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Questões de Concursos Vestibular

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761Q950999 | Matemática, Áreas e Perímetros, Vestibular, IFPR, FUNTEF PR, 2018

Uma empresa de manutenção recomenda que o produto algicida seja misturado na piscina na seguinte proporção: 5 ml de algicida para cada 1.000 litros de água da piscina. Uma piscina tem a forma de um paralelepípedo com as seguintes dimensões: 2,5 metros de largura, 5 metros de largura e 1,2 metros de profundidade. Considerando que essa piscina esteja completamente cheia d’agua, a quantidade do produto algicida que deve ser misturado na piscina será de:
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762Q950841 | Atualidades, Economia na Atualidade, Vestibular, UFMS, FAPEC, 2018

Leia o texto a seguir.

"Quando os colonizadores europeus chegaram nesta região, nas primeiras décadas do século XVI, encontraram aqui um conjunto de sociedades indígenas, composto por etnias representantes de três dos quatros troncos linguísticos que forma o universo etno-linguístico brasileiro. Eram várias centenas de milhares de índios portadores de sistemas culturais ricamente diferenciados. Esses grupos, às vezes, possuíam divergências entre si mas respondiam bem, cada segmento ao seu modo, às equações colocadas pela paisagem que também era múltipla e variada. Em função disso, desde os primeiros momentos da colonização ibérica no continente, a área de Mato Grosso do Sul, apesar de sua distância dos centros econômicos mercantilistas na América do Sul, foi, de imediato, inserida na estratégia econômica do sistema colonial na condição de importante fonte fornecedora de uma mercadoria vital para o funcionamento desse modelo: a mão-de-obra compulsória.

Durante os cinco séculos da presença europeia em Mato Grosso do Sul, a resistência indígena à ocupação colonial de seu território foi a tônica das relações intercivilizatórias. O Pantanal sulmato-grossense foi o cenário da maior e mais obstinada oposição nativa à presença colonizadora ibérica na história do Brasil."

MARTINS, Gilson Rodolfo. Breve painel etno-histórico de Mato Grosso do Sul. 2. ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2002. p. 11-12.

O texto acima nos apresenta um panorama da ocupação de Mato Grosso do Sul, muito comum em todo o Brasil colonial. Assinale a alternativa correta sobre a história dos povos indígenas e a relação estabelecida com os colonizadores portugueses que aqui chegaram:

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763Q678508 | Português, Figuras de Linguagem, Vestibular, CÁSPER LÍBERO, CÁSPER LÍBERO, 2019

Texto associado.
DA LÓGICA DA POLÍTICA À LÓGICA DA MÍDIA: ENTRE DEMOCRACIA E ENTRETENIMENTO
Luís Mauro Sá Martino


As relações entre política e entretenimento vêm sendo um objeto privilegiado de investigação tanto no campo das Ciências Sociais como no da Comunicação. Dentre os vários focos, seria possível destacar a preocupação com as formas de concepções de política presentes na arte, questões de política cultural e o engajamento de artistas, canções e movimentos musicais em atividades de natureza política – a canção de protesto, nesse sentido, seria o caso mais explícito. Se a perspectiva crítica foi, em algum momento, dominante, proposições recentes vêm procurando contrabalançar essa questão
O argumento deste ensaio é que a política está tomando a forma do entretenimento porque ela não seria entendida de outra maneira. Boa parte das referências coletivas contemporâneas estão articuladas com os ambientes da mídia e os discursos em circulação nesses espaços, fazendo parte de uma “cultura digital”, “cultura de massa”, “cultura da mídia” ou mesmo “popular culture”, como preferem os anglo-saxões, em uma acepção de “popular” que fica em diagonal com a dos discursos teóricos latino-americanos. O semiólogo francês Roland Barthes (1915-1980), em seu trabalho pioneiro de análise da mídia, sugeria que as “mitologias modernas” – tramas de novelas, trechos de filmes, episódios de séries, canções populares e rock’n’roll – estão muito mais presentes na memória, tanto individual como coletiva, do que outras formas de narrativa.
O “mundo vivido”, no dizer do filósofo alemão Edmund Husserl (1859-1938), está permeado de elementos dos meios de comunicação; eles formam nossa memória e os discursos coletivos, permitem associações e identificações individuais e sociais, expressam sentimentos e aspirações. Estão vinculados às condições materiais de sua produção e às relações sociais, mas, ao mesmo tempo em que as expressam, também as transcendem – a dialética da produção cultural, em alguma medida, parece se direcionar para esse aparente paradoxo que, no entanto, se dissolve quando se lembra que essa, em alguma medida, é a própria dinâmica da sociedade.
Isso não é superdimensionar o poder da mídia e sua articulação com a política da vida cotidiana. Se ela tem a série de prerrogativas, é porque está presente em algo mais amplo chamado “vida humana”, que certamente não depende apenas dos ambientes midiáticos, mas está em constante articulação com eles dentro de um processo de midiatização.
O sentido das mensagens da mídia é negociado em seu uso pelos indivíduos, entendidos como sujeitos históricos e sociais, dotados de vínculos, sentimentos, afetos, razão. Sua presença inicialmente se deve muito mais à maneira como ela se articula e se relaciona com outras instâncias da vida social, articulando-se em termos de um “ambiente”.


