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Questões de Concursos Medicina

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81Q948536 | Matemática, Pirâmides, Medicina, FAG, FAG, 2017

Se f (x) = (2 x + 1)/(x - 2) , então, f [f( - 3)] vale:
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82Q947262 | Matemática, Medicina, UEG, UEG, 2018

Ao girarmos um quadrado ABCD de lado igual a 3 em torno do vértice A, mantendo-o fixo, os vértices B e C descrevem circunferências concêntricas com centro em A. A área do anel circular entre essas duas circunferências é
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83Q950124 | Português, Morfologia, Medicina, UNC, ACAFE, 2017

Assinale a frase elaborada em conformidade com as normas da língua-padrão.
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84Q950148 | Biologia, Estudo dos tecidos, Medicina, UNC, ACAFE, 2017

Time brasileiro mapeia DNA de molusco para frear praga em rios

Um grupo de cientistas brasileiros sequenciou o genoma de uma espécie invasora de molusco que chegou ao Brasil nos anos 1990, vinda da China em navios, e estuda agora uma modificação genética no animal para frear sua proliferação em rios e lagos. Como não tem predadores naturais e se reproduz já a partir do primeiro mês de vida, o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) virou uma verdadeira praga de água doce, que gruda em cascos de embarcações, entope turbinas de hidrelétricas e desequilibra todo um ecossistema. A metodologia consiste na busca pelos genes envolvidos no sistema reprodutivo do animal, para realizar a alteração genética, produzindo fêmeas inférteis a partir da segunda geração, o que deve fazer com que a espécie entre em colapso e desapareça com o tempo.

Fonte: CIB, 29/08/2017. Disponível em: http://cib.org.br

ConsIdere as informações contidas no texto e os conhecimentos relacionados ao tema, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas, e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) Os moluscos constituem um grande filo de animais invertebrados, podendo ser encontrados em ambientes marinhos, de água doce, ou terrestres. A classe dos bivalves por ser, na maioria, de animais filtradores, é muito utilizada como indicador ambiental por acumular substâncias, tais como, metais pesados.

( ) Espécies exóticas são espécies animais ou vegetais que se instalam em locais onde não são naturalmente encontradas. Muitas dessas espécies, por possuírem determinadas característica como ciclo reprodutivo rápido, baixa demanda nutricional, ausência de predadores, entre outros, tornam-se invasoras. Assim, acabam por se tornar pragas, crescendo e multiplicando-se rapidamente e alocando recursos que antes eram suficientes para o bem-estar das espécies nativas, alterando o equilíbrio ecológico do local.

( ) O molusco conhecido como caracol-gigante africano (Achatina fulica), também denominado escargot africano, é uma espécie exótica que foi introduzida no Brasil para fins alimentícios. Como espécie invasora, pode ocupar casas, se alimentar de várias espécies vegetais causando danos à agricultura, e pode transmitir doenças às diferentes espécies, inclusive à humana, tais como esquistossomose ou barriga d'água, meningoencefalite e osinofílica, e a estrongiloidíase.

( ) A invasão de espécies exóticas muito adaptáveis e competitivas em áreas distintas do globo terrestre tende a empobrecer e homogeneizar os ecossistemas, ocasionando declínios populacionais e extinções de espécies nativas.

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85Q682878 | Português, Gêneros Textuais, Medicina, PUC RS, PUC RS, 2023

O texto a seguir consiste no trecho inicial do conto Além do ponto, que integra o livro Morangos Mofados (1982), de Caio Fernando Abreu (1948-1996).
Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia no meio da chuva, uma garrafa de conhaque e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse o táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força que seria melhor chegar molhado, porque então beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade que entrava pelo pano das roupas, pela sola fina dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria discos, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio e o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas da mão e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pelos, eu enfiava as mãos avermelhadas nos bolsos e ia indo, eu ia indo pulando as poças d’água com as pernas geladas.
ABREU, Caio Fernando. Morangos Mofados. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 34.
Sobre o trecho, assinale a alternativa correta:
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86Q944548 | Português, Interpretação de Textos, Medicina, PUC RS, PUC RS, 2023

Texto associado.
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto a seguir, que consiste no trecho inicial do conto Conversa de bois, que integra o livro Sagarana (1946), de João Guimarães Rosa (1908-1967).

