A classificação biológica dos seres vivos passou por profundas
transformações ao longo dos anos. Inicialmente, Lineu propôs um
sistema baseado em dois grandes reinos: Animalia e Plantae.
Posteriormente, avanços científicos levaram à expansão desse
modelo para cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia), considerando características celulares e modos de
nutrição. No entanto, com o advento da biologia molecular e das
análises genéticas, Carl Woese, em 1977, propôs uma
reorganização ainda mais abrangente, dividindo os seres vivos em
três domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Um estudo publicado
na Nature Microbiology em 2022 revelou novas evidências
genéticas de micro-organismos arqueanos em ambientes
extremos, reforçando diferenças fundamentais entre Archaea e
Bacteria em aspectos como composição da membrana celular e
mecanismos de replicação do DNA. Essas descobertas sustentam
a separação em domínios, destacando as divergências evolutivas
profundas entre esses grupos.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa
que representa corretamente a relação entre domínios e reinos
na classificação biológica atual.
a) Os domínios representam agrupamentos menores e mais
específicos do que os reinos, sendo a base para a definição
das categorias taxonômicas superiores.
b) A classificação em domínios agrupa os seres vivos em grupos
monofiléticos, enquanto a classificação em reinos apresenta
grupos parafiléticos.
c) Os Reinos Monera e Protista, estão distribuídos de forma
equilibrada entre os três domínios, considerando
características morfológicas e nutricionais.
d) A divisão em domínios é baseada em semelhanças
morfológicas, enquanto a classificação em reinos considera
exclusivamente a capacidade reprodutiva dos organismos.
e) O estudo de Woese redefiniu os reinos como categorias
principais da taxonomia biológica, substituindo o conceito de
domínios por agrupamentos morfológicos.