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141Q1057656 | Texto associado, Morfologia, Praça BM, CBM PA, INSTITUTO AOCP, 2022

Texto associado.
Como evitar a ansiedade e as relações
tóxicas e alcançar um novo estilo de vida

Publicado: 18/06/2021

A realidade que estamos vivendo, somada às novas formas de trabalho e ansiedades, implicaram, igualmente, em mudanças significativas no comportamento das relações pessoais e interpessoais dos indivíduos. Esse contexto serviu para revelar, com maior intensidade, as relações tóxicas, tema que exige um cuidadoso debate e, sobretudo, assistência psicológica especializada. Mas, afinal, o que é uma relação tóxica? Como identificá-la e quais são os tratamentos? "São questionamentos que precisam de esclarecimento da nossa sociedade. Vale destacar que cada caso é tratado de forma diferente. No entanto, algumas características se tornam similares nas relações tóxicas. Podem ser resumidas pelo desejo de controlar o(a) parceiro(a) e de tê-lo(la) apenas para si. Esse comportamento surge aos poucos, sutilmente, e vai passando dos limites, causando sofrimento e dor", explica a psicóloga gaúcha, Ilda Nocchi.
Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia, Ilda possui ampla experiência de atuação nas áreas social, comportamental e humana. A profissional tem observado, nos últimos meses, um gradual crescimento nos seus atendimentos no Brasil e no exterior, por pessoas que estão em crise ou estão passando por momentos difíceis, afastadas de seus familiares. De acordo com ela, cresceu o número de pacientes que relatam um contexto que envolve relações tóxicas. "O(a) agressor(a) após o fato ocorrido pede desculpas, dizendo que isso não irá mais acontecer. Entre as características mais comuns das relações tóxicas estão o ciúmes exacerbado, a desconfiança, a possessividade, o controle exagerado sobre uma pessoa, as agressões verbais, entre outros", explica Ilda.
Ainda de acordo com a profissional da psicologia, agir com superioridade, com desrespeito e diminuindo a pessoa – tanto em âmbito profissional quanto pessoal – pode acabar causando sintomas na vítima, entre eles: isolamento social, vergonha dos amigos e da família, além de sensações como humilhação e desprezo, que podem provocar graves mudanças de humor. "Todas essas situações acabam por afetar a saúde mental e emocional do outro", adianta Ilda. [...]
No contexto das relações tóxicas, a profissional de saúde destaca ainda que a parte mais difícil é aceitar a necessidade de se denunciar o(a) abusivo(a) e tomar medidas legais, quando necessário for. "Esse contexto exige muita ajuda psicológica, atendimento e apoio especializado, sempre com a condução de um profissional capacitado, que tenha sensibilidade e experiência no assunto e que possa, de forma bastante responsável, apresentar e fornecer todos os vieses e a orientação necessária, especialmente, em casos mais graves", diz Ilda.


Adaptado de: https://www.sbponline.org.br/2021/06/como-evitar-a-ansiedade-e-as-relacoes-toxicas-e-alcancar-um-novo-estilo-devida. Acesso em: 10 fev. 2022.
Sobre o termo destacado em “[...] apresentar e fornecer todos os vieses [...]”, assinale a alternativa correta.
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142Q1039259 | Texto associado, Pontuação, Escrevente, TJ SP, VUNESP, 2023

Texto associado.
Por causa de falta de acompanhamento médico, as mortes maternas aumentaram ou estagnaram em quase todas as regiões do mundo: em média, uma mulher morre durante a gravidez ou no parto a cada 2 minutos, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Tendências na mortalidade materna”, divulgado em fevereiro. O total das mulheres grávidas que não fazem nem quatro dos oito exames recomendados durante a gravidez ou não recebem cuidados essenciais após o parto é de aproximadamente um terço delas, enquanto cerca de 270 milhões não têm acesso a métodos modernos de planejamento familiar. Em 2020, cerca de 70% de todas as mortes maternas ocorreram na África subsaariana, em razão de sangramento grave, pressão alta, infecções relacionadas à gravidez, complicações de aborto inseguro e doenças como HIV/Aids ou malária, que podem ser agravadas pela gravidez. No Chade, a taxa média de mortalidade é de 1063 mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil.

(Pesquisa Fapesp. https://revistapesquisa.fapesp.br,
Edição 326, abril de 2023. Adaptado)
Na frase final do texto – Na Alemanha, de 5 para cada 100 mil. –, a vírgula serve para separar a expressão adverbial de lugar e para indicar que há
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143Q1058213 | Texto associado, Interpretação de Textos, Médio, Comando do 5 Distrito Naval, Marinha, 2025

Texto associado.
Texto 1

Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens?

Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema?

A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes.

Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto.

Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes.

Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção à saúde mental dos adolescentes nesta era digital.

Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidências cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar.

Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos.

O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.

Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos.

Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom.


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24,
A opção que indica corretamente a expressão retomada pela palavra “que” é:
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144Q1047469 | Texto associado, Pontuação, Cadete do Exército, COLÉGIO NAVAL, Marinha

Texto associado.

Eles blogam. E você?

Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: osweblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Assinale a opção em que a mudança de pontuação dos trechos, de acordo com o texto, NÃO alterou significativamente o sentido original.
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145Q1045428 | Texto associado, Interpretação de Textos, Edital n 12, Prefeitura de Palhoça SC, FEPESE, 2024

Texto associado.
Texto 1

Inteligência artificial: faz escolhas por nós

À medida que as nossas vidas ficam mais dependentes da IA – das previsões meteorológicas às transações do mercado financeiro ou às análises de DNA –, estamos delegando as escolhas humanas. A IA escolhe as notícias e informações a que estamos expostos e sugere o que devemos comprar.
A utilização de algoritmos nas redes sociais resulta na diminuição da exposição das pessoas a notícias que suscitem atitudes contrárias, facilitando a polarização de pontos de vista. Entre os millenials – também conhecidos como Geração Y –, em muitas partes do mundo, as redes sociais são frequentemente a fonte dominante de notícias sobre política e governos. Ao recomendarem vídeos e notícias de forma automatizada, o conteúdo manipulativo chega agora facilmente aos que o visualizam, amplificando a difusão da desinformação. As redes sociais também podem alimentar ondas populistas, nacionalistas e xenófobas em todas as sociedades.
A IA contribui para a criação de informações falsas e para a propagação da desinformação. Deve-se considerar que as redes geradoras antagônicas criam áudios e vídeos falsos. Essas tecnologias podem agora ser facilmente utilizadas através de aplicações para criar falsificações graves e perigosas. Em 2016, mais de 50% do tráfego da Internet foi gerado por bots. De fato, a informação falsa tende a espalhar-se mais amplamente que a verdadeira. As redes sociais podem reduzir a avaliação crítica e facilitar a difusão de teorias da conspiração.
Na mesma ordem de ideias, quem é responsável por decisões erradas em matéria de IA? Os pedidos de crédito são rejeitados, e as publicações nas redes sociais são eliminadas com base em decisões de IA, enquanto os mecanismos para contestar essas decisões não se encontram totalmente desenvolvidos. Muitos algoritmos são opacos, não são regulamentados e difíceis de contestar. Algoritmos de reconhecimento de padrões podem ser aplicados para atingir determinadas pessoas ou produzir danos colaterais desproporcionais e tendenciosos quando há imperfeições no código ou nos dados de formação. A utilização de IA nas forças armadas para a utilização de armas autônomas ou de robôs assassinos levanta muitas questões.
A aprendizagem automática também fornece às empresas informações de mercado que nunca tiveram antes, criando novos caminhos para a publicidade enquanto violam potencialmente a privacidade do consumidor. Quando os consumidores compram online, revelam as suas preferências e, possivelmente, informações sobre os seus amigos e familiares, que as empresas podem utilizar para expandirem o alcance do mercado. Tais dados, frequentemente fornecidos inadvertidamente pelos consumidores, podem transferir informações para empresas sem restrições sobre a forma como podem ser utilizados.

Desenvolvimento Humano: relatório de 2021/2022. Disponível em: <https://www.undp.org/sites/g/files/zskgke326/files/2023-05/hdr2021-22ptpdf.pdf>, p. 45. Acesso em: 12 de ago. 2024. Fragmento
adaptado.
Assinale a alternativa na qual as palavras sublinhadas são termos coesivos representados por um pronome relativo e por um pronome pessoal oblíquo átono
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146Q1069803 | Texto associado, Interpretação de Textos, Fiscal de Renda, SEFAZ RJ, CEPERJ

Texto associado.

