Questões de Concursos: Vestibular UFRGS

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21 Q595595 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Sobre o gênero canção popular brasileira, conforme vem sendo proposto nas leituras obrigatórias do concurso vestibular, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
 ( ) A letra da canção só pode ser analisada em sua complexidade, se aproximada à poesia clássica, já que a melodia é aspecto acessório na composição do gênero canção popular.
 ( ) A canção, assemelhada ao teatro, é gênero de performance, o que a diferencia de outros gêneros literários como o romance ou o conto. 
 ( ) A canção define-se pela articulação entre letra, melodia, harmonia e acompanhamento rítmico, sendo a indissociabilidade entre texto e música uma das potências do gênero.
 ( ) A canção, na experiência brasileira, tem papel fundamental na formação das sensibilidades, visto que é gênero com circulação em ambientes letrados e não letrados.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

22 Q595551 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. Nada mais importante para chamar a
02. atenção sobre uma verdade do que exagerála.
03. Mas também, nada mais perigoso, ........
04. um dia vem a reação indispensável e a relega
05. injustamente para a categoria do erro, até
06. que se efetue a operação difícil de chegar a
07. um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la
08. de um lado nem de outro. É o que tem
09. ocorrido com o estudo da relação entre a obra
10. e o seu condicionamento social, que a certa
11. altura chegou a ser vista como chave para
12. compreendê-la, depois foi rebaixada como
13. falha de visão, — e talvez só agora comece a
14. ser proposta nos devidos termos.
15. De fato, antes se procurava mostrar que
16. o valor e o significado de uma obra
17. dependiam de ela exprimir ou não certo
18. aspecto da realidade, e que este aspecto
19. constituía o que ela tinha de essencial.
20. Depois, chegou-se à posição oposta,
21. procurando-se mostrar que a matéria de uma
22. obra é secundária, e que a sua importância
23. deriva das operações formais postas em jogo,
24. conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna
25. de fato independente de quaisquer
26. condicionamentos, sobretudo social,
27. considerado inoperante como elemento de
28. compreensão. Hoje sabemos que a
29. integridade da obra não permite adotar
30. nenhuma dessas visões ........ ; e que só a
31. podemos entender fundindo texto e contexto
32. numa interpretação dialeticamente íntegra,
33. em que tanto o velho ponto de vista que
34. explicava pelos fatores externos, quanto o
35. outro, norteado pela convicção de que a
36. estrutura é virtualmente independente, se
37. combinam como momentos necessários do
38. processo interpretativo. Sabemos, ainda, que
39. o externo (no caso, o social) importa, não
40. como causa, nem como significado, mas como
41. elemento que desempenha certo papel na
42. constituição da estrutura, tornando-se,
43. portanto, interno.
44. Neste caso, saímos dos aspectos
45. periféricos da sociologia, ou da história
46. sociologicamente orientada, para chegar a
47. uma interpretação estética que assimilou a
48. dimensão social como fator de arte. Quando
49. isto se dá, ocorre o paradoxo assinalado
50. inicialmente: o externo se torna interno e a
51. crítica deixa de ser sociológica, para ser
52. apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias,
53. o ângulo sociológico adquire uma validade
54. maior do que tinha. Em ........, não pode mais
55. ser imposto como critério único, ou mesmo
56. preferencial, pois a importância de cada fator
57. depende do caso a ser analisado. Uma crítica
58. que se queira integral deve deixar de ser
59. unilateralmente sociológica, psicológica ou
60. linguística, para utilizar livremente os
61. elementos capazes de conduzirem a uma
62. interpretação coerente.
                                                            Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e
                                                                           sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro
                                                                                                                sobre Azul, 2006.

Considere as seguintes afirmações sobre o significado de palavras nos contextos de ocorrência.
I - A palavra chave (l. 11) poderia ser substituída pela expressão elemento essencial, sem prejuízo da
compreensão do sentido do parágrafo.
II - A palavra Hoje (l. 28) diz respeito somente ao dia em que o autor escreveu o texto, servindo para situá-lo
nesse momento específico da escrita.
III- A palavra dialeticamente (l. 32) diz respeito a um modo de interpretação que considera a interação de
fatores distintos em um processo de síntese.
Quais estão corretas?

