Questões de Concursos Texto associado

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121Q1018836 | Texto associado, Educação dos Surdos, TradutorIntérprete de Libras, ALGO, IADES, 2019

Texto associado.

Orientação

Nessa prova, o termo Língua Brasileira de Sinais será representado pela sigla Libras.

Texto 3 para responder a questão.

Em 2017, a Federação Brasileira das Associações dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Línguas de Sinais (Febrapils) publicou a Nota Técnica nº 01, que trata da atuação do tradutor, intérprete e guia-intérprete de Libras e língua portuguesa em materiais audiovisuais televisivos e virtuais

Em relação à exibição de vídeos com janela de Libras, assinale a alternativa que indica o previsto pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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122Q1054169 | Texto associado, Farmacologia, Analista Industrial de Hemoderivados, HEMOBRÁS, Consulplan, 2025

Texto associado.
Sobre a fabricação e o controle de qualidade do hemoderivado, considere as informações a seguir para responder à questão.

A solução de albumina humana é uma solução proteica obtida do plasma humano para fracionamento sob condições controladas de manufatura, de modo que a concentração em albumina no produto final represente, no mínimo, 96% do teor total de proteínas. A solução de albumina humana pode conter estabilizantes e outros insumos farmacêuticos para inativação viral; porém, não pode conter conservantes. A solução é preparada na forma de solução concentrada contendo 150 a 250 g/L de proteína total ou como solução isotônica, contendo 35 a 50 g/L de proteína total.

(Farmacopeia Brasileira. 7. ed. 2024. Adaptado.)
Assinale, entre as alternativas a seguir, o método farmacopeico a ser escolhido para determinação da distribuição do tamanho molecular da albumina no produto final.
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123Q1054170 | Texto associado, Farmacologia, Analista Industrial de Hemoderivados, HEMOBRÁS, Consulplan, 2025

Texto associado.
Sobre a fabricação e o controle de qualidade do hemoderivado, considere as informações a seguir para responder à questão.

A solução de albumina humana é uma solução proteica obtida do plasma humano para fracionamento sob condições controladas de manufatura, de modo que a concentração em albumina no produto final represente, no mínimo, 96% do teor total de proteínas. A solução de albumina humana pode conter estabilizantes e outros insumos farmacêuticos para inativação viral; porém, não pode conter conservantes. A solução é preparada na forma de solução concentrada contendo 150 a 250 g/L de proteína total ou como solução isotônica, contendo 35 a 50 g/L de proteína total.

(Farmacopeia Brasileira. 7. ed. 2024. Adaptado.)
O teste de escolha, recomendado pela Farmacopeia Brasileira, em sua última edição, a ser realizado no produto, para detectar a presença de todos os tipos de contaminantes, capazes de ativar a liberação de citocinas na circulação sanguínea e induzir febre, é:
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124Q1057755 | Texto associado, Ortografia, Oficial, Comando do 1 Distrito Naval, Marinha, 2023

Texto associado.
Texto 02

Livros, livros, livros

A velha estante que eu tinha na sala foi embora, substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o dobro de livros da antecessora. O processo da troca me faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois ainda que ler em papel continue sendo uma experiência muito mais completa do que ler em formato digital, e presentear e receber livros continue sendo uma felicidade, guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era antes dos tempos da nuvem.

Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles, ou porque nos lembram momentos específicos das nossas vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los adiante.

Nossa relação com os livros está mudando muito rápido, sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs (lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não botei muita fé na sua universalização. Entendi imediatamente o seu potencial e o que representavam em termos de difusão cultural, mas continuei apegada á minha Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes interessantes.

Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida, feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas matérias foram escritas decretando o fim dos livros em papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples: no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram mais do que as vendas de e-books.

Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois formatos do que um convívio bastante pacifico. Quem gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente. Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em formato eletrônico para poder ser levado para cá e para lá. Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu Kindle, cada vez mais bem recheado.

(RÓNAI, Cora. "Livros, livros.livros". ln: Jornal O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)
Assinale a opção em que as palavras retiradas do texto estabelecem relação de hiperônimo e hipônimo.
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125Q1015266 | Texto associado, Educação dos Surdos, Intérprete de Libras, UNESPAR, UNESPAR, 2022

Texto associado.


1 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm Acesso em 22/05/2022

2 Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Educacao/article/view/6614 Acesso em 22/05/2022.

3 Disponível em https://www.facebook.com/surdalidades/photos/a.354534317912494/966689483363638/?type=3&theater. Acesso em 22/05/2022

4 NAKAGAWA, Hugo Eiji Ibanhes. Culturas surdas: o que se vê, o que se ouve. Dissertação de Mestrado em Cultura e Comunicação. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 26 (FLUL) e a Universidade de Lisboa (UL), 2012 Disponível em https://docplayer.com.br/10240491-Culturas-surdas-o-que-se-ve-oque-se-ouve.htmlAcesso em: 22/05/2022

5 LOPES,M.C. Surdez e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

6 Decreto Nº 5.626. Regu lamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS , e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diá rio Oficial da União em 22/12/2005.

