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Questões de Concursos Língua Portuguesa

Resolva questões de Língua Portuguesa comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


161Q1045940 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Porto Alegre RS, FUNDATEC, 2025

A espiral construtivista (EC) é uma metodologia ativa e sua representação do processo ensino-aprendizagem, na forma de uma espiral, traduz a relevância das diferentes etapas educacionais deste processo como movimentos articulados que se retroalimentam. Sobre a EC, analise as assertivas abaixo:

I. É uma metodologia problematizadora, baseada em currículos que preconizam as metodologias de aprendizagem ativa.
II. Ancora-se no princípio da globalização, no qual a aprendizagem se dá a partir da visão do todo, para, posteriormente, se organizar em partes.
III. A primeira etapa da EC é denominada síntese provisória e consiste em três momentos: identificação dos problemas, formulação de explicações e elaboração de questões de aprendizagem.

Quais estão corretas?
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162Q1045943 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Porto Alegre RS, FUNDATEC, 2025

A ação mediadora do professor ocupa, há alguns anos, as pautas de discussões acadêmicas de cursos de formação inicial e continuada de professores, especialmente da Educação Básica. Diferentes correntes teóricas, entre elas a histórico-cultural, da qual Vygotsky é um dos principais expoentes, estudam a mediação na educação. Nesse sentido, Moran, Masetto e Behens (2000) identificam ações docentes relacionadas à mediação pedagógica, que são, EXCETO:
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163Q1051072 | Linguística, Análise do Discurso, Língua Portuguesa, Prefeitura de Macaé RJ, FGV, 2024

Observe as duas primeiras estrofes de um poema de Carlos Drummond de Andrade:

A linguagem

na ponta da língua,

tão fácil de falar

e de entender.


A linguagem

na superfície estrelada de letras,

sabe lá o que ela quer dizer?



Nessas estrofes há referência a dois tipos de linguagem, que são, respectivamente,

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164Q895468 | Pedagogia, PCN's, Língua Portuguesa, Prefeitura de Guaraciaba do Norte CE, CONSULPAM, 2024

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa estabelecem competências específicas que devem ser desenvolvidas ao longo do ensino fundamental. Considerando essas competências, assinale a alternativa CORRETA.

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165Q895999 | Literatura, Escolas Literárias, Língua Portuguesa, Prefeitura de General Sampaio CE, FUNCEPE, 2024

Leia a música a seguir.

Você Não Me Ensinou a Te Esquecer
(Caetano Veloso)

Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

Você bem que podia perdoar
E só mais uma vez me aceitar
Prometo, agora vou fazer por onde
Nunca mais perdê-la

Agora
Que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços os seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

Fonte: https://www.letras.mus.br/caetano-veloso/72788/
A música de Caetano Veloso se encaixa em qual escola literária?
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166Q1073944 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Jaguaquara BA, ISET, 2025

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, a respeito do Ensino de Língua Portuguesa, “A alfabetização, considerada em seu sentido restrito de aquisição da escrita alfabética, ocorre dentro de um processo mais amplo de aprendizagem da Língua Portuguesa”. Diante disso, deve-se compreender como consequência natural:
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167Q1073945 | Literatura, Teoria Literária, Língua Portuguesa, Prefeitura de Jaguaquara BA, ISET, 2025

Leia as afirmações seguintes sobre o texto literário, antes de julgar o que se pede:

I. É importante que o trabalho com o texto literário esteja incorporado às práticas cotidianas da sala de aula.
II. Trata-se de uma forma específica de conhecimento.
III. Pensar sobre a literatura implica dizer que se está diante de um inusitado tipo de diálogo regido por jogos de aproximações e afastamentos.
IV. É possível utilizá-los como expedientes para servir ao ensino das boas maneiras, dos hábitos de higiene, dos deveres do cidadão, dos tópicos gramaticais, das receitas desgastadas do “prazer do texto”, etc.

A partir da concepção sobre a especificidade do Texto Literário no âmbito educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) defendem o que se afirma sobre tal ferramenta de apoio no que se diz corretamente em:
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168Q984627 | Português, Figuras de Linguagem, Língua Portuguesa, Prefeitura de Nonoai RS, OBJETIVA, 2025

Metonímia é a figura de linguagem que substitui um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles. É uma figura de linguagem semântica, ou seja, está associada à distorção do significado literal dos termos. Assinalar a alternativa que apresenta outra figura semântica.
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169Q1042587 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Caraguatatuba SP, FGV, 2024

As opções a seguir apresentam frases que se estruturam a partir da quebra de uma expectativa, à exceção de uma. Assinale-a.
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170Q1045946 | Pedagogia, Temas Educacionais Pedagógicos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Porto Alegre RS, FUNDATEC, 2025

