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Questões de Concursos Língua Portuguesa Inglês e Matemática

Resolva questões de Língua Portuguesa Inglês e Matemática comentadas com gabarito, online ou em PDF, revisando rapidamente e fixando o conteúdo de forma prática.


21Q949308 | Português, Coesão e coerência, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Texto associado.
Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado).
Quanto à utilização de indicativos de crase, analise as afirmativas.

I. Em: “[...] à maneira que a filosofia opera há séculos” (1º parágrafo), a crase é de uso facultativo, pois “a maneira” indica locução verbal.
II. Em: “[...] argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus” (1º parágrafo), a crase é facultativa, pois há contração da preposição “a” com o artigo feminino “a”.
III. Em: “O direito à crença” (2º parágrafo), a crase é obrigatória, devido à contração da preposição “a” com o artigo feminino “a”.

Assinale a alternativa CORRETA.
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22Q949318 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Leia o fragmento de O visitante, de Hilda Hilst, para responder a QUESTÃO.

O visitante (1968)
ANA (tecendo ou próximo do tear, como se estivesse acabado de tecer alguma coisa): muitas vezes tenho saudade das tuas pequenas roupas. Eram tão macias! (sorrindo) Tinha uma touca que, por engano meu, quase te cobria os olhos.
MARIA (seca): É bem do que eu preciso ainda hoje: antolhos.
ANA (meiga): E uma camisola tão comprida... branca. Nos punhos e no decote, coloquei umas fitas. E te arrastavas, choravas se, de repente, na noite, não me vias.
MARIA: Agora vejo-te sempre. Cada noite. Cada dia. (pausa)
ANA: Eras mansa. Me amavas. Ainda me amas agora?
MARIA: Ah, que pergunta! As coisas se transformam. Nós também.
ANA: A casa ainda é a mesma. E a mesa e...
MARIA (interrompendo): A casa, a mesa... todas essas coisas vivem mais do que nós. Ficam aí paradas. E assim mesmo envelhecem. Tu pensas que são as mesmas coisas e não são. (...)

Fonte: HILST, Hilda. Volume I. São Paulo: Nankin Editorial, 2000, p. 101.

Considerando a leitura do trecho de O visitante, assinale a alternativa CORRETA quanto ao gênero literário.
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23Q949332 | Matemática, Função de 2 Grau ou Função Quadrática e Inequações, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Um estudante gastou R$ 390,00 na compra de uma calculadora, de um tênis e de uma mochila. O preço da mochila corresponde a 60% do preço do tênis e a calculadora custou R$ 50,00 a menos que a mochila. Quanto custou o tênis?
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24Q678988 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2019

Leia o fragmento do conto “Laços de família”, de Clarice Lispector, para responder a QUESTÃO.


A mulher e a mãe acomodaram-se finalmente no táxi que as levaria à Estação. A mãe contava e recontava as duas malas tentando convencer-se de que ambas estavam no carro. A filha, com seus olhos escuros, a que um ligeiro estrabismo dava um contínuo brilho de zombaria e frieza – assistia. – Não esqueci de nada? perguntava pela terceira vez a mãe. – Não, não, não esqueceu de nada, respondia a filha divertida, com paciência. (...) O trem não partia e ambas esperavam sem ter o que dizer. A mãe tirou o espelho da bolsa e examinou-se no seu chapéu novo, comprado no mesmo chapeleiro da filha. (...) Que coisa tinham esquecido de dizer uma a outra? e agora era tarde demais. Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha. – Não vá pegar corrente de ar! gritou Catarina. – Ora menina, sou lá criança, disse a mãe sem deixar porém de se preocupar com a própria aparência. A mão sardenta, um pouco trêmula, arranjava com delicadeza a aba do chapéu (...).

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 94-98.

A partir da leitura do fragmento do texto, assinale a alternativa CORRETA em que há um olhar empático da filha sobre a mãe.

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25Q949306 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Texto associado.
Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado).
Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações, destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa utilização, analise as afirmativas a seguir.

I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.

Assinale a alternativa CORRETA.
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26Q949312 | Português, Figuras de Linguagem, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Leia os poemas do escritor tocantinense Giordano Maçaranduba para responder a QUESTÃO .

Pensatorto (1) Comprou, vendeu Vendeu, comprou Comprou e vendeu Vendeu e comprou Trocou o remédio E morreu.

Pensatorto (2) Era um cara assustado Assustado era o cara Ficou corajoso Se meteu numa briga E morreu.

Pensatorto (3) Contador era
Mas histórias não sabia nenhuma Um dia descobriu uma história Nunca mais foi contador.
Fonte: MAÇARANDUBA, Giordano. Todoeu. Goiânia: Trilhas Urbanas, 2008, p.58-60.

