Questões de Concursos UNICENTRO

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201Q679649 | Educação Física, Seleção e Organização Educação Física, Educação Física, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

Na relação com a corporeidade, a Educação Física, atrelada às formas de produção, pode usar a criatividade como
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202Q679423 | Sociologia, Auguste Comte e o positivismo, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

O pai da Sociologia, o francês Auguste Comte, defendia a existência da razão e da Ciência como sendo fundamentais para a vida humana e pregava uma atitude voltada para o conhecimento concreto e objetivo da realidade. Comte sustentou um posicionamento científico para o pensamento filosófico, apontando para a necessidade absoluta do uso da Razão como ponto de partida para toda e qualquer área do conhecimento. (O PAI, 2019).
Tendo como base o texto apresentado e os conhecimentos sobre Sociologia, é correto afirmar que a escola defendida por Comte era
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203Q950016 | Conhecimentos Gerais, Economia Nacional, Terceira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

Na República Velha, a subordinação da economia brasileira aos centros hegemônicos internacionais pode ser comprovada pelo
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204Q950017 | Atualidades, Guerras, Terceira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

As últimas décadas do século XX e o início do século XXI foram marcados, no Brasil,
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205Q679435 | Sociologia, Émile Durkheim e os Fatos Sociais, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

Para Émille Durkheim, a Sociologia deveria abster-se de estudar as individualidades dos sujeitos e se preocupar com os estudos generalistas acerca dos fatos sociais, pois estes são os que moldam as ações sociais, tais como a moral, o estado e os costumes.
Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três características, que são
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206Q679470 | Biologia, Herança ligada ao sexo, Terceira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

Os cromossomos X e Y possuem uma pequena região homóloga, que se emparelha na meiose. Mas há um grande setor do cromossomo X que não existe no Y, onde se localizam vários genes responsáveis por diversas características, como o daltonismo (um defeito na percepção das cores), a hemofilia (um defeito na coagulação do sangue), a presença de mecha branca no cabelo e a distrofia muscular de Duchenne (degeneração progressiva dos músculos). Além desses, foram localizados genes responsáveis por feminilização testicular (atrofia do testículos), adrenoleucodistrofia (deficiência de uma enzima que leva ao acúmulo de substância no cérebro, provocando a degeneração do sistema nervoso), síndrome do X frágil (deficiência mental ) e um provável gene que responde por grave doença mental, a psicose maníaco-depressiva.

Em relação às informações contidas no texto e com base nos conhecimentos do tema evidenciado, é correto afirmar

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207Q688187 | Biologia, Estrutura e fisiologia da Membrana Plasmática, Primeira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Sabemos que a teoria celular é uma das mais importantes generalizações da história da Biologia. Ela admite que, apesar das diferenças quanto à forma e à função, todos os seres vivos têm em comum o fato de serem constituídos por células. Relativamente à teoria celular, indique a opção correta:
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208Q949393 | Física, Movimento Retilíneo Uniforme, Filosofia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

É comum se afirmar que Sócrates era um filósofo dado ao diálogo e que se encontrar com ele para debater era sempre uma atividade de risco. Isso porque a forma dialogal preferida desse pensador consistia em colocar em prática a sua Maiêutica, cuja primeira parte era a Ironia. Essa Ironia Socrática deve ser interpretada como
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209Q949398 | Física, Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, Física, UNICENTRO, UNICENTRO, 2018

Um objeto real, de 35cm de altura, colocado à frente de um espelho convexo, possui imagem
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210Q943023 | Sociologia, Auguste Comte e o positivismo, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO

Texto associado.
Leia o texto a seguir e responda à questão.

A sociologia não é obra de um único filósofo ou cientista, mas o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores que se empenharam em compreender as novas situações de existência inauguradas pelas transformações ocorridas nos séculos XVII, XVIII e XIX. Enquanto conhecimento científico, voltado para a explicação da evolução da natureza humana e progresso da sociedade, a sociologia aparece com Auguste Comte, em um contexto histórico que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.