TEXTO 1

RUI BARBOSA E O IMPOSTO SOBRE A RENDA MEMÓRIA DA RECEITA FEDERAL


O imposto sobre a renda teve em Rui Barbosa, primeiro Ministro da Fazenda do período republicano, um ardente defensor. Seu relatório de janeiro de 1891 dedica, com erudição e brilhantismo, 38 páginas ao tema. Mostra a história, as formas de aplicação do imposto e as propostas de adoção.
No relatório, Rui Barbosa lembrava as qualidades de um imposto justo, indispensável e necessário: “No Brasil, porém, até hoje, a atenção dos governos se tem concentrado quase só na aplicação do imposto indireto, sob sua manifestação mais trivial, mais fácil e de resultados mais imediatos: os direitos de alfândega. E do imposto sobre a renda, por mais que se tenha falado, por mais que se lhe haja proclamado a conveniência e a moralidade, ainda não se curou em tentar a adaptação, que as nossas circunstâncias permitem, e as nossas necessidades reclamam”.
Resumidamente, a proposta de Rui Barbosa se sustentava nos seguintes pilares:
1. O imposto incidiria sobre as rendas provenientes de propriedades imóveis, do exercício de qualquer profi ssão, arte ou ofício, de títulos ou fundos públicos, ações de companhias, juros e dívidas hipotecárias e de empregos públicos;
2. Estariam isentas as rendas não superiores a 800$000, a dos agentes diplomáticos das nações estrangeiras, rendimentos das sociedades de socorros mútuos e benefi cência e juros das apólices da dívida pública possuídas por estrangeiros residentes fora do país;
3. A declaração do contribuinte seria o ponto de partida do lançamento. O Fisco devia procurar outras fontes para a verificação fiscal, pois fi caria muito prejudicado caso se baseasse unicamente na declaração do contribuinte. Discordou da posição de alguns em entregar a determinação da renda unicamente ao arbítrio do Fisco. O arbitramento podia degenerar em arbítrio. Na sua visão, o arbitramento seria aceito se a renda não fosse conhecida fixa e precisamente, mas sujeito a conhecimento e impugnação do interessado, com todos os recursos do contencioso administrativo.
Suas sugestões, no entanto, não encontraram respaldo para serem postas em prática.

“O imposto incidiria sobre as rendas...”; o emprego do futuro do pretérito nesses casos se justifica porque se trata de uma ação que:

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147Q1039339 | Texto associado, Interpretação de Textos, Área Administrativa, TRT 12 Região SC, FCC, 2023

Texto associado.
1. Os paroquianos estranharam que, apesar de tão mogo, o vigário novo fosse a tal ponto reservado, só falando o indispensável, sempre com a batina lambuzada de terra ou de tinta, às voltas com os reparos materiais da igreja. Com o tempo, acreditou-se, o sacerdote se faria amigo pelo menos das pessoas mais importantes do lugar, o prefeito, o presidente da Câmara, os representantes da Justiça, o médico, dois ou trés fazendeiros, o farmacêutico. Na porta do estabelecimento deste último é que se discutia a personalidade do vigário, formando-se um grupo contra e outro a favor.

2. - Parece que ele até faz pouco-caso da gente.

3. - Nunca vi um sujeito de cara tão amarrada.

4. Os simpatizantes pegavam pelo aspecto mais evidente do padre.

5. - Mas que homem danado de trabalhador!

6. E o padre, sem dar mostras de perceber o pasmo da cidade, sempre com suas ferramentas, ativo e suarento. Uma notícia, entretanto, deu aos munícipes a impressão de que iria começar o degelo, isto é, o vigário passaria a ter um contato mais direto e caloroso com o povo e os interesses locais. Ele procurara o prefeito e os vereadores para pleitear um cemitério novo, o velho, nos fundos da casa paroquial, estava mesmo impraticável. Foi um alívio. Enfim, o padre tomara uma atitude perfeitamente normal, uma atitude que o incorporava à comunidade.

7. - Eu não dizia - exclamava o farmacêutico -, eu apostava que o homem quer o trabalhar por nós. Francamente, este cemitério é indigno do progresso da cidade. A gente aqui nem pode morrer por falta de lugar.

8. Com o entusiasmo, a Câmara votou uma verba especial para a aquisição de um terreno e benfeitorias adequadas. E não demorou que o novo campo-santo, depois de abençoado, fosse inaugurado com um discurso, no qual o prefeito apelava para os céus: aprouvesse a Deus que jamais um corpo inânime viesse a transpor os umbrais daquela necrópole. Seis dias depois, entretanto, um corpo inânime transpunha os umbrais daquela necrópole: Deus, de repente, chamara o farmacêutico.

9. O vigário, realizada a sua única aspiração, passou a desaparecer por longas horas do dia; fora dos ofícios religiosos, raramente era visto, inquietando ainda mais os habitantes. Uma tarde, a bomba estourou: a viúva do coronel Inácio, inda levar flores à campa do falecido, no velho cemitério, descobrira a verdade macabra, a paisagem inacreditável: o antigo cemitério da cidade transformara-se escandalosamente numa horta. O estupor e a revolta não tiveram limites. Depois de muitos debates, uma comissão foi encarregada de levar ao vigário um pedido enérgico: aquilo não podia continuar, ali repousavam os entes queridos de todas as famílias da cidade: e estas esperavam que o senhor vigário arrancasse sem mais demora todos os pés de hortaliças. O vigário respondeu que não via matéria de escândalo, citou um versículo do Antigo Testamento e despediu a todos com impaciência.