7 PERLIN, G. T. T. Identidades surdas. In SKLIAR, Carlos (org) A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2005

8 Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/veja-os-premiados-do-oscar-2022/ Acesso em 23/05/2022

O intérprete/tradutor que trabalha no ensino superior atuará: Marque a INCORRETA:
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126Q1057776 | Texto associado, Ortografia, Músico, PM PE, UPENET IAUPE, 2023

Texto associado.
Texto 01

Cultivar a amizade

No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda é dominante.

A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de optarem por algo fora do modelo tradicional.

Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”

A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.

GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Assinale a alternativa cujo termo em parênteses NÃO tem o mesmo significado do termo destacado em maiúsculo no texto.
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127Q1057027 | Texto associado, Morfologia, Cirurgião Dentista, PM BA, IBFC, 2020

Texto associado.

Leia o texto para responder à questão

[...] Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto psíquico, o exame de patologia cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. [...]

– A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.

– Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais.

A vereança de Itaguaí, entre outros pecados de que é arguida pelos cronistas, tinha o de não fazer caso dos dementes. Assim é que cada louco furioso era trancado em uma alcova, na própria casa [...]; os mansos andavam à solta pela rua. Simão Bacamarte entendeu desde logo reformar tão ruim costume; pediu licença à Câmara para agasalhar e tratar no edifício que ia construir todos os loucos de Itaguaí. [...] A ideia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma sintoma de demência e não faltou quem o insinuasse à própria mulher do médico.

– Olhe, D. Evarista, disse-lhe o Padre Lopes, vigário do lugar, veja se seu marido dá um passeio ao Rio de Janeiro. Isso de estudar sempre, sempre, não é bom, vira o juízo.

[...] Uma vez empossado da licença começou logo a construir a casa. Era na Rua Nova, a mais bela rua de Itaguaí naquele tempo, tinha cinquenta janelas por lado, um pátio no centro, e numerosos cubículos para os hóspedes.[...] A Casa Verde foi o nome dado ao asilo, por alusão à cor das janelas, que pela primeira vez apareciam verdes em Itaguaí. Inaugurou-se com imensa pompa; de todas as vilas e povoações próximas, e até remotas, e da própria cidade do Rio de Janeiro, correu gente para assistir às cerimônias, que duraram sete dias. Muitos dementes já estavam recolhidos; e os parentes tiveram ocasião de ver o carinho paternal e a caridade cristã com que eles iam ser tratados. [...] Itaguaí tinha finalmente uma casa de orates.

Fonte:http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.p dfoalienistaacessoem02/12/2019

Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) “Foi então que um dos recantos desta lhe chamou especialmente a atenção”. O vocábulo em destaque é um pronome de referência coesiva que retoma o termo “medicina”.

( ) As palavras em destaque: “inefável dom”/ “arguida pelos cronistas”, possuem o mesmo sentido de “indescritível” e “argiva”, respectivamente.

( ) “Uma vez empossado da licença”. O vocábulo em destaque tem sua formação com o sufixo “em”, a palavra primitiva “posse”, mais o prefixo nominal “ado”.

( ) – “Do verdadeiro médico, emendou Crispim Soares, boticário da vila, e um dos seus amigos e comensais”. A expressão em destaque é classificada sintaticamente como aposto.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

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128Q1071122 | Texto associado, Interpretação de Textos, GEX Guarulhos, INSS, CESPE CEBRASPE, 2022

