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Questões de Concursos Literatura

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101Q934398 | Literatura, Movimentos Literários

Enem – 2010

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de

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102Q934399 | Literatura, Movimentos Literários

(UFPI-PI)

“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.

O enunciado acima se refere a uma das obras de Machado de Assis intitulada:

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103Q195372 | Literatura, Aluno Oficial CFO, Polícia Militar SP, VUNESP

Texto associado.

Leia os versos das Liras, de Tomás Antônio Gonzaga, para responder às questões

        Os teus olhos espalham luz divina,
        a quem a luz do sol em vão se atreve;
        papoila ou rosa delicada e fina
        te cobre as faces, que são cor da neve.
        Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
         teu lindo corpo bálsamo vapora.
        Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
        para a glória de amor igual tesouro!
                Graças, Marília bela,
                graças à minha estrela!

                                        (Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)

Os versos mostram que a poética de Gonzaga explora

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104Q934448 | Literatura, Movimentos Literários, ENEM

Texto associado.

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

[...]

Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.

Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual – há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo – como a morte parece dizer sobre a vida – porque preciso registrar os fatos antecedentes.

LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro:  Rocco, 1998 (fragmento).

A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador

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105Q932139 | Literatura, Vestibular UnB, UnB, CESPE CEBRASPE, 2017

Texto associado.
Rondó dos cavalinhos
1 Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
4 Acabou me enlouquecendo.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
7 O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!
Os cavalinhos correndo,
10 E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reyes partindo,
E tanta gente ficando...
13 Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
16 A Europa se avacalhando...
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
19 O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
22 O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!
Manuel Bandeira. Antologia poética. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 104.
Acerca do poema Rondó dos cavalinhos, de Manuel Bandeira,
publicado originalmente em 1936, em outra versão, com o título Rondó do Jockey Club, julgue o item.
O contexto histórico do crescimento do fascismo, que é visto criticamente no poema, está explícito no verso
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106Q838705 | Literatura, Interpretação de Textos, Professor de Ensino Fundamental II, OMNI, 2021

Foi considerado o primeiro romance realista da literatura brasileira
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107Q935769 | Literatura, Teoria Literária, INEP, INEP, 2022

Texto associado.

PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.

FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).

Esse texto, que simula um verbete para a palavra “palavra’’, constitui-se como um poema porque

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108Q265963 | Literatura, Vestibular, USP, FUVEST

Texto associado.

Texto para as questões de 17 a 20

Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora
o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... — ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim. João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.

No conto de Guimarães Rosa a que pertence o excerto, a presença de um animal que é "sábio" e forma juízos supõe uma concepção da natureza

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109Q25129 | Literatura, Vestibular USP, USP, FUVEST

Texto associado.
      Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d" África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o lazareto*. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
     Ele é mesmo nosso pai
     e é quem pode nos ajudar...
     Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros
não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
     Ora, adeus, ó meus filhinhos,
     Qu"eu vou e torno a vortá...
     E numa noite que os atabaques batiam nas
macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

*lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
As informações contidas no texto permitem concluir corretamente que a doença de que nele se fala caracteriza se como
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110Q931613 | Literatura, UFRGS Vestibular 1 dia UFRGS, UFRGS, UFRGS, 2018

Texto associado.
Sobre autores do Naturalismo brasileiro, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.
( ) Em A carne, de Júlio Ribeiro, faz-se presente a tensão entre intelectualidade e desejo sexual, em especial no corpo da protagonista Lenita. 
 ( ) Em Bom-crioulo, de Adolfo Caminha, há o relacionamento homossexual entre o escravo fugido Amaro e o marinheiro branco Aleixo.
 ( ) Em O Ateneu, de Raul Pompéia, há denúncia de preconceito sofrido pelo menino negro Sérgio, no colégio interno onde estuda. 
 ( ) Em O mulato, de Aluísio Azevedo, o casal formado pelo “mulato” Raimundo e por sua prima branca Ana Rosa é bem aceito pelos demais personagens do romance. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
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111Q935770 | Literatura, Teoria Literária, INEP, INEP, 2022

Texto associado.

A escrava

— Admira-me —, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-me até pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:

— Para que se deu em sacrifício o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não é verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes o abutre que a corrói constantemente!… Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?

Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e será sempre um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.

REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.

Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade nacional no século XIX ao

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112Q846664 | Literatura, Barroco, Professor de Língua Portuguesa, Prefeitura de Gravatá PE, ADM TEC, 2020

Analise as afirmativas a seguir:
I. O artista barroco, em vez de, como o renascentista, formalizar o belo, o equilibrado, o ideal, retrata através da sátira e da caricatura o lado feio, macabro, grotesco dos fatos e dos seres. Os defeitos físicos, as situações indecorosas e sórdidas, os vícios repulsivos constituem temas inexistentes da poesia barroca de caráter realista e satírico. Como exemplo do barroco satírico, no Brasil, temos Lima Barreto.
II. A obra Macunaíma, de Mário de Andrade, conta as aventuras de Macunaíma, um herói de uma tribo amazônica. Esse livro é construído no encontro de lendas indígenas e da vida brasileira cotidiana, de mistura com lendas e tradições populares. O personagem principal, Macunaíma, é um “herói sem nenhum caráter”. Nessa obra, o fantástico assume um ar de coisa corriqueira e o lirismo da mitologia se funde a cada passo com as piadas e as brincadeiras.
III. Para os escritores realistas, o destino dos homens é o resultado da providência divina. Em função disso, principalmente os escritores de tendência naturalista, enfatizam a espiritualidade como o principal aspecto determinante do comportamento social dos homens. O realismo foi, portanto, um movimento rico em expressões religiosas e amplamente apoiado pela Igreja Católica, pelos Jesuítas e pelos novos protestantes no Brasil.
Marque a alternativa CORRETA:
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113Q265782 | Literatura, Vestibular, USP, FUVEST

Texto associado.