A realidade compartilhada
O filósofo norte-americano William James (1842-1910) foi um dos primeiros a chamar a atenção para esse fenômeno: vivemos em múltiplas realidades, mas quase não nos damos conta disso e, na maior parte dos casos, essa pluralidade é deixada de lado e comprimida em uma entidade singular, a realidade. E, nesse sentido, boa parte de nossa experiência cotidiana está relacionada de alguma maneira com as interações mediadas.
Em primeiro lugar, pela onipresença das redes de comunicação. As tecnologias de comunicação, transformadas em miniaturas e acopladas ao corpo humano, permitem uma interação mais rápida e ampla com outros seres humanos, mas também com outros canais de informações, como jamais foi experimentado na história. Se é possível dizer que a realidade é relacional, é possível argumentar também que essas relações são hoje mais mediadas do que em qualquer outra época. O acoplamento de dispositivos tecnoeletrônicos ao corpo humano – alguns autores chamariam de “pós-humano” – torna possível a criação e a experiência do “mundo real” em ambientes antes inimagináveis, múltiplos e simultâneos. Em qualquer lugar posso estar ligado simultaneamente a várias realidades, sobretudo quando se leva em conta a noção de “múltiplas realidades” mencionada por James.
Mesmo em um plano mais amplo, é praticamente impossível escapar da presença da mídia em qualquer espaço, seja como o som ambiente de um supermercado, seja nas telas eletrônicas presentes nos lugares mais inesperados ou no toque do smartphone. A torrente de informações, inesgotável, não é apreendida em sua totalidade pelos cinco sentidos, e aí também encontra lugar um intenso processo de negociação na dinâmica entre emissor, mensagem e receptor – se essas categorias ainda têm alguma validade para definir os parâmetros da comunicação contemporânea. Essa torrente não é nova e, quando se leva em consideração o desenvolvimento de uma cultura vinculada à mídia desde o final do século XIX, seria possível dizer que, de alguma maneira, a história cultural dos séculos XX e XXI está ligada aos discursos produzidos nos e pelos meios de comunicação e à sua apropriação e ressignificação pelos indivíduos.
Ao menos nas grandes cidades, seria difícil encontrar alguém nascido após 1950 que não tenha, em suas memórias pessoais, lembranças da televisão, do cinema e do rádio. O repertório das pessoas está povoado de personagens de filmes e novelas, cenas de cinema, música popular, MPB, rock’n’roll, citações de séries de televisão. (Texto adaptado).
Assinale a opção que identifica corretamente o paradoxo a que se refere o terceiro parágrafo do texto:
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764Q948673 | Português, Proparoxítonas, Vestibular, IFAL, IF AL, 2018

Quanto à análise sintática dos termos abaixo, pode-se dizer apenas que:
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765Q948686 | Matemática, Produtos Notáveis e Fatoração, Vestibular, IFAL, IF AL, 2018

