Segundo dados da organização Our World in Data , o Brasil lidera o
ranking mundial de prevalência de transtornos de ansiedade. A
esse respeito, leia o depoimento do psicólogo Alexandre Amaral a
seguir.
Eu não considero a ansiedade um sintoma psiquiátrico. Considerar
a ansiedade como um sintoma psiquiátrico é patologizar e
medicalizar um sintoma que, para mim, hoje é cultural. Nós
estamos vivendo uma vida de múltiplas pressões de desempenho,
uma cultura cada vez mais competitiva e comparativa das
trajetórias individuais. Desde o tipo da casa, de carreira, de
trajetória pessoal, de humor, se está bem-humorado o tempo
inteiro ou não, se performa na rede social. É um mundo que
pressiona e faz a pessoa chegar no final do dia com a sensação de
derrota.
Adaptado de https://apublica.org/2025/04/a-goteira-que-cai-no-baldeate-transbordar-as-raizes-sociais-da-ansiedade-no-brasil/#_
Com base no trecho, é correto afirmar que, na perspectiva do
autor, a ansiedade é
✂️ a) um problema individual com causas neuroquímicas, genéticas,
cognitivas ou traumáticas. ✂️ b) um fator químico que desestrutura o funcionamento
psicológico e desregula a cognição e a dimensão emocional. ✂️ c) uma resposta coletiva ao modo de vida moderno, que
promove a secularização e responsabiliza o sujeito por todos
os fracassos. ✂️ d) um estado emocional cujo tratamento consiste em controlar
os sintomas mediante antidepressivos e terapias estruturadas. ✂️ e) um fenômeno psicológico que reflete o mal-estar gerado pelas
exigências da cultura contemporânea, como a aceleração do
tempo e a idealização constante da performance.