Texto para as questões de 77 a 79

A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe desde há muito tempo. Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente. Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação.

Octavio Ianni. Dialética das relações sociais. Estudos avançados, n. 50, 2004.

Conforme o texto, na questão racial, o funcionamento da sociedade dá-se a ver de modo

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114Q117435 | Literatura, Analista de Sistemas, UDESC, FEPESE

Texto associado.

Imagem 001.jpg

Considere as afirmativas abaixo.

1. A referência ao aspecto barroco do Hino Nacional brasileiro, no segundo parágrafo do texto, tem conotação depreciativa, significando muito ornamentado.
2. Sobre o movimento artístico Barroco, pode-se afirmar que abordava temas religiosos com ênfase nos dualismos que refletem o conflito espiritual.
3. Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, é um poema barroco que tem como fundo a Inconfidência Mineira.
4. O maior representante do Barroco brasileiro foi Gregório de Matos, que se revelou um mestre na poesia lírico-religiosa. Nela mostrava-se como era: um ser torturado e conflitado.
5. As palavras iluminismo e ilustração caracterizam as manifestações artísticas do século XVI, no Brasil, durante o qual se cultivou a literatura barroca.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

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115Q931618 | Literatura, UNICAMP Vestibular UNICAMP, UNICAMP, COMVEST, 2018

Texto associado.
“Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada. Sentia-se banida porque nenhum pobre beberia água nas suas mãos ardentes. Ah! era mais fácil ser um santo que uma pessoa! Por Deus, pois não fora verdadeira a piedade que sondara no seu coração as águas mais profundas? Mas era uma piedade de leão.”
(Clarice Lispector, “Amor”, em Laços de família. 20ª ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, p. 39.)
Ao caracterizar a personagem Ana, a expressão “piedade de leão” reúne valores opostos, remetendo simultaneamente à compaixão e à ferocidade. É correto afirmar que, no conto “Amor”, essa formulação
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116Q265535 | Literatura, Vestibular, UFPR, UFPR

Considerando os contos de Urupês, de Monteiro Lobato, e o romance Inocência, de Visconde de Taunay, assinale a alternativa correta.

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117Q935773 | Literatura, Teoria Literária, INEP, INEP, 2022

Texto associado.

Ser cronista

Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.

LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero crônica, como

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118Q931702 | Literatura, IF MT Vestibular IF MT, IF MT, IF MT, 2018

Texto associado.
Texto II e III: base para a questão.
VASO GREGO
(Texto 2)
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de ais deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois...Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e de ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se fosse a voz de Anacreonte fosse.
(Alberto de Oliveira)
CÁRCERE DAS ALMAS
(Texto3)
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Souza)
Ao lermos o texto 3, percebemos diferenças e pontos de contato em relação ao texto 2, tanto na forma quanto no conteúdo. Isso se explicita, pois:
I - Em ambos se mantém uma estrutura poética formal em consonância com os modelos clássicos da literatura: versos decassílabos, rimas regulares, valorização de um estilo rebuscado sob os aspectos linguísticos.
II - Os pontos que diferem estão inseridos na temática.
III - No texto 2, a temática é calcada na observação pura e simples de um objeto de arte, o que provoca o distanciamento do eu-lírico para questões mais profundas da existência humana; no texto 3, tal fato não ocorre, pois nele o eu-lírico desnuda e se aprofunda em um dos grandes temas da humanidade: a vida e a morte.
A partir das assertivas acima, julgue-as e marque a alternativa correta.
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119Q932972 | Literatura, UNICAMP Vestibular UNICAMP, UNICAMP, COMVEST, 2018

Texto associado.
Em 1961, o poeta António Gedeão publica o livro Máquina de Fogo. Um dos poemas é “Lágrima de Preta”. Musicado por José Niza, foi gravado por Adriano Correia de Oliveira, em 1970, e incluído no seu álbum “Cantaremos”. A canção foi censurada pelo governo português.
Lágrima de preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é
costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
(António Gedeão, Máquina de fogo. Coimbra: Tipografia da Atlântida,1961, p. 187.)
Os versos anteriores articulam as linguagens literária e científica com questões de ordem ética e política. Considerando o contexto de produção e recepção de “Lágrima de Preta” (anos 1960 e 1970, em Portugal), o propósito artístico desse poema é
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120Q689761 | Literatura, Cadete do Exército 1° Dia, EsPCEx, Exército Brasileiro, 2019

Leia as estrofes a seguir e responda o que se pede.

Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
                (...)
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…

Quanto às estrofes apresentadas é correto afirmar que
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