Um terreno tem o formato de um triângulo retângulo cuja dimensão de um dos catetos mede 5 m e a dimensão da sua hipotenusa mede 13 m. Qual é a área desse terreno em metros quadrados?
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766Q951069 | Biologia, A química da vida, Vestibular, UNICAMP, COMVEST UNICAMP, 2018

A malária representa um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Embora a dimensão geográfica da transmissão esteja encolhendo no Brasil, o país ainda registra 42% dos casos da doença nas Américas. A Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, recentemente desenvolveu um preparado com alta eficácia antimalárica, agora em fase de ensaios clínicos.
(Fontes: “Desafios para eliminação da malária”, Agência Fapesp, 2017; MAÍRA Menezes, “Malária: ensaio clínico aponta alta eficácia e ausência de resistência a medicamento”, Portal Fiocruz, 2016.)
Levando em conta seus conhecimentos sobre o ciclo de vida do Plasmodium, assinale a alternativa que indica um possível mecanismo de ação do preparado antimalárico.
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767Q951276 | Química, Fórmulas, Vestibular, IFMT, IF MT, 2018

O século XIX foi marcado pelo início de uma profunda mudança na forma de enviar e receber informações. Desde 24 de maio de 1844, quando Samuel Finley Bresse Morse enviou sua famosa mensagem "Eis que Deus criou", com o recém-inventado telégrafo, a humanidade pôde ver pela primeira vez a transmissão instantânea de uma informação em pontos afastados por grandes distâncias. A partir de então, diversos instrumentos foram criados para facilitar a comunicação na Terra, provocando profundas mudanças nas relações sociais, comerciais e de trabalho. Essas mudanças, sem dúvidas, só foram possíveis a partir do entendimento pelo homem do comportamento das ondas eletromagnéticas. Com relação às ondas eletromagnéticas, pode-se afirmar que:
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768Q951300 | Química, Substâncias Inorgânicas e suas características Ácidos, Vestibular, UNESPAR, UNESPAR, 2018

A glicose, importante açúcar na alimentação de muitos seres vivos, possui fórmula igual a C6 H12O6 .

Sobre a glicose, é possível AFIRMAR que:

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769Q948404 | Português, Conotação e Denotação, Vestibular, FAG, FPS, 2017

Texto associado.
Texto 1 - Repórter Policial

[...] Assim como o locutor esportivo jamais chamou nada pelo nome comum, assim também o repórter policial é um entortado literário. Nessa classe, os que se prezam nunca chamariam um hospital de hospital. De jeito nenhum. É nosocômio. Nunca, em tempo algum, qualquer vítima de atropelamento, tentativa de morte, conflito, briga ou simples indisposição intestinal foi parar num hospital. Só vai para o nosocômio. E assim sucessivamente. Qualquer cidadão que vai à Polícia prestar declarações que possam ajudá-la numa diligência (apelido que eles puseram no ato de investigar), é logo apelidada de testemunha chave. Suspeito é Mister X, advogado é causídico, soldado é militar, marinheiro é naval, copeira é doméstica e, conforme esteja deitada, a vítima de um crime – de costas ou de barriga pra baixo – fica numa destas duas incômodas posições: decúbito dorsal ou decúbito ventral.
Num crime descrito pela imprensa sangrenta, a vítima nunca se vestiu. A vítima trajava. Todo mundo se veste… mas, basta virar vítima de crime, que a rapaziada sadia ignora o verbo comum e mete lá: “A vítima traja terno azul e gravata do mesmo tom”. Eis, portanto, que é preciso estar acostumado ao “métier” para morar no noticiário policial. Como os locutores esportivos, a Delegacia do Imposto de Renda, os guardas de trânsito, as mulheres dos outros, os repórteres policiais nasceram para complicar a vida da gente. Se um porco morde a perna de um caixeiro de uma dessas casas da banha, por exemplo, é batata…a manchete no dia seguinte tá lá: “Suíno atacou comerciário”.
Outro detalhezinho interessante: se a vítima de uma agressão morre, tá legal, mas se — ao contrário — em vez de morrer fica estendida no asfalto, está prostrada. Podia estar caída, derrubada ou mesmo derribada, mas um repórter de crime não vai trair a classe assim à toa. E castiga na página: "Naval prostrou desafeto com certeira facada." Desafeto — para os que são novos na turma — devemos explicar que é inimigo, adversário, etc. E mais: se morre na hora, tá certo; do contrário, morrerá invariavelmente ao dar entrada na sala de operações.
De como vive a imprensa sangrenta, é fácil explicar. Vive da desgraça alheia, em fotos ampliadas. Um repórter de polícia, quando está sem notícia, fica na redação, telefonando pras delegacias distritais ou para os hospitais, perdão, para os nosocômios, onde sempre tem um cupincha de plantão. [...]
Fonte: STANISLAW, Ponte Preta. São Paulo: Moderna, 1986.