Que já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, é certo e indiscutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas carochas. Mas, hoje-em-dia, agora, agorinha mesmo, aqui, aí, ali e em toda a parte, poderão os bichos falar e serem entendidos, por você, por mim, por todo o mundo, por qualquer um filho de Deus?!
– Falam, sim senhor, falam!... – afirma o Manuel Timborna, das Porteirinhas, – filho do Timborna velho, pegador de passarinhos, e pai dessa infinidade de Timborninhas barrigudos, que arrastam calças compridas e simulam todos o mesmo tamanho, a mesma idade e o mesmo bom-parecer; – Manuel Timborna, que, em vez de caçar serviço para fazer, vive falando invenções só lá dele mesmo, coisas que as outras pessoas não sabem e nem querem escutar.
– Pode ser que seja, Timborna. Isso não é de hoje: ... “Visa sub obscurum noctis pecudesque locutae. Infandum!...” Mas, e os bois? Os bois também?...
– Ora, ora!... Esses é que são os mais!... Boi fala o tempo todo. Eu até posso contar um caso acontecido que se deu.
– Só se eu tiver licença de recontar diferente, enfeitado e acrescentado ponto e pouco...
– Feito! Eu acho que assim até fica mais merecido, que não seja.
E começou o caso, na encruzilhada da Ibiúva, logo após a cava do Mata-Quatro, onde, com a palhada de milho e o algodoal do pompons frouxos, se truncam asderradeiras roças da Fazenda dos Caetanos e o mato de terra ruim começa dos dois lados; ali, uma irara rolava e rodopiava, acabando de tomar banho de sol e poeira – o primeiro dos quatro ou cinco que ela saracoteia cada manhã.

GUIMARÃES ROSA, João. Sagarana. Rio de Janeiro; São Paulo:
Record, 1984. p. 303-304.
A respeito do trecho selecionado e da obra de Guimarães Rosa, assinale a alternativa correta:
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87Q678348 | Biologia, Órgãos dos sentidos, Medicina, FAG, FAG, 2019

Com relação ao olho humano, assinale a alternativa correta.
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88Q948246 | Biologia, Meiose, Medicina, FAG, FAG, 2017

Considere as seguintes soluções:

I. 10g de NaCl em 100g de água. II. 10g de NaCl em 100ml de água. III. 20g de NaCl em 180g de água. IV. 10 mols de NaCl em 90 mols de água.

Destas soluções, tem concentração 10% em massa de cloreto de sódio:
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89Q948521 | Biologia, A química da vida, Medicina, FAG, FAG, 2018

Em qual nível ecológico um fazendeiro que pretenda determinar a taxa anual de aumento no número de cabeças de gado de sua criação, a fim de explorá-la de maneira sustentável, irá abordar esta questão?
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90Q679270 | Química, Soluções características, Medicina, MULTIVIX, MULTIVIX, 2019

Diversos procedimentos são necessários para entrar e sair de uma unidade de terapia intensiva (UTI), dentre eles, a lavagem e desinfecção das mãos com álcool 70% evita carregar vírus e bactérias de fora para dentro e vice e versa. Comumente se é questionado porque usar álcool 70% (70% de etanol e 30% de água destilada) e não o álcool 96% (96% de etanol e 4% de água destilada) uma vez que este último é mais concentrado, sendo assim: Não teria o álcool 96% um “poder” desinfetante maior? Na verdade, a proporção de 70%, age exclusivamente como desinfetante e não como desidratante. E, a solução de álcool 96% é desidratante. Sendo desidratante, a umidade removida das células epiteliais deixa-a mais susceptível a absorção de microrganismos caso tenha contato com algum veículo contaminado, sujeito assim o indivíduo a diversos tipos de infecções. Deseja-se então a partir do álcool etílico 96% preparar 500 mL de álcool etílico 70%. Qual será o volume aproximado necessário de álcool etílico 96% para o preparo dessa solução de álcool etílico 70%?
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91Q948241 | Química, Estudo da matéria substâncias, Medicina, FAG, FAG, 2017

