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101Q950034 | Física, Movimento Retilíneo Uniforme, Primeira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

A atividade física, após infarto agudo do miocárdio, tem sido associada à significativa redução em todas as causas de mortalidade e incidência de novo infarto.


Nesse contexto, a prática da atividade física promove
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102Q942881 | Português, Interpretação de Textos, Literatura, UNICENTRO, UNICENTRO

Texto associado.
Leia o conto a seguir e responda à questão.

Preciosidade (para Mafalda)

De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto. Vastamente ela abria os olhos. Tinha quinze anos e não era bonita. Mas por dentro da magreza, a vastidão quase majestosa em que se movia como dentro de uma meditação. E dentro da nebulosidade algo precioso. Que não se espreguiçava, não se comprometia, não se contaminava. Que era intenso como uma joia. Ela acordava antes de todos, pois para ir à escola teria que pegar um ônibus e um bonde, o que lhe tomaria uma hora. O que lhe daria uma hora. De devaneio agudo como um crime. O vento da manhã violentando a janela e o rosto até que os lábios ficavam duros, gelados. Então ela sorria. Como se sorrir fosse em si um objetivo. Tudo isso aconteceria se tivesse a sorte de “ninguém olhar para ela”. Era uma manhã ainda mais fria e escura que as outras, ela estremeceu no suéter. A branca nebulosidade deixava o fim da rua invisível. Tudo estava algodoado, não se ouviu sequer o ruído de algum ônibus que passasse pela avenida. Foi andando para o imprevisível da rua. As casas dormiam nas portas fechadas. Os jardins endurecidos de frio. No ar escuro, mais que no céu, no meio da rua uma estrela. Uma grande estrela de gelo que não voltara ainda, incerta no ar, úmida, informe. Surpreendida no seu atraso, arredondava- -se na hesitação. Ela olhou a estrela próxima. Caminhava sozinha na cidade bombardeada. Não, ela não estava sozinha. Com os olhos franzidos pela incredulidade no fim longínquo de sua rua, de dentro do vapor, viu dois homens. Dois rapazes vindo. Olhou ao redor como se pudesse ter errado de rua ou de cidade. Mas errara os minutos: saíra de casa antes que a estrela e dois homens tivessem tempo de sumir. Seu coração se espantou. O que se seguiu foram quatro mãos difíceis, foram quatro mãos que não sabiam o que queriam, quatro mãos erradas de quem não tinha a vocação, quatro mãos que a tocaram tão inesperadamente que ela fez a coisa mais certa que poderia ter feito no mundo dos movimentos: ficou paralisada. Eles, cujo papel predeterminado era apenas o de passar junto do escuro de seu medo, e então o primeiro dos sete mistérios cairia; eles que representariam apenas o horizonte de um só passo aproximado, eles não compreenderam a função que tinham e, com a individualidade dos que têm medo, haviam atacado. Foi menos de uma fração de segundo na rua tranquila. Numa fração de segundo a tocaram como se a eles coubessem todos os sete mistérios. Que ela conservou todos, e mais larva se tornou, e mais sete anos de atraso. Quando foi molhar os cabelos diante do espelho, ela era tão feia. Ela possuía tão pouco, e eles haviam tocado. Ela era tão feia e preciosa. Estava pálida, os traços afinados. As mãos, umedecendo os cabelos, sujas de tinta ainda do dia anterior. “Preciso cuidar mais de mim”, pensou. Não sabia como. A verdade é que cada vez sabia menos como. A expressão do nariz era a de um focinho apontando na cerca. Voltou ao banco e ficou quieta, com um focinho. “Uma pessoa não é nada.” “Não”, retrucou-se em mole protesto, “não diga isso”, pensou com bondade e melancolia. “Uma pessoa é alguma coisa”, disse por gentileza. Mas no jantar a vida tomou um senso imediato e histérico:
– Preciso de sapatos novos! Os meus fazem muito barulho, uma mulher não pode andar com salto de madeira, chama muita atenção! Ninguém me dá nada! Ninguém me dá nada! – e estava tão frenética e estertorada que ninguém teve coragem de lhe dizer que não os ganharia. Só disseram:
– Você não é uma mulher e todo salto é de madeira. Até que, assim como uma pessoa engorda, ela deixou, sem saber por que processo, de ser preciosa. Há uma obscura lei que faz com que se proteja o ovo até que nasça o pinto, pássaro de fogo. E ela ganhou os sapatos novos.