Nos poemas, nota-se um uso repetitivo das mesmas palavras, dos tempos verbais e das estruturas frasais que vão sendo reestruturadas.
Considerando a leitura dos três poemas Pensatorto, é CORRETO afirmar que tais recursos poéticos produzem um sentido de
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27Q949320 | Inglês, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Texto associado.
Pluto should be reclassified as a planet, experts say

The reason Pluto lost its planet status is not valid, according to new research from the University of Central Florida in Orlando. In 2006, the International Astronomical Union (IAU), a global group of astronomy experts, established a definition of a planet that required it to "clear" its orbit, or in other words, be the largest gravitational force in its orbit. […]
Metzger, who is lead author on the study, reviewed scientific literature from the past 200 years and found only one publication -- from 1802 -- that used the clearing-orbit requirement to classify planets, and it was based on since-disproven reasoning.
"It's a sloppy definition," Metzger said of the IAU's definition. "They didn't say what they meant by clearing their orbit. If you take that literally, then there are no planets, because no planet clears its orbit." […]
Metzger said that the definition of a planet should be based on its intrinsic properties, rather than ones that can change, such as the dynamics of a planet's orbit. "Dynamics are not constant, they are constantly changing," Metzger said. "So, they are not the fundamental description of a body, they are just the occupation of a body at a current era."
Instead, Metzger recommends classifying a planet based on if it is large enough that its gravity allows it to become spherical in shape. "And that's not just an arbitrary definition, Metzger said. "It turns out this is an important milestone in the evolution of a planetary body, because apparently when it happens, it initiates active geology in the body."

Source: University of Central Florida. "Pluto should be reclassified as a planet, experts say."
ScienceDaily, 7 September 2018. Available at:<www.sciencedaily.com/releases/2018/09/180907110422.htm>.
It is CORRECT to affirm that the main idea of the text is:
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28Q949328 | Matemática, Problemas, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Ao realizar o estudo de sua produção diária, uma cozinheira que faz e vende pamonhas, descobriu que o lucro em reais é calculado pela função L(x) = – x2 + 30x – 200, onde x é o número de pamonhas feitas e vendidas. Com base nestas informações, é CORRETO afirmar que o lucro máximo diário da cozinheira é:
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29Q678984 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2019

eia o fragmento do primeiro capítulo de O vendedor de passados, do escritor angolano José Eduardo Agualusa, para responder a QUESTÃO.

Nasci nesta casa e criei-me nela. Nunca saí. Ao entardecer encosto o corpo contra o cristal das janelas e contemplo o céu. Gosto de ver as labaredas altas, as nuvens a galope, e sobre elas os anjos, legiões deles, sacudindo as fagulhas dos cabelos, agitando as largas asas em chamas. É um espetáculo sempre idêntico. Todas as tardes, porém, venho até aqui e divirto-me e comovo-me como se o visse pela primeira vez. A semana passada Félix Ventura chegou mais cedo e surpreendeu-me a rir enquanto lá fora, no azul revolto, uma nuvem enorme corria em círculos, como um cão, tentando apagar o fogo que lhe abrasava a cauda. — Ai, não posso crer! Tu ris?! Irritou-me o assombro da criatura. Senti medo mas não movi um músculo. [Félix Ventura] tirou os óculos escuros, guardou-os no bolso interior do casaco, despiu o casaco, lentamente, melancolicamente, e pendurou-o com cuidado nas costas de uma cadeira. Escolheu um disco de vinil e colocou-o no prato do velho gira-discos. “Acalanto para um Rio”, de Dora, a Cigarra, cantora brasileira que, suponho, conheceu alguma notoriedade nos anos setenta. Suponho isto a julgar pela capa do disco. É o desenho de uma mulher em biquíni, negra, bonita, com umas largas asas de borboleta presas às costas. “Dora, a Cigarra – Acalanto para um Rio – O Grande Sucesso do Momento”. A voz dela arde no ar. Nas últimas semanas tem sido esta a banda sonora do crepúsculo. Sei a letra de cor. (...)

Fonte: AGUALUSA, José Eduardo. O vendedor de passados. Rio de Janeiro: Gryphus, 2004, p. 03. [adaptado]

Sobre o fragmento de O vendedor de passados é CORRETO afirmar que o narrador
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31Q679152 | Matemática, Médias, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2019

Considere o conjunto {1, 3, 4, 7, X, Y, 18, 19, 21, Z} formado por números naturais, dispostos em ordem não decrescente. Sabendo que a moda do conjunto é 7, a mediana é 9 e a média aritmética é 12, assinale a alternativa CORRETA que se refere aos valores de X, Y e Z, respectivamente.
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32Q949310 | Arquivologia, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Texto associado.
Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado).
Quanto aos aspectos gramaticais, negritados no texto, analise as afirmativas.

