Questões de Concursos: Ciências Econômicas

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11 Q944911 | Economia, História Econômica Brasileira, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Após a introdução do Plano Real, em 1994, a sobrevalorização cambial, aliada à abertura da economia, incentivou sobremaneira o aumento das importações, que passaram de US$ 25,8 bilhões em 1993 para US$ 61,5 bilhões em 1997, o que representou um aumento de 143% em apenas quatro anos. O quadro das exportações, em contrapartida, apresentava uma situação diferente, evoluiu de US$ 38,7 bilhões em 1993 para US$ 53,0 bilhões em 1997, ou seja, as exportações cresceram 37% no período. O reflexo na balança de transações correntes foi dramático: o déficit de US$ 592 milhões em 1993 evoluiu para US$ 33,4 bilhões em 1997, o equivalente a aproximadamente 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
DE LACERDA, A. C. et al. Economia Brasileira. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 (adaptado).
Considerando o período abordado no texto, de 1993 a 1997, avalie as afirmações a seguir.
I. O déficit da balança comercial brasileira resultou na sobrevalorização do real em relação ao dólar.
II. A necessidade de financiamento externo era equivalente ao déficit comercial brasileiro.
III. Os gastos domésticos da economia brasileira eram maiores que o PIB.
IV. Os gastos da economia brasileira com investimentos eram maiores que a poupança doméstica.

É correto apenas o que se afirma em

12 Q944913 | Economia, História Econômica Brasileira, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

A partir de 1999, a política monetária brasileira, a exemplo do que ocorre em vários países emergentes e desenvolvidos, passou a ser realizada no contexto do Regime de Metas de Inflação (RMI). A ideia por trás desse arcabouço é que o Banco Central (Bacen) se compromete a alcançar determinada meta anual de inflação. Nesse sentido, essa passa a ser uma regra a ser seguida pela autoridade monetária, aumentando-se a credibilidade da política monetária, o que serve para reduzir ou “ancorar” as expectativas de inflação dos agentes privados. O principal instrumento utilizado é a taxa básica de juros, definida como a taxa de juros da Selic para títulos públicos federais. A meta de inflação, determinada com dois anos de antecedência pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é balizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que constitui o índice oficial. Existe uma margem de tolerância que permite que a variação anual do índice esteja 2% abaixo ou acima da meta estipulada. Outra característica do RMI é sua transparência. No caso brasileiro, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Bacen publica, em seu portal, a Ata do Copom, que apresenta todos os indicadores econômicos analisados por seus integrantes.
VASCONCELLOS, M. S.; GAMBOA, U. M. de; TUROLLA, A. Macroeconomia para gestão empresarial. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2016 (adaptado).
Considerando as informações apresentadas, ao que se refere ao RMI, avalie as afirmações a seguir.
I. O RMI foi implementado no Brasil em 1999, com a autonomia operacional do Bacen, que foi transformada em independência, de fato, após a crise financeira internacional de 2008.
II. A discricionariedade constitui princípio básico de funcionamento da política monetária do RMI, pois permite mudanças na taxa de juros para o alcance da meta, conforme a perspectiva keynesiana de funcionamento adequado da política monetária.
III. O RMI vem-se mostrando, no Brasil e em outros países em que foi implementado, uma estratégia de política de combate à inflação alternativa ao que se praticava no passado, como, por exemplo, o cumprimento das metas de agregados monetários e(ou) a ancoragem cambial.

É correto o que se afirma em

13 Q944919 | Economia, Modelo IS LM BP, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

O chamado "Consenso de Washington" predominou como receituário de política econômica durante a década de 1990. Entre suas propostas, incluía-se a liberalização comercial e financeira. Nesse mesmo período, observou-se uma predominância, para um conjunto grande de países, de medidas de maior flexibilidade para o fluxo de capitais estrangeiros.
Considerando as implicações da adoção do aumento do grau de mobilidade de capitais em determinado país e o referencial teórico do modelo IS-LM-BP para uma pequena economia aberta, avalie as afirmações a seguir.
I. O aumento do grau de mobilidade de capitais, preconizado pelo Consenso de Washington, sob o regime de taxas de câmbio flutuantes, aumenta o poder da política fiscal de amortizar choques exógenos sobre a demanda agregada.
II. A adoção de perfeita mobilidade de capitais resultará em uma política fiscal sem efeito sobre o produto no novo equilíbrio, se o regime cambial for o de taxa de câmbio fixa.
III. A política monetária expansionista, supondo-se o regime de taxa de câmbio flutuante e a adoção de perfeita mobilidade de capitais, é capaz de aumentar o produto no novo equilíbrio.