A uma determinada quantidade de dióxido de manganês sólido, adicionou-se um certo volume de ácido clorídrico concentrado até o desaparecimento completo do sólido. Durante a reação química do sólido com o ácido observou-se a liberação de um gás (Experimento 1). O gás liberado no Experimento 1 foi borbulhado em uma solução aquosa ácida de iodeto de potássio, observando-se a liberação de um outro gás com coloração violeta (Experimento 2). Assinale a opção que contém a afirmação CORRETA relativa às observações realizadas nos experimentos acima descritos.
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92Q950120 | Português, Concordância Verbal e Nominal, Medicina, UNC, ACAFE, 2017

Sobre o poema de Oswald de Andrade, é correto afirmar que:
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93Q942978 | Português, Estrutura das Palavras Radical, Medicina, SÃO CAMILO, VUNESP, 2018

Texto associado.
Leia a crônica “Conto carioca”, de Vinicius de Moraes, para responder à questão.

O rapaz vinha passando num Cadillac novo pela avenida Atlântica. Vinha despreocupado, assoviando um blue, os olhos esquecidos no asfalto em retração. A noite era longa, alta e esférica, cheia de uma paz talvez macabra, mas o rapaz nada sentia. Ganhara o bastante na roleta para resolver a despesa do cassino, o que lhe dava essa sensação de comando do homem que paga: porque tratava-se de um “duro”, e o automóvel era o carro paterno, obtido depois de uma promessa de fazer força nos estudos. O show estivera agradável e ele flertara com quase todas as mulheres da sua mesa. A lua imobilizava-se no céu, imparticipante, clareando a cabeleira das ondas que rugiam, mas como que em silêncio.
De súbito, em frente ao Lido, uma mulher sentada num banco. Uma mulher de branco, o rosto envolto num véu branco, e tão elegante e bonita, meu Deus, que parecia também, em sua claridade, um luar dormente. O freio de pé agiu quase automaticamente e a borracha deslizou, levando o carro maneiroso até o meio-fio, onde estacou num rincho ousado. Depois ele deu ré, até junto da dama branca.
– Sozinha a essas horas?
Ela não respondeu. Limitou-se a olhar serenamente o rapaz do Cadillac, com seu olhar extraordinariamente fluido, enquanto o vento sul agitava-lhe docemente os cabelos cor de cinza.
– Sabe que é muito perigoso ficar aqui até estas horas, uma mulher tão bonita?
A voz veio de longe, uma voz branca, branca como a mulher, e ao mesmo tempo crestada por um ligeiro sotaque nórdico:
– Perdi a condução... Não sei... é tão difícil arranjar condução...
O rapaz examinou-a já com olhos de cobiça. Que criatura fascinante! Tão branca... Devia ser uma coisa branca, um mar de leite, um amor pálido. Suas pernas tinham uma alvura de marfim e suas mãos pareciam porcelanas brancas. Veio-lhe uma sensação estranha, um arrepio percorreu-lhe todo o corpo e ele se sentiu entregar a um sono triste, onde a volúpia cantava baixinho. Teve um gesto para ela:
– Vem... Eu levo você...
Ela foi. Abriu a porta do carro e sentou-se a seu lado. Fosse porque a madrugada avançasse, a noite se fizera mais fria e, ao tê-la aconchegada – talvez emoção –, o rapaz tiritou. Seus braços eram frios como o mármore e sua boca gelada como éter. Vinha dela um suave perfume de flores que o levou para longe. Ela se deixou, passiva, em seus braços, entregue a um mundo de beijos mansos.
Quando a madrugada rompeu, ele acordou do seu letargo amoroso. A moça branca parecia mais branca ainda, e agora olhava o mar, de onde vinha um vento branco. Ele disse:
– Amor, vou levar você agora.
Ela deu-lhe seus olhos quase inexistentes, de tão claros:
– Em Botafogo, por favor.
Tocou o carro. A aventura dera-lhe um delírio de velocidade. Entrou pelo túnel como um louco e fez, a pedido dela, a curva de General Polidoro num ângulo quase absurdo.
– É aqui – disse ela em voz baixa.
Ele parou. Olhou para ela espantado:
– Por que aqui?
– Eu moro aqui. Venha me ver quando quiser. Muito obrigada por tudo.
E dando-lhe um último longo beijo, frio como o éter, abriu a porta do carro, passou através do portão fechado do cemitério e desapareceu.