(Adaptado de: MARTINS, C. R. O que é sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982. p.10-16.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociologia de Auguste Comte, assinale a alternativa correta.
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211Q679379 | Conhecimentos Gerais, Economia Nacional, Geografia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

Os conhecimentos acerca do espaço da produção e da circulação brasileira e mundial permitem afirmar:
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212Q949467 | Arquivologia, Morfologia, Língua Portuguesa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Texto associado.
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/>
Assinale a alternativa que estiver em desacordo com as relações morfossintáticas presentes neste fragmento: “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…”
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213Q949474 | Português, Termos essenciais da oração Sujeito e Predicado, Língua Portuguesa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Texto associado.
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/>
Assinale a única alternativa em que ocorrem ditongo, hiato e dígrafo, respectivamente.
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214Q679654 | Educação Física, Seleção e Organização Educação Física, Educação Física, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

A importância do jogo na Educação Física consiste, primordialmente,
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215Q949995 | Sociologia, Max Weber e a Ação Social, Terceira Etapa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Na sociologia de Émile Durkheim, os fatos sociais são maneiras coletivas de agir, pensa e sentir que são exteriores ao indivíduo, são características dos fatos sociais, exceto:
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216Q679425 | Sociologia, Karl Marx e as Classes Sociais, Sociologia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

O modo de produção pode ser entendido como a maneira que a sociedade tem se organizado no decorrer da história em torno de sua produção de bens e que são necessários para a sobrevivência do ser humano. Entretanto o lucro do burguês possibilita o seu enriquecimento e, ao proletário, o empobrecimento. Essa dinâmica está pautada no capitalismo, no qual o propósito é o lucro. As duas formas principais pelas quais é possível extrair o lucro são
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217Q679458 | Química, Substâncias Inorgânicas e suas características Ácidos, Primeiro dia, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

O ácido fosfórico (H3PO4) é um ácido fraco e oxigenado que pode ser encontrado na composição química de qualquer refrigerante. Esse ácido é utilizado devido a sua capacidade de não vaporizar e é responsável pelas bolhas que se formam ao abrir uma garrafa ou lata. O ácido fosfórico é composto pelo elemento químico fósforo (P).
A partir dos conhecimentos sobre o estudo da matéria, a atomicidade desse ácido é igual a
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218Q942913 | Filosofia, O Sujeito Moderno, Filosofia, UNICENTRO, UNICENTRO

Leia o texto a seguir.
A ruptura da relação harmoniosa entre o homem e a natureza é uma marca característica da filosofia moderna. Essa separação foi provocada pela convergência de múltiplos fatores de transformação e de inovação dos quais os mais importantes se situam na esfera da filosofia e da ciência e das descobertas de novas terras.
(LANDIM, M. L. P. F. A relação homem-natureza em Tomás de Aquino e na Modernidade. In. STEIN, E. (org.) A cidade dos homens e a cidade de Deus. Porto Alegre: EST Edições, 2007. p.80.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a modernidade, considere as afirmativas a seguir.
I. Apresenta a natureza como objeto passível de manipulação. II. Consolida a primazia da epistemologia. III. Estrutura-se com base no antropocentrismo. IV. Orienta-se pela caráter preservacionista da natureza.
Assinale a alternativa correta.
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219Q679644 | Educação Física, Relação Educação Física Escolar e Esporte, Educação Física, UNICENTRO, UNICENTRO, 2019

Domenico de Masi acredita que, no futuro, jogo e trabalho se confundirão. O ser humano persegue a felicidade e ela não pode ficar reservada a lugares estanques, de modo que o aluno, por exemplo, pode ser feliz durante o recreio e infeliz na sala de aula.
Baseando-se no texto em destaque e de acordo com os conhecimentos sobre o assunto, é correto afimar:
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220Q949473 | Português, Ditongo, Língua Portuguesa, UNICENTRO, UNICENTRO, 2017

Texto associado.
O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/>
Assinale a única alternativa em que ocorrem dígrafos em todas as palavras.
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