É correto o que se afirma em

14 Q944917 | Economia, Fundamentos Macroeconomicos, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Em um país com alta mobilidade de capitais e câmbio administrado pelo Banco Central em certo intervalo de variação (bandas cambiais), os agentes econômicos, quando pressentem a iminência de uma crise cambial, buscam converter seu capital em moeda estrangeira e(ou) manter sua riqueza fora do país. Diante de uma fuga de capitais, o Banco Central tem alguns mecanismos de defesa para conter a especulação cambial e evitar perda nas reservas internacionais.
Nesse contexto, a melhor aplicação dessas medidas em uma suposta crise cambial consiste em

15 Q944923 | Economia, História Econômica Mundial, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

Texto 1
O Mercosul é um acordo regional de comércio criado em 1991. A grande maioria das exportações brasileiras para o Mercosul é de produtos industrializados. Para o resto do mundo, o Brasil majoritariamente vende commodities.
Texto 2
O Mercosul atua como canal de cooperação Sul-Sul de caráter inter-regional. No que se refere às relações econômicas externas, o bloco desempenha um papel fundamental nos diálogos com outros grupos de países. Sua atuação coletiva ganhou destaque depois da assinatura do Protocolo de Ouro Preto, quando foram negociados diversos acordos. Isso favoreceu a estratégia brasileira de maiores contatos com outros mercados sul-americanos.
SARAIVA, M. G. As estratégias de cooperação Sul-Sul nos marcos da política externa brasileira de 1993 a 2007. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 50, p. 42-59, 2007 (adaptado).
Considerando os textos apresentados, avalie as afirmações a seguir.
I. O Mercosul pode ser considerado um mercado comum, pois as barreiras ao comércio internacional são eliminadas entre seus países-membros, com algumas exceções, e há livre circulação de fatores de produção entre eles.
II. O Brasil obtém vantagem ao exportar seus produtos para o Mercosul, uma vez que, em comparação com os produtos primários exportados, os industrializados acionam uma cadeia produtiva mais extensa e complexa, o que gera mais empregos e renda e contribui para o desenvolvimento do País.
III. A liberalização completa no âmbito do Mercosul seria benéfica para o Brasil no curto prazo, na medida em que as exportações dos produtos mais competitivos aumentariam; porém, no longo prazo, se houver desemprego, falências e crise nos países do bloco, haverá recessão e, consequentemente, a corrente comercial para o Mercosul reduzirá.

É correto o que se afirma em

16 Q943774 | Economia, Desenvolvimento Econômico, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

"Entenderemos por "desenvolvimento", portanto, apenas as mudanças da vida econômica que não lhe forem impostas de fora, mas que surjam de dentro por sua própria iniciativa. Se se concluir que não há tais mudanças emergindo na própria esfera econômica, e que o fenômeno que chamamos de desenvolvimento econômico é na prática baseado no fato de que os dados mudam e que a economia se adapta continuamente a eles, então diríamos que não há nenhum desenvolvimento econômico. Pretenderíamos com isso dizer que o desenvolvimento econômico não é um fenômeno a ser explicado economicamente, mas que a economia, em si mesmo sem desenvolvimento, é arrastada pelas mudanças do mundo a sua volta, e que as causas e portanto a explicação do desenvolvimento devem ser procuradas fora do grupo de fatos que são descritos pela teoria econômica."
SCHUMPETER, Joseph. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. 3 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 47.
Para Schumpeter, a vida econômica sob o capitalismo opera como um fluxo circular, isto é, o sistema tende a se repor, ano após ano e o desenvolvimento econômico consiste nessas mudanças na vida econômica, engendradas pelo próprio sistema, em fenômenos e mudanças qualitativas que criam os pré-requisitos de um etapa para a outra. Para o autor, quem é a figura ou agente fundamental de todos os processos, desde o que investiga a inovação ao que a aplica no fluxo.

17 Q943788 | Economia, História Econômica Mundial, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

Em épocas passadas, antes da Grande Depressão, os países da América Latina cresceram ao serem impulsionados, de fora para dentro, pelo crescimento persistente das exportações. Nada nos autoriza a supor, pelo menos por enquanto, que esse fenômeno venha a se repetir com intensidade análoga, a não ser em casos muito particulares.
PREBISCH, R. O desenvolvimento econômico da América Latina e alguns de seus problemas principais. In: BIELSCHOWSKY, R. Cinquenta anos de pensamento na Cepal. Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado).
A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) foi criada há 70 anos. A conclusão da análise cepalina no contexto do pós Segunda Guerra Mundial foi a de conduzir deliberadamente a industrialização na América Latina como forma de alcançar o desenvolvimento econômico.
Considerando a abordagem cepalino-estruturalista, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A sugestão cepalino-estruturalista é a adoção do modelo de crescimento para dentro, que consiste em impulsionar a indústria local e promover o aumento da produtividade, não havendo alternativa de desenvolvimento sustentado de longo prazo para a região.
PORQUE
II. As diferenças estruturais entre os países do centro e da periferia implicam o acúmulo de desvantagens comerciais por parte da periferia primário-exportadora.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