23 Q595682 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. – Temos sorte de viver no Brasil – dizia
02. meu pai, depois da guerra. – Na Europa
03. mataram milhões de judeus.
04. Contava as experiências que os médicos
05. nazistas faziam com os prisioneiros.
06.  Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas
07. encolher – à maneira, li depois, dos índios
08. Jivaros. Amputavam pernas e braços.
09. Realizavam estranhos transplantes: uniam a
10. metade superior de um homem ........ metade
11. inferior de uma mulher, ou aos quartos
12. traseiros de um bode. Felizmente morriam
13. essas atrozes quimeras; expiravam como
14. seres humanos, não eram obrigadas a viver
15. como aberrações. (........ essa altura eu tinha
16. os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava
17. que a descrição das maldades nazistas me
18. deixava comovido.)
19. Em 1948 foi proclamado o Estado de
20. Israel. Meu pai abriu uma garrafa de vinho –
21. o melhor vinho do armazém –, brindamos ao
22. acontecimento. E não saíamos de perto do
23. rádio, acompanhando ........ notícias da guerra
24. no Oriente Médio. Meu pai estava
25. entusiasmado com o novo Estado: em Israel,
26. explicava, vivem judeus de todo o mundo,
27. judeus brancos da Europa, judeus pretos da
28. África, judeus da Índia, isto sem falar nos
29. beduínos com seus camelos: tipos muito
30 esquisitos, Guedali.
31. Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
32. Por que não ir para Israel? Num país de
33. gente tão estranha – e, ainda por cima, em
34. guerra – eu certamente não chamaria a
35. atenção. Ainda menos como combatente,
36. entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu
37. me via correndo pelas ruelas de uma aldeia,
38. empunhando um revólver trinta e oito,
39. atirando sem cessar; eu me via caindo,
40. varado de balas. Aquela, sim, era a morte que
41. eu almejava, morte heroica, esplêndida
42. justificativa para uma vida miserável, de
43. monstro encurralado. E, caso não morresse,
44. poderia viver depois num kibutz . Eu, que
45. conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria
46. muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os
47. membros do kibutz terminariam por me
48. aceitar; numa nova sociedade há lugar para
49. todos, mesmo os de patas de cavalo.
                   Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim . 9.
                                                           ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.

Considere as seguintes afirmações sobre o conteúdo do texto.
I - O narrador do texto considera se mudar para Israel, pois tinha como principal motivação trabalhar em um
kibutz.
II - O narrador do texto comemora a proclamação do Estado de Israel com seu pai, pois ambos tinham planos de
se mudar do Brasil.
III- O pai do narrador sentia-se afortunado de morar no Brasil no período pós-guerra, pois seu povo havia sido
perseguido na Europa.
Quais afirmações estão corretas?