10. Foi aí que os homens válidos, pedindo a compreensão de Deus, resolveram invadir o cemitério, munidos de enxadas, facas e varapaus, para acabar com a horta que já não deixava ninguém dormir em paz, nem os mortos, nem os vivos. Pois, quando se aproximaram do cemitério, foram barrados pelo cano da espingarda do vigário: ali ninguém entrava vive. Os homens voltaram desapontados e tornaram a discutir o impasse. Alguém então teve a ideia de se levar uma denúncia ao bispo da diocese. Uma semana depois, o padre embarcava numa jardineira com a mala, a espingarda e a cara amarrada. A população toda, depois de decidir que as hortaliças seriam destruídas, e não doadas aos pobres, entrou com o máximo respeito no velho cemitério e devastou a bela plantação.


(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2012)
Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:
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148Q1057774 | Texto associado, Morfologia, Músico, PM PE, UPENET IAUPE, 2023

Texto associado.
Texto 01

Cultivar a amizade

No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda é dominante.

A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de optarem por algo fora do modelo tradicional.

Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”

A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.

GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Observe o fragmento de texto abaixo:
“As brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de optarem por algo fora do modelo tradicional.”
Se o termo “brasileiras” estivesse no singular, mantendo-se os tempos verbais, estaria CORRETO o texto indicado na alternativa
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149Q1046769 | Texto associado, Sintaxe, Segundo Dia, COLÉGIO NAVAL, Marinha, 2019

Texto associado.

Redes sociais: o reino encantado da intimidade de faz de conta


Recebi, por e-mail, um convite para um evento literário. Aceitei, e logo a moça que me convidou pediu meu número de Whatsapp para agilizar algumas informações. No dia seguinte, nossa formalidade havia evoluído para emojis de coraçãozinho. No terceiro dia, eia iniciou a mensagem com um "bom dia, amiga". Quando eu fizer aniversário, acho que vou convidá-la pra festa.

Postei no Instagram a foto de um cartaz de cinema, e uma leitora deixou um comentário no Direct. Disse que vem passando por um drama parecido como do filme; algo tão pessoal, que ela só quis contar para mim, em quem confia 100%. Como não chamá-la para a próxima ceia de Natal aqui em casa? Fotos de recém-nascidos me são enviadas por mulheres que eu nem sabia que estavam grávidas. Mando condolências pela morte do avô de alguém que mal cumprimento quando encontro num bar. Acompanho a dieta alimentar de estranhos. Fico sabendo que o amigo de uma conhecida troca, todos os dias, as fraldas de sua mãe velhinha, mas que não faria isso pelo pai, que sempre foi seco e frio com ele - e me comovo; sinto como se estivesse sentada a seu lado no sofá, enxugando suas lágrimas.

Mas não estou sentada a seu lado no sofá e nem mesmo sei quem ele é; apenas li um comentário deixado numa postagem do Facebook, entre outras milhares de postagens diárias que não são pra mim, mas que estão ao alcance dos meus olhos. É o reino encantado das confidências instantâneas e das distâncias suprimidas: nunca fomos tão íntimos de todos.

Pena que esse mundo fofo é de faz de conta, intimidade, pra valer, exige paciência e convivência, tudo o que, infelizmente, tornou-se sinônimo de perda de tempo. Mais vale a aproximação ilusória: as pessoas amam você, mesmo sem conhecê-la de verdade. É como disse, certa vez, o ator Daniel Dantas em entrevista à Marilia Gabriela: "Eu gostaria de ser a pessoa que meu cachorro pensa que eu sou".

Genial. Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha um amigo na hora. O cachorro vai achá-lo o máximo, pois a única coisa que ele quer é pertencer. Ele não está nem aí para suas fraquezas, para suas esquisitices, para a pessoa que você realmente é: basta que você o adote.

A comparação é meio forçada, mas tem alguma relação com o que acontece nas redes. Farejamos uns aos outros, ofertamos um like e, de imediato, ganhamos um amigo que não sabe nada de profundo sobre nós, e provavelmente nunca saberá. A diferença - a favor do cachorro - é que este está realmente por perto, todos os dias, e é sensível aos nossos estados de ânimo, tornando-se íntimo a seu modo. Já alguns seres humanos seguem outros seres humanos sem que jamais venham a pertencer à vida um do outro, inaugurando uma nova intimidade: a que não existe de modo nenhum.

Martha Medeiros <https://www, revistaversar.com. br/redes-sociais-inttmÍdade/> - (com adaptações)

No trecho "Um cachorro começa a seguir você na rua e, se você der atenção e o levar pra casa, ganha um amigo na hora." (6°§), o pronome oblíquo só NÃO exerce a mesma função sintática que o destacado em:
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150Q1049848 | Texto associado, Profissão do Assistente Social, Assistente Social, EBSERH, CESPE CEBRASPE, 2018

Texto associado.

Em uma unidade de saúde de atenção primária, trabalham os seguintes funcionários:


• Rafaela, assistente social com carga horária de 40 h semanais;

• Sheila, assistente social recém-contratada, com carga horária de 20 h semanais;

• Cristiano, estudante estagiário de serviço social, em fase de conclusão da disciplina de estágio supervisionado II, sob a supervisão de campo de Rafaela;

• Helena, enfermeira graduada.


