Questões de Concursos Analista Antropologia

O crescente contato entre diferentes populações no mundo atual inviabiliza a continuidade da disciplina antropológica, que vê seu objeto desaparecer.

A noção de grupo corporado foi um importante instrumento para descrever os sistemas políticos encontrados no continente africano.

A sobrevivência dos territórios de quilombo deve-se, em parte, à estratégia de invisibilidade, tanto simbólica quanto social, empregada pelos grupos quilombolas.

A teoria ator-rede pretende pensar a composição do social de forma a incluir humanos e não humanos.

A proposta contemporânea de uma antropologia da política permite a incursão de antropólogos em áreas de estudo que são também de interesse da ciência política, como processos eleitorais e políticas públicas.

Segundo a teoria do evolucionismo cultural, os costumes dos selvagens seriam produto de uma lei firme e de uma tradição rigorosa.

No contexto urbano, a distância ou a proximidade do investigador com relação ao seu objeto de pesquisa é considerada questão periférica nos estudos de práticas culturais.

Se as sociedades ocidentais se pensam como totalidades a partir da categoria política do Estado, sociedades como os Nuer, estudados por Evans-Pritchard, só se concebem como totalidades quando em oposição a outras sociedades com as quais mantêm relações conflituosas.

A antropologia estrutural, com forte influência da fenomenologia, se opõe à linguística por privilegiar a dimensão das regras inconscientes em detrimento da dinâmica da vida cotidiana.

A análise de textos literários, bem como a comparação do fazer etnográfico com os estudos literários, faz parte do programa de pesquisa da antropologia clássica.

Malinowski pretende chegar a uma classificação das normas e das regras de uma comunidade primitiva e a uma distinção entre lei primitiva e outras formas de costume.

Antigas críticas à sociologia durkheimiana, como a de Gabriel Tarde, vem sendo retomadas por autores contemporâneos, como Bruno Latour, para reafirmar a distinção entre natureza e cultura.

O mito da democracia racial brasileira é uma forma de assumir que somos uma sociedade hierarquizada, que opera por meio de gradações.

O processo de urbanização resultou na criação de uma cultura urbana responsável pelo surgimento de atitudes individualistas e competitivas, pelo afrouxamento dos laços familiares e pela secularização dos costumes.

No que concerne às lutas pela terra, é correto afirmar que os movimentos sociais rurais atuam de forma homogênea nas diversas regiões do Brasil.

A possibilidade de transitar por vários mundos, com diferentes potenciais de metamorfose, está diretamente relacionada ao desenvolvimento de valores individualistas em contextos urbanos.

Enquanto nos EUA o preconceito racial é considerado manifesto e irrefutável, no Brasil, a própria existência desse tipo de preconceito é motivo de debate.

A concepção de branco e não branco varia, no Brasil, de indivíduo para indivíduo, de classe para classe, de região para região e em função do grau de mestiçagem.

Um dos pontos importantes das diretrizes traçadas por Malinowski é que o antropólogo aprenda a língua nativa dos povos estudados.

Há estudos que apontam diferenças de valores entre segmentos e extratos sociais em meio urbano; esses estudos mostram que os membros das camadas médias teriam menor adesão aos valores individualistas que os membros das elites ou das classes populares.