Questões de Concursos: Vestibular UFRGS

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11 Q596314 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia o trecho final de O cortiço .
A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão
e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.
Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então,
erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançála,
já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.
E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue.
João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.
Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que
vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.
Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.
 
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.
I - O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para
desmascarar o falso abolicionismo de João Romão; ao mesmo tempo, mantém-se distante dela
ao descrevê-la com traços animalescos.
II - A morte terrível de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo da
narração, característica naturalista presente no texto de Aluísio Azevedo.
III- A última frase do trecho sugere que João Romão receberá a comissão a despeito do fim de
Bertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha.
Quais estão corretas?

12 Q595498 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Considere as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto, levando em conta os contextos que o
antecedem e o seguem.
Daí se tira uma consequência importante: não é preciso aprender e guardar permanentemente na
memória cada caso individual; aprendemos uma regra geral (“fazse o plural acrescentando um “s”
ao singular”), e estamos prontos (l. 48-53).
I - Tira-se daí uma consequência importante: aprendemos uma regra geral – “faz-se o plural acrescentando um
“s” ao singular” –, e estamos prontos. Não é preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso
individual.
II - Daí se tira como consequência importante o fato de não ser preciso aprender e guardar permanentemente na
memória cada caso individual, pois aprendemos uma regra geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
singular”), e estamos prontos.
III- Não é preciso aprender e guardar permanentemente na memória cada caso individual; aprendemos uma
regra geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao singular”), e estamos prontos. Essa é a consequência
importante que daí se tira.
Quais estão corretas e preservam a significação do trecho original?

13 Q595977 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
No bloco superior abaixo, estão listados os títulos de alguns romances, representantes do Romance de 30 no Brasil; no inferior, o enredo central desses romances. 
Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
 1 - A bagaceira, de José Américo de Almeida.
 2 - O quinze, de Rachel de Queiroz.
 3 - Menino de engenho, de José Lins do Rego.
 4 - Os ratos, de Dyonélio Machado. 5 - Vidas secas, de Graciliano Ramos.
 ( ) Os retirantes sertanejos Valentim Pereira, Soledade, sua filha, e Pirunga, um agregado, buscam, durante uma terrível seca, abrigo no engenho de Dagoberto Marcão.
 ( ) Carlos de Melo narra suas memórias de infância na fazenda Santa Rosa, apresentando o avô, as tias e os “moleques da bagaceira”. 
 ( ) Família de retirantes foge da seca em direção ao sul do Brasil, rumo a uma cidade grande, onde há trabalho para o pai e escola para os filhos. 
 ( ) Funcionário público, endividado com o leiteiro, perambula pela cidade em busca do dinheiro para saldar sua dívida.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

14 Q595714 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o episódio "O sobrado", do
romance O continente , de Erico Verissimo.
( ) O contexto histórico é o desfecho da Guerra dos Farrapos entre republicanos e federalistas,
iniciada em 1890.
( ) O episódio ocupa três dias de junho de 1895.
( ) A divisão em 7 capítulos intercalados estabelece um contraponto temporal e estrutural com os
demais capítulos do romance.
( ) O jogo entre vida e morte, que marca toda a trilogia, já se estabelece aqui a partir de objetos,
como a tesoura e o punhal.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