“Uma mancha escura apareceu no Rio São Francisco e está visível entre os territórios sergipano e alagoano. O fenômeno já está sendo analisado por especialistas e o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco defende o aumento da vazão como alternativa para dissipar a mancha escura ...............”.

Disponível em: (http://www.infonet.com.br/noticias/cidade//ler.asp?id=171550) Acesso em out. 2017. (Adaptado)

O fenômeno citado na notícia foi provocado pela presença de um dinoflagelado, identificado como Cerarium furcoides. Assinale a alternativa que cita o grupo a que pertence o organismo causador do fenômeno.

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770Q678527 | Conhecimentos Gerais, Questões Sociais, Vestibular, CÁSPER LÍBERO, CÁSPER LÍBERO, 2019

Os anos do pós-guerra foram marcados pelo surgimento de novos movimentos sociais. Manifestações como o Maio de 1968, na França, ou as campanhas contra a Guerra do Vietnã proporcionaram diferentes formas de participação política. A formação desse novo ambiente relacionava-se:
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771Q948102 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular, IFTM, INEP, 2018

Twitter abre inscrições para seleção da turma de estagiários 2019
Processo seletivo conduzido em parceria com a Companhia de Estágios inclui jogo de realidade virtual entre as atividades
O Twitter abriu nesta segunda-feira (17/09) as inscrições para a quarta edição de seu programa de estágios no Brasil. Pela primeira vez, o processo seletivo conduzido em parceria com a Companhia de Estágios terá entre as etapas a participação dos estudantes em um jogo de realidade virtual. Em uma atividade de trabalho em equipe, os candidatos serão divididos em grupos e precisarão cumprir os desafios em um jogo de realidade virtual. A ideia é avaliar a habilidade de relacionamento interpessoal, além de atributos como organização, raciocínio lógico, persistência, pensamento estratégico, foco e comunicação. O processo criado pela Companhia de Estágios fará estreia nesta quarta edição do programa de estágio do Twitter no Brasil. O Twitter terá seis vagas para novos estagiários em seu escritório de São Paulo em 2019. Poderão se inscrever no processo estudantes de graduação, sem restrição em relação ao curso. “Como em todos os nossos processos, buscamos formar uma turma cada vez mais diversa em termos de experiências de vida, formação, cultura e perspectivas”, afirma Francine Graci, diretora de aquisição, treinamento e desenvolvimento do Twitter para a América Latina. Além da bolsa-auxílio, os escolhidos receberão benefícios como vale-transporte, valerefeição e auxílio para academia. Para saber mais sobre o programa, fazer sua inscrição ou compartilhar a oportunidade, os estudantes podem acessar a página da Companhia de Estágios dedicada ao programa do Twitter. Informações e novidades sobre o assunto também estarão disponíveis na conta @JoinTheFlockBR, no Twitter.
Companhia de Estágios/ www.ciadeestagios.com.br
(Disponível em: http://revistapontojovem.com.br/twitter-abreinscricoes-para-selecao-da-turma-de-estagiarios-2019/. Acesso em 25 set 2018.)
A internet tornou-se um dos grandes veículos de publicação de diversos gêneros textuais. Segundo Marcuschi (2008, p. 155), entende-se por Gêneros Textuais os “textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos [...]”. Do ponto de vista de sua finalidade, o texto lido pode ser classificado como pertencente ao gênero textual notícia, já que
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772Q945994 | História, Período Colonial produção de riqueza e escravismo, Vestibular, FATEC, FATEC, 2019