Texto associado.
Ora, graças a Deus, lá se foi mais um. Um ano, quero dizer. Menos um na conta, mais uma prestação paga. E tem quem fique melancólico. Tem quem deteste ver à porta a cara do mascate em cada primeiro do mês, cobrando o vencido. Quando compram fiado, têm a sensação de que o homem deu de presente, e se esquecem das prestações, que serão, cada uma, uma facada. Nem se lembram dessa outra prestação que se paga a toda hora, tabela Price insaciável comendo juros de vida, todo dia um pouquinho mais; um cabelo que fica branco, mais um milímetro de pele que enruga, uma camada infinitesimal acrescentada à artéria que endurece, um pouco mais de fadiga no coração, que também é carne e se cansa com aquele bater sem folga. E o olho que enxerga menos, e o dente que caria e trata de abrir lugar primeiro para o pivô, depois para a dentadura completa.
O engraçado é que muito poucos reconhecem isso. Convencem-se de que a morte chega de repente, que não houve desgaste preparatório, e nos apanha em plena flor da juventude, ou em plena frutificação da maturidade; se imaginam uma rosa que foi colhida em plena beleza desabrochada. Mas a rosa, se a não apanha o jardineiro, que será ela no dia seguinte, após o mormaço do sol e a friagem do sereno? A hora da colheita não interessa ― de qualquer modo, o destino dela era murchar, perder as pétalas, secar, sumir-se.
A gente, porém, não pode pensar muito nessas coisas. Tem que pensar em alegrias, sugestionar-se, sugestionar os outros. Vamos dar festas, vamos aguardar o ano novo com esperanças e risadas e beijos congratulatórios. Desejar uns aos outros saúde, riqueza e venturas. Fazer de conta que não se sabe; sim, como se a gente nem desconfiasse. Tudo que nos espera: dentro do corpo o que vai sangrar, doer, inflamar, envelhecer. As cólicas de fígado, as dores de cabeça, as azias, os reumatismos, as gripes com febre, quem sabe o tifo, o atropelamento. Tudo escondido, esperando. Sem falar nos que vão ficar tuberculosos, nas mulheres que vão fazer cesariana. Os que vão perder o emprego, os que se verão doidos com as dívidas, os que hão de esperar nas filas ― que seremos quase todos. E os que, não morrendo, hão de ver a morte lhes entrando de casa adentro, carregando o filho, pai, amor, amizade. As missas de sétimo dia, as cartas de rompimento, os bilhetes de despedida. E até guerra, quem sabe? Desgostos, desgostos de toda espécie. Qual de nós passa um dia, dois dias, sem um desgosto? Quanto mais um ano!

Rachel de Queiroz. Um ano de menos.
In: OCruzeiro, Rio de Janeiro, dez./1951 (com adaptações).

Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.
Da leitura do segundo parágrafo, entende-se que o pronome “ela”, em “dela” (último período), refere-se a “rosa” (penúltimo período).
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129Q1054742 | Texto associado, Assessoria de Comunicação Na Comunicação Social, Comunicação Social, DETRAN DF, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Para alguns autores, o marketing volta-se não só à
satisfação das necessidades humanas e às relações de negócio,
como também para dar suporte ao desenvolvimento de ações
institucionais. A comunicação social, por meio das suas áreas -
jornalismo, relações públicas e publicidade -, volta-se ao
planejamento das atividades de comunicação das organizações,
às pesquisas, à divulgação de informações, ao estabelecimento de
canais entre a instituição e a sociedade. Conhecimentos, atitudes
e práticas das duas áreas complementam-se em prol das modernas
organizações.

Luiz Claudio Zenone e Ana Maria R. Buairide.
Marketing da comunicação: a visão do administrador
de marketing
. São Paulo: Futura, 2002 (com adaptações).

A partir do texto acima e com relação ao marketing e à
comunicação, julgue os itens que se seguem.

O marketing é uma área visivelmente mais importante para as organizações do que a comunicação.
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130Q1057311 | Texto associado, Fonologia, Engenharia Civil, CIAAR, Aeronáutica, 2021

Texto associado.
O youtuber e Machado de Assis, ou uma polêmica bem-vinda
Cláudia Costin*

1§ Uma polêmica apareceu nos últimos dias, nas redes sociais, a partir de um comentário do youtuber Felipe Neto, sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias. Segundo ele, o que estas deveriam promover seria a leitura por prazer, de forma a constituir, nas jovens mentes, o hábito de ler como uma atividade para toda a vida.
2§ Devo me confessar uma grande admiradora de Machado de Assis, um de nossos maiores escritores, um homem à frente de sua época, crítico de valores associados a aparências e à superficialidade humana na busca de status e do bacharelismo vigente. Mas entendi que nem sempre a linguagem do século 19 pode ser fácil para os adolescentes deste tempo de informações imediatas e superficiais.
3§ Num contexto em que adultos letrados leem muito pouco e não são vistos lendo livros por seus filhos, é compreensível que os jovens não percam tempo lendo outra coisa que não o que a escola lhes exige. A última edição da pesquisaRetratos da Leituracoloca-nos claramente como um país de não leitores. A média de livros lidos entre os entrevistados por ano é de 4,95 e só 2,55 deles lidos por inteiro.
4§ Cabe sim à escola fomentar a leitura por prazer, oferecendo livros que atraiam o interesse das novas gerações. Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos, formar pensadores independentes, com um repertório cultural variado, aptos a entender a cultura de seu tempo e sua gênese, torna-se uma prioridade.
5§ E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.

* Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Folha de S. Paulo, Opinião, 29 jan. 2021, p. A2. Adaptado.

Considere a passagem transcrita do texto.

“E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.” (5§).

Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir sobre os aspectos morfossintáticos.

( ) O primeiro período do fragmento transcrito é composto por coordenação e por subordinação.

( ) Os itens lexicais “só”, “uma” e “bons”, de acordo com o número de sílabas, são monossílabos.

( ) As palavras “prazer”, “obras” e “fundamental”, quanto à posição da sílaba tônica, são oxítonas.