15 Q595648 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. – Temos sorte de viver no Brasil – dizia
02. meu pai, depois da guerra. – Na Europa
03. mataram milhões de judeus.
04. Contava as experiências que os médicos
05. nazistas faziam com os prisioneiros.
06.  Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas
07. encolher – à maneira, li depois, dos índios
08. Jivaros. Amputavam pernas e braços.
09. Realizavam estranhos transplantes: uniam a
10. metade superior de um homem ........ metade
11. inferior de uma mulher, ou aos quartos
12. traseiros de um bode. Felizmente morriam
13. essas atrozes quimeras; expiravam como
14. seres humanos, não eram obrigadas a viver
15. como aberrações. (........ essa altura eu tinha
16. os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava
17. que a descrição das maldades nazistas me
18. deixava comovido.)
19. Em 1948 foi proclamado o Estado de
20. Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho –
21. o melhor vinho do armazém –, brindamos ao
22. acontecimento. E não saíamos de perto do
23. rádio, acompanhando ........ notícias da guerra
24. no Oriente Médio. Meu pai estava
25. entusiasmado com o novo Estado: em Israel,
26. explicava, vivem judeus de todo o mundo,
27. judeus brancos da Europa, judeus pretos da
28. África, judeus da Índia, isto sem falar nos
29. beduínos com seus camelos: tipos muito
30 esquisitos, Guedali.
31. Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
32. Por que não ir para Israel? Num país de
33. gente tão estranha – e, ainda por cima, em
34. guerra – eu certamente não chamaria a
35. atenção. Ainda menos como combatente,
36. entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu
37. me via correndo pelas ruelas de uma aldeia,
38. empunhando um revólver trinta e oito,
39. atirando sem cessar; eu me via caindo,
40. varado de balas. Aquela, sim, era a morte que
41. eu almejava, morte heroica, esplêndida
42. justificativa para uma vida miserável, de
43. monstro encurralado. E, caso não morresse,
44. poderia viver depois num kibutz . Eu, que
45. conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria
46. muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os
47. membros do kibutz terminariam por me
48. aceitar; numa nova sociedade há lugar para
49. todos, mesmo os de patas de cavalo.
                   Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim . 9.
                                                           ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.
Assinale a alternativa que apresenta a transposição correta para o discurso indireto do trecho abaixo:
– Temos sorte de viver no Brasil – dizia meu pai, depois da guerra (l. 01-02).

16 Q595922 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia a crônica Ovo frito , de Rubem Alves (1933-2014).
Gosto muito de ovo. Ovo frito. Ovo escaldado, com pão torrado. Coisa boba, o fato é que comecei
a pensar sobre as razões por que gosto de ovo. Lembrei-me... Meu pai era viajante. Passava a
semana fora de casa. Voltava às sextas-feiras, no trem das oito. Noite escura, o trem das oito vinha
apitando na curva, resfolegando de cansado, expelindo enxames de vespas vermelhas, chamuscava
uma paineira, entrava na reta, passava a dez metros da nossa casa, todos nós estávamos lá, o pai
com a cabeça de fora, sorrindo, e todos corríamos para a estação. Ele vinha com fome e sujo. Água
quente não havia. Mas não tinha importância. Da leitura do Evangelho havíamos aprendido de Jesus,
no lava-pés, que quem está com os pés limpos tem o corpo inteiro limpo. A coisa, então, era lavar
os pés. E esse era o costume geral lá em Minas. Minha mãe esquentava água no fogão de lenha,
punha numa bacia e eu lavava os pés do meu pai. Depois de limpo, ele se assentava à mesa e o
que tinha para comer era sempre a mesma coisa: arroz, feijão, molho de tomate e cebola, ovo frito
e pão. Ele me punha assentado ao joelho e comia junto. Ah, como é gostoso comer pão ensopado
no molho de tomate, pão lambuzado no amarelo mole do ovo! Era um momento de felicidade.
Nunca me esqueci. Acho que quando enfio o pão no amarelo mole do ovo eu volto àquela cena da
minha infância. Os poetas, somente os poetas, sabem que um ovo é muito mais que um ovo...
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre a crônica.
( ) Defende a importância de comer ovos.
( ) Relata que o trem em que o pai chegava trazia também criadores de vespas.
( ) Mostra que lavar os pés antes das refeições era um hábito importante, quase sagrado.
( ) Apresenta a memória como elemento essencial para a literatura.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

17 Q595666 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Sobre a peça Gota d’Água: uma tragédia brasileira , de Chico Buarque e Paulo Pontes, assinale com V
(verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) Paulo Pontes e Chico Buarque, no texto de apresentação à peça de 1975, criticam a experiência
capitalista do “milagre econômico” brasileiro e conclamam a intelectualidade a aproximar-se do
povo, inscrevendo o drama na vertente nacional popular do período.
( ) Algumas das canções hoje clássicas de Chico Buarque e Paulo Pontes integram a peça como a
que dá título ao texto – Gota d’Água – e Basta um dia , ambas interpretadas por Bibi Ferreira na
montagem original.
( ) Gota d’Água , embora ambientada no subúrbio carioca, atualizaMedeia , texto clássico de Eurípides,
mantendo a linguagem elevada da tragédia grega.
( ) O desfecho da peça de Chico Buarque e Paulo Pontes não segue o texto da tragédia de Eurípides:
Joana e Jasão se reconciliam e vivem em harmonia com os filhos.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

18 Q595986 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Assinale a alternativa correta sobre o poema VI, de Chuva oblíqua. 