(LISPECTOR, C. Laços de Família. São Paulo: Rocco, 1998. p.95-108.)
Leia a notícia a seguir e responda à questão.
90% das mulheres estupradas não denunciam agressor, diz especialista Medo de morte, vergonha e humilhação e sentimento de culpa são os principais motivos para a falta de denúncia.

Três dias antes do Natal do ano passado, a agente de atendimento Isabela (nome fictício), de 18 anos de idade, estava voltando para casa após um culto na igreja onde frequenta quando foi abordada por um desconhecido em uma moto. A princípio, ela diz ter pensado se tratar de um assalto e chegou a entregar o telefone celular ao homem com capacete. “Esse foi o único dia que eu estava voltando para casa sozinha. Ele me pegou em uma rua deserta e apontou a arma para mim. Por medo, eu não gritei. Ele pegou o celular e disse que ia me guiar. Me levou a uma rua mais deserta e colocou um capuz em mim para eu não ver o rosto dele”, diz. O estupro aconteceu na rua mesmo. Com medo do agressor que a ameaçou de morte caso contasse para alguém, Isabela ficou calada e relatou apenas o assalto para a mãe.
(Adaptado de: OLIVEIRA, A. Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-04-25/90-das-mulheres-estupradas-nao-denunciam-agressor-diz-especialista.html>. Acesso em: 25 abr. 2014.)
Quanto aos aspectos que compõem o conto “Preciosidade” e a notícia, considere as afirmativas a seguir.
I. O conto valoriza mais o tema do que a forma como ele é exposto. II. A notícia apresenta uma linguagem mais objetiva, concisa e clara. III. No conto, há mais traços de subjetividade, sendo mais importante o modo de dizer que o fato em si. IV. Na notícia, a verdade é primordial, enquanto, no conto, não há, necessariamente, compromisso com a apresentação da realidade, mas com sua verossimilhança.
Assinale a alternativa correta
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103Q942884 | Arquivologia, Verbos Verbs, Espanhol, UNICENTRO, UNICENTRO

Texto associado.
Lee el texto a continuación y contesta a la pregunta.

El curioso origen de la famosa expresión ‘alter ego’

Como muchos de vosotros sabréis, ‘alter ego’ significa ‘el otro yo’ y se utiliza en algunas ocasiones para referirse a la doble personalidad de alguien; por ejemplo cuando éste se muestra/comporta de un modo en un sitio y de manera muy diferente en otro, como si tuviera dos identidades (un claro ejemplo sería la dualidad del personaje ‘Dr. Jekyll y Mr. Hyde’ de la famosa novela de Robert Louis Stevenson). Pero originalmente la expresión ‘alter ego’ nada tenía que ver con esta dualidad de la personalidad que hoy en día se le da sino que procede de una sentencia atribuida al famoso filósofo y matemático griego Pitágoras, quien en el siglo V a.C. fue preguntado por uno de sus muchos discípulos de la Escuela Pitagórica (hoy en día muy probablemente estaría considerada como una secta) sobre ‘qué es un amigo’. Pitágoras, haciendo una referencia a aquel que se mira en su propio reflejo en el agua contestó: ‘Un amigo es otro yo’. Pero hasta nosotros no nos llegó este aforismo en su forma original en griego. Fue a partir del siglo I d.C. a través del famoso filósofo y político del Imperio Romano Lucio Anneo Séneca (gran estudioso de la obra pitagórica), quien la dio a conocer en su forma en latín: ‘Amicus est alter ego’ (Un amigo es otro yo). Con el transcurrir de los siglos la parte de la expresión que ha prevalecido y que todos conocemos ha sido la final ‘alter ego’, siendo utilizada la locución tal y como explico al inicio del post y para referirse también a aquellas personas que son de nuestra total confianza o con la que te sientes completamente identificada: Fulanito es mi alter ego.

(Adaptado de: LÓPEZ, A. Disponible en: <http://blogs.20minutos.es/yaestaellistoquetodolosabe/el-curioso-origen-de-la-famosa-expresion-alter-ego/comment-page-1/#comment-10723>. Accedido el: 7 ago. 2015.)
De acuerdo con el fragmento “que todos conocemos ha sido la final”, señala la alternativa que presenta, correctamente, la clasificación del tiempo verbal del indicativo subrayado en el fragmento.
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104Q949925 | História e Geografia de Estados e Municípios, Segunda Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