O Brasil foi o principal destino dos africanos escravizados especialmente no século XIX. Ainda que pressões internacionais pusessem cada vez mais restrições ao tráfico transatlântico, os portos do sudeste do país, vários deles clandestinos, foram o destino de cerca de três quartos das pessoas escravizadas no Brasil entre 1822 e 1866. A escravidão mantinha, dessa forma, o seu papel fundamental na economia brasileira e na formação das relações sociais do país.
Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao contexto apresentado no texto
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773Q944132 | Literatura, Modernismo, Vestibular, UEMG, UEMG, 2022

Com base no seguinte excerto de Vidas Secas, assinale a alternativa correta.


[...]

Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

Arrastaram-se para lá, devagar, sinha Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.

Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.

[...]

RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 144ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2020.

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774Q944395 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular, UEMA, UEMA, 2022

Texto associado.

O estrangeiro apertou a mão calosa e áspera do velho, que abriu os lábios numa rude expressão de riso, mostrando as gengivas roxas e desdentadas. A cafuza não se mexeu; apenas, mudando vagarosamente o olhar, descansou-o, cheio de preguiça e desalento, no rosto do viajante. A criança acolheu-se a ela, boquiaberta, com a baba a escorrer dos beiços túmidos.

[...]

— Mora aqui há muito tempo? perguntou Milkau.

— Fui nascido e criado nessas bandas, sinhô moço... Ali perto do Mangaraí.

— E, tateando o espaço, estendia a mão para o outro lado do rio. — Não vê um casarão lá no fundo? Foi ali que me fiz homem, na fazenda do Capitão Matos, defunto meu sinhô, que Deus haja!

O estrangeiro, acompanhando o gesto, apenas divisava ao longe um amontoado de ruínas que interrompia a verdura da mata.

E a conversa foi continuando por uma série de perguntas de Milkau sobre a vida passada daquela região, às quais o velho respondia gostoso, por ter ocasião de relembrar os tempos de outrora, sentindo-se incapaz, como todos os humildes e primitivos, de tomar a iniciativa dos assuntos.

[...]

— Ah, tudo isto, meu sinhô moço, se acabou... Cadê fazenda? Defunto meu sinhô morreu, filho dele foi vivendo até que governo tirou os escravos. Tudo debandou. Patrão se mudou com a família para Vitória, onde tem seu emprego; meus parceiros furaram esse mato grande e cada um levantou casa aqui e acolá, onde bem quiseram. Eu com minha gente vim para cá, para essas terras do seu coronel. Tempo hoje anda triste. Governo acabou com as fazendas, e nos pôs todos no olho do mundo, a caçar de comer, a comprar de vestir, a trabalhar como boi para viver. Ah! tempo bom de fazenda!

[...]

— Mas, meu amigo — disse Milkau

—, você aqui ao menos está no que é seu, tem sua casa, sua terra, é dono de si mesmo.

— Qual terra, qual nada... Rancho é do marido de minha filha, que está aí sentada, terra é de seu coronel, arrendada por dez mil-réis por ano. Hoje em dia tudo aqui é de estrangeiro, Governo não faz nada por brasileiro, só pune por alemão... ARANHA, G. (1868-1931). Canaã. 3 ed. São Paulo: Martins Claret, 2013.

Dentre os trechos extraídos do diálogo dos personagens, indique aquele em que predomina a intenção crítica do autor acerca da política da época.