(Para uma menina com uma flor, 2009.)
As palavras do texto cujos prefixos exprimem ideia de negação são
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94Q678336 | Física, Fundamentos da Cinemática, Medicina, FAG, FAG, 2019

Um avião em voo horizontal voa a favor do vento com velocidade de 180 km/h em relação ao solo. Na volta, ao voar contra o vento, o avião voa com velocidade de 150 km/h em relação ao solo. Sabendo-se que o vento e o módulo da velocidade do avião (em relação ao ar) permanecem constantes, o módulo da velocidade do avião e do vento durante o voo, respectivamente, são:
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95Q942864 | Conhecimentos Gerais, Política, Medicina, SÃO CAMILO, VUNESP, 2019

A Constituição brasileira de 1824 estabelecia quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Essa divisão
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96Q678356 | História e Geografia de Estados e Municípios, Medicina, FAG, FAG, 2019

Leia as afirmativas abaixo a respeito da cidade de Cascavel no estado do Paraná.

I. A estimativa de população segundo o IBGE em 2018 é de mais de 380 mil habitantes II. O atual prefeito de Cascavel é Leonaldo Paranhos da Silva III. O Rio Iguaçu é uma das principais fontes de fornecimento de água do município. IV. A cidade está situada no terceiro Planalto do estado, na região Oeste Paranaense, com uma altitude em torno de 781 metros.

Estão corretas apenas as afirmativas
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97Q948244 | Química, Soluções características, Medicina, FAG, FAG, 2017

O ácido láctico, encontrado no leite azedo, apresenta dois isômeros óticos. Sabendo-se que o ácido d-láctico desvia a luz planopolarizada 3,8° no sentido horário, os desvios angulares provocados pelo ácido l-láctico e pela mistura racêmica são, respectivamente,
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98Q679288 | Português, Concordância Verbal e Nominal, Medicina, MULTIVIX, MULTIVIX, 2019

Considerando as normas de concordância verbal, assinale o item incorreto:
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99Q942976 | Português, Interpretação de Textos, Medicina, SÃO CAMILO, VUNESP, 2018

Texto associado.
Leia a crônica “Conto carioca”, de Vinicius de Moraes, para responder à questão.