( ) O pronome “os” em “e os ajudem a nelas navegar...” exerce a função sintática de objeto direto.

( ) O termo “engajadora”, segundo o Novo Acordo Ortográfico, também admite a grafia “enganjadora”.

De acordo com as afirmações, a sequência correta é

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131Q1013535 | Texto associado, Educação dos Surdos, Intérprete de Libras, UNESPAR, UNESPAR, 2022

Texto associado.


1 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm Acesso em 22/05/2022

2 Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Educacao/article/view/6614 Acesso em 22/05/2022.

3 Disponível em https://www.facebook.com/surdalidades/photos/a.354534317912494/966689483363638/?type=3&theater. Acesso em 22/05/2022

4 NAKAGAWA, Hugo Eiji Ibanhes. Culturas surdas: o que se vê, o que se ouve. Dissertação de Mestrado em Cultura e Comunicação. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 26 (FLUL) e a Universidade de Lisboa (UL), 2012 Disponível em https://docplayer.com.br/10240491-Culturas-surdas-o-que-se-ve-oque-se-ouve.htmlAcesso em: 22/05/2022

5 LOPES,M.C. Surdez e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

6 Decreto Nº 5.626. Regu lamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS , e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diá rio Oficial da União em 22/12/2005.

7 PERLIN, G. T. T. Identidades surdas. In SKLIAR, Carlos (org) A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2005

8 Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/veja-os-premiados-do-oscar-2022/ Acesso em 23/05/2022

De acordo com a Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010, que Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS é correto afirmar:
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132Q1047364 | Texto associado, Problemas da Língua Culta, Cadete do Exército, COLÉGIO NAVAL, Marinha

Texto associado.
Campeonato do desperdício
No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto".
Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do queijo, ah, sim, arrancamos.
Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos de ser campeões.
Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de material (do mais bruto ao mais sofisticado) , o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo.
Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si.
E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorro-quente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a genteprecisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.BRAFF, Menalton.

Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013 - adaptado.

Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo.
Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor possível. Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,
Assinale a opção em que o termo destacado está grafado corretamente.
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133Q1027909 | Texto associado, Fundamentos de Lógica, Analista de Planejamento e Desenvolvimento Organizacional, Prefeitura de São Paulo SP, FCC, 2025

Texto associado.
Atenção: A questão refere-se a Raciocínio Lógico-Matemático.
Se Zum não vai a lugar algum, então Zum não está selado. Se Zum vai a algum lugar, então Zum está registrado ou Zum está carimbado. Sempre que Zum está selado, Zum não está rotulado. Se Zum está registrado, então Zum está rotulado. Ontem, Zum estava selado, portanto, ontem, Zum
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134Q1057608 | Texto associado, Pontuação, Psicologia, CIAAR, Aeronáutica, 2022

Texto associado.
A complicada arte de ver


1§Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria.

2§Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica.

3§De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões… agora, tudo o que vejo me causa espanto.” Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes Elementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à Cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta…Os poetas ensinam a ver”.

4§Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake sabia disso e afirmou: “A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê”. Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra".

5§Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem.

6§“Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios”, escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.

7§Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada “satori”, a abertura do “terceiro olho”. Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: “Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram”.

8§Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, “seus olhos se abriram”.

9§Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em “Operário em Construção”: “De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa – garrafa, prato, facão – era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção”.

10§A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. (...) Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras.

Rubem Alves
Texto Adaptado (originalmente publicado no caderno “Sinapse” - “Folha de S. Paulo”, em 26/10/2004).
Leia o fragmento do texto abaixo:
“Adélia Prado disse: “Deus de vez em quando me tira a poesia.Olho para uma pedra e vejo uma pedra”.” (4º parágrafo)
É correto afirmar que
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135Q1053003 | Texto associado, Assessoria de Comunicação Na Comunicação Social, Comunicação Social, HEMOBRÁS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Para Gaudêncio Torquato, em Comunicação interna: os
desafios da integração
, a comunicação interna das organizações
precisa ter finalidade, usar canais próprios, ter linguagem e
veiculação adequadas e estar em espaço físico apropriado. Deve
ser realizada por profissionais de comunicação que tenham uma
visão ampla do ambiente interno.

A respeito de comunicação interna das organizações, julgue os
itens a seguir.