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775Q945936 | Física, Dilatações, Vestibular, CEDERJ, CECIERJ, 2019

Na construção de ferrovias, é necessário deixar uma folga entre os trilhos para permitir que eles se dilatem caso a temperatura aumente. Suponha que cada trilho tem 20 m de comprimento na temperatura média da região onde serão instalados e que a temperatura pode aumentar em até 30 ºC em relação ao seu valor médio. Sabendo que o coeficiente de dilatação térmica linear dos trilhos é α = 1,1x10-5 por ºC, o valor da separação mínima entre os trilhos para evitar que eles se pressionem com esse aumento de temperatura é:
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776Q951032 | Física, Resistores e Potência Elétrica, Vestibular, UFPR, NC UFPR, 2018

As expressões ‘equipamento emocional’ e ‘ostracismo social’, no segundo parágrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrência, respectivamente, como:
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777Q951349 | Química, Fórmulas, Vestibular, UEMG, UEMG, 2019

Uma fábrica de sucos realizou analises físico-químicas em um laboratório de controle de qualidade do suco de limão com manjericão e do suco de tomate e obteve os seguintes resultados:

• Suco de limão com manjericão: pH = 2,3.

• Suco de tomate: pH = 4,3.

Dados:

log 5= 0,7

Com base nos resultados, é CORRETO afirmar que:

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778Q951311 | História, Revolução Intelectual do século XVIII Iluminismo, Vestibular, UNESPAR, UNESPAR, 2018

“As feias que me desculpem, mas a beleza é fundamental.” Um rosto bonito pode não ser tão importante quanto achava o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980), mas é sempre bem-vindo. E, muitas vezes, ardentemente desejado. Das partes do corpo, a pele é a que tem uma relação mais direta com a vaidade. E também a que revela de forma mais ostensiva a ação devastadora do tempo. Na velhice, as fibras de colágeno da derme – a camada debaixo da pele – perdem a elasticidade. Sem sustentação, a superfície fica frouxa. Resultado: rugas.

Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/o-tempo-eimplacavel-envelhecimento/. Acessado em 06/09/2018.

Sobre o colágeno é CORRETO afirmar:

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779Q945960 | Matemática, Triângulos, Vestibular, CEDERJ, CECIERJ, 2019

O perímetro de um triângulo retângulo e o produto das medidas de seus catetos são ambos numericamente iguais a 15. Calculando-se a medida da hipotenusa desse triângulo, encontra-se o valor numérico:
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780Q678534 | Atualidades, Ciência, Vestibular, CÁSPER LÍBERO, CÁSPER LÍBERO, 2019

Facebook e YouTube (Google) correram para apagar os horrores do vídeo da mesquita em suas plataformas, mas com pouco efeito, por terem resistido à criação de estruturas capazes de identificar e editar conteúdo na velocidade necessária. Até hoje, não se consideram mídia, não aceitam a responsabilidade jornalística sobre o conteúdo postado por usuários, ainda que sejam assassinos. No caso do Facebook, através do qual o atirador transmitiu ao vivo os 17 minutos de seu programa na Nova Zelândia, para todo o mundo, o fundador e presidente Mark Zuckerberg ainda se manifesta declaradamente contra filtros de segurança. “Nós não examinamos o que as pessoas falam antes que elas falem”, escrevia ele há pouco mais de um ano, “e francamente eu não acredito que a sociedade queira que nós o façamos”. [...] Cobra-se, antes de mais nada, alguma forma de evitar que a facilidade da transmissão acabe estimulando ataques semelhantes. Nelson de Sá, “Transmissão ao vivo de ataque na Nova Zelândia amplia cerco ao Facebook”, Folha de S.Paulo, 15/03/2019.
Na análise da qual um trecho é acima reproduzido, o jornalista Nelson de Sá critica aspectos do funcionamento das redes sociais, em especial o Facebook e o YouTube. Sua crítica se dá no contexto do atentado de Christchurch, na Nova Zelândia, quando um militante de extrema-direita assassinou 51 pessoas, principalmente frequentadores de uma mesquita. O assassino divulgou o atentado numa transmissão ao vivo pelo Facebook, assistida por milhares de pessoas. De acordo com o texto, é correto afirmar que Nelson de Sá defende a ideia de que nas redes sociais haja:
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