Uma paciente de 78 anos procurou o ambulatório de uma clínica
médica pois vinha apresentando dispneia aos esforços. Estava em
uso de olmesartana 40 mg ao dia e hidroclorotiazida 12,5 mg ao
dia. Negava outros sintomas. Ela levou para consulta os exames
laboratoriais realizados no último mês. Os resultados de glicemia,
sódio, potássio, ureia, creatinina e hemograma estavam dentro
da normalidade. O ecocardiograma recente estava sem
alterações significativas. O exame físico constatou ritmo cardíaco
regular e bulhas normofonéticas. O restante do exame não
apresentava alterações. A pressão arterial era de 162 x 80 mmHg
e a frequência cardíaca, de 41 batimentos por minuto. A paciente
levou um eletrocardiograma realizado 4 semanas antes da
consulta, em que foi evidenciado um bloqueio atrioventricular do
2º grau Mobitz II. Esse exame foi repetido no dia do atendimento,
quando o bloqueio atrioventricular foi confirmado.
Nesse caso, a conduta mais indicada é:
a) associar clonidina visando a um melhor controle da pressão
arterial sistólica;
b) ) solicitar Holter de 24 horas para investigar a presença de
outras arritmias cardíacas;
c) indicar a realização de cintilografia miocárdica com
dipiridamol para afastar isquemia miocárdica;
d) encaminhar a paciente para uma pronta avaliação por uma
equipe especializada diante da indicação de implante de
marcapasso definitivo;
e) ministrar atropina venosa para reversão do bloqueio
atrioventricular, visando a seguir monitorando
ambulatorialmente a frequência cardíaca e a pressão arterial.