Uma paciente cisgênero de 62 anos procura assistência com
queixa de nódulo de mama esquerda palpado durante o banho
há 20 dias e vermelhidão na mama esquerda.
Ao exame físico: mamas médias, hiperemia e edema de pele de
mama esquerda (pele em casca de laranja) ocupando três dos
quatro quadrantes da mama esquerda; nódulo palpável em
quadrante superolateral de mama esquerda, pétreo, aderido a
planos superficiais e profundos de 5 cm; linfonodos axilares à
direita não palpáveis. Na axila esquerda, palpavam-se dois
linfonodos firmes, endurecidos, tendendo à fusão. Fossas
supraclaviculares e infraclaviculares sem linfonodomegalias.
Uma mamografia realizada 2 dias antes da consulta
apresentava, em mama esquerda, nódulo mal delimitado de
5 cm, em quadrante superolateral de mama esquerda, além de
edema difuso de pele de mama esquerda, categoria 5 BI-RADS.
A ultrassonografia de mamas e axilas realizada 1 dia antes da
consulta evidencia nódulo irregular, com margens espiculadas,
heterogêneo, em quadrante superolateral de mama esquerda,
de 4,5 cm, e dois linfonodos globosos com perda de hilo em
axila esquerda, categoria 5 BI-RADS.
A biópsia da nodulação da mama esquerda com agulha grossa
(com inserção de clip de titânio) foi positiva para malignidade:
carcinoma invasivo da mama tipo não especial, grau histológico
3. A biópsia por agulha grossa de um linfonodo axilar foi
positiva para metástase de carcinoma mamário. A imunohistoquímica evidenciou:
• receptores de estrogênio: negativo;
• receptores de progesterona: negativo;
• HER2/Neu: negativo;
• Ki-67: 75%.
A paciente foi então encaminhada para tratamento clínico
medicamentoso (oncológico) neoadjuvante. Ao final da
neoadjuvância, houve resposta clínica e radiológica completas
(mamografia e ultrassonografia de mamas e axilas).
Após a neoadjuvância em mama e axila esquerdas, a conduta
cirúrgica frente ao caso deve ser:
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