Marcos, empresário em situação financeira delicada, decide
transferir formalmente a propriedade de dois imóveis comerciais
para seus filhos, Ana e Lucas, por meio de escritura pública de
doação, registrada no cartório competente. Contudo, os imóveis
continuam sob a posse direta e exclusiva de Marcos, que
permanece auferindo os aluguéis e administrando os contratos
locatícios, inclusive com emissão de recibos em seu nome.
Alguns meses depois, diante do ajuizamento de execução fiscal
pela Fazenda Nacional, esta sustenta que a doação foi simulada,
com o objetivo de impedir a satisfação do crédito tributário. Em
contestação, Marcos alega que, embora tenha realizado o registro
da transferência, não teve a intenção de efetivamente alienar os
bens, tratando-se apenas de um planejamento patrimonial
preventivo, não passível de questionamento.
Considerando o caso narrado e as disposições do Código Civil de
2002, da jurisprudência do STJ e da teoria das nulidades, assinale
a afirmativa correta.
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