Rafaela e Sheila atendem também ao público externo à unidade, trabalhando com outros profissionais de saúde, entre estes a enfermeira Helena, recentemente graduada em serviço social, que já possui o número do seu registro profissional no Conselho Regional de Serviço Social da sua localidade e almeja, em breve, atuar nessa área.

De acordo com o Código de Ética do Assistente Social e a Lei n.º 8.662/1993, julgue o item subsequente, a respeito dessa situação hipotética.

Tanto Rafaela quanto Sheila e Helena possuem como atribuição legal elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para assistentes sociais ou de aferição de conhecimentos inerentes ao serviço social.

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151Q1056505 | Texto associado, Morfologia, Fiscal, CORE PE, CONSULPLAN, 2023

Texto associado.
Texto para responder a questão

35 anos de ambição democrática

A Constituição brasileira está sob ameaça dos gabinetes, dos porões e da hermenêutica.


Aniversários da Constituição de 1988 costumam ter, entre juristas, um certo tom triunfalista. Mesmo que reconheçam frustrações, balanços quinquenais raramente deixavam de enfatizar uma linha de progresso no desenvolvimento constitucional do país. Sua longevidade (a terceira maior da nossa história) seria fruto da virtude da resiliência e do compromisso com o Estado de Direito.

Essas convicções, se um dia fizeram sentido, estão abaladas neste 5 de outubro de 2023. O senso de retrocesso e de risco de ruptura cresceram na última década. Até entre juristas pollyanna, que olham para o mundo real e só enxergam avanços, o cenário já não está tão cor-de-rosa.

Produto da Assembleia Constituinte mais democrática que já tivemos, apesar de um Congresso pouco representativo, o texto final foi impactado pela participação de movimentos sociais. Para o bem. Houve também concessões às corporações. Para o mal.

Nessa Constituição heterodoxa e sincrética, um acordo possível acima de partidos, havia mensagem de rechaço ao passado e olhar de mudança para o futuro. A promessa de valorização da vida, da liberdade, da igualdade e da não discriminação não foi só retórica e simbólica. O texto previu motores para implementação de direitos. O SUS e o sistema de educação pública, subfinanciados, foram as maiores conquistas civilizatórias, ao lado da proteção ambiental, de comunidades indígenas e quilombolas.

O PIBB (Produto Interno da Brutalidade Brasileira) segue crescendo. A sociedade que se pretendia “fraterna, pluralista e sem preconceitos” mata como nunca. Os números de homicídios giram em torno de 50 mil por ano (quase 80% de pessoas negras). Como em nenhum outro lugar, a polícia continua a matar (quase 7.000 em 2022) e a morrer (161 policiais). Fomos vice- -campeões em assassinatos de ambientalistas no ano passado. Em assassinatos de jornalistas, fomos melhores que Haiti, México e Ucrânia. Estamos entre os cinco que mais matam mulheres e crianças. Matamos pessoas trans como nenhum país.

A população carcerária cresceu 20% nos últimos cinco anos. É a terceira do mundo em números absolutos e a 14ª per capita. Prisões têm sido centros de treinamento gratuitos para o crime organizado, que expande seus membros no sistema político. O STF continua a manter ladrão de shampoo na prisão.

A Constituição de 1988 ainda busca mais operadores que lhe façam justiça. Afinal, não basta um bom texto, bons valores, boa arquitetura. O constitucionalismo precisa de autoridades que abracem a missão com apuro moral e jurídico. Nossas Casas parlamentares continuam a ser, em índices de exclusão, comparáveis a países fundamentalistas.

(Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional da USP, doutor em direito e ciência política e membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade – SBPC. Folha de São Paulo. Acesso em: 04/10/2023.)

“Essas convicções, se um dia fizeram sentido, estão abaladas neste 5 de outubro de 2023.” (2º§). Considerando os aspectos morfológico e semântico da partícula em destaque, assinale a afirmativa de resposta em que a partícula “se” possui o mesmo sentido.
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152Q1049856 | Texto associado, Farmacologia, Farmacêutico, EBSERH, CESPE CEBRASPE, 2018

Texto associado.
Em uma drogaria, um paciente informa ao farmacêutico que deseja uma caixa com 30 comprimidos revestidos, de liberação controlada, de oxicodona, e lhe pede informações quanto ao uso do medicamento.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

O farmacêutico detém o direito de decidir sobre o não aviamento da prescrição resultante da sua ilegibilidade.

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153Q1054736 | Texto associado, Fundamentos Teóricos do Marketing, Comunicação Social, DETRAN DF, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Prestação de contas, transparência e informação de
qualidade são atributos cada vez mais presentes na comunicação
das instituições com os seus públicos. Por meio de projetos e de
produtos e serviços implantados, a comunicação permite
participação, desenvolvimento social, transformação de
realidades e melhores práticas de cidadania.

