Questões de Concursos Antropologia

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21Q1031119 | Antropologia, Sistemas Religiosos, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

[O] cenário muda radicalmente com a constatação de que os TupiGuarani eram capazes de produzir muito além dos níveis vitais. No que se refere a desenvolvimento, isso obriga a pensar nos nativos como produtores de excedentes, como produtores de riqueza – a tomá-los como base para a história [da riqueza no Brasil].

CALDEIRA, Jorge. História da riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.

O texto refere-se à mudança de entendimento sobre aspectos econômicos dos povos indígenas brasileiros, o qual carregava valor paradigmático.

O trecho acima desafia o entendimento de que
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22Q1031126 | Antropologia, Sistemas Religiosos, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

No texto a seguir, o autor apresenta uma aparente contradição no discurso da modernidade.

Se o “espírito” era “moderno”, ele o era na medida em que estava determinado que a realidade deveria ser emancipada da “mão morta” de sua própria história — e isso só poderia ser feito derretendo os sólidos (isto é, por definição, dissolvendo o que quer que persistisse no tempo e fosse infenso à sua passagem ou imune a seu fluxo). Lembremos, no entanto, que tudo isso seria feito não para acabar de uma vez por todas com os sólidos e construir um admirável mundo novo livre deles para sempre, mas para limpar a área para novos e aperfeiçoados sólidos.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

Nesse trecho, ele sugere que a modernidade
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23Q1031111 | Antropologia, Sistemas Religiosos, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

Leia o trecho a seguir.

Se, por um lado, o sonho é sempre desencadeado pela vontade de um outro, e o sonhador aparece como uma “presa”, uma vítima, alguém à mercê de um sentimento que lhe é alheio, por outro, o sonhador não está de forma alguma inteiramente subjugado aos sentimentos desse outro. Os vivos resistem aos apelos incessantes desses outros, e é porque resistem que eles podem continuar existindo como Yanomami.

LIMULJA, Hanna. O desejo dos outros: Uma etnografia dos sonhos yanomami. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

O trecho acima apresenta um aspecto central da concepção Yanomami de sonho.

Com base no texto, é correto afirmar que, para esse povo, os sonhos são
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24Q1031124 | Antropologia, Interacionismo Simbólico e Antropologia Urbana, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

Os movimentos feministas são frequentemente concebidos em ondas, cada uma marcando um momento distinto das lutas das mulheres, com reivindicações, pautas e estratégias próprias.

Assinale a opção que apresenta a característica distintiva da chamada quarta onda do feminismo.
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25Q1031125 | Sociologia, Cultura e Sociedade, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

O trecho a seguir discorre sobre os desafios que os movimentos indígenas enfrentam na luta pelo reconhecimento institucional dos conhecimentos tradicionais.

A influência das ideias dominantes opera em dois sentidos aparentemente contraditórios. De um lado, os movimentos indígenas formulam reivindicações nos termos de uma linguagem de direitos dominante, passível de ser reconhecida e, portanto, de ser bem-sucedida. De outro, esses conceitos supõem, ao falar em “conhecimento tradicional” no singular, que um único regime possa representar uma miríade de diferentes regimes históricas e sociais de conhecimento tradicional.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Cultura” e cultura. Conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais. Lisboa: Oca Editorial, 2020. (Adaptado.)

Assinale a opção que descreve corretamente a situação descrita.
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26Q1031127 | Antropologia, Antropologia Social Família, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

No fragmento a seguir, Marcel Mauss discorre sobre a vida econômica em determinadas sociedades não ocidentais, propondo um contraste em relação às concepções modernas.

[T]oda essa economia muito rica está cheia de elementos religiosos: a moeda tem ainda seu poder mágico e ainda está ligada ao clã ou ao indivíduo; as diversas atividades econômicas, por exemplo o mercado, ainda estão impregnadas de ritos e de mitos; conservam um caráter cerimonial, obrigatório, eficaz; estão repletas de ritos e de direitos. É algo muito diferente do útil que circula nessas sociedades, a maioria delas já bastante esclarecidas.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

De acordo com o fragmento, assinale a afirmativa correta.
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27Q1062811 | Antropologia, Antropologia Jurídica, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

A Resolução CNJ Nº 287, publicada em 2019, estabelece procedimentos para o tratamento das pessoas indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade, e dá diretrizes para assegurar os direitos dessa população no âmbito criminal do Poder Judiciário. Nesse texto lemos o seguinte trecho:

“Art. 7º A responsabilização de pessoas indígenas deverá considerar os mecanismos próprios da comunidade indígena a que pertença a pessoa acusada, mediante consulta prévia.

Parágrafo único. A autoridade judicial poderá adotar ou homologar práticas de resolução de conflitos e de responsabilização em conformidade com costumes e normas da própria comunidade indígena, nos termos do Art. 57 da Lei nº 6.001/73 (Estatuto do Índio).”