24 Q595855 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia o trecho da crônica O vestuário feminino, de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934).
É uma esquisitice muito comum entre senhoras intelectuais, envergarem paletó, colete e colarinho de homem, ao apresentarem-se em público, procurando confundir-se, no aspecto físico, com os homens, como se lhes não bastassem as aproximações igualitárias do espírito. Esse desdém da mulher pela mulher faz pensar que: ou as doutoras julgam, como os homens, que a mentalidade da mulher é inferior, e que, sendo elas exceção da grande regra, pertencem mais ao sexo forte, do que do nosso, fragílimo; ou que isso revela apenas pretensão de despretensão. Seja o que for, nem a moral nem a estética ganham nada com isso. Ao contrário; se uma mulher triunfa da má vontade dos homens e das leis, dos preconceitos do meio e da raça, todas as vezes que for chamada ao seu posto de trabalho, com tanta dor, tanta esperança, e tanto susto adquirido, deve ufanar-se em apresentar-se como mulher. Seria isso um desafio? Não; naturalíssimo pareceria a toda a gente que uma mulher se apresentasse em público como todas as outras. [...] Os colarinhos engomados, as camisas de peito chato, dão às mulheres uma linha pouco sinuosa, e contrafeita, porque é disfarçada. [...] Nas cidades, sobre o asfalto das ruas ou o saibro das alamedas, não sabe a gente verdadeiramente para que razão apelar, quando vê, cingidas a corpos femininos, essas toilettes híbridas, compostas de saias de mulher, coletes e paletós de homem... Nem tampouco é fácil de perceber o motivo por que, em vez da fita macia, preferem essas senhoras especar o pescoço num colarinho lustrado a ferro, e duro como um papelão!
 Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.
I - A crônica, publicada em 1906, registra as exigências que uma sociedade patriarcal impõe a mulheres que circulam no âmbito público. 
 II - A crônica apresenta um chamado para que mulheres de atuação pública – espaço majoritariamente masculino – mantenham características convencionadas como femininas, em especial no vestuário.
 III- A autora, ao falar do vestuário feminino, está tratando também de meio, raça e gênero, temas estruturantes do debate literário no final do século XIX, início do XX. 
Quais estão corretas?

25 Q596061 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Considere as seguintes afirmações sobre o romance. 
 I - O diário escrito pelo narrador desdobra-se em três confissões geracionais: memórias do avô, do pai e do filho.
 II - O título do romance permite múltiplas interpretações da palavra “queda”: o suicídio do avô, o incidente com João, o alcoolismo do narrador, a doença do pai.
 III- Os acontecimentos históricos da Shoah marcam a trajetória e o relato do narrador, apontando para a complexidade da tradição judaica. 
Quais estão corretas?

26 Q595637 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
01. Nada mais importante para chamar a
02. atenção sobre uma verdade do que exagerála.
03. Mas também, nada mais perigoso, ........
04. um dia vem a reação indispensável e a relega
05. injustamente para a categoria do erro, até
06. que se efetue a operação difícil de chegar a
07. um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-la
08. de um lado nem de outro. É o que tem
09. ocorrido com o estudo da relação entre a obra
10. e o seu condicionamento social, que a certa
11. altura chegou a ser vista como chave para
12. compreendê-la, depois foi rebaixada como
13. falha de visão, — e talvez só agora comece a
14. ser proposta nos devidos termos.
15. De fato, antes se procurava mostrar que
16. o valor e o significado de uma obra
17. dependiam de ela exprimir ou não certo
18. aspecto da realidade, e que este aspecto
19. constituía o que ela tinha de essencial.
20. Depois, chegou-se à posição oposta,
21. procurando-se mostrar que a matéria de uma
22. obra é secundária, e que a sua importância
23. deriva das operações formais postas em jogo,
24. conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna
25. de fato independente de quaisquer
26. condicionamentos, sobretudo social,
27. considerado inoperante como elemento de
28. compreensão. Hoje sabemos que a
29. integridade da obra não permite adotar
30. nenhuma dessas visões ........ ; e que só a
31. podemos entender fundindo texto e contexto
32. numa interpretação dialeticamente íntegra,
33. em que tanto o velho ponto de vista que
34. explicava pelos fatores externos, quanto o
35. outro, norteado pela convicção de que a
36. estrutura é virtualmente independente, se
37. combinam como momentos necessários do
38. processo interpretativo. Sabemos, ainda, que
39. o externo (no caso, o social) importa, não
40. como causa, nem como significado, mas como
41. elemento que desempenha certo papel na
42. constituição da estrutura, tornando-se,
43. portanto, interno.
44. Neste caso, saímos dos aspectos
45. periféricos da sociologia, ou da história
46. sociologicamente orientada, para chegar a
47. uma interpretação estética que assimilou a
48. dimensão social como fator de arte. Quando
49. isto se dá, ocorre o paradoxo assinalado
50. inicialmente: o externo se torna interno e a
51. crítica deixa de ser sociológica, para ser
52. apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias,
53. o ângulo sociológico adquire uma validade
54. maior do que tinha. Em ........, não pode mais
55. ser imposto como critério único, ou mesmo
56. preferencial, pois a importância de cada fator
57. depende do caso a ser analisado. Uma crítica
58. que se queira integral deve deixar de ser
59. unilateralmente sociológica, psicológica ou
60. linguística, para utilizar livremente os
61. elementos capazes de conduzirem a uma
62. interpretação coerente.
                                                            Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e
                                                                           sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro
                                                                                                                sobre Azul, 2006.