Regina E. César. Movimentos sociais, comunidade e cidadania, In:
Relações públicas comunitárias: a comunicação em uma perspectiva
dialógica e transformadora
. Orgs: Margarida M. Kunsch, Krohling Kunsch
e Waldermar L. Kunsch. São Paulo: Summus, 2007 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os próximos itens.

A universalização do acesso à Internet é uma questão de inclusão digital e, exatamente por isso, desvinculada do campo da comunicação, que se ocupa da inclusão social.
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154Q1054739 | Texto associado, Comunicação Pública Na Comunicação Social, Comunicação Social, DETRAN DF, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de
Propaganda, o profissional da área compromete-se a fazer uso de
técnicas profissionais voltadas a campanhas que visem consumir
mais os bons produtos, utilizar mais os bons serviços, o progresso
das boas instituições e a difusão de ideias sadias. Com relação a
esse assunto, julgue os itens subsequentes.

As campanhas voltadas ao progresso das instituições públicas são aquelas que induzem a opinião do público na direção desejada pela organização.
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155Q1064467 | Texto associado, Crase, Agente Comunitário de Saúde da Família, Prefeitura de Presidente Prudente SP, VUNESP, 2025

Texto associado.
Leia o texto para responder à questão.


A tragédia das crianças sem saneamento


A falta de saneamento básico no Brasil faz com que 6,6 milhões de crianças de zero a seis anos, a chamada primeira infância, afastem-se de suas atividades, de acordo com o estudo Futuro em risco: efeitos da falta de saneamento na vida de grávidas, crianças e adolescentes, divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil. Esse contingente de crianças, que equivale à população do Paraguai, segue sendo negligenciado na fase da vida que é, segundo múltiplas evidências nacionais e internacionais, determinante para um futuro digno.

Sem acesso a esgoto tratado e a creches, ou às vezes sem poder frequentar a creche, quando esta existe, justamente porque falta saneamento na região em que vivem, parte significativa das crianças brasileiras cresce com uma herança nefasta, traduzida por uma renda 46,1% menor na idade adulta, de acordo com o estudo. Considerando-se um período de 35 anos de atuação profissional, a diferença de renda entre quem conta e quem não conta com saneamento básico é de mais de R$ 126 mil, montante nada trivial em um país tão desigual quanto o Brasil.

O estudo do Trata Brasil radiografa uma série de efeitos nefastos que vão se acumulando na vida de quem não conta com saneamento na primeira infância. Sem água tratada ou banheiro, crianças de 11 anos têm dificuldade para identificar as horas em um relógio ou para calcular o valor de um troco, habilidades básicas e extremamente necessárias no dia a dia. E esse é apenas um exemplo do quanto a falta do mínimo trava a capacidade de aprendizado e, por consequência, de ascensão social. Crianças que viveram a primeira infância em condições precárias de saneamento chegam à segunda infância (7 a 11 anos) com sequelas no desenvolvimento e têm notas sensivelmente mais baixas em avaliações como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Não é surpresa, então, que jovens de 19 anos sem acesso a saneamento tenham, em média, atraso de 1,8 ano na escolaridade.

Garantir acesso à água e ao esgoto tratados, bem como à educação, é o melhor investimento que o País pode fazer em nome do bem-estar da população brasileira e de seu próprio futuro. Sem esgoto tratado, milhões de brasileiros estão expostos a enfermidades que deveriam pertencer ao passado, sobrecarregando e onerando o sistema de saúde, faltam às aulas (quando e se há escola), aprendem pouco ou quase nada, como demonstram indicadores nacionais e internacionais de educação, e tornam-se adultos despreparados e dependentes de ajuda governamental.

(https://www.estadao.com.br/opiniao, 13.10.2024. Adaptado)
Um contingente expressivo de crianças de zero a seis anos, no Brasil, _____________ sem esgoto tratado e creches, devido _____________ falta de saneamento na região em que vivem, e estarão sujeitas ______________ uma herança nefasta. Em um período de 35 anos de atuação profissional, _____________ que mais de R$ 126 mil é a diferença de renda entre quem conta e quem não conta com saneamento básico.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:
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156Q1057314 | Texto associado, Morfologia, Anestesiologia, CIAAR, Aeronáutica, 2021

Texto associado.
Instruções: A questão se refere ao texto a seguir.