O artigo citado está em consonância com o seguinte tema amplamente debatido no campo das relações entre antropologia e direito:
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28Q1031103 | Legislação Federal, Instruções Normativas do Patrimônio Histórico, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

A Instrução Normativa do Iphan 1/2015 estabelece os procedimentos a serem observados pelo Iphan nos processos de licenciamento ambiental dos quais participe, em função de possíveis impactos negativos sobre bens tombados. Para orientar a avaliação, a instrução normativa enquadra os empreendimentos em níveis de I a IV, indicando os procedimentos administrativos exigidos para cada um.

Considerando o enquadramento citado, assinale a opção que caracteriza corretamente os empreendimentos, em função do nível a que pertencem.
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29Q1062798 | Antropologia, Sistemas Religiosos, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

Em um dos seus artigos, o antropólogo José Reginaldo Gonçalves discute os chamados “bens inalienáveis”. Diz ele:

“Os interesses mobilizados pela possibilidade de comprar e vender livremente determinados bens eram vistos como um meio nefasto de descaracterização desses bens e de perda de sua autenticidade. A busca da autenticidade confundia-se, de certo modo, com uma constante e obsessiva proteção contra os efeitos de mercado.”

Essa reflexão ajuda a problematizar a oposição entre as seguintes arenas de valoração:
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30Q1031114 | Engenharia de Software, Conceitos Básicos em Engenharia de Software, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

O Projeto Mnemosyne é uma iniciativa implementada pelo Museu Bargello, em Florença. Câmeras interconectadas e com visão computacional rastreiam os movimentos dos frequentadores e medem o tempo de observação de cada obra, identificando interesses específicos. Com base nesses dados, o museu fornece informações detalhadas sobre os pontos de interesse e recomendações de outras peças relacionadas.

Nesse projeto, o aspecto que diz respeito especificamente ao conceito de IoT (Internet das Coisas) é
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31Q1031107 | Antropologia, Etnografia Radcliffe Brown e Lévi Strauss, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

Leia o texto a seguir.

[É] nosso modesto parecer que o futuro da noção-mestra da antropologia, a noção de relação, depende da atenção que a disciplina souber prestar aos conceitos de diferença e de multiplicidade, de devir e de síntese disjuntiva. Uma teoria pósestruturalista da relacionalidade, isto é, uma teoria que mantenha o compromisso “infundamental” do estruturalismo com uma ontologia relacional, não pode ignorar (...) as ideias de perspectiva, força, afeto, hábito, evento, processo, preensão, transversalidade, devir e diferença.

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

O pensamento pós-estruturalista busca um afastamento crítico de características fundamentais do modelo estruturalista.

Uma dessas características é
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32Q1062796 | Antropologia, Conceito e Objeto da Antropologia, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

No início do seu ensaio “Mercadorias e a política de valor”, o antropólogo Arjun Appadurai explicita um dos seus objetivos:

“[…] propor uma nova perspectiva sobre a circulação de mercadorias na vida social. Tal perspectiva pode ser sintetizada da seguinte forma: a troca econômica cria o valor; o valor é concretizado nas mercadorias que são trocadas; concentrar-se nas coisas trocadas, em vez de apenas nas formas e funções da troca, possibilita a argumentação de que o que cria o vínculo entre a troca e o valor é a política, em seu sentido mais amplo.”

Com esse argumento, Arjun Appadurai propõe como novo objeto de análise da antropologia:
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33Q1062799 | Antropologia, Sistemas Religiosos, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

Leia o trecho abaixo do artigo “Natureza & Cultura, versão americanista – Um sobrevoo”, de Renato Sztutman.

“(…) seres não humanos que se veem sob forma humana deveriam ver os humanos sob forma não humana, uma vez que a humanidade é uma posição e não uma substância, uma propriedade intrínseca a certa porção de seres. Um porco do mato, por exemplo, se vê como humano enquanto vê o humano como jaguar ou como espírito predador. Ora, todos esses existentes são, potencialmente, humanos (partilham a mesma condição de humanidade [humanity]) apesar de não serem todos da espécie humana (humankind). São todos sujeitos dotados de comportamento, intencionalidade e consciência, estando inseridos em redes de parentesco e afinidade, fazendo festas, bebendo cauim, reportando-se a chefes, fazendo guerra, pintando e decorando seus corpos. O que está em jogo, aqui, portanto, é a diferença entre perspectivas, o que nos envia a uma filosofia ameríndia da diferença.”