O rapaz vinha passando num Cadillac novo pela avenida Atlântica. Vinha despreocupado, assoviando um blue, os olhos esquecidos no asfalto em retração. A noite era longa, alta e esférica, cheia de uma paz talvez macabra, mas o rapaz nada sentia. Ganhara o bastante na roleta para resolver a despesa do cassino, o que lhe dava essa sensação de comando do homem que paga: porque tratava-se de um “duro”, e o automóvel era o carro paterno, obtido depois de uma promessa de fazer força nos estudos. O show estivera agradável e ele flertara com quase todas as mulheres da sua mesa. A lua imobilizava-se no céu, imparticipante, clareando a cabeleira das ondas que rugiam, mas como que em silêncio.
De súbito, em frente ao Lido, uma mulher sentada num banco. Uma mulher de branco, o rosto envolto num véu branco, e tão elegante e bonita, meu Deus, que parecia também, em sua claridade, um luar dormente. O freio de pé agiu quase automaticamente e a borracha deslizou, levando o carro maneiroso até o meio-fio, onde estacou num rincho ousado. Depois ele deu ré, até junto da dama branca.
– Sozinha a essas horas?
Ela não respondeu. Limitou-se a olhar serenamente o rapaz do Cadillac, com seu olhar extraordinariamente fluido, enquanto o vento sul agitava-lhe docemente os cabelos cor de cinza.
– Sabe que é muito perigoso ficar aqui até estas horas, uma mulher tão bonita?
A voz veio de longe, uma voz branca, branca como a mulher, e ao mesmo tempo crestada por um ligeiro sotaque nórdico:
– Perdi a condução... Não sei... é tão difícil arranjar condução...
O rapaz examinou-a já com olhos de cobiça. Que criatura fascinante! Tão branca... Devia ser uma coisa branca, um mar de leite, um amor pálido. Suas pernas tinham uma alvura de marfim e suas mãos pareciam porcelanas brancas. Veio-lhe uma sensação estranha, um arrepio percorreu-lhe todo o corpo e ele se sentiu entregar a um sono triste, onde a volúpia cantava baixinho. Teve um gesto para ela:
– Vem... Eu levo você...
Ela foi. Abriu a porta do carro e sentou-se a seu lado. Fosse porque a madrugada avançasse, a noite se fizera mais fria e, ao tê-la aconchegada – talvez emoção –, o rapaz tiritou. Seus braços eram frios como o mármore e sua boca gelada como éter. Vinha dela um suave perfume de flores que o levou para longe. Ela se deixou, passiva, em seus braços, entregue a um mundo de beijos mansos.
Quando a madrugada rompeu, ele acordou do seu letargo amoroso. A moça branca parecia mais branca ainda, e agora olhava o mar, de onde vinha um vento branco. Ele disse:
– Amor, vou levar você agora.
Ela deu-lhe seus olhos quase inexistentes, de tão claros:
– Em Botafogo, por favor.
Tocou o carro. A aventura dera-lhe um delírio de velocidade. Entrou pelo túnel como um louco e fez, a pedido dela, a curva de General Polidoro num ângulo quase absurdo.
– É aqui – disse ela em voz baixa.
Ele parou. Olhou para ela espantado:
– Por que aqui?
– Eu moro aqui. Venha me ver quando quiser. Muito obrigada por tudo.
E dando-lhe um último longo beijo, frio como o éter, abriu a porta do carro, passou através do portão fechado do cemitério e desapareceu.

(Para uma menina com uma flor, 2009.)
Ao intitular a narrativa de “Conto carioca”, o cronista chama a atenção para
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100Q944553 | Geografia, História da Geografia, Medicina, PUC RS, PUC RS, 2023

A separação do mundo em dois espaços geográficos bem definidos e radicalmente distintos, o Ocidente e o Oriente, foi uma ação também realizada por intelectuais e cientistas europeus, especialmente, durante o processo de colonização dos povos africanos e asiáticos no século XIX. A partir de então, construiu-se, segundo Edward Said, um imperialismo que não é exclusivamente econômico e político, mas também cultural. Para a estética cultural imperialista, afirma-se que
I. intelectuais e cientistas europeus definem o Oriente a partir do olhar da cultura ocidental. II. o conhecimento científico do século XIX considera a pluralidade dos saberes e povos, incluindo as tradições não-escritas. III. o Ocidente e o Oriente são considerados como blocos antagônicos e homogêneos. IV. a neutralidade do conhecimento científico é defendida, embora esse pensamento esteja alicerçado na crença da superioridade europeia sobre os demais povos.
Estão corretas as afirmativas
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