Entende-se por espaço físico apropriado os locais de maior visibilidade na organização.
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136Q1012299 | Texto associado, Interpretação de Textos, Advogado, CAUMG, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.
Entre as décadas de 1890 e 1930, período caracterizado pelo processo de modernização das grandes cidades, observou-se uma das maiores transformações técnicas nas habitações: a sua articulação aos sistemas de infraestrutura urbana. Com a chegada dos serviços de abastecimento de energia e saneamento no interior da moradia, surgiu a necessidade de espaços e práticas específicas para o funcionamento da nova aparelhagem, o que implicava a reorganização dos ambientes e da vida doméstica.
Um dos grandes feitos da tecnologia das canalizações foi concentrar e organizar os fluxos de água pura e servida, antes dispersos pelo espaço da cidade, e estabelecer, assim, maior controle sobre a captação e o descarte da água. Simultaneamente à oferta da infraestrutura sanitária, existia uma série de ações deliberadas para a extinção do uso compartilhado e gratuito da água, como a destruição dos chafarizes, para forçar a conexão das residências às redes urbanas, e a proibição do uso dos rios e córregos para banho, lavagem de roupa ou despejo de dejetos. Além dos riscos que ofereciam à saúde pública, essas práticas, comuns até então, passaram a ser consideradas como expressão do atraso civilizacional das grandes cidades do país, obstáculos em seu processo de modernização.
Nesse sentido, o cerceamento de determinadas práticas no espaço público respondia ao enquadramento de ordem do sistema de higiene, pelo qual se promovia a casa como lugar privilegiado do domínio sobre o consumo da água e de eliminação dos dejetos. Trata-se do processo que François Béguin, engenheiro de materiais e ex-líder do Grupo de Energia e Meio Ambiente, na França, denomina de “domesticação da circulação dos fluidos”, em referência ao pioneiro sistema urbano de redes nas cidades industriais inglesas do século XIX.
Béguin mostra que, embora não tenham sido desenvolvidos para as habitações residenciais, o aparelhamento técnico e as atividades de captação de água, lavagem de roupa, banhos, despejo de água servida etc. passaram a ter lugar nos espaços domésticos. A configuração arquitetônica foi transformada com a instalação de dispositivos e equipamentos, bem como com a formulação de ambientes especiais, como os banheiros.

Clarissa de Almeida Paulillo. Padrões e apropriações da higiene na consolidação do banheiro nas moradias paulistanas (1890−1930). In: Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 30, p. 1–38, 2022. Internet: (com adaptações).

Julgue o item que se seguem, com base na estruturação linguística do texto CG1A1 e no vocabulário nele empregado.

A expressão “pelo qual” (primeiro período do terceiro parágrafo) poderia ser substituída por onde, sem alteração do sentido do texto ou prejuízo de sua correção gramatical.

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137Q1055321 | Texto associado, Sintaxe, Auxiliar de Contabilidade, Prefeitura de Capanema PA, CONSULPLAN, 2020

Texto associado.
A família humana

Não acho que tudo tenha piorado nos dias atuais. Nunca fui saudosista. Prefiro a comunicação imediata pela internet a cartas que levavam meses. Gosto mais de trabalhar no computador do que de usar a velha máquina de escrever (que tinha lá seu charme). No whats ou outros, falo instantaneamente com amigos e familiares aqui perto, do outro lado do mundo – os afetos se multiplicam, se consolidam, circulam mais emoções. Nossa qualidade de vida melhorou em muitas coisas, mas serviços essenciais entre nós andam deteriorados, uma vasta parcela da humanidade ainda vive em nível de miséria.
São as contradições inacreditáveis de um sistema onde cosmólogos investigam espaços insuspeitados, cada dia trazendo revelações intrigantes, mas ainda sofre e morre gente nos corredores de hospitais sobrecarregados, milhões de crianças morrem de fome, outros milhões nunca chegam à escola, ou brincam diante de barracos com barro feito de água e esgoto.
Minhas repetições são intencionais, aqui, nos romances, até nos poemas. Retorno a temas sobre os quais eu mesma tenho incertezas. Que envolvem antes de mais nada ética, moralidade, confiança. Decência: pois é neles que eu aposto, nos decentes que olham para o outro – que somos todos nós, do gari ao intelectual, da dona de casa à universitária, dos morenos aos louros de olhos azuis – com atenção e respeito.
Estudos recentes sobre história das culturas revelam dados sobre tempos em que a parceria predominou sobre a dominação: entre povos, entre grupos, entre pessoas. Mas o mesmo ser humano que busca o amor anseia pela dominação nas relações pessoais, internacionais, de gênero, de idade, de classe.
E se tentássemos mais parceria? Na verdade não acredito muito nisso, a não ser que a gente dê uma melhorada em si mesmo. É possível que em algumas décadas, ou mais, a miscigenação será generalizada, superados os conflitos raciais às vezes trágicos. Teremos uma miscigenação densa de cores, formas, idiomas e culturas.
Origem, dinheiro ou tom de pele vão interessar menos do que caráter e lealdade, a produtividade e competência menos do que a visão de mundo e a abertura para o outro, a máquina importará tanto quanto o sonho, a hostilidade não vai esmagar a esperança, e não teremos de dominar o outro tentando construir uma civilização.
Talvez eu hoje tenha acordado feito uma visionária ingênua: não é inteiramente ruim, isso se chama esperança de que um dia predomine, sim, a família humana. “E aí?”, perguntarão. “Sem conflito, sem cobiça, sem alguma opressão e alguma guerrinha, qual a graça?”
Aí, não vamos bocejar como anjos entediados, mas crescer mais, e mais, em caráter, sabedoria, harmonia, e – por que não? – algum tipo de felicidade.
(LUFT, Lya. A família humana.Disponível em: https://gauchazh.clicrbs. com.br/colunistas/lya-luft/noticia/2019/06/a-familia-humana-cjx6p12 mq01ro01o9obgwdbq6.html. Acesso em: 06/04/2020.)
Sobre os verbos “bocejar” e “crescer” (8º§), assinale a informação correta.
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138Q1046890 | Texto associado, Sintaxe, Segundo Dia, ESCOLA NAVAL, Marinha, 2021