O setor de transportes é essencial para que um país tenha competitividade no mercado internacional. No entanto, os modais de transporte no Brasil impõem grandes limitações ao crescimento e à expansão da economia. Muitos países de dimensões continentais como o Brasil geralmente apresentam grandes dificuldades para a instalação de uma infraestrutura de transportes. Alguns deles realizam obras importantes, visando à integração de seu território e o escoamento da produção agrária e industrial. Podemos apontar alguns problemas da infraestrutura de transporte brasileira que exija atenção:
I- O alto custo da manutenção de rodovias e ferrovias e da conservação da frota de veículos. II- A necessidade de aparelhamento e de modernização dos portos fluviais e marítimos, dos aeroportos e da infraestrutura de armazenagem de produtos para exportação. III- A maior concentração de ferrovias, aeroportos, portos e rodovias no Centro Sul, região mais industrializada e populosa do país.
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105Q949414 | História, Movimentos de Reforma Religiosa protestantes e católicos, História, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

O Renascimento, sob influência da cultura greco-romana, supunha que o ser humano era capaz de um entendimento racional do mundo. Assinale a alternativa correta para as características que marcaram essa influência.
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106Q949475 | Português, Flexão de voz ativa, Língua Portuguesa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Texto associado.
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/>
Assinale a única alternativa em que o sujeito é inexistente.
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107Q950031 | Biologia, Relações ecológicas, Primeira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

Durante um dos processos de divisão celular, o pareamento de cromossomos homólogos possibilita a ocorrência de eventos cuja repercussão se traduz em
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108Q949800 | Física, Calorimetria, Segunda Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, a variação da energia interna de um sistema, ΔU, é dada pela diferença entre o calor trocado com o meio exterior, Q, e o trabalho,W, realizado no processo termodinâmico.Considerando-se essas informações, se um gás monoatômico expande de modo a manter-se sempre com a mesma temperatura, essa transformação pode ser representada pela equação
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109Q942954 | Matemática, Função Logarítmica, Primeiro dia, UNICENTRO, UNICENTRO

O domínio da função y = logx−1 x² - 1/x é fornecido por
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110Q949611 | Sociologia, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Sobre o pensamento de Karl Marx, considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I) O materialismo histórico é uma teoria marxista, na qual se atribui a explicação de toda a história das relações humanas por meio de fatos materiais. II) Para Marx, a classe trabalhadora é alienada, pois não percebe os mecanismos de sua exploração, é acrítica e passiva. Marx foi um grande defensor da formação da consciência da classe trabalhadora. III) Para Marx, a evolução histórica, independente de em qual época se estivesse, ocorria por causa de confrontos entre classes sociais, geralmente, cujo motivo era o que Marx chamava de “exploração do homem pelo homem”. Indivíduos esqueciam-se de que eram todos seres humanos com direitos e deveres, para explorarem ao máximo aqueles que lhes fossem “inferiores” de seu ponto de vista.
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111Q949448 | Química, Principais Funções Orgânicas Funções Nitrogenadas Amina, Química, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

A sociedade moderna não consegue mais viver sem os materiais produzidos a partir dos polímeros (do grego poli, muitas, meros, partes). Um polímero é uma macromolécula natural ou preparada artificialmente, formada por unidades estruturais que se repetem, os monômeros. Polímeros são empregados na fabricação de embalagens para bebidas, brinquedos, tubos e conexões para água, entre muitos outros. Entretanto, seu descarte inapropriado tem provocado problemas ambientais. Analise as questões seguintes, relacionadas aos polímeros.
I. Polímeros de eliminação são materiais obtidos a partir da reação entre monômeros iguais ou diferentes, com a liberação de substâncias mais simples, tais como a água, cloreto de hidrogênio, entre outros, com exceção do poliuretano.
II. O cloroeteno, obtido através da adição parcial de cloreto de hidrogênio ao etino, é a unidade básica (monômero) do policloreto de vinila ou PVC.
III. A borracha natural, um elastômero, polímero de alta elasticidade e fórmula (C5H8)n, é formada a partir do metilbut-1,3- dieno (isopreno). Também pode ser extraída da seringueira, Hevea brasiliensis.
IV. Vulcanização é o nome que se dá ao processo de modificação da borracha com enxofre para acentuar determinadas propriedades como aumento de elasticidade e resistência a altas e baixas temperaturas.
V. Copolímeros são obtidos através da reação de condensação de dois ou mais monômeros iguais, na presença de um catalisador, formando um polímero de estrutura ramificada.
É correto o que se afirma em
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112Q949472 | Português, Dígrafos, Língua Portuguesa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Texto associado.
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/>
Assinale a única alternativa em que o acento indicativo de crase deve ser obrigatório. Atenção: os acentos foram omitidos propositadamente.
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113Q679429 | Sociologia, Auguste Comte e o positivismo, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