O youtuber e Machado de Assis, ou uma polêmica bem-vinda
Cláudia Costin*

1§ Uma polêmica apareceu nos últimos dias, nas redes sociais, a partir de um comentário do youtuber Felipe Neto, sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias. Segundo ele, o que estas deveriam promover seria a leitura por prazer, de forma a constituir, nas jovens mentes, o hábito de ler como uma atividade para toda a vida.
2§ Devo me confessar uma grande admiradora de Machado de Assis, um de nossos maiores escritores, um homem à frente de sua época, crítico de valores associados a aparências e à superficialidade humana na busca de status e do bacharelismo vigente. Mas entendi que nem sempre a linguagem do século 19 pode ser fácil para os adolescentes deste tempo de informações imediatas e superficiais.
3§ Num contexto em que adultos letrados leem muito pouco e não são vistos lendo livros por seus filhos, é compreensível que os jovens não percam tempo lendo outra coisa que não o que a escola lhes exige. A última edição da pesquisa Retratos da Leitura coloca-nos claramente como um país de não leitores. A média de livros lidos entre os entrevistados por ano é de 4,95 e só 2,55 deles lidos por inteiro.
4§ Cabe sim à escola fomentar a leitura por prazer, oferecendo livros que atraiam o interesse das novas gerações. Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos, formar pensadores independentes, com um repertório cultural variado, aptos a entender a cultura de seu tempo e sua gênese, torna-se uma prioridade.
5§ E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.

* Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Folha de S. Paulo, Opinião, 29 jan. 2021, p. A2. Adaptado.
Leia os textos a seguir. TEXTO I “Palavra invariável que liga um termo dependente a um outro termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos.”
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companha Editora Nacional, 2010, p. 268.
TEXTO II “Machado, nesse sentido, é fundamental e merece uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.” (5§)
É correto afirmar que o termo em destaque no Texto II ao qual se aplica o conceito apresentado no Texto I é
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157Q1057335 | Texto associado, Interpretação de Textos, Soldado Combatente, PM AL, CESPE CEBRASPE, 2021

Texto associado.
As mãos que criam, criam o quê?



A ancestralidade de dona Irinéia mostra-se presente em suas peças feitas com o barro vermelho da sua região. São cabeças, figuras humanas, entre outras esculturas que narram, por meio da forma moldada no barro, episódios históricos, lutas e conquistas vividos pelos moradores de sua comunidade e do Quilombo de Palmares.

Um exemplo é a escultura que representa pessoas em cima de uma jaqueira e que se tornou uma peça muito conhecida de dona Irinéia. A jaqueira se tornou objeto de memória, pois remonta a uma enchente, durante a qual ela e suas três irmãs ficaram toda a noite em cima da árvore, esperando a água baixar.

O manejo da matéria-prima é feito com a retirada do barro que depois é pisoteado, amassado e moldado. As peças são então queimadas, e ganham uma coloração naturalmente avermelhada.

Irinéia Rosa Nunes da Silva é uma das mais reconhecidas artistas da cerâmica popular brasileira. A história de dona Irinéia, mestra artesã do Patrimônio Vivo de Alagoas desde 2005, está entrelaçada com a história do povoado quilombola Muquém, onde nasceu em 1949. O povoado pertence ao município de União dos Palmares, na zona da mata alagoana, e se encontra próximo à serra da Barriga que carrega forte simbolismo, pois é a terra do Quilombo dos Palmares.

Por volta dos vinte anos, dona Irinéia começou a ajudar sua mãe no sustento da família, fazendo panelas de barro. Entretanto, o costume de fazer promessas aos santos de quem se é devoto, quando se está passando por alguma provação ou doença, fez surgir para a artesã outras encomendas. Quando a graça é alcançada, costuma-se levar a parte do corpo curado representado em uma peça de cerâmica, como agradecimento para o santo. Foi assim que dona Irinéia começou a fazer cabeças, pés e assim por diante.

Até que um dia, uma senhora que sofria com uma forte dor de cabeça encomendou da ceramista uma cabeça, pois ia fazer uma promessa ao seu santo devoto. A senhora alcançou sua graça, o que fez com que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região. Chegou, inclusive, ao conhecimento do SEBRAE de Alagoas, que foi até dona Irinéia e ofereceu algumas capacitações que abriram mais possibilidades de produção para a ceramista. O número de encomendas foi aumentando e, com ele, sua imaginação e criatividade que fizeram nascer objetos singulares.

Em Muquém, vivem cerca de quinhentas pessoas que contam com um posto de saúde, uma escola e a casa de farinha, onde as mulheres se reúnem para moer a mandioca, alimento central na comunidade, assim como de tantos outros quilombos no Nordeste. No dia a dia do povoado, o trabalho com o barro também preenche o tempo de muitas mulheres e alguns homens que se dedicam à produção de cerâmica, enquanto ensinam as crianças a mexer com a terra, produzindo pequenos bonecos.



Internet:(com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.

Mantendo-se a correção gramatical do texto e as informações nele veiculadas, o trecho “o que fez com que dona Irinéia ficasse ainda mais conhecida na região” (penúltimo parágrafo) poderia ser reescrito da seguinte forma: e isso fez dona Irinéia ficar ainda mais conhecida na região.

