
 2 - O quinze, de Rachel de Queiroz.
 3 - Menino de engenho, de José Lins do Rego.
 4 - Os ratos, de Dyonélio Machado. 5 - Vidas secas, de Graciliano Ramos.
 ( ) Os retirantes sertanejos Valentim Pereira, Soledade, sua filha, e Pirunga, um agregado, buscam, durante uma terrível seca, abrigo no engenho de Dagoberto Marcão.
 ( ) Carlos de Melo narra suas memórias de infância na fazenda Santa Rosa, apresentando o avô, as tias e os “moleques da bagaceira”. 
 ( ) Família de retirantes foge da seca em direção ao sul do Brasil, rumo a uma cidade grande, onde há trabalho para o pai e escola para os filhos. 
 ( ) Funcionário público, endividado com o leiteiro, perambula pela cidade em busca do dinheiro para saldar sua dívida.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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59Q931871 | Matemática, Geometria Plana, Vestibular 4 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Um ponto A , que se movimenta sobre uma circunferência, tem sua posição p(t) , considerada na vertical, no instante t , descrita pela relação p(t) = 100 - 20sen(t) , para t ? 0 . Nesse caso, a medida do diâmetro dessa circunferência é
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60Q932360 | Matemática, Equações do Primeiro Grau, Vestibular 4 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2019

A média aritmética das idades de um grupo de 10 amigos é 22 anos. Ao ingressar mais um amigo nesse grupo, a média aritmética passa a ser de 23 anos. A idade do amigo ingressante no grupo, em anos, é
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