O pensamento positivista de Augusto Comte tornou-se fundamental no debate político brasileiro no século XIX, pois o regime republicano foi instalado sob sua base teórica. A doutrina acabou moldando-se ao país, sendo aceita por um grupo reduzido de estudiosos, entretanto se a valorização da educação na Europa era destinada aos pobres, no Brasil a classe beneficiada foi a elite.
Dentre as numerosas influências do positivismo no Brasil, pode se destacar
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114Q949514 | Física, Eletrostática e Lei de Coulomb Força Elétrica, Física, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Um fio longo e retilíneo é percorrido por uma corrente constante de intensidade 6 A. Qual é a intensidade do vetor indução magnética em um ponto localizado a 30 cm deste fio? (Dado µ0 = 4π . 10-7T .m/A;).
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115Q950039 | Geografia, Vegetação, Primeira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

A geomorfologia analisa as formas de relevo, focalizando suas características morfológicas, materiais componentes, processos atuantes e a dinâmica evolutiva.


Com base nessa informação e nos conhecimentos sobre as formas de relevo, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.

( ) Inselbergs são relevos residuais originados de intenso processo erosivo, típico de ambientes áridos.

( ) Coxilhas são formas de relevo caracterizadas pela presença de grandes elevações relacionadas a movimentos tectônicosdo tipo orogênico.

() Cuesta é uma forma de relevo simétrico constituído por rochas de igual resistência ao desgaste e localizada na zona de contato de bacias sedimentares.

( ) Falésia corresponde a uma formação litorânea originada de processos erosivos relacionados às oscilações do nível relativo do mar e das condições climáticas no decorrer do tempo geológico.


( ) Planaltos formados em núcleos cristalinos arqueados correspondem às áreas afloradas dos crátons, levantadas ou soerguidas por epirogênese.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
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116Q942875 | Português, Formação das Palavras Composição, Português, UNICENTRO, UNICENTRO

Texto associado.
Leia o texto a seguir e responda à questão.

Internet é coisa do passado

Para especialista, humanos estarão cada vez mais integrados com tecnologia. Não, um futurista não é alguém que veio do futuro para nos prevenir a respeito do domínio das máquinas e o início de uma guerra sem fim. Muito pelo contrário, Tiago Mattos é multiempreendedor, educador, palestrante e formado pela Singularity University como futurista e seu trabalho é entender que tendências a tecnologia está seguindo. Para entrar no curso, o empreendedor gaúcho de 35 anos de idade foi avaliado com a capacidade de impactar um bilhão de pessoas em dez anos. De acordo com ele, a revolução da Internet já passou e, agora, o futuro aponta para uma integração cada vez maior entre homens e tecnologias. A Singularity University é uma iniciativa da NASA em parceria com o Google e tem como meta principal discutir e encontrar novos caminhos da cultura digital e pós-digital. “O pensamento humano é linear. Já o pensamento dos computadores funciona de acordo com uma lógica exponencial. A cada dezoito meses, mais ou menos, nossa capacidade duplica. Por isso, a velocidade da evolução é cada vez maior”, explica Mattos. Depois da Internet, segundo as discussões da Singularity, três novas revoluções em curso ditam as tendências do futuro próximo: genética/biotecnologia, nanotecnologia e robótica/inteligência artificial. Mattos explica que os anos de 1980 foram transformados pela computação, os 1990 pela Internet e os 2000/2010 viveram o advento dos sensores e da Internet das coisas, agora, o momento já é outro. As interações entre os objetos e os humanos devem se intensificar e se complexificar. “Este é um processo irreversível. Se já temos smartphone, SmarTVs... as coisas ficarão cada vez mais “espertas” e nós, humanos, somos apenas mais uma dessas coisas”, afirma Tiago.

As novas revoluções já começaram

Talvez, para um terráqueo das antigas, muito pode parecer roteiro de ficção científica, mas as três revoluções citadas por Mattos já estão a pleno vapor. Pesquisas para desenvolvimento de órgãos humanos com impressoras 3D, realidade aumentada para uso pedagógico em simulações de situações de risco e funções de dispositivos móveis capazes de monitorar condições médicas dos usuários ou acessar dados bancários remotamente são exemplos de como essas novas tecnologias já estão em nosso dia a dia. E, pelo visto, vem muito mais por aí.

(Adaptado de: RODRIGUES, Ennio. Internet é coisa do passado. Disponível em:<https://super.abril.com.br/tecnologia/internet-e-coisa-do-passado/>. Acesso em: 21 jul. 2015.)
Quanto ao processo de formação de palavras, assinale a alternativa correta.
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117Q950049 | Química, Estudo da matéria substâncias, Primeira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

Na tabela periódica, os elementos químicos estão agrupados em ordem crescente de seu número atômico. A diferença de número de prótons, de nêutrons e de elétrons caracteriza um átomo e define suas propriedades.