Texto associado.
TEXTO 1

Leia o texto abaixo e responda à questão.

A CADEIRINHA

Naquele fundo de sacristia, escondida ou arredada como se fora uma imagem quebrada cuja ausência do altar o decoro do culto exige, encontrei a cadeirinha azul, forrada de damasco cor de ouro velho. Na frente e no fundo, dois pequenos painéis pintados em madeira com traços finos e expressivos. Representava cada qual uma dama do antigo regime. A da frente, vestida de seda branca, contrastava a alvura do vestido e o tênue colorido da pele com o negrume dos cabelos repuxados em trunfa alta e o vivo carmim dos lábios; tinha um ar desdenhoso e fatigado de fidalga elegante para quem os requintes da etiqueta e galanteios dos salões são já coisas velhas e comezinhas. A outra, mais antiga ainda, trazia as melenas em cachos artísticos sobre as fontes e as pequeninas orelhas; um leque de marfim semiaberto comprimia-lhe os lábios rebeldes que queriam expandir-se num riso franco; os olhos grandes e negros tinham mais paixão e mais alma. Esta contemporânea de La Valliêre, que o artista anônimo perpetuou na madeira da cadeirinha, não se parecia muito com aquela meiga vítima da régia concupiscência: ao contrário, um certo arregaçado das narinas, uma ponta de ironia que lhe voejava na comissura da boca breve e enérgica — tudo isso mostrava estar ali naquele painel: representada uma mulher meridional, ardente e vivaz, pronta ao amor apaixonado ou à luta odienta. [...]
Sem querer acrescentar mais ao já dito sobre as damas, perguntava de mim para mim se o pintor do século passado, ao traçar com tanta correção e finura os dois retratos de mulher, transmitindo-lhes em cada cabelo do pincel uma chama de vida, não estaria realmente diante de dois espécimens raros de filhas de Eva, de duas heroínas que por serem de comédia ou de ópera nem por isso deixam de o ser da vida real?
— Quem sabe se a Fontagens e a Montespan?
— Qual! Impossível!
— Impossível, não! Porque a cadeirinha podia perfeitamente ter sido pintada em França e era até mais natural crê-lo; porquanto a finura das tintas e a correção dos traços pareciam indicar um artista das grandes cortes da época.
E assim, em tais conjeturas, pus-me a examinar mais detidamente o velho e delicado veículo, relíquia do século passado, sobrevivendo não sei por que na sacristia da igreja de um modesto arraial mineiro. Os varais, conformes à moda bizarra do tempo, terminavam em cabeças de dragões com as faces abertas e sanguentas e os olhos com uma expressão de ferocidade estúpida. O forro de cima formava um pequeno docel de torno senhorial; e o ouro velho do damasco quê alcatifava também os dois assentos fronteiriços não tem igual nas casas de modas de agora.
Qual das matronas de Ouro Preto, ou das cidades que como esta alcançam mais de um século, não terá visto, ou pelo menos ouvido falar com insistência, quando meninas, nas cadeirinhas conduzidas por lacaios de libre, onde as moçoilas e as damas de outrora se faziam delicadamente transportar?
Quem não fará reviver na imaginação uma das cenas galantes da cortesia antiga em que, através da portinhola cortada de caprichosos lavores de talha, passava um rostozinho enrubescido e dois olhos de veludo a pousarem de leve sobre o cavalheiro de espadim com quem a misteriosa dama cruzava na passagem?
Também, ó pobre cadeirinha, lá terias o teu dia de caiporismo: havia de chegar a hora em que, em vez dos saltos vermelhos de um sapatinho de cetim calçando um pezinho delicado, teu fundo fosse calcado pela chanca esparramada de alguma cetácea obesa e tabaquista. [...]