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158Q1022008 | Texto associado, Adjetivos Adjectives, Professor de Língua Inglesa, Prefeitura de Balneário Camboriú SC, FEPESE, 2024

Texto associado.

Reading skill will help you to improve your understanding of the language and build your vocabulary.

Social Media Across Generations

Today’s grandparents are joining their grandchildren on social media, but the different generations’ online habits couldn’t be more different. In the UK the over-55s are joining Facebook in increasing numbers, meaning that they will soon be the site’s second biggest user group, with 3.5 million users aged 55-64and 2.9 million over-65s.

Sheila, aged 59, says, I joined to see what my grandchildren are doing, as my daughter posts videos and photos of them. It’s a much better way to see what they’re doing than waiting for letters and photos in the post. That’s how we did it when I was a child, but I think I’m lucky I get to see so much more of their lives than my grandparents did.

Ironically, Sheila’s grandchildren are less likely to use Facebook themselves. Children under 17 in the UK are leaving the site – only 2.2 million users are under 17 – but they’re not going far from their smartphones. Chloe, aged 15, even sleeps with her phone. It’s my alarm clock so I have to she says. I look at it before I go to sleep and as soon as I wake up.

Unlike her grandmother’s generation, Chloe’s age group is spending so much time.......... their phones.......... home that they are missing out on spending time with their friends in real life. Sheila, on the other hand, has made contact with old friends from school she hasn’t heard...................40years. We use Facebook to arrange to meet all over the country, she says. It’s changed my social lifecompletely.

Teenagers might have their parents to thank for their smartphone and social media addiction as their parents were the early adopters of the smartphone.Peter, 38 and father of two teenagers, reports that he used to be on his phone or laptop constantly. I was always connected and I felt like I was always working, he says. How could I tell my kids to get off their phones if I was always in front of a screen myself? So, in the evenings and at weekends, he takes his SIM card out of his smartphone and puts it into an old-style mobile phone that can only make calls and send text messages. I’m not completely cut off from the world in case of emergencies, but the important thing is I’m setting a better example to my kids and spending more quality time with them.

Read the sentences below and determine whether they are true ( T ) or false ( F ), according to structure and grammar use.

( ) grandmother’s generation and Chloe’s age group (paragraph 4), the (‘s) are examples of the genitive case.
( ) The pronouns themselves, they and, their (in bold in the 3rd paragraph of the text) are respectively: reflexive pronoun, subject pronoun and possessive pronoun.
( ) The underlined words in the text biggest and better are adjectives in the superlative and comparative form, respectively.
( ) In It’s changed my social life completely, the (‘s) is the contracted form of has.
( ) The discourse marker on the other hand (in the 4th paragraph of the text), is being used to show a logical connection.

Select the option that presents the correct sequence from top to bottom.
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159Q1017673 | Texto associado, Sintaxe, Linguista, UNIVESP, CESPE CEBRASPE, 2025

Texto associado.

Texto 8A2-I


Nenhum homem é uma ilha, completa em si mesma; todo homem é um pedaço do continente, uma parte da terra firme. Se um torrão de terra for levado pelo mar, a Europa ficará menor, como se tivesse perdido um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio. A morte de cada homem diminui a mim, porque na humanidade me encontro envolvido. Por isso, não procures saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.


John Donne. Meditações. Tradução: Fabio Cyrino.

São Paulo: Editora Landmark, 2012 (com adaptações).

Considerando as relações estabelecidas entre o significado dos vocábulos e sua configuração sintática no texto 8A2-I, julgue os itens a seguir.

I No último período do texto, o verbo dobrar, em suas duas ocorrências, pode ser classificado como intransitivo.

II Em “A morte de cada homem diminui a mim” (terceiro período), o verbo diminuir está empregado na forma intransitiva.

III O vocábulo “perdido” (segundo período) é a forma participial do verbo perder, o que indica que a oração em que se insere esse termo está na voz passiva analítica.

IV Na primeira oração do último período, o verbo procurar é empregado como intransitivo, e o sujeito da oração desempenha papel semântico de agente.

Assinale a opção correta.

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160Q1053002 | Texto associado, Assessoria de Comunicação Na Comunicação Social, Comunicação Social, HEMOBRÁS, CESPE CEBRASPE

Texto associado.
Para Gaudêncio Torquato, em Comunicação interna: os
desafios da integração
, a comunicação interna das organizações
precisa ter finalidade, usar canais próprios, ter linguagem e
veiculação adequadas e estar em espaço físico apropriado. Deve
ser realizada por profissionais de comunicação que tenham uma
visão ampla do ambiente interno.

A respeito de comunicação interna das organizações, julgue os
itens a seguir.

Usar linguagem adequada é conversar com o público de forma inteligível.
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