Esse trecho descreve o modo de relação entre humanos e não humanos característico da forma de pensamento ameríndio denominada:
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34Q1062801 | Antropologia, Antropologia Social Família, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

Pierre Bourdieu foi um dos principais sociólogos do século XX. Em sua vasta produção intelectual, Bourdieu foi um dos responsáveis pela atualização de um conceito aristotélico, também utilizado por Marcel Mauss, e que ocupa um lugar central nos debates sobre corpo, indivíduo e sociedade. No vocabulário de Bourdieu, tal conceito é definido do seguinte modo:

“[…] é uma noção mediadora que ajuda a romper com a dualidade de senso comum entre indivíduo e sociedade ao captar a interiorização da exterioridade e a exteriorização da interioridade, ou seja, o modo como a sociedade se torna depositada nas pessoas sob a forma de disposições duráveis, ou capacidades treinadas e propensões estruturadas para pensar, sentir e agir de modos determinados, que então as guiam nas suas respostas criativas aos constrangimentos e solicitações do seu meio social existente.”

O conceito renovado por Bourdieu nessa definição é o de:
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35Q1062802 | Antropologia, Antropologia Social Família, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

A antropóloga brasileira Fabiola Rohden, em um artigo publicado em 2002 e dedicado às contribuições de Marilyn Strathern sobre o tema do parentesco, escreveu:

“Os sistemas de parentesco e as formas de família são pensados como arranjos sociais que têm como base a reprodução biológica. Esses arranjos são vistos como passíveis de assumirem formas diversificadas em culturas e sociedades diferentes, embora sempre assentados sobre uma mesma e única referência, que são os ‘fatos naturais’ da vida.”

Ao apresentar a discussão sobre parentesco, Rohden faz referência ao seguinte dualismo caro aos debates da antropologia contemporânea:
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36Q1031104 | Legislação Federal, Decreto N 8 772 de 2016, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

O decreto 8.772/2016 regulamenta o Marco Legal da Biodiversidade e trata do acesso e proteção ao Conhecimento Tradicional Associado (CTA), entendido como a informação ou prática de povo indígena ou comunidade tradicional associada ao patrimônio genético.

Segundo a norma, populações indígenas e comunidades tradicionais
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37Q1031132 | Antropologia, Etnografia Radcliffe Brown e Lévi Strauss, Antropologia, IPHAN, FGV, 2025

Leia o trecho a seguir.

Certo, é verdade que a expressão “arte por arte” é vazia de sentido nas sociedades tradicionais da África negra. Toda produção artística era antes funcional, isto é, chamada a desempenhar um papel utilitário, exceto a aspiração do artista. Uma estatueta que para um europeu satisfaria o gosto por suas formas harmoniosas, um pingente que lhe serviria para sublinhar uma parte do corpo, tudo isso era destinado a cumprir uma certa função.

MUNANGA, Kabengele. “A dimensão estética na arte negro-africana tradicional”. In: Arte afro-brasileira: o que é afinal? Lisboa: Oca Editorial, 2020.

No Ocidente, a noção de “arte por arte” consolidou-se como uma valorização da experiência estética autônoma.

Com base na perspectiva apresentada pelo autor, assinale a afirmativa correta.
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38Q1062805 | Antropologia, Conceito e Objeto da Antropologia, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

No prefácio do livro “Trecos, troços e coisas”, o antropólogo Daniel Miller propõe o seguinte:

“O leitmotiv deste livro é um questionamento da oposição, vigente no senso comum, entre pessoa e coisa, animado e inanimado, sujeito e objeto. Em alguma medida, a ciência tem conseguido evitar isso. […] Aqui, em contraste, estou interessado em desenvolvimentos na ciência social, e não na ciência natural, e no encontro qualitativo da antropologia com a diversidade dos povos e a crescente diversidade das coisas.”


O objeto de estudo proposto por Daniel Miller é(são):
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39Q1062808 | Antropologia, Antropologia Social Família, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

Em seu livro “A caminho da cidade”, publicado em 1978, a antropóloga Eunice Durhan escreveu:

“A industrialização e a urbanização significam a quebra de isolamento das comunidades tradicionais, a crise do sistema produtivo rural e da estrutura tradicional de autoridade, a negação dos velhos valores, a adoção de novos padrões de comportamento.”

O processo social que promove essa transformação da ordem social é(são):
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40Q1062810 | Antropologia, Conceito e Objeto da Antropologia, Antropologia, TJ MS, FGV, 2024

Em seu artigo “O futuro nos laudos antropológicos”, o antropólogo Paulo Santini afirma:

“Com respeito ao reconhecimento oficial de direitos territoriais indígenas — em que a delimitação substantiva de um território é exigida para o cumprimento do artigo 231 da Constituição —, a primeira, senão a única atribuição legal de antropólogos é a de empreender e coordenar os estudos dos grupos técnicos instituídos para proceder à identificação e à delimitação das terras ocupadas tradicionalmente pelos índios; requere-se dos especialistas que tracem e demonstrem a continuidade entre povos pré-colombianos e populações atuais.”

A realização de um laudo antropológico pressupõe o emprego de técnicas de pesquisa consagradas pela disciplina.

A técnica de pesquisa antropológica, indispensável na produção de laudos, que permite ao técnico acessar a realidade social em questão, entrar em contato com o grupo pesquisado e conhecer suas singularidade é(são) o(s):
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