18 Q943792 | Economia, Desenvolvimento Econômico, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018 apontou que as mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens, no Brasil.
Enquanto a menor desigualdade em termos salariais foi observada no caso de docentes do ensino fundamental, com as mulheres ganhando cerca de 9,5% menos que os homens, a maior desigualdade salarial ocorreu entre as agricultoras, gerentes de comércio varejista e atacadista, recebendo, respectivamente, 35,8% e 34% menos que os homens. (Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-03/pesquisa-do-ibge-mostra-que-mulher-ganha-menos-em-todas-ocupacoes Acesso em: 15 de Set. 2020. Adaptado)
Considerando este cenário, avalie as afirmações a seguir:
I. Esta diferença salarial no Brasil deve-se unicamente ao objetivo organizacional de maximizar a riqueza das pessoas acionistas.
II. Á pessoa à frente da gestão financeira deve considerar a possibilidade da geração de fluxo de caixa e o risco de que isto ocorra, para maximizar a riqueza das pessoas acionistas.
III. Ações positivas junto a stakeholders, como as pessoas que são clientes, funcionárias, empresas fornecedoras e outras, colaboram com o objetivo principal de um negócio.
A partir dessas informações é correto o que se afirma em:

19 Q943778 | Economia, História Econômica Brasileira, Ciencias Economicas, ENADE, IBMEC, 2022

"O rápido desenvolvimento da indústria açucareira, malgrado as enormes dificuldades decorrentes do meio físico, da hostilidade do silvícola e do custo dos transportes, indica claramente que o esforço do governo português se concentrara nesse setor. O privilégio outorgado ao donatário de só ele fabricar moenda e engenho de água denota ser a lavoura do açúcar a que se tinha especialmente em mira introduzir."
Furtado, Celso. Formação econômica do Brasil (p. 60). Companhia das Letras. Edição do Kindle. (adaptado).
O período acima refere-se aos séculos XVI e XVII, conhecido como Brasil colônia, quando a economia típica dessa estrutura se desenvolveu de forma a explorar produtos agrícolas, cujo destino era a Europa. Nesse sentido, assinale a alternativa que contém apenas elementos marcantes dessa estrutura.

20 Q944914 | Economia, Elasticidade, Ciências Econômicas, MEC, INEP, 2022

TEXTO 1
Pela metade do século XIX, a força de trabalho da economia brasileira era, basicamente, constituída por uma massa de escravizados que talvez não alcançasse 2 milhões de indivíduos. Qualquer empreendimento que se pretendesse realizar teria de chocar-se com a inelasticidade da oferta de trabalho. O primeiro censo demográfico, realizado em 1872, indica que nesse ano havia no Brasil aproximadamente 1,5 milhão de indivíduos escravizados. Considera-se que, no começo do século, havia um pouco mais de 1 milhão de escravizados e que, nos primeiros cinquenta anos do século XIX, foram importados, muito provavelmente, mais de meio milhão de escravizados.
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Cia das Letras, 2007 (adaptado).
TEXTO 2
No sistema de parceria, os colonos eram contratados na Europa, e sua viagem era paga, bem como o transporte até as fazendas. Todas as despesas relativas ao transporte e à manutenção eram adiantamentos que deveriam ser pagos a partir do momento em que os colonos pudessem se sustentar pelo próprio trabalho. Eram cobrados juros sobre os adiantamentos e, a cada família, era atribuída certa quantidade de pés de café para cultivar e colher.
VIGNOLI, F. A imigração e a formação do mercado de trabalho. In: MARQUES, R. M.; REGO, J. M (org.). Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Editora Saraiva, 2007 (adaptado).
Considerando os textos apresentados, avalie as afirmações a seguir.
I. A inelasticidade de oferta de trabalho a que se refere o Texto 1 está associada à taxa de mortalidade da população escravizada, sendo tal taxa superior à taxa de natalidade dessa população.
II. O sistema de parceria, inicialmente, foi subvencionado pelo Estado brasileiro, que financiou a imigração, responsabilizando-se pelo recrutamento, pelo transporte e pela distribuição dos trabalhadores.
III. O sistema de parceria, tratado no Texto 2, representou uma das experiências iniciais de imigração e, por ter sido bem sucedido, transformou-se na base da contratação de novos trabalhadores egressos do exterior.
IV. Os dois textos tratam de um mesmo episódio histórico: a transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil.

É correto apenas o que se afirma em
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