Paciente, homem, 50 anos, comparece à Unidade Básica de Saúde
relatando tentativa frustrada de cessação do tabagismo por conta
própria. Fuma, em média, 20 cigarros por dia, há mais de 30 anos.
Relata sintomas de abstinência intensa quando tenta parar, como
irritabilidade, ansiedade e insônia. Ele tem diagnóstico prévio de
hipertensão bem controlada. Suas medicações de uso contínuo
são: enalapril 10mg, 1 comprimido de 12 em 12 horas e
hidroclorotiazida 25 mg, 1 comprimido ao dia. Nega quaisquer
outras comorbidades e nega histórico patológico prévio.
Após consulta com seu médico de família, opta por participar do
tratamento para cessação do tabagismo. Durante a consulta,
informa que, além do uso de cigarro, há 30 dias está fazendo uso
de goma de nicotina comprada sem prescrição médica, mas com
pouca adesão. Deseja iniciar o uso de medicamentos pelo SUS.
Considerando o PCDT do tabagismo, a conduta correta da equipe
de saúde responsável pelo caso do paciente é:
✂️ a) incluir o paciente no protocolo apenas para tratamento
medicamentoso, visto que já está utilizando Terapia de
Reposição com Nicotina (TRN) sem sucesso. ✂️ b) oferecer a TRN combinada (adesivo e goma) imediatamente,
mesmo com o paciente ainda fumando 20 cigarros por dia,
pois há indícios de alta dependência e falha terapêutica prévia. ✂️ c) incluir o paciente no grupo multidisciplinar de cessação do
tabagismo da Clínica de Saúde da Família, orientando
interrupção da automedicação e início formal com
acompanhamento para avaliação de tratamento
medicamentoso. ✂️ d) encaminhar o paciente para atenção especializada, pois o uso
anterior de TRN sem prescrição caracteriza falha terapêutica e
exige avaliação por especialista em cessação do tabagismo. ✂️ e) negar a entrada do paciente no grupo multidisciplinar de
cessação do tabagismo da Clínica de Saúde da Família, pois o
mesmo já iniciou o uso de TRN de forma irregular, o que o
exclui dos critérios do PCDT.