Um paciente de 46 anos é levado ao pronto-socorro por seus
familiares por ter apresentado crise convulsiva em sua residência.
Segundo o relato, ele iniciara, há 4 dias, um quadro de cefaleia de
forte intensidade, com alterações comportamentais e febre alta.
Ao exame, encontrava-se desorientado, sonolento e com
hemiparesia à esquerda. A pressão arterial era de 110 x 88 mmHg
e a frequência cardíaca, de 98 batimentos por minuto. Foi
realizada uma ressonância nuclear magnética, em que foram
evidenciadas áreas de hiperintensidade nos lobos temporais
bilateralmente. Em seguida, foi realizada uma punção liquórica.
No líquor, foi encontrado um aumento de proteínas e leucócitos
(com predomínio de linfócitos). Os demais exames solicitados no
líquor ainda estavam pendentes.
Diante dessa apresentação clínica e da possibilidade de encefalite
herpética, além da terapia de suporte clínico, a conduta mais
adequada é:
a) aguardar todos os resultados do líquor para iniciar o
tratamento;
b) coletar sorologia para herpes simplex no soro e aguardar o
resultado para iniciar o tratamento;
c) programar biópsia cerebral com urgência visando a
estabelecer o diagnóstico definitivo;
d) iniciar corticoide venoso em dose alta para evitar a formação
de edema em torno das lesões cerebrais e prevenir sequelas
de uma possível meningite;
e) iniciar aciclovir pela via venosa, enquanto se aguarda a
confirmação do diagnóstico de encefalite herpética ou até
que outro diagnóstico seja feito.