Nem foram desses os teus piores dias, ó saudosa cadeirinha! Já pelos anos de tua velhice, quando, como agora, sobrevivias ao teu belo tempo passado, quando, perdidos teus antigos donos, alguém se lembrou de carregar-te para a sacristia da igreja, não te davam outro serviço que não o de transportares, como esquife, cadáveres de anjinhos pobres ao cemitério, ou semelhante às macas das ambulâncias militares, o de conduzires ao hospital feridos ou enfermos desvalidos.
Que cruel vingança não toma aquela época longínqua por lhe teres sobrevivido! Coisa inteiramente fora da moda, o contraste flagrante que formas com o mundo circundante é uma prova evidente de tua próxima eliminação, 6 velha cadeirinha dos tempos mortos!
Mas é assim a vida: as espécies, como os indivíduos, vão desaparecendo ou se transformando em outras espécies e em outros indivíduos mais perfeitos, mais complicados, mais aptos para o meio atual, porém muito menos grandiosos que os passados. Que figura faria o elefante de hoje, resto exótico da fauna terciária, ao lado do megatério? A de um filhote deste. E no entanto, bem cedo, talvez nos nossos dias, desaparecerá o elefante, por já estar em desarmonia com a fauna atual, por constituir já aquele doloroso contraste de que falamos acima e que é o primeiro sintoma da próxima eliminação do grande paquiderme. Parece que o progresso marcha para a dispersão, a desagregação e o formigamento. Um grande organismo tomba e se decompõe e vai formar uma inumerável quantidade de seres ávidos de vida. A morte, essa grande ilusão humana, é o início daquela dispersão, ou antes a fonte de muitas vidas. E que grande consoladora!
Lembra-me ter visto, há tempos, um octogenário de passo trôpego e cara rapada passeando em trajes domingueiros a pedir uma carícia ao sol. Dirigilhe a palavra e detivemo-nos largo espaço a falar dos costumes, das coisas e dos homens de outro tempo. Nisso surpreendeu-nos um magote de garotos que escaramuçou o velho a vaias. O pobre do ancião já ia seguindo seu caminho quando o abordou a meninada, não apressou o passo nem perdeu aquela serenidade de quem já tinha domado as fúrias das paixões com o vencer os anos. Vi-o ainda voltar-se com o rosto engelhado numa risada tristíssima, a comprida japona abanando ao vento e dizer, em tom de convicção profunda: “Ai dos velhos, se não “fosse a morte!” Parecia uma banalidade, mas não era senão o apelo supremo, a prece fervente que esse exilado fazia a Deus para que pusesse termo ao seu exílio, onde ele estava fora dos seus amigos, dos seus costumes, de tudo quanto lhe podia falar ao coração. [...].
Por que, pois, a pobre cadeirinha, esse mimo de graça, esse traste casquilho, essa fiel companheira da vida de sociedade, da vida palaciana, da vida de cortecom seus apuros e suas intrigas, suas vinganças pequeninas, seus amores, todavia sobrevive e por que a não pôs em pedaços um braço robusto empunhando um machado benfazejo? Ao menos evitaria esse dolorosíssimo ridículo, essa exposição indecorosa de nudez de velha!
Já tiveste dias de glória, cadeirinha de outros tempos! Pois bem: desaparece agora, vai ao fogo e pede que te reduza a cinzas! É mil vezes preferível a essa decadência em que te achas e até mesmo à hipótese mais lisonjeira de te perpetuarem num museu. Deves preferir a paz do aniquilamento à glória de figurares numa coleção de objetos antigos, exposta à curiosidade dos papalvos e às lorpas considerações dos burgueses, mofada e tristonha. Morre, desaparece, que talvez — por que não? — a tua dona mais gentil, aquela para quem tuas alcatifas tinham mais delicada carícia ao receber-lhe o corpinho mimoso, aquela que recendia um perfume longínquo de roseira do Chiraz te conduza para alguma região ideal, dourada e fugidia, inacessível aos homens... [...].