I. Em: “ilógica”, ocorre derivação prefixal, ou seja, à palavra lógica acrescentou-se o prefixo “i-”, indicando negação.
II. Em: “certamente”, o sufixo adverbial “-mente” é acrescentado à forma feminina do adjetivo, para exprimir circunstância de modo.
III. Em: “direito evidencial”, o elemento “evidencial” formou-se por derivação sufixal, resultando em um adjetivo.
IV. Em: “persuasão”, o sufixo “-ão” indica a noção de aumentativo.

Assinale a alternativa CORRETA.
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33Q949325 | Inglês, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

The reason why Venezuelans are seeking refuge in Brazil is visible in all the following alternatives, EXCEPT:
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34Q949326 | Matemática, Frações e Números Decimais, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

As oito questões que compõem a avaliação de Matemática e suas Tecnologias deste vestibular, possuem quatro alternativas, das quais apenas uma é correta. Se você assinalar, aleatoriamente, uma alternativa de cada uma destas oito questões, a probabilidade de errar todas as questões, corresponde a:
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35Q679149 | Matemática, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2019

Dois candidatos ao Vestibular 2019.2 da UFT são escolhidos aleatoriamente. Primeiro, observa-se o mês de aniversário de ambos os candidatos. Aqui, considera-se que a probabilidade de um candidato qualquer fazer aniversário em um determinado mês é de 1/12 .
Depois, o primeiro candidato lança uma moeda, observando-se a face obtida e, em seguida, o mesmo processo é efetuado pelo segundo candidato. Sabe-se que essa moeda possui as faces cara e coroa e que ambas são equiprováveis.
Assinale a alternativa CORRETA que indica a probabilidade de que ambos os candidatos façam aniversário no mesmo mês e que duas caras sejam obtidas.
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37Q949331 | Matemática, Porcentagem, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Um atleta fez um plano pessoal de treino de corrida para treze dias consecutivos. O planejamento consiste em, a cada dia, correr meio quilômetro a mais do que a distância percorrida no dia anterior. Sabendo-se que no primeiro dia ele correu quatro quilômetros, é CORRETO afirmar que, ao final do plano de treinamento, o atleta correu, em quilômetros, um total de:
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38Q949323 | Inglês, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Texto associado.
BRAZIL: JUDGE SHUTS BORDER TO VENEZUELAN
MIGRANTS FLEEING HUNGER AND HARDSHIP
Judge says entry of immigrants suspended until conditions for ‘humanitarian reception’ are created – activists called it ‘absurd’
A judge in Brazil has blocked Venezuelans from entering the border state of Roraima as local authorities harden their stance against the flood of migrants fleeing hunger and hardship in their home country.
Judge Helder Barreto said he had suspended the entry of Venezuelan immigrants until the conditions for a “humanitarian reception” are created but activists working with migrants attacked it as “absurd”.
Sister Telma Lage from the non-profit Migration and Human Rights Institute, which helps vulnerable migrants in Roraima’s capital Boa Vista, said the judge had overstepped his authority. “[Venezuelans] are entering Brazil and seeking refuge because of the vulnerable situation they find themselves in,” she said. “What we fear is the lack of options for those near to the border.”
Since 2015, more than 56,000 Venezuelans have sought refuge or residency in Brazil amid continuing political turmoil and economic collapse in their home country. […]
But the flood of migrants has severely stretched health and education services in the poor state of Roraima.
Available at: https://www.theguardian.com/world/2018/aug/06/brazil-shuts-border-venezuelanmigrants)
According to the text it is CORRECT to affirm:
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39Q679150 | Raciocínio Lógico, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2019

A Faculdade de Matemática de um Centro Universitário com 400 acadêmicos propôs a oferta de dois cursos opcionais: Yoga e Pilates, para estimular a prática de atividades que promovam benefícios à saúde física e mental. Obteve-se o seguinte resultado em relação às matrículas nos cursos: 250 matricularam-se em Pilates, 200 matricularam-se em Yoga e 150 matricularam-se em ambos os cursos.
Assinale a alternativa CORRETA que indica o número de acadêmicos que não se matricularam nesses cursos:
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40Q949311 | Português, Interpretação de Textos, Língua Portuguesa Inglês e Matemática, UFT, COPESE UFT, 2018

Em relação aos verbos de ligação, analise as afirmativas.
I. Em: “Crenças e opiniões não são argumentos”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto de aparência de estado.
II. Em: “Jupiter é o maior planeta do sistema solar”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um estado permanente.
III. Em: “Crenças é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade [...]”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto permanente.

Assinale a alternativa CORRETA.
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