“A natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida historicamente sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (Saviani, 2008). A pedagogia histórico-crítica tem como um de seus principais representantes Dermeval Saviani, que em suas reflexões considerava que à educação escolar deveria se propor a tarefa de:

I. Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação.
II. Converter o saber objetivo em saber escolar de modo que se torne assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares.
III. Prover os meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Quais estão corretas?
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171Q1045447 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Santa Fé do Sul SP, Consulplan, 2024

Texto associado.
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
De acordo com as informações e ideias expressas no 1º§, assinale a única afirmativa INCOMPATÍVEL com o texto.
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172Q899028 | Literatura, Escolas Literárias, Língua Portuguesa, Prefeitura de Cariacica ES, IDESG, 2024

O trecho abaixo tem relação com o Romantismo brasileiro. Leia-o.

"Se o problema principal para os brasileiros depois da independência é se pensarem como brasileiros e não mais como portugueses, portugueses-americanos ou mesmo pernambucanos, paulistas, rio-grandenses, etc., o índio ou, ao menos, a ideia que se decide fazer dele, lhes oferece para isso múltiplas possibilidades."
RICUPERO, Bernardo. O Romantismo e a ideia de Nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 153.

Qual das obras brasileiras listadas abaixo é representativa da ideia tratada nesse trecho?
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173Q1045577 | Português, Morfologia, Língua Portuguesa, Prefeitura de Morungaba SP, Avança SP, 2025

Apresenta-se um conjunto cujas palavras são classificadas como preposições acidentais, e não essenciais, apenas em:
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174Q1042003 | Português, Morfologia, Língua Portuguesa, Prefeitura de Macaé RJ, FGV, 2024

As frases a seguir mostram locuções adjetivas.
Assinale a frase que possui um adjetivo semanticamente equivalente.
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175Q910966 | Pedagogia, Língua Portuguesa, Prefeitura de Palmas TO, COPESE UFT, 2024

A Lei Nº 14.640, de 31 de julho de 2023, institui o Programa Escola em Tempo Integral. Em seu artigo segundo define o fundamento do programa. Assinale a alternativa CORRETA que descreve como a lei define o programa.
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176Q910970 | Pedagogia, Lei nº 9394 de 1996, Língua Portuguesa, Prefeitura de Palmas TO, COPESE UFT, 2024

A prática de análise linguística distingue-se do ensino tradicional de gramática. Neste, a linguagem é uma estrutura dada, acabada; naquela (prática de análise linguística), a linguagem é uma forma de interação social, que funciona segundo certas condições de produção dos gêneros textuais/discursivos, caracterizados pelo tema, composição, estilo, forma de circulação, interlocutores, situação comunicativa, intencionalidade, aceitabilidade, etc. Na sala de aula escolar, a prática de análise linguísticaconsidera a construção de efeitos de sentido como o ponto central do trabalho docente.
Fonte: MENDONÇA, M. Análise linguística: refletindo sobre o que a há de especial nos gêneros. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M.; CAVALCANTI, M. C. B. (orgs.) Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 73-88. (adaptado).
Na sala de aula, é INCORRETO afirmar que a prática de análise linguística
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177Q1042591 | Português, Morfologia, Língua Portuguesa, Prefeitura de Caraguatatuba SP, FGV, 2024

As frases a seguir apresentam uma forma de diminutivo; assinale a frase em que o valor do diminutivo é diferente do das demais.
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178Q1048486 | Português, Crase, Língua Portuguesa, Prefeitura de Caraguatatuba SP, FGV, 2024

Assinale a opção que apresenta a frase em que o acento grave indicativo da crase está mal-empregado.
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179Q1048487 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Caraguatatuba SP, FGV, 2024

Em todas as frases abaixo, o autor procurou meios de não repetir a mesma palavra (sublinhada) de forma idêntica.
Assinale a opção que mostra a frase em que o processo utilizado para isso foi identificado corretamente.
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180Q1045451 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa, Prefeitura de Santa Fé do Sul SP, Consulplan, 2024