Baseando-se nessas diferenças de número de prótons, de nêutrons e de elétrons dos átomos dos elementos químicos e em sua disposição na Tabela Periódica, pode-se afirmar que o
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118Q942918 | Física, Física, UNICENTRO, UNICENTRO

A maioria das ópticas possui espelhos côncavos que ampliam a imagem. Em uma dessas ópticas, um cliente está testando armações de óculos em frente a um espelho côncavo.
Considerando que, ao ficar distante 10 cm desse espelho, a imagem do cliente foi ampliada em uma vez e meia (1,5), assinale a alternativa que apresente, corretamente, o valor do raio, R, de curvatura do respelho.
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119Q942948 | Geografia, Crescimento, Primeiro dia, UNICENTRO, UNICENTRO

Com base nos conhecimentos sobre população e sua distribuição no mundo e no Brasil, é correto afirmar:
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120Q942872 | Arquivologia, Interpretação de Textos, Português, UNICENTRO, UNICENTRO

Texto associado.
Leia a crônica a seguir e responda à questão.

Receita para mal de amor

Minha querida amiga:
Sim, é para você mesma que estou escrevendo – você que aquela noite disse que estava com vontade de me pedir conselhos, mas tinha vergonha e achava que não valia a pena, e acabou me formulando uma pergunta ingênua:
– Como é que a gente faz para esquecer uma pessoa?
E logo depois me pediu que não pensasse nisso e esquecesse a pergunta, dizendo que achava que tinha bebido um ou dois uísques a mais...
Sei como você está sofrendo, e prefiro lhe responder assim pelas páginas de uma revista – fazendo de conta que me dirijo a um destinatário suposto.
Destinatário, destinatária... Bonita palavra: não devia querer dizer apenas aquele ou aquela a quem se destina uma carta, devia querer dizer também a pessoa que é dona do destino da gente. Joana é minha destinatária. Meu destino está em suas mãos; a ela se destinam meus pensamentos, minhas lembranças, o que sinto e o que sou: todo este complexo mais ou menos melancólico e todavia tão veemente de coisas que eu nasci e me tornei.
Se me derem para encher uma fórmula impressa ou uma ficha de hotel eu poderei escrever assim:
Procedência – São Paulo; Destino – Joana. Pois é somente para ela que eu marcho. No táxi, no bonde, no avião, na rua, não interessa a direção em que me movo, meu destino é Joana. Que importa saber que jamais chegarei ao meu destino?
Isso eu gostaria de lhe dizer, minha amiga, com a autoridade triste do mais vivido e mais sofrido: amar é um ato de paciência e de humildade; é uma longa devoção. Você me responderá que não é nada disso; que você já chegou ao seu destinatário e foi devolvida como se fosse uma carta com o endereço errado.
Que teve alguns dias, algumas horas de felicidade, e por isso agora sofre de maneira insuportável. Então lhe aconselho a comprar um canivete bem amolado e afinar dezoito pedacinhos de pau até ficarem bem pontudos, bem lisos, perfeitamente torneados – e depois deixá-los a um canto. Apanhar uma folha de papel tamanho ofício e enchê-la com o nome de seu amado, escrevendo uma letra bem bonita, de preferência com tinta azul. Em seguida faça com essa folha um aviãozinho, e o jogue pela janela.
Observe o voo e a aterrissagem. Depois desça, vá lá fora, apanhe o avião de papel, desdobre a folha novamente (pode passá-la a ferro, para o serviço ficar mais perfeito e não haver mais nenhum indício da construção aeronáutica) e volte a dobrá-la, desta vez ao meio. Dobre outras vezes, até obter o menor retângulo possível. Então, com o canivete, vá cortando as partes dobradas até transformar toda a folha em minúsculos papeizinhos, tão pequenos que o nome de seu amado não deve caber inteiro em nenhum deles. Aí, apanhe todos aqueles pauzinhos que tinha deixado a um canto e, com os pedacinhos de papel, faça uma fogueira com o máximo cuidado até que restem somente cinzas. A seguir poderá repetir a operação...
– Adianta alguma coisa?
Por favor, querida amiga, não me faça esta pergunta. Nada adianta coisa alguma, a não ser o tempo; e fazer fogueirinhas é um meio tão bom quanto qualquer outro de passar o tempo.

(BRAGA, R. A Traição das Elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. p.17.)
Acerca dos recursos linguísticos presentes na crônica, assinale a alternativa correta.
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