ARINOS, Affonso. Pelo Sertão. Minas Gerais: Itatiaia, 1981. (Texto adaptado)
Leia o excerto a seguir:

“[...] nas cadeirinhas conduzidas por lacaios de libré, [...]' (7º§)

Assinale a opção que apresenta a correta classificação da oração sublinhada.
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139Q1046898 | Texto associado, Interpretação de Textos, Segundo Dia, ESCOLA NAVAL, Marinha, 2021

Texto associado.
TEXTO 2

Leia o texto abaixo e responda à questão.

PROVÉRBIOS MAGIARES

Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qualquer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coisa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde outro, de sentido oposto. À quem preconiza O sábio limite das despesas, porque '“vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva.”. À experiência popular tanto fornece bons conselhos aos indecisos quanto justificativas para os velhacos, e um código baseado nos rifões não estaria menos cheio de contradições do que os códigos compilados pelos jurisconsultos.
Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabedoria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história. As diferenças na expressão de uma sentença observáveis de uma terra para outra, podem divertir o curioso e, às vezes, até instruir o etnógrafo.
Povo marítimo, o português assinala semelhança grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe, peixinho é". Já os húngaros, ao formularem a mesma verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar, ao olhar para o quintal, notaram que "a maçã não cai longe da árvore”.
Desconfiado das classes superiores, O caboclo inventou o preceito: “Cada macaco no seu galho”, o húngaro foi achar inspiração no pomar para advertir que “não se devem comer cerejas com os fidalgos no mesmo prato" e acrescentar, caso alguém lhe perguntasse O porquê, “pois eles comem a fruta e cospem-te o caroço na cara”.
Sem sair do quintal, o camponês magiar encontra na contemplação de seus animais muitos motivos de meditação: “Quem se mistura com o farelo, os porcos o comem, afirma para condenar as más companhias (ao passo que o português, segundo me informa meu amigo Aurélio Buarque de Holanda, declara o contrário para dizer a mesma coisa: "Quem com porcos se mistura, farelo come”). “Até a cabra velha lambe o sal”, cita ele para explicar, se não para desculpar, o comportamento de algum velhote mulherengo (caracterizado em português por um ditado parecido: “Cavalo velho, capim novo”). Às mais vezes, os fenômenos do quintal servem-lhe de consolação na sua filosofia de resignado: “Quando não há cavalo, serve o burro” (tradução portuguesa: "Quem não tem cão, caça com gato”); “O raio não parte a urtiga” (isto é: “Vaso ruim não quebra”); “Até a galinha cega encontra o grão" e “Muita gente boa cabe em pouco lugar”.
Ao querer juntar o maior número possível de adágios húngaros, surpreende-me quão poucas são as exortações diretas a praticar o bem. A mais usada delas parece possuir, até, um matiz irônico: “Em troca de um benefício, espera o bem”, e nos lembra o nosso “esperar sentado”. Com maior frequência recomenda-se a abstenção do mal em vista das possíveis complicações. “Quem cava uma fossa para o outro, ele mesmo cairá dentro.” Como esperar, aliás, bondade do gênero humano, quando “até os santos têm as mãos viradas para si”. Se a Hungria fosse à beira-mar, puxariam para si as sardinhas.Por isso, nada de colaborações, de cooperativismo: “Cavalo de dois donos tem a costas esfoladas.” A solidariedade, aliás, é antes uma virtude de espertos: “Um corvo não fura o olho de outro corvo.”
A pobreza do povo, naturalmente, é uma das principais inspiradoras do adágio: “Pobre cozinha com água” enquanto vive, e mesmo que se enforque, “até o galho puxa o pobre”, ao passo que “o senhor é senhor até no Inferno”. O pobre também gosta de comida boa, pois sabe que “carne barata tem o suco ralo”, mas é obrigado a limitar seus apetites, pois “dias há mais que salsichas”. Pelo menos sonha melhor alimentação, o que é bastante compreensível, pois, como diria o próprio Freud, “porco faminto sonha com bolota”. Interessante a fórmula usada principalmente por pessoas abastadas ao oferecerem um farto banquete: "Somos pobres, mas vivemos bem”, que parece quase um esconjuro para reconciliar altos poderes ciumentos. [...]
O espetáculo do mundo, que na Hungria “é do sabido" (e no Brasil “dos mais espertos”), não oferece muito conforto. É melhor a gente cuidar do que é nosso, não se meter com as coisas dos outros “varrer na frente da própria casa” e calar-se o mais possível: “Minha boca não fales, minha cabeça não há de doer.” Muito falar não adianta, pois “muita conversa tem muita borra”, e “até cem palavras acabam numa só”.
Se, apesar de tanta coisa errada que a gente vê no imundo, a sorte. dos velhacos não deve despertar inveja, é porque “o chicote estala é na ponta”. Essa frase, compreensível apenas para quem sabe que os pastores da estepe húngara tangem o gado com chicotes compridos, terminados numa ponta de crina, cujos estalos metem medo à bicharada, serve para lembrar-nos que um destino só é completo quando chegou ao fim, ou, então, que “ri melhor quem ri por último”. Sem dúvida, os caminhos da justiça divina são muitas vezes obscuros: “Deus não bate com bordão” (ou, o que dá no mesmo, "escreve certo por linhas tortas”); mas, “o que demora, não falha”, (isto é, “a justiça divina tarda, mas não falha”), porque, “se Deus quer, até o cabo da enxada dá tiro” (enquanto no Brasil “quando Deus quer, água fria é remédio”.

RÓNAI, Paulo. Como aprendi o português e outras aventuras.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. (Texto adaptado)
Leia o trecho a seguir.

“A quem preconiza o sábio limite das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”, replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada se leva.” (1º§)

Marque a opção em que a reescritura do trecho citado mantém o seu sentido original e respeita a norma-padrão da língua.
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140Q1039259 | Texto associado, Pontuação, Escrevente, TJ SP, VUNESP, 2023

Texto associado.
Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)
Na frase final do texto – Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil. –, a vírgula serve para separar a expressão adverbial de lugar e para indicar que há
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