Texto associado.
Investir no oceano é mais que proteger o futuro

O oceano proporciona ampla gama de benefícios a humanidade, tanto a pequenas comunidades de pescadores e comunidades costeiras quanto a grandes fazendas do interior, a quilômetros do mar. Ele absorve e distribui calor, regula o clima, equilibra temperaturas e influencia as chuvas em todo o planeta, tornando a Terra habitável. Além disso, produz oxigênio, provê alimento, promove o turismo, é rota para o comércio internacional e fonte de medicamentos, entre tantos outros benefícios. Esses são exemplos que reforçam a importância da conservação dos mares como responsabilidade de todos, para a saúde global, humana e ambiental e para impulsionar o desenvolvimento sustentável da economia azul.
O conceito de economia azul foi reconhecido e definido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em 2012. Mesmo assim, segue desconhecido por 86% dos brasileiros. Abrange atividades oceânicas que visam a melhoria do bem-estar humano e a equidade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e os danos ecológicos. Trata-se de um valor estimado em cerca de US$ 1,5 trilhão, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o oceano representa a sétima maior economia do mundo, podendo dobrar seu potencial até 2030. Já o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) compara que, se a economia do mar brasileira fosse um país, seria a segunda maior potência da América do Sul.
Os dados de economia azul referem-se principalmente a atividades ligadas ao oceano, como transporte, operações portuárias, pesca artesanal e industrial, aquicultura, energia eólica offshore, turismo marítimo e costeiro, e biotecnologia marinha. Mesmo diante de tantas atividades, 25% dos brasileiros não conseguem indicar pelo menos uma, de acordo com a publicação Oceano sem mistérios: A relação dos brasileiros com o mar, da Fundação Grupo Boticário, Unifesp e UNESCO. Nesse sentido, a economia azul vai além das cifras, trata-se de um conhecimento que despertaria a importância dos mares para muita gente.
O potencial oceânico que sustenta atividades da economia azul, como recreação, turismo, observação da vida selvagem e pesca, só se sustenta por meio de iniciativas que garantam a proteção de seus recursos e ecossistemas e uma governança adequada e sustentável. Os recifes de corais, por exemplo, podem gerar anualmente cerca de US$ 1,4 bilhão a partir do turismo na costa brasileira, além da economia de outros US$ 31 bilhões em danos evitados relacionados à proteção costeira, segundo outro volume da coleção Oceano sem mistérios: Desvendando os recifes de corais. Diante de benefícios que muitas vezes passam despercebidos, investimentos em pesquisas científicas e projetos ainda são escassos e não podem depender exclusivamente do poder público e do terceiro setor, devendo também sensibilizar o setor privado.
Relatório da World Ocean Initiative, com informações da OCDE, aponta que, entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o número 14, “Vida na água”, que trata da necessidade de conservar e usar de forma sustentável o oceano, é o que atrai menor investimento (3,5%). Porém, a maré parece estar mudando: nove em cada dez investidores estão interessados em financiar a economia oceânica sustentável, segundo pesquisa da publicação Responsible Investor. Os projetos de maior interesse são voltados para a energia renovável, descarbonizar o transporte marítimo, o uso de materiais reutilizáveis e recicláveis, e aumentar a produção de frutos do mar de forma rastreada, com padrões de certificação. À medida que a maré muda, permanecem inexploradas oportunidades na restauração da qualidade ambiental e de ecossistemas, na recuperação de populações e estoques pesqueiros e no avanço das Soluções Baseadas na Natureza, áreas fundamentais para a prosperidade da economia oceânica sustentável.
Apesar de ainda não ser protagonista nos investimentos em ciência oceânica, o Brasil tem desempenhado importante papel na condução da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Iniciativa que promove uma agenda abrangente de ações para melhorar e fortalecer a sustentabilidade marinha, envolvendo diferentes setores da sociedade, como poder público, academia, iniciativa privada e filantropia. Para avançar nesses esforços, em setembro, líderes filantrópicos de vários países estarão reunidos no 4º Diálogo das Fundações, no Rio de Janeiro (RJ), para definir os próximos passos de atuação em prol da sustentabilidade oceânica. O encontro visa fortalecer iniciativas colaborativas e impulsionar ações que promovam a saúde e a resiliência dos ecossistemas marinhos e a sustentabilidade do oceano.
Pautada pela “ciência que precisamos para o oceano que queremos”, a Década do Oceano descreve sete resultados principais até 2030, incluindo o objetivo de um “oceano produtivo” como base para um abastecimento alimentar sustentável e uma economia oceânica próspera. Para alcançar esse objetivo, precisamos de esforços local e global, envolvendo financiamentos e investimentos de fontes diversas para promover soluções científicas e oceânicas transformadoras para o desenvolvimento sustentável, conectando as pessoas ao oceano. O potencial econômico dos nossos mares, alinhado com a ciência, será crucial para a resolução de desafios ambientais e sociais, promovendo o desenvolvimento sustentável e garantindo um oceano saudável para as atuais e futuras gerações.

(Janaína Bumbeer e Nicole Arbour. Disponível em: https://exame.com/colunistas/opiniao/investir-no-oceano-e-mais-que-proteger-o-futuro/ Em: 04 de setembro de 2024. Adaptado.)
Dentre os trechos destacados a seguir, o termo sublinhado caracteriza retomada como recurso de coesão apenas em:
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