Considere as seguintes afirmações sobre o uso de pronomes no texto. I - O pronome a (l. 04) faz referência à expressão a reação indispensável (l. 04). II - A forma pronominal la (l. 07) faz referência à expressão uma verdade (l. 02). III- O pronome se (l. 42) faz referência à expressão o externo (l. 39).
Considere as seguintes afirmações sobre o uso de pronomes no texto.

I - O pronome a (l. 04) faz referência à expressão a reação indispensável (l. 04).

II - A forma pronominal la (l. 07) faz referência à expressão uma verdade (l. 02).

III- O pronome se (l. 42) faz referência à expressão o externo (l. 39).

Quais das afirmações acima estão corretas?

27 Q596167 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Leia o poema “Um dia, de repente”, escrito pela poeta porto-alegrense Lara de Lemos (1923-2010). 
Um dia, de repente, arrastam-nos à força para um lugar incerto. 
Um dia, de repente, desnudam-nos impudica/ mente. 
Um dia, de repente, é o duro frio do escuro catre. 
Um dia, de repente, somos apenas um ser vivo: verme ou gente? 
Considere as seguintes afirmações sobre o poema.
 I - O poema recupera o episódio de encarceramento, ocorrido com Lara de Lemos, durante a ditadura civil-militar no Brasil.
 II - O poema é construído na primeira pessoa do plural, reforçando a solidariedade do sujeito lírico com todos que viveram a mesma situação. 
 III- A repetição de “Um dia, de repente” revive a arbitrariedade das prisões e da tortura.
Quais estão corretas?

28 Q595550 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) As interrogações servem para o autor problematizar o tema do texto e exigir uma resposta do leitor.
( ) Os usos de futuro do pretérito, no primeiro parágrafo, funcionam como um recurso para o autor sugerir
possibilidades ao leitor.
( ) O uso da forma verbal julgamos (l. 39), no plural, refere-se ao autor e aos demais falantes da língua
portuguesa, incluindo os leitores.
( ) As aspas (l. 27-28) referem o dizer de uma pessoa indeterminada, que o autor traz para se contrapor por meio
de um contra-argumento.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

29 Q596618 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Instrução: A questão refere-se aos poemas de Fernando Pessoa. 
Leia as seguintes afirmações sobre os poemas “Autopsicografia” e “Isto”. 
I - Em ambos os poemas, são apresentados os princípios de Pessoa para a construção da poesia, constituindo-se como “arte poética”. 
II - Nos dois poemas, não há referência à figura do leitor. 
III- Em ambos os poemas, o sujeito lírico admite construir sua poética inventando e falseando.
Quais estão corretas?

30 Q596221 | Português, Interpretação de Textos, Vestibular UFRGS, UFRGS, UFRGS

Texto associado.
Sobre o livro Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
 ( ) A história, estruturada em forma de diário, abarca cinco anos da vida de Carolina, que, segundo a narradora, suporta sua rotina de fome e violência através da escrita.
 ( ) A autora produz uma narrativa de grande potência, apesar dos desvios gramaticais presentes no texto. 
 ( ) A narradora reflete sobre desigualdade social e racismo. A força do texto está no depoimento de quem sente essas mazelas no corpo e ainda assim se apresenta como voz vigorosa e propositiva. 
 ( ) O livro, relato atípico na tradição literária brasileira, nunca obteve sucesso editorial, permanecendo esquecido até os dias de hoje.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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