19 Q595525 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. me perguntam: quantas palavras
02. uma pessoa sabe? Essa é uma pergunta
03. importante, principalmente para quem ensina
04. línguas estrangeiras. Seria muito útil para
05. quem planeja um curso de francês ou japonês
06. ter uma estimativa de quantas palavras um
07. nativo conhece; e quantas os alunos precisam
08. aprender para usar a língua com certa
09. facilidade. Essas informações seriam preciosas
10. para quem está preparando um manual que
11. inclua, entre outras coisas, um planejamento
12. cuidadoso da introdução gradual de vocabulário.
13. À parte isso, a pergunta tem seu
14. interesse próprio. Uma língua não é apenas
15. composta de palavras: ela inclui também regras
16. gramaticais e um mundo de outros elementos
17. que também precisam ser dominados. Mas as
18. palavras são particularmente numerosas, e é
19. notável como qualquer pessoa, instruída ou
20. não, ........ acesso a esse acervo imenso de
21. informação com facilidade e rapidez. Assim,
22. perguntar quantas palavras uma pessoa sabe
23. é parte do problema geral de o que é que
24. uma pessoa tem em sua mente e que ........
25. permite usar a língua, falando e entendendo.
26. Antes de mais nada, porém, o que é uma
27. palavra? Ora, alguém vai dizer, “todo mundo
28. sabe o que é uma palavra”. Mas não é bem
29. assim. Considere a palavra olho . É muito claro
30. que isso aí é uma palavra – mas será que
31. olhos é a mesma palavra (só que no plural)?
32. Ou será outra palavra?
33. Bom, há razões para responder das duas
34. maneiras: é a mesma palavra, porque significa a
35. mesma coisa (mas com a ideia de plural); e é
36. outra palavra, porque se pronuncia diferentemente
37. (olhos tem um “s” final que olho não tem, além
38. da diferença de timbre das vogais tônicas).
39. Entretanto, a razão principal por que julgamos
40. que olho e olhos sejam a mesma palavra é
41. que a relação entre elas é extremamente
42. regular; ou seja, vale não apenas para esse
43. par, mas para milhares de outros pares de
44. elementos da língua: olho/olhos, orelha/orelhas,
45. gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relação
46. é a mesma em todos os pares: a forma sem
47. “s” denota um objeto só, a forma com “s”
48. denota mais de um objeto. Daí se tira uma
49. consequência importante: não é preciso aprender
50. e guardar permanentemente na memória
51. cada caso individual; aprendemos uma regra
52. geral (“faz-se o plural acrescentando um “s” ao
53. singular”), e estamos prontos.
 Adaptado de: PERINI, Mário A. Semântica lexical.
ReVEL, v. 11, n. 20, 2013.

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I - Os usos pronominais e verbais ora na primeira pessoa do singular, ora na primeira pessoa do plural, ora na
terceira pessoa devem-se ao caráter científico do texto.
II - Expressões como Bom (l. 33) e daí (l. 48) revelam um uso coloquial da língua relacionado ao fato de o texto
ter sido publicado em revista, e não em livro.
III- A predominância de verbos no presente do indicativo, no texto, é reveladora de seu caráter expositivoargumentativo.
Quais estão corretas?

20 Q595947 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Sobre o gênero canção popular brasileira, conforme vem sendo proposto nas leituras obrigatórias do
concurso vestibular, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) A letra da canção só pode ser analisada em sua complexidade, se aproximada à poesia clássica,
já que a melodia é aspecto acessório na composição do gênero canção popular.
( ) A canção, assemelhada ao teatro, é gênero de performance, o que a diferencia de outros gêneros
literários como o romance ou o conto.
( ) A canção define-se pela articulação entre letra, melodia, harmonia e acompanhamento rítmico,
sendo a indissociabilidade entre texto e música uma das potências do gênero.
( ) A canção, na experiência brasileira, tem papel fundamental na formação das sensibilidades, visto
que é gênero com circulação em ambientes letrados e não letrados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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